quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O poema sobre a cultura atual

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Todos os anos exterminamos comunidades indígenas, milhares de hectares de florestas, e até inúmeras palavras das nossas línguas. A cada minuto extinguimos uma espécie de aves e alguém em algum lugar escondido contempla pela última vez na Terra uma determinada flor.
Somos o elo perdido entre o macaco e o ser humano,
Somos seres humanos destruindo a nossa própria espécie.
Somos seres humanos distorcidos da realidade.
Pois enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida.
Somos isso, uma espécie que gira sem encontrar o seu horizonte, um projeto por concluir.
Falou-se bastante ultimamente do genoma ou dos cromossomos e, ao que parece, a única coisa que nos distancia na realidade dos animais é a nossa capacidade de esperança.
Produzimos uma cultura de devastação baseada muitas vezes no engano da superioridade das raças, dos deuses, e sustentada pela desumanidade do poder econômico.
Abortamos uma cultura formalizada e geramos uma cultura pragmática como a ocidental
 que retifica coisas abstratas como esse papel chamado dinheiro e uma cadeia de imagens efémeras.
Precisamos viver a contracultura, precisamos ter uma mentalidade para rejeitamos e questionamos valores e práticas da cultura dominante da qual hoje vivemos a cultura do aborto intelectual, do estupro cultural, da desigualdade entre os homens e dos preconceitos em gerais.
E, esses acontecimentos é uma das características da cultura atual que tornou-se normal o que não é.
Entretanto devemos nos fortalecer, como tantas vezes disse, a tribo da sensibilidade.
E saber que INFORMAÇÃO não é FORMAÇÃO.
E que houve uma distribuição do conhecimento, mas não houve um aumento da compreensão.
E que as escolas ainda são arcaicas, elas ainda acham que o importante e a transmissão do conhecimento, quando, na verdade, o desafio hoje é a retenção e a formação do conhecimento


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