sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A segunda guerra civil Americana

.




Ontem, abriram um bueiro e saíram de lá figuras imundas e medonhas dispostas a invadir o Capitólio, o Congresso deles.
Foi um ataque direto e covarde à democracia, à civilidade e ao estado de direito.
Foi um ataque terrorista comandado pelo próprio presidente do país.
Foi a tentativa de uma Segunda Guerra Civil Americana,
estimulada por ninguém menos que Donald Trump.
Foi algo que nem os piores inimigos da América ousaram engendrar e sonharam conseguir: jogar irmãos contra irmãos.
Foi uma ação de gangues, vândalos, marginais, milicianos, baderneiros e guerrilheiros do ódio e do caos.
Nas palavras do presidente eleito Joe Biden, tratava-se de extremistas e negacionistas que não respeitam a eleição,
não respeitam a democracia,
não respeitam a vontade da maioria do povo.
Era uma gente que envergonhava e não representava os verdadeiros americanos. Mais do que isso: uma gente que não representava à decência humana.
Nas minhas palavras, é o que acontece quando as instituições democráticas deixam figuras antidemocráticas esticarem demais as cordas da insanidade e da imbecilidade quando as instituições democráticas deixam passar a hora de um BASTA coletivo, estruturado e suprapartidário, com autoridades e legitimidades de várias representações.
Daí que, nos EUA, no Brasil, ou onde quer que seja,
quando se trata dos poderes constitucionais, das liberdades essenciais e dos direitos humanos universais, a questão é: 
Quanta mentira um país está disposto a engolir e quanto desaforo um país está disposto a aceitar?.
Precisamos ter a resposta enquanto é tempo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O potencialiamento da mídia no Governo

.




A culpa é da imprensa desde 1430, quando o alemão Johann Gutenberg inventou uma máquina de imprimir fake news.
Mais de 500 anos depois, no Brasil,
a Covid-19 contaminou quase 8 milhões de maricas, matando uns 200 mil.
E, agora que nós sabemos quem potencializou o vírus, ficou mais fácil resolver o problema.
Basta começar a fechar os jornais e calar as rádios e as TVs.
Depois, se houver demanda, a gente trata de comprar vacinas e seringas.
Isso, se for verdade que vacinas e seringas são realmente necessárias, como dizem as reportagens.
Imagina-se que a gripezinha não teria feito tantos estragos se os jornalistas tivessem ajudado a esconder os mortos e os corpos.
Fato mesmo, importante pra valer, é atualizar a tabela do imposto de renda. Mas, infelizmente, o Brasil está quebrado e, por isso, o presidente Jair Bolsonaro não pôde fazer nada.
Ele segue há dois anos no comando do país, prometeu aumentar a isenção da tabela, só que essa mídia sem caráter também não deixou.
Impediu o presidente de reduzir o imposto e de cumprir uma promessa de campanha.
Daí que a bem da verdade a imprensa só faz refletir e reproduzir os erros,
os acertos, as competências ou as negligências do governo de qualquer governo, principalmente dos despreparados.
Repare que essa imprensa que o Bolsonaro tanto critica é a mesma que potencializou o mensalão do Lula, potencializou o impeachment da Dilma e potencializou a Lava Jato.
A Lava Jato, por sua vez, potencializou o candidato Bolsonaro, que virou presidente e convidou o Sergio Moro para ministro.
Enfim, a imprensa só potencializa o que o governo potencializa.
Ela funciona feito um espelho.
Por isso chamá-la de mídia sem caráter pode ser tão arriscado quanto cuspir contra o vento.
Mas Bolsonaro, como se sabe, é um Narciso que não acha feio gastar saliva.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Poema sobre o ano passado

.




Ter sobrevivido só terá valido mais a pena se a gente puder dizer que aprendeu alguma coisa depois de tanta privação e provação.
No caso da mente e do coração,
não se trata de vacina,
se trata de curar a alma,
de curar o espírito.
Para isso, antes de discordar,
antes de gritar,
antes de cuspir.
Volte a ouvir,
a pensar,
a refletir,
a elaborar,
a processar.
Troque o ódio pelo amor.
Troque o rancor pelo perdão.
Troque a raiva pela tolerância.
Troque a ignorância pela consciência.
Troque a desinformação pela informação, pela ciência, pela verdade e pelo fato.
Troque a certeza pela dúvida,
pela pergunta,
pelo estranhamento e pelo questionamento.
Troque a intransigência pela negociação, pela conciliação e pela pacificação. Troque a discriminação e o preconceito pela aceitação,
pela compreensão,
pela solidariedade e pelo acolhimento.
Troque a falta de sentido,
a insensibilidade e a insanidade pela generosidade e pela gentileza.
Troque a ideologia absurda e a idolatria obtusa pela diversidade de ideias e pela adversidade de opiniões.
Se nada funcionar,
se nada der certo.
Troque de lugar com o outro.
Troque o que você se tornou pelo que você era,
ou pelo que você ainda pode ser.
Troque de lugar com você, pois nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.
Neste novo ano,
antes de um novo normal,
experimente um novo você.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Poema sobre as expectativas para 2021

.





Nas atuais circunstâncias, quem disser que sabe o que aconteceu está mentindo; quem disser que sabe o que vai acontecer está tentando adivinhar.
O Brasil de 2021 começa sendo um Brasil com doses de vacina,
focos de inflação,
sem emprego,
sem ajuste fiscal e sem auxílio emergencial.
Indicadores apontam para o início da retomada,
no entanto, o país segue em várias frentes de incertezas em busca da cura de suas mazelas.
Falta, por exemplo, uma coordenação política do governo no Congresso, principalmente uma coordenação que faça senadores,
deputados e equipe econômica dialogarem melhor.
Essa articulação tem o desafio de avançar a PEC Emergencial,
além da pauta das reformas tributária, administrativa e privatizações.
Nessa agenda, a inclusão dos Correios seria um forte sinalizador de compromisso na direção certa.
Há quem veja o presidente Jair Bolsonaro enfraquecido pelo resultado das eleições, pelo andamento de investigações e pela dependência do Centrão.
Uma bancada de políticos de segunda classe e de segundas intenções.
No entanto, essa percepção de enfraquecimento vai mudar se o Palácio do Planalto conseguir emplacar,
em fevereiro, os seus candidatos na presidência da Câmara e do Senado.
Esse será o primeiro grande confronto do ano,
fundamental para determinar o sucesso ou o fracasso de muitos projetos não necessariamente do governo.
O sucesso ou o fracasso de um governo, qualquer governo,
só se mede pela capacidade de redução da extrema desigualdade e da extrema pobreza.
Mas isso, infelizmente, no Brasil de 2021, vai continuar longe de estar em jogo.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Poema para andar em casa

.





Algumas pessoas passam a vida inteira esperando o grande momento da felicidade
ou o grande acontecimento da felicidade.
Fazem isso sem se dar conta de que a felicidade não está num momento furtivo ou num acontecimento específico.
A gente não precisa vincular a felicidade somente a um grande momento ou um grande acontecimento.
Muitas vezes a felicidade está nas pequenas coisas,
pequenas conquistas,
pequenas bençãos ou pequenos milagres de cada dia.
A felicidade está em ter fé, prazer, esperança,
celebrar a família,
saudar os amigos,
amar o próximo,
amar a todos e amar preferencialmente e incondicionalmente as pessoas que já te amam… te amam por nada e apesar de tudo.
Em vez de sonhar com o amor perfeito, com o homem perfeito,
com a mulher perfeita,
por exemplo, experimente amar mesmo diante das inevitáveis imperfeições que todos nós temos.
Viver é uma saudade doida de tudo que não percebemos ser a presença de Deus.
Por tudo isso, muito mais e todo o resto, a gente precisa agradecer.
Agradecer sem saber a quem,
agradecer sem saber por quê;
agradecer para sempre e agradecer como nunca;
agradecer por merecer tantas bençãos e agradecer por inspirar tantos milagres.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Poema sobre o Natal

.





Que possamos neste Natal entende o real sentido da data.
Que possamos lembrar de um homem bom,
e que o dono da festa nunca possa ser esquecido.
Entretanto, papai noel é lembrado muito mais do que Jesus um saco de presente pesa mais do que uma cruz.
Nós sabemos que da presente é bom, mas bom mesmo ser o presente, ser o amigo, ser o parceiro, ser o abraço mais quente, e permitir que nossos olhos não enxerguem só a gente.
Que não possamos ser egoístas, orgulhosos.
Que não possamos somente pedir em oração apenas para a gente.
Que nesse momento façamos uma reflexão,
independente de crença, de fé, de religião. Precisamos praticar o bem sem parar,
pois não adianta orar sem existir ação.
Alimentemos um faminto que vive no meio da rua, agasalhemos um indigente coberto só pela jornal que acabamos de ler.
Nossa parte é ajudar, e o mundo pode mudar, cada um fazendo a sua parte.
Abracemos um desconhecido, perdoemos quem nos feriu, se esforcemos pra reerguer um amigo que caiu e tentaremos dar esperança para alguém que desistiu.
Convençaremos quem esta triste que vale a pena sorrir, aconselhemos quem parou que ainda da pra seguir e para aquele que errou da tempo de corrigir.
Façamos o bem, pois se ajudamos a alguém o ajudado é a gente.
Que possamos ser bom começando de Janeiro a Janeiro,
e que esse sentimento seja firme e verdadeiro,
que a gente viva o Natal todo ano,
o ano inteiro.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Como amar a minha esposa

.





Queridas leitoras, por favor saiam neste parágrafo e fechem o Facebook ou Instagram.
Saíram?.
Será que saíram todas?.
Ou ainda insistir alguma mulher querendo saber o que será escrito.
Estamos então entre nós.
Bom, é que eu preciso desabafar.
Sou um homem que ama a minha esposa.
Muita gente acha que não há nisto nada de extraordinário.
Que ama a esposa, todos os homens amam.
Enganam-se.
São poucos os homens que ama a esposa.
São poucos homens que tem a paciência, pois ela é uma virtude.
É para estes, na verdade, que escrevo esta poesia.
Os outros, os que pensam que gostam da esposa, 
mas nunca dão a forma de trança os cabelos do seu amor,
nunca fazem declarações, expressam sentimentos mútuos,
nunca comemoram datas especiais ou cozinham algo para ela.
Se esses que descrevo, fazem isso, esses podem também fechar a página.
Agora, sim, estamos entre nós.
Dizia eu que ama a esposa.
O problema é que, por vezes, sinto uma enorme dificuldade em tentar saber sobre algumas manifestações da natureza feminina.
Por exemplo a mania da ordem, cada coisa no seu lugar incerto.
Talheres em uma única gaveta, cuecas por cor ou tamanho, condimentos, temperos separados, etc.
No entanto, mostrem-me um escritório arrumado e eu mostrarei um espírito desocupado.
Mostrem-me uma repartição impecavelmente limpa e ordenada e eu mostrarei um dormidouro negligentes.
O mundo é uma desorganização durante séculos, no entanto, não resiste à fúria arrumadora das mulheres.
Elas podiam arrumar o mundo com os seus detalhes, as suas percepções, os seus conceitos e as suas visões.
As mulheres não conseguem compreender porque é que guardamos as meias dentro de um sapato velho.
Nós também não compreendemos,
mas sabemos que isso não é coisa para ser compreendida.
Podia falar ainda da clássica guerra da tampa da sanitária ou da pasta de dente aberta, mas falta-me espaço.
Quantos homens são necessários para mudar um rolo de papel higiénico?.
Não se sabe,
nunca aconteceu.
Acredito.
Durante muito tempo pensei que aquilo fosse um processo automático,
sei lá, que eles se mudassem a si próprios.
Mas quem nos mudar, são as mulheres.
E pronto, desabafei.
Querem saber agora qual o segredo para amar a minha esposa e sobreviver?.
Eu também.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Poema sobre a asa da retomada

.




O ministro da Economia veio a público, oficialmente,
separar os adultos das crianças,
os sóbrios dos bêbados e a razão da insanidade.
Vale repetir o que declarou o Paulo Guedes durante um balanço de fim de ano.
O retorno seguro ao trabalho exige a vacinação em massa da população brasileira.
Segundo o ministro da Economia, o que o governo tem que fazer é disponibilizar todas as vacinas.
Na convicção de Paulo Guedes, a vacinação é o que nós precisamos para que a asa da retomada da saúde e a asa da recuperação econômica possam bater ao mesmo tempo.
O ministro explicou o seguinte:
“O auxílio emergencial custa 55 bilhões de reais por mês.
E a vacinação de toda a população brasileira custa 20 bilhões de reais”.
Em outro assunto Guedes também se manifestou contrário ao que diz o presidente Bolsonaro.
O ministro esclareceu que foi decisão dele “não encaminhar ao Congresso” proposta de pagamento do 13º salário para quem recebe o Bolsa Família.
Ele explicou que, se pagasse o abono por dois anos seguidos,
configuraria crime de responsabilidade. Isso porque a lei não permite criar uma despesa permanente sem o devido corte de outra despesa orçada.
Bolsonaro já tinha dito que o Bolsa Família não teria 13º por culpa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O deputado chamou o presidente de mentiroso!.
Que assim seja.
Que venha a vacina,
que vença a verdade!.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Vacine-se .

.





Ninguém que tenha cérebro pode discordar de que a saúde vem antes da economia, que a vida vem antes do dinheiro.
E a vantagem da vacina é que ela vai ajudar a resolver os dois problemas ao mesmo tempo.
Quanto mais pessoas imunizadas,
mais pessoas disponíveis para trabalhar e mover as engrenagens das cadeias produtivas.
Por isso é estranho ainda ver gente não entendendo que a vacinação é o caminho mais rápido e lógico para a retomada da vida e da economia.
Também causa estranheza a tese ou a tendência de rejeição à vacina chinesa.
Coisa de quem parece muito bem informado,
mas desconsidera tudo o que se consome no Brasil vindo da China.
Desde pisca-pisca de árvore de Natal até automóveis zero-quilômetro,
os brasileiros já respiram, bebem, comem e dormem envolvidos em mercadorias chinesas.
Não é só o que vem, mas também o que vai.
Trata-se de coisa grande, como petróleo, minérios e produtos agrícolas.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil no mundo.
Desde 2009, o país asiático tomou esta posição dos EUA.
Segundo o Ministério da Economia, em 2018, este comércio foi de US$ 98,6 bilhões, com superávit para o Brasil de US$ 29,2 bilhões.
O fogo é intenso,
o incêndio é imenso,
a casa está em chamas.
E, mesmo assim, há quem prefira esperar pela chuva, ou por um milagre.
Fidelidade burra, política e ideológica,
tem limite.
Não seja tolo, seja inteligente, fique vivo. 
Vacine-se.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Poema sobre o amor ao próximo

.





Pessoas que, em março, abril e maio,
se negavam a acreditar na letalidade da Covid-19 hoje se negam a acreditar na validade da vacina.
Pararam de alegar que a zyka, a dengue ou o câncer matam muito mais,
porém, passaram a duvidar que a vacinação em massa seja confiável.
Toda essa má vontade com a ciência, com a saúde pública e com os protocolos sanitários tem origem no festival que se vê na gestão da crise do coronavírus, desde o início do ano.
Por descaso ou ignorância, nos faltaram aqui lideranças capazes de tomar decisões à altura da gravidade que se anunciava em alertas globais.
Nos faltaram lideranças capazes de fechar os aeroportos,
bloquear as praias,
cancelar o carnaval… 
imobilizar o país e mobilizar a consciência de todos.
Para quem sobreviveu, ainda há tempo de o poder público fazer cumprir as leis, impor barreiras rigorosas,
intensificar medidas de restrição e jogar duchas frias nas zonas quentes de Covid.
Carente de autoridades competentes e responsáveis,
mas não de informações eficientes e necessárias,
o Brasil ficou vulnerável a uma carnificina que poderia ter sido evitada.
A reboque de tudo, veio o repique do pior.
Repare que só de setembro para cá quantos conhecidos nós agora contabilizamos com coronavírus, quantos adoecera,
quantos morreram,
quantos mais vão morrer depois de dias entubados,
dias internados,
dias perdidos,
vidas perdidas sem despedidas.
Cuide-se e vacine-se.
Senão por amor próprio,
pelo menos por amor ao próximo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Como se fosse a primeira vez

.





Cada vez que eu olho para a minha esposa,
cada dia que acordo ao lado dela,
o que mais me comove e impressiona é precisamente a novidade de vê-la e também poder amá-la e ter a sorte de ser amado por ela.
Cada coisa que fazemos juntos, como cozinhar, lavar a louça, é uma cerimónia que construímos juntos pelo desejo e pelo entusiasmo de lá estar.
Eu sei que o casamento é só uma palavra:
É verdade.
Mas também pode ser a vontade de casarmos e ficarmos casados,
todos os dias,
com a mesma pessoa que amamos.
Ou seja, cada vez nos casamos mais.
Cada vez nos adaptamos, cedermos um ao outro, sabemos quantas gramas de açúcar precisa ser colocar no café semanal ou quantas gramas de sal no arroz e feijão.
Todos os dias nos casamos, como se fosse a primeira vez.
Pois as diferenças dela vão cabendo cada vez melhor nas minhas.
Cada vez somos, a Maria João e eu,
mais livres de sermos como somos,
cada um de nós, e de sermos como somos, nós os dois.
Ela torna-se mais ela; eu torno-me mais eu,
ela e eu com menos medo que o outro fuja por causa disso.
Por isso, sabemos que o segundo mês vai ser melhor do que este.
Porque todos os dias nos casamos mais.
Todos os dias dizermos sim para a vida que nós temos.

Postagens mais lidas