terça-feira, 16 de maio de 2023

Faça o mesmo

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Na parábola conhecida como do bom samaritano, Jesus lança uma pergunta ao religioso:
"Quem é o próximo do homem ferido?".
O pastor, o obreiro consagrado ou aquele de outro tipo de fé que cuidou dele?.
A resposta do religioso é desconcertante: "o que cuidou".
Mediante a resposta Jesus ordena: pratique isso. Faça o mesmo.
Fazer o quê?.
Cuidar do ferido?.
É bem verdade que Jesus ensinou sobre o cuidado em vive muito tempo, mas nesta parábola em específico ele aborda uma verdade que poucos ensinam: amar aquele que protege, defende,
cuida e mantém a vida ainda que em função de uma religião diferente ou estranha à nossa.
O amor ao próximo para o seguidor de Jesus não significa amar os "oficiais da mesma fé".
Este não é o critério de classificação do próximo, ainda mais quando apesar de pertencerem à nossa própria religião na prática não cuidam de pessoas,
pois sua prioridade está em fazer a máquina religiosa funcionar para tentar validar a sua própria santidade e alimentar sua própria vaidade de se proclamarem "servos de Deus autorizados".
Há pastores que falam muito e pouco fazem, mas dada a cultura que temos em valorizar a oratória,
lotamos auditórios e os colocamos num lugar no qual não se pergunta sobre o cuidado prático que têm dos que sofrem e para piorar, muitas vezes,
não cultivamos amor por aqueles que de fato estão realizando as obras de Deus, mas caminham em outros lugares sagrados.
Cometemos pecado ao chamar Jesus de Senhor e contrariar sua ordem de amar o diferente.
Vá e faça o mesmo: ame aquele que por causa do preconceito religioso o rejeitamos.

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