sábado, 3 de junho de 2023

Narrativa

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Em uma época onde o termo narrativa tornou-se tão comum Ou não, vamos refletir sobre a narrativa da maçã?.
Temos
Robin hood em uma cena clássica ele acerta a maçã.
Adão, Eva e a cobra a maçã é o suposto fruto proibido da bíblia.
Isaac Newton pensa a lei da gravitação, quando observa a queda de uma maçã da macieira.
Branca de Neve e a bruxa.
Branca de Neve come a maçã envenenada pela bruxa.
Bill Gates concorrente da Apple,
a maçã da tecnologia.
Afrodite a maçã é vista como a fruta sagrada do amor na Grécia antiga.
Guilherme Tell e seu filho.
Guilherme Tell acerta intencionalmente, uma flecha em uma maçã no topo da cabeça do seu filho.
O garçom depende de como o vemos, mas ele tem a maçã.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

As fontes da vida

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Meu coração virou um estojo em que guardo um inexplicável carinho por Deus.
Estou crescentemente apaixonado pelo Deus que recheia a vida com beleza.
Abro essa caixa e vejo dentro dela alguns tesouros sobre o divino que me deixam cheio de amor e temperamento.
Mas la dentro há bugigangas também, pois há noções de um Deus reduzido à condição de condutor de locomotiva que conduz, sob controle absoluto,
o comboio da história. 
Desprezo essas quinquilharias e me concentro em colecionar as  peças que me lembram que o Espírito anima gentileza, benignidade, bondade, ternura, hospitalidade e serenidade. 
Eu me arrepio ao notar que Deus é um brilhante e suas várias facetas combinam mais com um coração materno do que com o de um justiceiro, zelador da lei.
Quando dizemos que Deus ama o mundo de tal maneira que entrega seu filho Unigênito, estamos também afirmando que a vida é tão cara que a felicidade divina está atrelada à pessoas.
Ou seja, aquele que ama diz à pessoa amada: amo-te e segui-te-ei até ao fim do mundo; quero depender de ti.
Quem mais ama é mais dependente.
Deus é amor em absoluta decisão.
Livre para justiçar, ele renunciou um distanciamento plácido; e soberanamente fez com que amor e dependência mútua se tornassem sinônimos.
Depois que abro minha caixa sagrada, fico um lancinante desgosto quando ouço frases sobre as demandas legais para alcançar uma perfeição santa e com os estímulos do “ter que” para ter sucesso.
Meu desgosto pela rigidez é inadiável ao ver que já guardei teologias que insistiam em propor absolutos enquanto relativizavam o amor.
 Jogo fora tudo o que se refere ao amor de Deus e necessita acrescentar um “mas” depois do substantivo amor. 
Em minha caixa, cuido apenas dos itens que considero sagrados: gentileza, cortesia, respeito e acolhimento.
Enquanto mexo em meus tesouros me sinto desafiado a ser um ouro ou,
quem sabe, um brilhante que alguém guarda em seu próprio estojo.
Gostaria de ser um milagre na vida de pessoas.






terça-feira, 30 de maio de 2023

Poema sobre o Deus de Jesus

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O Deus dos fariseus zelava para que a lei nunca fosse desobedecida.
Anular-se em nome da submissão era sinal de santidade.
Esse Deus castigava duramente pecadores que traziam maldição sobre Israel.
Deuteronômio 28 contém várias advertências e promessas de maldição para os desobedientes.
Jesus ensinava e vivia oposição a essa mentalidade; em suas relações com o próximo ele flexibilizava a lei em nome da misericórdia.
A mulher apanhada em adultério experimentou a força do amor alguém que dobrou a rigidez do mandamento: “Onde estão os seus acusadores?.
Eu não condeno você.
Vá em paz e não peque de novo”.
Outra mulher (siro-fenícia, portanto, gentílica) foi alvo do triunfo da bondade.
A coerência é menos importante que a compaixão Jesus curou a filha da mulher momentos depois de dizer que a sua missão se restringia à casa de Israel, sendo, portanto, incoerente com sua própria palavra.
Um centurião romano exemplificou a excelência da solidariedade e fez dela um exemplo de fé. 
Valia mais para Jesus a vida que a lei, mais a dignidade humana que os escrúpulos étnicos e religiosos. 
Certa mulher impura devido a uma menstruação crônica ser curada apesar da impureza; o endiabrado de Gadara experimentar uma libertação dentro de uma cidade seduzida pelo lucro do comércio de porcos;
Bartimeu, o cego da calçada, atestar em seu encontro com Jesus que os pobres, marginalizados e esquecidos podem se aproximar de Deus.
Me sinto mais alinhado ao Deus de Jesus que o dos fariseus.

domingo, 28 de maio de 2023

Poema sobre a melhor maquiagem

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Convivo diariamente com a melancolia,
o tédio e o descontentamento com as realidades que me cercam.
A incredulidade insiste em me assombrar.
Ouço conflitos existenciais de pessoas desde quando eram crianças.
A vida me ensinou a ser um vencedor.
Desde sempre me ensinaram que eu deveria estudar e ter um bom emprego, para ter uma vida boa.
Minha família, professores e familiares mal sabiam que essa narrativa me fazia mal.
Esse ideal de vida, não fazia nenhum sentido para uma criança que aos 10 anos de idade, gostava e se interessava por filosofia e história.
Eu acreditava que a vida não tinha sentido e somos frutos de eventos cósmicos aleatórios.
Então, aprendi a viver sorrindo e seguir a vida normalmente, sem fazer muitas perguntas.
A busca da felicidade individual é o novo veículo motivador da vida.
Estamos em uma sociedade líquida como diria Zygmunt Bauman.
Tentamos fugir dessa vida cinzenta relativizando tudo, em busca do prazer individual e egoísta.
Mas será mesmo que felicidade é só isso?.
É muito pouco!.
Minha alma que sorrir.
Existe um Deus que se revela aos fracos e pequeninos.
A promessa é que Ele enxugará toda lágrima!.
Convivo com angústia, mas não me permito ser cínico.
Levanto os meus olhos para onde vem o meu socorro e encaro a vida com bastante coragem.
E nessa jornada entre a fé e a dúvida, algumas vezes sou surpreendido por uma alegria que nenhum filósofo pode explicar.
Há dez anos fui assaltado pela salvação e ao me lembrar das pequenas belezas da vida, aquele meu sorriso falso de criança, se torna um sorriso sincero e radiante.
Será que há um Deus escuta a minha angústia?.
Devemos falar com Deus o tempo suficiente para poder escutá-lo.

sábado, 27 de maio de 2023

Ou a lei ou Cristo

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Uma mulher invade a casa onde Jesus está.
Entra e beija-lhe os pés, molha-os com lágrimas e os enxuga com seus próprios cabelos.
O dono da casa julgava a mulher e julgava a Jesus.
A mulher por ser uma “pecadora” da cidade e Jesus por aceitar o amor dela.
Jesus, porém, disse que aquela mulher amara muito, por isto, seus pecados estavam perdoados, pois aquele que muito ama, a esse tal muito se perdoa.
Não somente cobre multidão de pecados dos outros,
pois perdoa sempre; mas, também, recebe absolvição de pecados,
pois, quando se erra em razão de ignorância, porém amando,
o amor sara diante de Deus e dos homens o erro daquele que,
amando, estava equivocado;
pelo menos assim será ante os olhos e sentidos dos que, pelo tempo, continuarem a ver a jornada do ser que ama.
Os pecados dos que erram amando são perdoados sempre; até porque ninguém que de fato ame usará o amor como pretexto para o pecado.
Além disso, quem ama não planeja o erro e nem tampouco age errado tendo o passado de amor como álibi para o erro deliberado de agora.
O amor no máximo se equivoca,
mas não delibera o pecado.
Entretanto, o amor não mata nunca, não ofende conscientemente jamais,
e não intenta armadilha sob qualquer hipótese.
Portanto, se você diz que é capaz de matar por amor, de ofender por amor e de armar cenários irreais por amor saiba que não é amor que existe em você.
É que quase ninguém mais sabe o que é amor; exceto, talvez, de amor por filhos ainda se saiba alguma coisa.
O amor não diz “é meu” quando o objeto do amor anda em outra direção.
O amor não diz "não pode" para um objeto de amor adulto quando o tal amado mostrar que sua deliberação seja outra.
O amor não obriga ninguém a ficar.
O amor não engana o próximo.
O amor não sabe manipular.
O amor não fica triste quando o sucesso do objeto do amor não passa pelo ser que ama.
O amor conhece o zelo, mas não sabe conviver com o ciúme; pois, em havendo ciúmes, o amor sempre sabe que não é o seu poder que está sendo exercido.
O amor somente aceita amor que seja amor como troca.
O amor sabe que seu maior falsificador é a paixão e suas passionalidades.
Desse modo, o verdadeiro discípulo sabe que não há nenhuma Lei sobre ele como detalhamento de comportamento, posto que o amor seja o cumprimento da Lei de Deus, só que motivada pelo amor.
Portanto, mudando o paradigma imposto por milênios de Religião, deixe de perguntar “O que eu posso?”
e apenas pergunte “O que estou sentindo, fazendo e propondo passa pelo crivo do que seja amor?”.
Agora leia Gálatas cinco, todo o capitulo, e, ao ler, tenha em mente o que amor seja, pois, agora, eu sei que você entenderá o caminho do discípulo de Jesus conforme proposto por Paulo no texto que peço a você que leia.
Nele, que nos chama não para as regras, mas para a Lei do Amor.


quinta-feira, 25 de maio de 2023

Poema sobre a cultura Ibérica

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A cultura Ibérica está impregnada de sentimentos e práticas de dominação e escravização.
As viagens náuticas exploratórias de Portugal e Espanha, na época das navegações, a partir do século XVI, fizeram com que esses países consolidassem em suas culturas esse desejo de expansão baseada em espoliação, em subjugação de povos e culturas, em morticínio de nativos e tráfego de escravos para promover desenvolvimento.
Cinco séculos se passaram,
mas o inconsciente coletivo da sociedade, bem como de seus governantes, ainda está impregnado por essas raízes perversas de exploração.
O racismo, portanto, para eles, quase que se justifica, pois o Preto sempre foi uma peça em seus jogos de poder, ver um Preto se destacando,
sendo admirado, adorado por milhões de pessoas é algo inaceitável,
e nesse pacote entra todo mundo,
governo, entidades esportivas, dirigentes de clubes, torcedores,
todo mundo.
Há 8 meses Vinícius Júnior vem sendo agredido, de todas as formas possíveis, e de concreto ainda não se fez nada,
se fosse um branco ariano, ou galês,
ou germânico, o mundo já tinha desabado.

 

terça-feira, 23 de maio de 2023

Apenas sendo

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Vejo tanta gente se auto afirmando ser do evangelho por suas crenças.
Cheios de experiências de sistematizações do aprendem por caminho onde passa.  
São mesclas de tantas vozes dos outros dentro de si. 
Tudo que vem de live em livre, de livros em livros.
Tomado de legião por ser muitos.  
Um dia desse atrás eu andava assim como a multidão cheio de vozes de pregadores dentro de mim.
Hoje soltei todas as malas de filosofias, teologias, ideologias.
Abandonei todas essas tolices para ouvir Aquele que habita dentro de mim: "As minhas ovelhas ouvem minha voz...". 
Hoje meu caminhar é por dentro,
onde habita o Verbo que se fez carne. 
A Cintilação que sustenta tudo e mantém o existe.
Abandonando todas essas tolices é que a primeira vez sou real. 
O Eu Sou me ouve e não mais as falas dos outros que havia em mim.
Hoje aprendi que não preciso mais falar pra ninguém sobre nada.
Apenas ando no meu anonimato sem ninguém precisar saber.
A minha fé e minha espiritualidade são de natureza íntima.
É algo que acontece por dentro. 
Uma experiência em mim mesmo. 
Sem necessidade de expô-la. 
É uma vivência íntima e pessoal.
O caminho é sempre pra dentro. 
Quanto mais no profundo de mim penetro, mais estou indo em direção a Deus. 
Assim, sigo discreto e anônimo no caminho.
Apenas sendo, sem necessidade de  convencer a ninguém.
Apenas sendo.


segunda-feira, 22 de maio de 2023

O reino de Deus

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O reino de Deus não é desde mundo,
ou seja, não é desta ordem de coisas, desse sistema hierárquico de controle e dominação.
O reino de Deus é mais profundo e libertador do que imposição de uma crença.
Não se trata de um pacote de regras comportamentais.
Mas se trata de um reino invertido, onde o maior é o que serve,
os últimos são os primeiros,
ou seja, a classe mais desprezada ganha voz.
O interesse do reino de Deus não é erguer bandeira de uma religião,
uma crença,
um dogma,
mas salvar a humanidade do pecado responsável por todos os pecados:
o individualismo, a ganância. 
Mortificando esse nosso eu egoísta, entendendo a humanidade como uma sociedade fraterna.
O Reino de Deus propõe libertação do reino das trevas, que escraviza a humanidade em nossa soberba e maldade, que traz dor, lamento, pobreza e sofrimento. 
Quando a igreja passar a se engajar na construção desse reino de amor,
então ela deixará de erguer sua bandeira, abandonará sua pretenção de visível aparência e reconhecimento,
em função de propagar o Reino de Deus que é amor, inclusão, solidariedade e justiça.


domingo, 21 de maio de 2023

Simplesmente Jesus

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Jesus veio para salvar o mundo,
e, contudo, não fez nada igual aos que se oferecem como salvadores dos homens.
Jesus não escreveu sequer um livro,
não erigiu um pilar,
por mais fajuto que fosse;
não mudou para Roma e nem para Atenas ou mesmo para Jerusalém;
não aceitou a oferta dos gregos de ir viver entre eles;
não buscou impressionar os filósofos gregos ou os senadores romanos;
e nem tampouco sistematizou um ensino para ser decorado ou aprendido; e, para completar a serie de “insensatezes”, ainda escolheu andar com gente que não formava opinião, não era conhecida, não tinha berço,
e não agia no meio político ou religioso.
Ele fez como o Pai: Do que estava sem forma e vazio Ele iniciou o reino!.
Além disso, Ele não gerou filhos e nem deixou herdeiros carnais de nada.
Não criou amuletos com pedaços de suas roupas ou utensílios de uso pessoal toda essa história e relíquias santas é paganismo comercial feito em nome de Jesus, não marcou lugares santos e nem estabeleceu peregrinações sagradas, como ir à Jerusalém, à Cafarnaum,
e muito menos a qualquer outro lugar santo ou Meca.
Também não inventou uma parte profunda de Seu ensino apenas reservado aos entendidos e autoridades.
Não venerou nada.
Não se vinculou à coisa alguma,
nem mesmo ao Templo de Jerusalém, ao qual derrubou com palavras proféticas.
Chocante também é o fato Dele não se poupar em nada.
Cansado, então cansado.
Com sede, então com sede.
Ameaçado, então cauteloso.
Descrido, então muda de lugar.
Amado, mostra amor, mas não fica seqüestrado pelo amor de ninguém.
Desperdiça oportunidades de ouro.
Joga fora o que ninguém jogava.
Insurge-se contra aquilo que ninguém se levantava em oposição.
Provoca a morte com vida até ressuscitar.
E além de tudo Ele só aparece para quem crê, e não faz nenhuma aparição ante seus inimigos, no Sinédrio de Jerusalém, por exemplo.
Até para ressuscitar Ele trabalha contra Ele mesmo, do ponto de vista de estratégia de ressurreição.
Jesus não fez nada concreto.
Tudo Nele era abstrato, até quando era concreto.
Tudo tinha que ser apreendido com o coração, e não apenas aprendido com a mente.
Um dia depois do milagre da multiplicação de pães e peixes,
todo o resultado do milagre já havia sido digerido e evacuado.
Ninguém foi por Ele instruído a guardar amostra dos pães e peixes,
nem tampouco pediu Ele que se guardasse um tonel de vinho de Cana.
Jesus era do tipo que jamais chegaria à Betânia e diria: “Foi aqui que ressuscitei Lázaro!”.
Ele não tem histórias de Si mesmo para contar.
O presente é a História para Jesus.
Suas histórias não são passadas,
são todas presentes.
Suas histórias são as Suas palavras de vida e poder enquanto.
Ora, eu poderia ficar escrevendo aqui para sempre sobre o assunto no entanto, o que me interessa é apenas afirmar que assim como Jesus tratou a vida e a História, do mesmo modo Ele espera que nós o façamos, até quando estivermos exaltando o Seu nome ou pregando a Sua Palavra; e, sobretudo, no vivendo da vida.
Ou quem nos fez pensar que Jesus era assim apenas porque Ele tinha que ser assim?.
Mas que nós, que não somos Ele e que temos a tarefa de propagandeá-LO na terra, temos permissão para tratarmos Jesus em relação ao mundo de um modo diferente do que Ele tratou a Si mesmo?.
O modo de vivermos e pregarmos o nome de Jesus no mundo é exatamente o mesmo com o qual Ele tratou a Si mesmo na experiência humana de Seu existir entre nós.  
“Meu reino não é deste mundo!”.
Afinal, quem é César?.
Quem é Alexandre?.
Você deve a vida a qualquer um dos dois?.
Em que César ou Alexandre ajudam a sua vida hoje?.
Assim, pergunto: Você aceita desistir do que erro no qual foi criado na religião e passar a viver com os modos e motivações de Jesus?.
Pense nisso!.

 

 



quinta-feira, 18 de maio de 2023

Poema sobre um espinho na carne

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Tem gente que não tem um espinho na carne porque de fato, elas são o espinho na carne dos outros.
Há também aqueles que são espinheiros andantes em sua marcha para abraçarem os que amam de morte.
Há ainda os que são santos, que andam na graça do Evangelho pela fé,
e que, justamente por isto, têm espinhos na carne.
A razão é para que continuem saudáveis, pois, em um mundo caído, com gente de natureza caída,
todo homem, por mais santo que seja ou se faz de santo é pura vaidade.
Os seres que são espinhos para outros, assim como aqueles que se tornam o próprio espinheiro, não conhecem o Evangelho como experiência da fé,
pois, quem quer que conheça o Evangelho, tanto mais quanto o conheça, mais santo se tornará em seus caminhos, e, assim, não terá mais espinhos brotando de si contra o próximo.
É por esta razão que o santo que foi e é santificado pela fé na graça de Jesus precisa de espinho em sua carne,
pois, nele não há mais espinhos para os outros, como era antes, e, por isto,
os espinhos virão de outros para ele.
Entretanto, esse que se santificou pela fé em Jesus, tem espinhos contra si mesmo, apesar de todas as coisas boas que nele haja.
Sim, pois mesmo que esteja de volta do Terceiro Céu, ainda assim continua capaz da vaidade e da soberba da virtude alcançada.
Somente não precisam de espinhos para sempre, aqueles que não mais voltarem de nenhuma viagem aos Céus.
Na Terra, porém, tanto quanto no mundo que é aqui uma outra categoria, não é possível provar a revelação das grandezas de Deus sem que a cura para a experiência da Glória não seja algum espinho como Graça em nós.
O Santo foi Coroado com uma coroa de Espinhos!.
Assim, os seus santos, sempre experimentarão espinhos na carne.
Entretanto, todo aquele que tenha tal espinho, que ore ao Senhor, que peça que Ele o livre desse mensageiro de Satanás; pois, se a Paulo Deus disse “a minha Graça te basta, pois o poder se aperfeiçoa na fraqueza”, pode ser que com relação a você, Ele tenha outros planos, quem sabe um alívio pela mudança de espinhos e de localização do desconforto.
Quem, no entanto, não anda no caminho do santo santificado pela fé em Jesus, esse não terá espinhos a lhe perturbar, pois, esse é em si mesmo espinho para outros, ou, pior ainda ele mesmo é um espinheiro com volúpia de abraçar.
Portanto, espinho na carne é para o santo em elevação.
Carne no espinho, no entanto, é o modo de ser dos seres que existem para ferir e ferirem-se.
Nele, que foi coroado com espinhos, nesta Terra de cactos e abrolhos saibamos que a graça dEle nos basta.

 

terça-feira, 16 de maio de 2023

Faça o mesmo

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Na parábola conhecida como do bom samaritano, Jesus lança uma pergunta ao religioso:
"Quem é o próximo do homem ferido?".
O pastor, o obreiro consagrado ou aquele de outro tipo de fé que cuidou dele?.
A resposta do religioso é desconcertante: "o que cuidou".
Mediante a resposta Jesus ordena: pratique isso. Faça o mesmo.
Fazer o quê?.
Cuidar do ferido?.
É bem verdade que Jesus ensinou sobre o cuidado em vive muito tempo, mas nesta parábola em específico ele aborda uma verdade que poucos ensinam: amar aquele que protege, defende,
cuida e mantém a vida ainda que em função de uma religião diferente ou estranha à nossa.
O amor ao próximo para o seguidor de Jesus não significa amar os "oficiais da mesma fé".
Este não é o critério de classificação do próximo, ainda mais quando apesar de pertencerem à nossa própria religião na prática não cuidam de pessoas,
pois sua prioridade está em fazer a máquina religiosa funcionar para tentar validar a sua própria santidade e alimentar sua própria vaidade de se proclamarem "servos de Deus autorizados".
Há pastores que falam muito e pouco fazem, mas dada a cultura que temos em valorizar a oratória,
lotamos auditórios e os colocamos num lugar no qual não se pergunta sobre o cuidado prático que têm dos que sofrem e para piorar, muitas vezes,
não cultivamos amor por aqueles que de fato estão realizando as obras de Deus, mas caminham em outros lugares sagrados.
Cometemos pecado ao chamar Jesus de Senhor e contrariar sua ordem de amar o diferente.
Vá e faça o mesmo: ame aquele que por causa do preconceito religioso o rejeitamos.

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