terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Poema sobre o rádio

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O ministro das Comunicações está prometendo mais do que música para os ouvintes de rádio.
Por questões de acesso, facilidade e funcionalidade, todos os celulares do país tenham rádio FM.
Ele está propondo que os aparelhos móveis já venham com os dials instalados, sem precisar usar WiFi,
gastar plano de dados ou baixar aplicativos em lojas virtuais.
Ou seja, com capacidade de sintonia de fábrica, sem necessidade de conexão à internet.
Já existe um projeto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania onde tramita em caráter conclusivo sem precisar passar por plenário.
De fato, não faz sentido o celular ter câmera fotográfica e relógio, e não ter rádio.
Essa será uma grande novidade para milhões de brasileiros.
Além de companheirismo, o rádio oferece o alcance da capilaridade,
da credibilidade e da velocidade.
Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, era a mais rápida fonte de informação confiável nos quatro cantos do planeta.
O rádio era o único aliado ou veículo de massa com que se podia contar para se saber o que se passava no front quase em tempo real.
Ainda hoje, principalmente no front da nossa cidade,
o rádio continua preservando esse valor de serviço, utilidade e trincheira de notícias.
O rádio nasceu graças à curiosidade tecnológica de gênios inventores,
como o brasileiro Landell de Moura,
o americano William Dubilier e o italiano Guglielmo Marconi.
Desinventaram o rádio depois do cinema, da televisão,
da internet e de outros tantos oráculos da extinção.
Mas, graças ao amor do público,
à amizade da audiência,
o rádio insiste em continuar vivo, vigoroso e verdadeiro.
E essa é outra façanha e glória, a despeito de todas as previsões em contrário,
o rádio nunca morre.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Poema sobre a pró-democrática

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A democracia é o único regime capaz de tolerar políticos desonestos e corruptos, e ainda demonstrar o vigor inabalável que se viu na cerimônia de posse do presidente dos EUA.
Biden assumiu disposto a defender a verdade,
derrotar a mentira e devolver ao cargo a dignidade e a estatura roubadas.
É animador porque ninguém aguenta mais essa coisa de só falar mal da imprensa,
do Supremo,
do Congresso e das instituições em geral.
Isso é marca registrada de políticos interessados apenas em disfarçar sua incompetência e operar na impunidade.
Na longa Noite dos Cristais, de 2017 a 2020,
a Casa Branca serviu de abrigo e foi palco para discursos de ódio, negação, desrespeito e discriminações.
Uma agenda inspirada em Hitler, Stálin, Mussolini,
e o que mais há de pior nas sarjetas do passado.
Todos signatários da mesma banalidade do mal que tenta desmoralizar as instituições e promover seus terrorismos de estado sem ter que prestar contas a ninguém.
A História se repete como farsa.
Mas isso só acontece quando nós aceitamos ser cúmplices da farsa para virar de novo vítimas da História.
Se vem um mundo melhor, ninguém sabe, e isso já equivale a uma poderosa vacinação antirrábica e pró-democrática.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Poema sobre a vacina

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fez mais do que aprovar a CoronaVac do Instituto Butantan e a AstraZeneca da Fiocruz.
Além de aprová-las por unanimidade, os diretores da Anvisa declararam em alto e bom som que não contamos com alternativa terapêutica disponível para prevenir ou tratar a doença causada pelo coronavírus.
Também se manifestaram sobre a situação de Manaus, convencidos de que a tragédia humana lá é a expressão mais triste e revoltante da falha objetiva do estado em todos os níveis.
Com críticas diretas e indiretas à atuação do governo federal, a Anvisa aproveitou a transmissão da reunião para resgatar o selo de isenção, autonomia e independência técnica.
Os diretores também fizeram apelos para que a população confie nas vacinas, destacando a eficácia, a qualidade e a segurança tanto da CoronaVac quanto da AstraZeneca,
que foram analisadas de forma minuciosa.
Pelo clima de euforia e comemoração nas redes sociais,
que são a instância digital da opinião pública, cabe agora ao Ministério da Saúde correr atrás e acelerar o Programa Nacional de Imunização.
Como se viu, o Dia D sofreu uma mutação e virou o Dia C da Ciência, com uma variante para o Dia V da Vida.
Enfim, temos vacina!.
Afinal, não temos remédio!.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Poema sobre a saída da Ford no Brasil

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A Ford decidiu sair do Brasil.
Mas vai manter as operações na Argentina, no Uruguai e outros países vizinhos.
A companhia americana deve fechar aqui uns 5 mil postos de trabalho.
Um dos motivos da decisão da Ford de ir embora é o custo-Brasil.
Melhorar o custo-Brasil é fundamental para melhorar o ambiente de negócios e vice-versa.
No entanto, não basta só melhorar o ambiente de negócios.
É preciso melhorar também o ambiente político,
o ambiente jurídico,
o ambiente democrático e o ambiente institucional.
A política não pode ser um meio pelo qual quem ganha só quer tripudiar de quem perdeu,
e quem perdeu só pensa em se vingar de quem ganhou.
Assim como não dá para fazer um bom governo só com as nossas crenças,
as nossas certezas ou as nossas convicções.
Um bom governo depende também de conciliar ideias plurais, distintas, diferentes e até divergentes.
Já está provado que é possível fazer política sem ódio e que é possível ganhar eleição sem raiva.
Em grande parte, os políticos sempre dão a impressão de que o Brasil está predestinado à mediocridade.
Mas, cá entre nós, só é medíocre quem quer.
O Brasil e os brasileiros precisam querer ser melhores do que pensam que são.
Ou estarão, sim, predestinados a abrir vagas e dar empregos lá fora.
Esse é o recado da gigante americana e é também o sentimento dos grandes investidores.
Cem anos de Ford, e agora sem Ford por muitos anos.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Confissões de fracassos

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Depois de dois anos no comando do país, o que se quer ver e ouvir de um presidente da República são os primeiros sinais, indícios ou resultados de melhora, e não uma confissão de fracasso,
que responsabiliza quem não governa.
O que se espera de um líder não é a impressão de que foi vencido pelos desafios e que jogou a toalha no meio do caminho.
O que se espera de um líder é a coragem para enfrentar os desafios e trilhar o caminho até o fim,
sem forjar culpados ou desculpas inaceitáveis.
Daqui pra frente, aos olhos dos investidores nacionais e internacionais,
o Brasil de Bolsonaro é um país sem crédito e sem crediblidade,
com um laudo de incapacidade e de incompetência assinado pelo próprio presidente da República.
Daí como confiar num governo que diz que não consegue governar?.
Como convencer o mundo de que ninguém vai perder dinheiro se apostar no Brasil?.
Como atrair recursos se a maior autoridade admite em alto e bom som suas limitações para agir?.
Pior é que nem dá mais para atribuir os estragos à pandemia porque,
se ela é uma gripezinha, não pode ter força para tornar caóticas as contas públicas e desesperador o desemprego em mais de 14 milhões de famílias.
A rigor, ou em tese, Bolsonaro passou um recibo de despreparo e de desqualificação para um segundo mandato.
Nesse caso, só uma oposição muito incompetente será incapaz de capitalizar o suicídio político de um presidente que confessa que “o Brasil está quebrado” e que “não pode fazer nada”.
Enfim, Bolsonaro deu um tiro de canhão no pé,
não um tiro de canhão no próprio pé, mas, sim, um tiro de canhão no pé do eleitorado que, em 2018, votou no rugido de um leão selvagem.
Obviamente, esse eleitorado não esperava estar ouvindo hoje o miado de um gatinho assustado.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A segunda guerra civil Americana

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Ontem, abriram um bueiro e saíram de lá figuras imundas e medonhas dispostas a invadir o Capitólio, o Congresso deles.
Foi um ataque direto e covarde à democracia, à civilidade e ao estado de direito.
Foi um ataque terrorista comandado pelo próprio presidente do país.
Foi a tentativa de uma Segunda Guerra Civil Americana,
estimulada por ninguém menos que Donald Trump.
Foi algo que nem os piores inimigos da América ousaram engendrar e sonharam conseguir: jogar irmãos contra irmãos.
Foi uma ação de gangues, vândalos, marginais, milicianos, baderneiros e guerrilheiros do ódio e do caos.
Nas palavras do presidente eleito Joe Biden, tratava-se de extremistas e negacionistas que não respeitam a eleição,
não respeitam a democracia,
não respeitam a vontade da maioria do povo.
Era uma gente que envergonhava e não representava os verdadeiros americanos. Mais do que isso: uma gente que não representava à decência humana.
Nas minhas palavras, é o que acontece quando as instituições democráticas deixam figuras antidemocráticas esticarem demais as cordas da insanidade e da imbecilidade quando as instituições democráticas deixam passar a hora de um BASTA coletivo, estruturado e suprapartidário, com autoridades e legitimidades de várias representações.
Daí que, nos EUA, no Brasil, ou onde quer que seja,
quando se trata dos poderes constitucionais, das liberdades essenciais e dos direitos humanos universais, a questão é: 
Quanta mentira um país está disposto a engolir e quanto desaforo um país está disposto a aceitar?.
Precisamos ter a resposta enquanto é tempo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O potencialiamento da mídia no Governo

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A culpa é da imprensa desde 1430, quando o alemão Johann Gutenberg inventou uma máquina de imprimir fake news.
Mais de 500 anos depois, no Brasil,
a Covid-19 contaminou quase 8 milhões de maricas, matando uns 200 mil.
E, agora que nós sabemos quem potencializou o vírus, ficou mais fácil resolver o problema.
Basta começar a fechar os jornais e calar as rádios e as TVs.
Depois, se houver demanda, a gente trata de comprar vacinas e seringas.
Isso, se for verdade que vacinas e seringas são realmente necessárias, como dizem as reportagens.
Imagina-se que a gripezinha não teria feito tantos estragos se os jornalistas tivessem ajudado a esconder os mortos e os corpos.
Fato mesmo, importante pra valer, é atualizar a tabela do imposto de renda. Mas, infelizmente, o Brasil está quebrado e, por isso, o presidente Jair Bolsonaro não pôde fazer nada.
Ele segue há dois anos no comando do país, prometeu aumentar a isenção da tabela, só que essa mídia sem caráter também não deixou.
Impediu o presidente de reduzir o imposto e de cumprir uma promessa de campanha.
Daí que a bem da verdade a imprensa só faz refletir e reproduzir os erros,
os acertos, as competências ou as negligências do governo de qualquer governo, principalmente dos despreparados.
Repare que essa imprensa que o Bolsonaro tanto critica é a mesma que potencializou o mensalão do Lula, potencializou o impeachment da Dilma e potencializou a Lava Jato.
A Lava Jato, por sua vez, potencializou o candidato Bolsonaro, que virou presidente e convidou o Sergio Moro para ministro.
Enfim, a imprensa só potencializa o que o governo potencializa.
Ela funciona feito um espelho.
Por isso chamá-la de mídia sem caráter pode ser tão arriscado quanto cuspir contra o vento.
Mas Bolsonaro, como se sabe, é um Narciso que não acha feio gastar saliva.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Poema sobre o ano passado

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Ter sobrevivido só terá valido mais a pena se a gente puder dizer que aprendeu alguma coisa depois de tanta privação e provação.
No caso da mente e do coração,
não se trata de vacina,
se trata de curar a alma,
de curar o espírito.
Para isso, antes de discordar,
antes de gritar,
antes de cuspir.
Volte a ouvir,
a pensar,
a refletir,
a elaborar,
a processar.
Troque o ódio pelo amor.
Troque o rancor pelo perdão.
Troque a raiva pela tolerância.
Troque a ignorância pela consciência.
Troque a desinformação pela informação, pela ciência, pela verdade e pelo fato.
Troque a certeza pela dúvida,
pela pergunta,
pelo estranhamento e pelo questionamento.
Troque a intransigência pela negociação, pela conciliação e pela pacificação. Troque a discriminação e o preconceito pela aceitação,
pela compreensão,
pela solidariedade e pelo acolhimento.
Troque a falta de sentido,
a insensibilidade e a insanidade pela generosidade e pela gentileza.
Troque a ideologia absurda e a idolatria obtusa pela diversidade de ideias e pela adversidade de opiniões.
Se nada funcionar,
se nada der certo.
Troque de lugar com o outro.
Troque o que você se tornou pelo que você era,
ou pelo que você ainda pode ser.
Troque de lugar com você, pois nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.
Neste novo ano,
antes de um novo normal,
experimente um novo você.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Poema sobre as expectativas para 2021

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Nas atuais circunstâncias, quem disser que sabe o que aconteceu está mentindo; quem disser que sabe o que vai acontecer está tentando adivinhar.
O Brasil de 2021 começa sendo um Brasil com doses de vacina,
focos de inflação,
sem emprego,
sem ajuste fiscal e sem auxílio emergencial.
Indicadores apontam para o início da retomada,
no entanto, o país segue em várias frentes de incertezas em busca da cura de suas mazelas.
Falta, por exemplo, uma coordenação política do governo no Congresso, principalmente uma coordenação que faça senadores,
deputados e equipe econômica dialogarem melhor.
Essa articulação tem o desafio de avançar a PEC Emergencial,
além da pauta das reformas tributária, administrativa e privatizações.
Nessa agenda, a inclusão dos Correios seria um forte sinalizador de compromisso na direção certa.
Há quem veja o presidente Jair Bolsonaro enfraquecido pelo resultado das eleições, pelo andamento de investigações e pela dependência do Centrão.
Uma bancada de políticos de segunda classe e de segundas intenções.
No entanto, essa percepção de enfraquecimento vai mudar se o Palácio do Planalto conseguir emplacar,
em fevereiro, os seus candidatos na presidência da Câmara e do Senado.
Esse será o primeiro grande confronto do ano,
fundamental para determinar o sucesso ou o fracasso de muitos projetos não necessariamente do governo.
O sucesso ou o fracasso de um governo, qualquer governo,
só se mede pela capacidade de redução da extrema desigualdade e da extrema pobreza.
Mas isso, infelizmente, no Brasil de 2021, vai continuar longe de estar em jogo.

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