quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Conceitos de amar

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Eu estou com uma infecção passageira;
Estou no sentido da existência;
impossível neste mundo; só o de mãe; pássaro rebelde; unicamente o de Deus; carência dirigida; invenção da literatura italiana.
Poderá me amar,
Ou poderá continuar me amando.
Pois ele é um fogo que arde sem se ver; sua importância supera falar a língua dos homens ou dos anjos; é uma descarga de hormônios.
O conceito de amor é de uma variedade assombrosa. Quase todos amam, mas ninguém chega a um veredito objetivo sobre os limites deste latifúndio da psique humana.
A biblioteca amorosa é uma selva confusa.
Criamos capítulos,
Fechamos páginas,
mas difícilmente vivemos o mais belo conto de amor.
Entretanto o romano Ovídio , na sua Arte de Amar, insistiu em estratégias objetivas para atrair a pessoa amada, mesmo em casos extraconjugais.
Séculos depois, Shakespeare imortalizou dois amantes: Romeu e Julieta.
O caso mais célebre de paixão literária iniciou-se num domingo à noite e terminou, de forma trágica, na quinta-feira da mesma semana.
Talvez poucos definam que esse caso não foi uma história feliz , mas um desastre .
Talvez o imaginativo Padre Vieira estivesse certo no seu pessimismo: o amor é representado por uma criança (Cupido) , porque nenhum amor humano dura tanto que chegue a se tornar adulto.
Entretanto mostre-me o caminho.
Se é que existe algum caminho para amar?
Elabore algum conceito para eu saber amar .
Mas não se esqueça que a mesma cabeça que encontra a solução,
é a mesma que elabora o problema.


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