quinta-feira, 25 de outubro de 2018

De direita ou Da direita?.

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Existe uma diferença absurda entre o ser De direita e o ser Da direita.
Aqueles que são De direita ou são A direita,
têm em suas mãos os meios de produção, os meios de comunicação e as instituições financeiras.
São os famosos donos do poder.
Agora, aqueles que são DA direita,
são os que fazem, pensam, falam,
agem e se comportam como os DE direita ( A direita) querem.
Reproduzir o discurso da Elite, não faz do pobre um membro da mesma, não concede a ele acesso ao topo da pirâmide, tampouco permite que se sente à mesa.
Não existe esta história de pobre DE direita, ou somos RESISTÊNCIA, ou somos DA direita.
O Capitão do Mato e o Feitor eram filhos da exclusão, assim como os escravos, mas o fato de poderem infligir mais dores e sofrimentos aos negros, dava a eles a sensação de ascensão social.
Hoje, respeitadas as devidas proporções de tempo e espaço, a classe média ficou responsável por exercer tais papéis, são os novos feitores e capitães do mato, agem para negar sua origem, violentam ainda mais à BASE, sempre na tentativa de ganhar um aceno do povo da Casa Grande.
Ser de direita está muito além da simples retórica, mas infelizmente, repito, infelizmente os pobres não estão entendendo isso, ainda não conseguiram perceber que para A DIREITA, eles não passam de peças, de instrumentos utilizados para manter as coisas como estão, a história prova isso.
A alta burguesia ( a direita inicial), sempre que precisava pressionar a aristocracia ( elite original), recorria à massa, aos desvalidos, quando ela alcançava seus objetivos, se afastava e deixava os rigores da repressão para os pobres ( estude as revoluções liberais do século XIX).
Ser resistência, é ser consciente do seu lugar, é ter o espírito combativo, é não se submeter a exploração e manipulação, é não aceitar ser diminuído, é estar pronto para lutar por seus direitos, não é querer a aniquilação dos ricos, mas posicionar-se a favor da DIGNIDADE dos pobres.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Poema sobre a escravidão

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Infelizmente a natureza humana é ruim e esta barbárie acompanha a humanidade desde sempre praticamente.
Basta olhar os grandes impérios e não restará nenhuma dúvida,
há no homem o desejo inato de manipular,
explorar e subjugar aqueles que ele julga inferiores.
Os babilônicos, os medos, os persas, os assírios, os egípcios,
os astecas, os gregos, os romanos e tantos outros povos espalhados pelo mundo, nos cinco continentes, utilizaram a escravidão como meio de ampliar seu poder e suas riquezas, ter escravos, em muitas culturas, era quase que indispensável, tamanha a dependência do sistema escravista.
Os escravos eram desumanizados,  tratados como meros objetos e não há em hipótese alguma nenhum benefício advindo da escravidão e muitos povos que foram subjugados no passado, deixaram de existir ou seus descendentes apresentam péssimos níveis de desenvolvimento humano.
Quando começamos a falar de descendentes, nada mais justo do que avaliar a condição dos mesmos aqui no BRASIL.
Não é preciso ser especialista em história para saber que ter a pele preta por aqui é algo bastante complicado, não por sermos ou nos sentirmos inferiores, mas sim pela existência do RACISMO e da exclusão social aos quais somos submetidos diariamente.
O 13 de Maio de 1888 não trouxe à liberdade plena, mas sim uma nova prisão.
Os negros deixaram de ser escravos?
Sim, isso é incontestável, porém passaram a ser excluídos.
Exclusão que nos acompanha. Livres por direito, mas não de fato.
As ações afirmativas, dentre elas a política de cotas, não são um favor, fazem parte da ordem constitucional deste país que tem por objetivo construir uma sociedade livre, justa e solidária. Como construir tal sociedade, sem a interferência do Estado?
Alguém acha que por bondade e  consciência seriam ofertados aos afrodescendentes ( da pele preta ) vagas nas universidades públicas? Já sei, você talvez diga que já são oferecidas, basta ir lá e competir de igual para igual.
Só umas perguntas: como tratar como iguais aqueles que sempre foram pensados de modo diferente? Por que não oferecer desde sempre um ensino público de qualidade?
A política de cotas me desagrada por não ter prazo de validade, creio que ela deveria ter nascido já com a certidão de óbito, deveria ter sido elaborado um projeto de reestruturação social, onde o termo raça viesse a inexistir e todos recebessem as mesmas oportunidades, contudo, as coisas não são assim.  
Então, negar o descaso e despreparo da nação quando o assunto é o povo da pele preta é de uma insensibilidade e de um mau caratismo sem precedentes. Justificar a MISÉRIA e a exclusão social, do povo preto deste país, através da culpabilização dos chefes tribais africanos é muita canalhice.
Os chefes tribais e os portugueses daquele momento são a representação máxima da humanidade, ou seja, não importa a ética, o que importa é obter vantagens e consolidar seu projeto de poder, mesmo que o outro seja desumanizado.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A crise

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O pânico chegou no Brasil, não mais que um déjà vu, já vi, uma reprise, que veio pra mudar as nossas vidas, mas os que teimam temem sempre a crise.
Então, em reações surrealistas, culpando as minorias oprimidas, surgirão mil profetas fatalistas e uma legião de suicidas.
Pessoas perderão os seus empregos e o mercado, coitado, temo que não suporte, porque no triste mundo dos apegos, deixar de possuir já é a morte.
O monstro mostrará suas feições, mas alguns terão plena consciência de que a falência é de instituições, e que não nos atinge em nossa essência.
A crise irá roer as estruturas das duras engrenagens do problema e a Natureza, em suas vestes puras, dirá quão duro e doce é o seu sistema.
O mundo todo será nosso lar e quem se der à vida por inteiro não pode acreditar que é por dinheiro que a parte boa tem que se acabar.
Nos sentiremos bem nos desarmando, a mando de uma onda que há no ar, e quem se ama seguirá amando, mas quem odeia aprenderá amar.
Foi a falta de solidariedade que fez no Brasil 27,7 milhões de desempregados  ou trabalhando menos do que poderiam ou gostariam.
São eles tão-somente o efeito mais visível da crise de um sistema para o qual as pessoas não passam de produtores a todo o momento dispensáveis e de consumidores obrigados a consumir mais do que necessitam?.
O Brasil, estimulada a viver na irresponsabilidade, é um comboio, sem freios, onde uns passageiros se divertem e os restantes sonham com isso.
Ao longo da linha vão-se sucedendo os sinais de alarme, mas nenhum dos condutores pergunta aos outros e a si mesmo «Aonde vamos?.»

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Marielle franco

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Esta é a lei que suspira o inimigo para se reorganizar.
Para repensar ou rever o que ele poderá cometer dessa vez.
Pois, algumas horas ouvi o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança,
no terceiro me deixa atento,
no quarto irrequieto,
o quinto e o sexto me cobrem de desonrar,
o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de aversão,
no nono e no décimo minha boca está receosa,
no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus,
no décimo segundo eu ligo a televisão.
O décimo terceiro tiro me assassina,
porque eu sou a outra.
Porque eu quero ser a outra.
Eu quero ser Marielle Franco,que francamente morreu por dizer exatamente o que pensa, ou que é verdadeiro no tratamento dispensado a outrem.
Morreu sem justiça que vela o seu sono, repudiada, humilhada por precisar dela.
Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos por sermos os sonsos essenciais.
Tudo o que nela foi violência é em nós furtivo, e um evita o olhar do outro para não corrermos o risco de nos entendermos para que a casa não estre­meça.
Tudo isso, sim, pois somos os sonsos essenciais, baluartes de alguma coisa.
E sobretudo procurar não entender.
Uma justiça que não se esqueça de que nós todos somos perigosos,
e que na hora em que o justiceiro mata, ele não está mais nos protegendo nem querendo eliminar um criminoso,
ele está cometendo o seu crime particular,
um longamente guardado.
Na hora de matar um inocente,
nesse instante está sendo solto um criminoso.
Entretanto, o que eu quero é muito mais áspero e mais difícil: quero a justiça.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Poema feminista

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Neste mundo existem mulheres que são obrigadas a gostar de amar o se comportarem como eles querem.
Se vestirem ou fazer sexo do jeito que eles desejam.
Elas sonham com um príncipe ou com uma grande esperança branca.
E, eu como homem, sinto que deitar e esperar, é uma atitude de um homem pobre, cego, miserável e nu.
Eu me sinto completamente oprimido por ser um homem sabendo que tem mulheres negociando sua alma como pele e osso, vendendo a única coisa que elas têm.
Eu vejo homens de pedras, torturadores de corações que o tempo não pode curar.
E, eu sinto que alguém, em algum lugar está tentando respirar.
Vocês sabem o que quero dizer, vocês às colocam sob vossos corpos, mas fora das suas mãos, ou de seus corações.
Vocês  às destroem, mas não entendem a grandeza de uma mulher na sociedade.
Se existe ou existiu algum homem opressor, agressor, liberte-a, solte- a …
Pois, neste mundo existem....
mulheres amadas....
violadas na mente, violentadas na alma, castradas no corpo, sem voz, sem liberdade, acorrentadas em dor, cansadas, tristes, desesperadas, mal amadas, laços atados, em nós de ferro...
mãos geladas e frias, véus rasgados, geradoras de outras mulheres sem consentimento, feitas num mundo cruel.

OBS

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Todos nós sabemos que os Estados Unidos é um país de primeiro mundo.
E isso é fácil perceber.
Basta verificar quantos presidentes americanos foram militares e
observará quantos há na listagem com patentes e nomes…
No exército tiveram os Generais:
George Washington, Eisenhower,
Ulysses Grant.
Major-general: Andrew Jackson,
William Henry Harrison, Zachary Taylor,
Rutherford Hayes, James Garfield.
Brigadeiro-general: Franklin Pierce,
Andrew Johnson, Chester Arthur,
Benjamin Harrison.
Coronel: Thomas Jefferson, James Madison, James Monroe, James Polk,
Theodore Roosevelt, Harry Truman.
Major: William McKinley, Millard Fillmore.
Capitão: John Tyler, Abraham Lincoln, Ronald Reagan.
Soldado: James Buchanan.
Marinha: Capitães de Marinha, Lyndon Johnson, Richard Nixon.
Capitães de Corveta: Gerald Ford.
Tenente: John Kennedy, Jimmy Carter,
George Bush (Pai).
Guarda Nacional do Texas: Primeiro Tenente: George W. Bush ( Filho).
Contudo, não entendi porque aqui no Brasil um ex-militar não pode ser presidente ?.
Observando essa listagem, eu não encontrei nenhum presidiário na relação dos EUA.

Honestamente rico

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Trabalhar honestamente,
isso não é impeditivo algum para, inclusive, ficar rico.
Ou para ficar bem- sucedido.
Só o trabalho dignifica o dinheiro,
mesmo sendo muito trabalho e pouco dinheiro.
Fato é que ser honesto é a melhor forma de ser rico.
É a melhor forma de ser bem- aventurado.
A pessoa pode não ser rico monetariamente,
mas pode ter uma compreensão milionária do que é ser honesto,
a partir da ideia de que ser feliz é não se envergonhar do passado,
se orgulhar do presente e almejar mais o futuro.
tamanha a satisfação de viver sem dívida…
De viver sem empréstimos de viver sem o nome negativado...
de caráter, de honra ou de ética.
Não importa que a sua vida seja mais modesta ou mais barata do que a dessa ou daquela pessoa sucedida.
O que importa é que sua vida seja do tamanho dos seus sonhos,
desejos e projetos,
e que tudo isso possa ser pago com o seu próprio dinheiro,
não com o dinheiro dos outros.
O sucesso da sua vida deve ser medido com os olhos do seu espírito,
e não com os olhos dos outros.
Até porque, entre os outros,
existem os que só querem enxergar o seu fracasso,
mesmo que você só tenha sucesso
(e saúde) a oferecer.
Ou tenha um sorriso e uma paz de espírito produtiva do interno bruto.
Todavia, lembre- se que você já é uma pessoa rica ou bem-sucedida quando sua maior ambição na vida é ser generoso com todo mundo e gentil com qualquer um.
Nada pode ser mais honesto do que isso.
Ou mais rico privando dessa honra.

domingo, 14 de outubro de 2018

As urnas

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As urnas não são lógicas, elas não respondem com a lógica nem quando votam à esquerda, à direita ou ao centro.
O impulso de voto é passional e por isso há uma relativização de valores.
Entretanto, toda democracia está sempre em perigo, e como lembram muitos autores hoje, o colapso da democracia não é mais feito por um golpe ditatorial ou militar, mas pelas urnas.
Todos os homens que se encaminharam para um governo autoritário foram eleitos.
Nenhum dessas pessoas entraram no poder por golpe de Estado, todas foram eleitas por uma maioria legítima.
Então temos que refletir.
Temos que revê, ouvir cada vocabulário dos candidatos ao presidencialismo.
Pois, eu até posso fazer um impeachment, mas que impeachment eu provocaria no eleitorado?.
Se eu tirar um candidato, o mesmo eleitorado dele continuará.
Por isso, nós precisamos de uma educação de médio e longo prazo para as pessoas votarem menos passionalmente e mais analisando propostas.
Pois os sistemas mundiais são cíclicos, sistêmicos e diabólicos.
O que está em risco não é a oscilação de direita e esquerda.
O problema atual é a descrença na democracia, e pouca informação nos dois candidatos mais bem colocados que elogiam ou não criticam ditaduras.
Pois um ama a do passado e outro, a de países vizinhos.

The love walk

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Pensei que meu passeio
tivesse chegado a seu final.
Eu estava no meu limite,
o caminho à minha frente, fechado.
As provisões, terminadas,
e havia chegado o momento de procurar abrigo
no seu coração felino.
Eu descobri que os meus sonhos permaneciam quando as velhas palavras tinham sido esquecidas,
quando eu pedalava de patinho ou de bicicleta triciclo.
Então, novas melodias brotavam do meu coração,
onde os velhos caminhos acabavam um novo mundo se revelava,
quando eu estava com você nesta caminhada que eu nunca vou esquecer.
Porque dessa caminhada descobrir que eu te amo mais uma vez.
Descobrir que aquele piquenique de cereais e frutas foi o suficiente para eu saber que você é o amor da minha vida.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Segundo turno

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Quem acha que o Brasil vai virar uma ditadura de direita ou uma Venezuela petista está exagerando no pessimismo.
O país já convive há anos com uma sucessão de presidentes da República investigados, indiciados, denunciados ou acusados por vários crimes do Código Penal.
Temos um Supremo com 3, 4 ou 5 ministros que, em vez de defender a Constituição, torturam a Carta Magna para que ela confesse que “verdadeiros condenados são inocentes” ou que “verdadeiros inocentes podem ser condenados”.
E elegemos ou reelegemos um Congresso com mais de 200 réus na Lava Jato, sem que isso seja um problema para pessoas bem intencionadas que não aceitam ou não toleram o racismo, a misoginia ou o autoritarismo do Bolsonaro, nem o cinismo, a corrupção ou a sem-vergonhice do PT.
Ou seja: a gente tem a desfaçatez de não se importar com todas as cretinices já existentes; qual o motivo agora para tanto ódio, tanta raiva, tanta indignação e tanta incontinência verbal?
O problema – como eu já disse – é que os brasileiros se acham mais bonitos do que parecem, e mais honestos do que são.
Ninguém precisa de uma ditadura de direita para confessar atração pelo curandeirismo e ninguém precisa de uma Venezuela petista para provar que sempre teve queda pelo charlatanismo.
Nenhum presidente ideal, perfeito ou qualificado vai satisfazer quem tem adoração pela imoralidade endêmica que sempre forjou nossa identidade nacional.
Vamos ser honestos pelo menos a respeito da nossa desonestidade.
E vamos, acima de tudo, pelo Brasil, apoiar, sim, quem quer que vença no segundo turno.
Seja quem for, e seja o que for, a gente vai ter que passar por isso… juntos!.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Evolucionismo

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Na evolução da escravidão nada evoluiu.
Pouco mudou, no lugar do tronco, o morro.
Ao invés do chicote, a gravata como pode-se ver, não se evoluiu nada.
Senzala ou favela, o negro tá lá dentro dela.
A marmita fria na lata é mais deprimente que a invenção da feijoada.
Quem me dera um dia tudo mudar.
Colocar o zumbi no meu colo e ninar o operário no shopping a gastar, a gastar.
Felizmente eu sou o que infelizmente eles não querem que eu seja.
Mas o operário há muito não sabe o que é um salário.
O zumbi nunca ficou tanto tempo sem dormir.
Se isso for evoluir, por favor, me deixe parar por aqui.

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