sexta-feira, 21 de abril de 2023

Poema sobre a paz

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Neste dia tenso, que tal uma etimologia de ‘paz’?.
A palavra paz vem do latim ‘pax’, de onde também vem 'pacto'.
Nas mitologias romana e grega,
a paz eram deusas, ‘Pax’, em Roma,
e ‘Eirene’, em Atenas.
Ironicamente, o altar da Pax ficava no Campo de Marte, deus da guerra. 
A ‘pax’ era sempre fruto de um ‘pacto’, mas nem todo pacto era pacífico.
Era a 'pax romana', paz para o império e violência para os povos.
Jesus quebrou essa lógica.
Ele disse: ‘eu trago a paz de Deus,
não a dos romanos’.
Ele abriu o caminho da paz e venceu a violência no seu próprio corpo. 
Para os cristãos, a ‘paz’ é graça divina.
Por isso, o cumprimento dos apóstolos era ‘graça e paz de Jesus Cristo’.
Não há caminho para a paz.
A paz é o caminho!'
A mesa modesta com paz é melhor do que a mesa farta com guerra.
O que não pode ser feito com paz no coração não merece ser feito.
A paz não é um destino, é uma decisão.
Somos nós que escolhemos se vamos passar por essa vida deixando um rastro de intrigas ou de misericórdia.
Em vários estudos meus sobre paz, amor e fé, eu percebi que a paz é uma das filhas de Deus.
Está no livro de Mateus que Jesus disse em sermão: “Felizes sempre serão os promotores da paz, com luzes angelicais filhos de Deus os tais são”.
Se queremos alcançar neste mundo a verdadeira paz teremos de começar pelo estado de espírito que vivemos;
e não será necessário lutar se permitirmos que o nosso estado de espírito seja pacificadora; não teremos de transmitir resoluções insubstanciais e infrutíferas, mas iremos do amor para o amor e da paz para a paz,
até que finalmente todos os cantos do mundo fiquem cobertos por essa paz e por esse amor pelo qual, consciente ou inconscientemente, o mundo inteiro clama.











quarta-feira, 19 de abril de 2023

Poema sobre o dia dos povos Indígenas

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Dezenove de abril é dia dos ameríndios 
há quase 80 anos em toda a américa 
terra sempre deles por eles mesmos
os irmãos aborígenes porque há 500 anos chegou o branco a ferro e fogo 
e fez da terra verde do rio azul vermelho sangue!.
os irmãos astecas guaranis e maias apaches e tupinambás ianomâmis e mapuches aimarás e carajás pataxós e ticunas aruaques e taínos foram misturados aos europeus brancos e vermelhos negros e amarelos no novo mundo e pagaram caro, pagaram a vida perderam tudo, perderam a língua, perderam os rios, perderam os filhos, perderam a mãe, perderam cultura. Empurrados p’ra lá
agora nós seguiremos o curso da morte
ou da vida?.
abraçamos?.
ou esquecemos?.
o Pai das etnias
o Tupã dos céus não!.
não esquece!.
perdão, irmão!.
perdão, mãe!.
perdão, irmão!.
perdão, astecas
maias e guaranis 
perdão, apaches 
gentes da terra
perdão, carajás
perdão, brancos,
mestiços e negros
perdão, irmãos!.
um dia não haverá
ódio e morte
será uma só família
no mundo novo
do tupã do céu!.

terça-feira, 18 de abril de 2023

Precisamos nos salvar

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Disse o Cristo, em tom profético,
que "devido ao aumento da maldade,
o amor de muitos esfriará"
e, segundo Ele, perseverar amorosamente neste mundo em que o amor entra em status de extinção
é caminho para ser salvo.
Viver num mundo em que o amor se esfria e sucumbi, requer uma salvação anterior àquela desejada para o céu.
Se Jesus disse que no princípio das dores as pessoas iriam se trair e odiar mutuamente que a maldade se alastraria e que o amor correria risco de morte, eu preciso, todos nós precisamos ser salvo para não ser vítima desse ódio, não ser propagador desse ódio e não ser encontrado entre aqueles que dedicam-se em matar o amor. 
Ser salvo dos outros e também ser salvo de mim.
Ser salvo dos efeitos do ódio e ser salvo dos danos pelo sumiço do amor.
Ser salvo do que a morte faz: interromper o fluxo amoroso da vida humana. 
Deus me livre de ser um daqueles que matam o amor.
Matar o amor é dar mais poder para morte, domínio este que já lhe foi tirada no calvário.
Nos lembremos então que em Cristo,
a morte não apenas morre, mais do que isso, ela também deixa de matar;
afinal, no maior ato de amor, a Vida decidiu triunfar sobre tudo, sobre todos e para sempre.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Aprendi aprendendo e aprendendo aprendi

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Aprendi na jornada da vida que,
há o que dá certo e há o que não dá certo.
Há o que deu errado que, vezes,
é possível corrigir algo e vir a dar certo.
Aprendi que, a dor e a decepção do que deu errado é tão grande que,
mesmo que tenha havido o que deu certo, a tendência é dizer,
deu tudo errado, vezes, não há o que deu certo.
Vive melhor quem nunca terceiriza tanto o que deu certo quanto o que deu errado.
No meu caso não terceirizo nem pra Deus, deuses, diabo, demônios,
não, prefiro assumir e deixar claro que, tenho total participação em tudo que deu certo ou errado na minha vida.
Mas, uma coisa faço, não deixo o que deu errado contaminar o que deu certo.
Até porque, há até o que dá certo por um tempo, e da errado noutro tempo.
Saber discernir tempos estações,
ciclos, períodos, kronos e kairos é sinal de sabedoria e maturidade.
Aprendi aprendendo e aprendendo aprendi.


domingo, 16 de abril de 2023

Deus da minoria

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Deus nunca esteve em maioria,
ou precisou da maioria para fazer qualquer coisa.
É só olhar a história da Fé nas Escrituras.
Noé era um homem desviante em sua geração, Moisés um estrangeiro na corte de Faraó,
Abraão um errante que deixou sua própria parentela para seguir ao chamado do Senhor.
Davi, que era segundo o coração de Deus,
vivia solitário no campo,
onde aprendeu a viver pela fé,
e o mesmo sucedeu com José e Daniel,
que eram estrangeiros e minoria onde viveram. 
Os profetas, Amós, Joel, Isaías, Jeremias,
todos seres desconexos, confrontando reis e sacerdotes a voltarem aos Caminhos do Senhor.
E o que Dizer dos apóstolos,
que eram apenas 12, tendo o grupo maior um número insignificante,
120 pessoas.
Não, jamais houve maioria, Jesus deixou isso tão claro que o ufanismo beira a heresia.
Em Mateus 22 disse aos ouvintes que “muitos são chamados, mas poucos escolhidos”,
em Lucas 12 chama seus discípulos de “pequenino rebanho” e novamente em Mateus, no capítulo 9, afirmou que era necessário pedir ao Pai para mandar mais “trabalhadores” para a seara, pois eles eram poucos.
Também o apóstolo João, num texto pouco compreendido, onde afirma: “maior é o que está em nós do que o que está no mundo”,
trata, notadamente, da qualidade da presença do Espírito Santo em nós,
não da quantidade”.
Essa ideia louca, de que “somos maioria”, é fruto de uma teologia baseada na vitória, no “Deus da guerra”, algo que reflete o quanto estamos distantes de compreender o mínimo que seja o Velho Testamento.
Mas talvez alguém me diga: “Olhe para o Cristianismo!.
Ele representa a religião com a maior quantidade de adeptos no mundo!”. Sim,
é verdade, mas quem disse que Deus é cristão, ou que Jesus tem algo a ver com suas doutrinas?.
Mulheres, pobres, negros, prostitutas e tantos outros sempre foram discriminados, mas Jesus veio e mostrou como eles devem ser tratados.
Este é o verdadeiro cristianismo: amor.
Portanto, o Reino de Cristo está fundamentado em amor para que os pobres, negros, prostitutas e tantos outros, ou mesmo aqueles que reconhecem a sua pobreza,
encontrem neste Reino, a verdadeira bem-aventurança que desfrutam os que recebem a Palavra do evangelho com humildade.



sábado, 15 de abril de 2023

Poema sobre o lado da igreja

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Porque a igreja é a igreja do crucificado?
E ela é solidária com os crucificados?.
Ela é uma comunidade plural, mas não pode ter na igreja nenhuma pessoa que diz assim:
"... Sou mais as pessoas de Roma que crucifica".
Você está na comunidade errada, porque aqui é a comunidade identificada e solidária com o crucificado.
"... Ah, eu estou do lado do senhor de escravo".
Você está na comunidade errada.
A igreja é a comunidade identificada com a cruz, o crucificado e com as vítimas da nossa sociedade.
Por isso que a igreja tem lado.
A igreja acolhe todo mundo mas ela sabe de que lado ela está.
Ela está do lado dos crucificados,
das vítimas sempre, sempre de quem sofre.
Sempre de quem sofre o abuso,
sempre de quem sofre a violência,
sempre de quem passa fome,
sempre de quem está chorando.
A igreja é sempre assim.
Isso é bom porque a igreja está do seu lado irmão!.
A igreja de Jesus é assim,
e a igreja de Jesus caminha agarrada na promessa da ressurreição e da vida.


sexta-feira, 14 de abril de 2023

O enganador que vive em mim

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A auto-aceitação é a essência do problema moral como uma perspectiva integral para a vida.
Que dou comida aos pobres,
que perdôo um insulto,
que amo meu inimigo em nome de Cristo;
todas essas são, sem dúvida, grandes virtudes.
O que faço para o menor dos meus irmãos,
o faço para Cristo.
Mas, e se descubro que o menor entre todos eles, o mais pobre de todos os mendigos, o mais pervertido de todos os infratores,
o próprio inimigo em pessoa; todos estão dentro de mim,
e que eu mesmo preciso das esmolas de minha benevolência; que eu mesmo sou o inimigo que precisa ser amado?.
Nesse caso, revertemos a atitude cristã.
Deixa de ser uma questão de amor ou longanimidade.
Dizemos ao irmão dentro de nós.
Condenamos e nos enfurecemos contra nós mesmos.
Escondemos isso do mundo;
nos recusamos até mesmo a admitir que encontramos esse menor entre os menores dentro de nós.
Quando aceitamos a verdade do que realmente somos e a submetemos a Cristo,
somos envolvidos pela paz,
quer nos sintamos em paz ou não.
Com isso quero dizer que a paz que excede todo o entendimento não é uma sensação subjetiva se estamos em Cristo, estamos em paz, mesmo quando não sentimos nenhuma paz.
Com a benevolência e a compreensão a respeito da fraqueza humana que somente Deus consegue mostrar,
Jesus nos liberta da alienação e da autocondenação e oferece a cada pessoa uma nova possibilidade.
Ele é o Salvador que nos defende de nós mesmos.
Sua Palavra é liberdade.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Poema sobre o Revolucionário

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Jesus era um revolucionário. 
Um revolucionário desarmado,
que nunca pegou numa espada,
exceto aquela vez com o chicote,
mas não para ferir ninguém,
senão para destruir o mercado profano dentro do templo. 
Jesus colocava todos em pé de igualdade.
Homem,
mulher,
centurião,
soldado,
ladrão,
adúltera e escrevia no chão os pecados que todos um dia cometeram para se darem conta de que não estavam em posição de julgar ninguém.
Jesus incomodava na mesma intensidade em que cativava. 
Jesus fazia parte da revolução que morre e não dá que mata. 
Ele dizia que se a semente não morresse, não geraria vida. 
Amou tanto a ponto de se entregar,
se ofereceu como sacrifício intencional e não por falta de opção.
Alias, segundo ele mesmo, poderia naquela hora do madeiro convocar milhares de soldados celestiais para resolver mas não o fez. 
Inclusive, quando Pedro tentou dar uma ajuda na tentativa de defende-lo com uma espada, ferindo um soldado romano, Jesus pede a Pedro para guardar a arma, e ainda toca na orelha do seu malfeitor, curando-o. 
Jesus era assim, um absurdo. 
Refletindo nessa revolução dos que se entregam, muito me preocupa essa geração de seguidores de Jesus com a pistola na cintura.
Será que não entenderam a mensagem?.
Quantos hoje não sairiam as ruas armados ate os dentes para defender o Cristo?.
Até quando vai ter gente matando gente em nome de Jesus?.
Ele morreu para que tenhamos vida e muita vida.
E essa vida é aqui agora, não depois em algum céu ou plano espiritual. 
Portanto, se existe alguém perto de você que não esteja vivendo em abundância, a páscoa não chegou ate ela.
Cabe a você, assim como Jesus fez,
abrir mão de si mesmo, doar-se,
morrer um pouco para gerar vida ao seu redor. 

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Eu sou o problema

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O maior problema sou eu não o outro.
É comigo que tenho que lidar primeiro quando acordo e saio pra vida até quando me deito.
É com meus pensamentos bons e ruins,
é com meus desejos bons e ruins,
é com minhas lembranças boas e ruins, é com minha rotina do que gosto e do que não gosto,
é com meus medos, é com minhas obsessões,
é com minhas compulsões, é com meus sentimentos bons e ruins,
é com minhas sensações boas e ruins, enfim é comigo que lido todos os dias e todo tempo.
É a partir deste incansável lidar comigo mesmo que me habilito a tentar lidar com o outro em perspectivas melhores.
É admitindo a mim mesmo como ser falível que tento dar conta das demandas que me chegam o tempo todo.
É muitas vezes confessando que errei, que não dei conta, que não consegui, que não sei,
que consigo me solidarizar com o outro.
É comigo que tudo começa,
o bem e o mal, é a partir desta escolha, digo, do que vou potencializar e permitir que seja potencializado em mim cada dia,
o bem ou o mal,
que vou tentando dar conta de mim mesmo e do que me chega às mãos pra fazer.
Pra isto, conto com o Espirito Santo que me habita e, com amigos que me assessoram em amor,
aplicando mínimos de bom senso a tudo que penso, que falo,
que escrevo, que faço ou deixo de fazer.
É comigo que tudo começa, bem ou mal, sim,
é a partir de como olho a vida, o que permito que entre pra dentro de mim a partir do que ouço, do que leio e do que permito me habitar.
É a partir do que me deixo ser engravidado que dou a luz o bem ou o mal. "

terça-feira, 11 de abril de 2023

Mais do mesmo

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Os privilégios brancos não têm limites num país com 388 anos de escravidão dentro da lei.  
Sandra Mathias atleta do vôlei,
dona de escola de vôlei,
supervisora do Comitê Olímpico Brasileiro,
branca,
rica,
moradora de São Corado, agrediu homens pretos e uma mulher preta, entregadores, moradores da Rocinha, deu chicotadas, empurrões, chutes.
Tudo filmado.
E segue em LI - BER - DA - DE.
Se qualquer uma das vitimas, pretas, tivesse reagido como Sandra estaria presa, já teria passado por audiência de custódia e um juiz branco BRANCO e muito rico já teria encaminhado para Bangu.
Só existem pessoas como sandra, porque temos um judiciário e um legislativo focado em causa própria e uma sociedade que se pensa consequentemente.
Nem está em chamas o apartamento de sandra e ela continuará passeando com seu cachorro e vomitando seus ódios e seus racismos e votando na extrema direita.


domingo, 9 de abril de 2023

Um novo significado

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A Páscoa para os Judeus significa “passagem”, “travessia” na qual lembram a libertação da escravidão no Egito, comendo pão sem fermento, ervas amargas e cordeiro, e bebendo vinho.
No entanto, Jesus deu um outro significado para a Páscoa.
Jesus Cristo trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor,
trouxe a receita para que o povo se libertasse dos sofrimentos e das maldades praticadas naquela época.
A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos.
A Cruz, então, é uma ponte,
não um destino.
Pra onde?.
A resposta vem do próprio Cristo:
“Eu vim para que vocês tenham vida,
e a tenham em abundância”. 
O sentido da fé não está em transcender a realidade cotidiana,
mas em entrar nela com ousadia.
Assim se vive em plenitude,
assim se experimenta o reino de Deus num grão de areia ou na contemplação de uma estrela, assim se extrai o melhor desta jornada, às vezes dura e dolorosa,
mas sempre extraordinária.
Diante disso, a Páscoa deveria nos impulsionar em trazermos mais pessoas para a mesa e não expulsarmos quem Jesus quis ter por perto.
De igual modo, nada deveria ser mais valioso e habitual para nós do que partir o pão até com quem nos traiu covardemente.
Por fim, se aprendermos com o Mestre que diante do pecado alheio a única coisa que devemos demonstrar é graça, nossos dedos estarão menos em riste e nossos joelhos mais dobrados ao chão enquanto lavamos os pés de quem Jesus decidiu amar.
Portanto a Páscoa para Jesus significa ressurreição, boas novas, nova aliança para que seja feita uma nova massa sem o fermento da maldade e da perversidade.
Nova Páscoa com os ázimos da sinceridade e da verdade porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.











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