quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Poema sobre o abuso de crianças

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O que se pode esperar de milhares de crianças que estão abandonadas nas ruas,
carecendo de educação,
de amor e de respeito?.
É ilusão se pensar no Brasil menos violento quando as nossas crianças não estão sendo educadas para uma vida digna e humana.
A violência contra as crianças, os adolescentes e os idosos é uma triste realidade no nosso país.
Entretanto, a violência se dá de diversas maneiras e tem sua origem nas classes mais favorecidas da sociedade brasileira.
Uma das instituições mais violentas do país é o atual Congresso Nacional com suas falcatruas, manobras e corrupção sem limites.
É inadmissível e inaceitável que não haja circunstância alguma em que a negligência ou o abuso de crianças possa ser tolerado.
A violência também se dá na inversão das prioridades quando se usa recursos públicos,
pois deveriam ser alocados em obras sociais, tais como: educação pública de qualidade para todos, saúde de qualidade para todos, transporte público de qualidade para todos, e não em obras pontuais para atender interesses pessoais de uns poucos.
A violência se dá também no baixo nível da mídia brasileira que é uma das maiores incentivadoras da violência e de baixos valores.
A mídia brasileira não tem ética e não contribui em nada para o progresso social, espiritual e mental dos nossos jovens.
Existem diversas formas de violência no Brasil, mas seria longo demais descrevê-las neste manifesto dissertativo e persuasivo.
Eu apenas declaro publicamente, que neste mundo de tamanha abundância, podemos certamente encontrar os meios para assegurar que nenhuma criança passe fome,
nenhuma grávida esteja demasiado fraca para sobreviver ao parto e que cada uma dos quase nove milhões de crianças que deverão morrer no próximo ano por malnutrição seja salva.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Poema sobre o feminicídio

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Por cada mulher e concubina atacadas com violência,
reduzimos a nossa humanidade, pois todos ou quase todos sabem que o número de mulheres é superior ao de homens pelo menos no Brasil.
É evidente que as mulheres são capazes de fazer todo tipo de coisa desagradáveis, e há crimes violentos cometidos por mulheres como de Mary Pearcey, Aileen Wuornos, Hêlene Jégado, mas a chamada guerra dos sexos é extremamente desequilibrada quando se trata da violência real.
É evidente que mulheres podem praticar vários crimes comuns ao homem como homicídio, lesão corporal, roubo, maus tratos, calúnia, estelionato, sonegação, entre outros, e, crimes que lhe são próprios como o infanticídio e o auto-aborto.
Cada mulher forçada a ter sexo desprotegido por exigência do homem, destruímos dignidade e orgulho.
As mulheres são violentadas em sua individualidade e em sua dignidade uma vez que perde o poder de decisão sobre o seu corpo.
Nós sabemos que existe mulheres que tem que vender a sua vida por sexo, e nós homens culpamo a prisão perpétua.
A Lei Maria da Penha não consegue prevenir, punir e erradicar totalmente a violência contra a mulher,
porque a Lei do pecado continua dando cobertura aos seus agressores.
Cada mulher infectada pelo VIH, destruímos uma geração, dissipamos uma descedência inteira.
Temos de ser honestos e sinceros sobre as relações entre homens e mulheres na nossa sociedade, e temos de ajudar a construir um ambiente de maior capacitação e apoio, que coloque o papel da mulher na frente de um palco, com o intuito de iluminar o rosto dos atores desta luta e saber que a ira não foi criada para violentar aqueles que são nascidos da mulher.
Nós sabemos que a primeira mulher foi gerada da costela do homem,
mas o segundo homem foi gerado do útero de uma mulher ate os dias de hoje.
Portanto, cada um de nós, irmã e irmão,
mãe e pai,
professor e aluno,
sacerdote e paroquiano,
gerente e trabalhador,
presidentes e primeiros-ministros .
Têm de juntar a sua voz a esta exigência de atuação.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A parábola da corrupção

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Os sintomas do nosso mal-estar espiritual não são demasiadas apenas na família, no trabalho, na saúde e nas religiões.
Incluem também a dimensão da corrupção, tanto no setor público como no setor privado,
onde cargos e posições de responsabilidade são tratados como oportunidades de enriquecimento ilícito e pessoal.
A corrupção ocorre no seio do nosso sistema de justiça diariamente.
A corrupção está no sangue desde que o Brasil era Ilha de Verá Cruz, passou pela Terra de Santa Cruz e continua matando milhares de pessoas de fome e de frio por causa da má destruição de renda concentrado nas mãos de um pequeno grupo burguês.
Todos sabem que a melhor forma de melhorar essa distribuição são as políticas públicas com fundamento sócioeconômico que são, saúde, educação, saneamento e habitação que elevam o nível de renda.
Mas a violência nas relações interpessoais e nas famílias, em particular, o vergonhoso recorde de abuso de mulheres e crianças; e a dimensão da evasão fiscal e a recusa em pagar pelos serviços utilizados, não os deixa repartir a riqueza e os bens socialmente produzidos, entre os habitantes e entre os diferentes estratos da população de um país ou região.
A corrupção é uma erva daninha que nasce espontaneamente na mente e no coração.
A corrupção é como uma traça ou uma larva, que vai corroendo todo o tecido de um país,
cobrindo a extensão de sua geografia, com a paciência de uma tartaruga, a voracidade de um esfomeado,
sem deixar partido sobre partido, ideologia sobre ideologia,
discurso sobre discurso, líder sobre líder, herói sobre herói, biografia sobre biografia, estadista sobre estadista.
É como se fosse um joio no meio do trigo chamada de Democracia.
É como se fosse um vírus mais lental que se possa existir.
É um espírito sobrenatural, que inspira e  aconselha os humanos á pegar para si ou para outrem um valor específico.
A corrupção se multiplica em casas decimais, em frações por segundo; é um unijato um multijato, é um impostômetro que um País arrecada em qualquer instante de tempo.
Uma parábola não narra coisas que realmente aconteceram, e sim histórias inventadas mas que revelam verdades profundas.
Em compensação, a corrupção é uma narrativa real que transmite uma mensagem direta, por meio de comparação ou analógica.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Poema sobre Hiroshima e Nagasaki

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A guerra foi em todos os tempos a causa principal do crescimento, da transformação das famílias em tribos em nações e das nações em associação de várias entidades para um fim comum.
Na mas absolutamente certeza seja grande o interesse das nações poderosas em levar vantagens, algumas começam a compreender que há qualquer coisa preferível à própria vitória, que é evitar a guerra.
No passado, a guerra era às vezes uma empresa lucrativa.
A Guerra dos Sete Anos, por exemplo, proporcionou aos ingleses excelente rendimento em relação ao capital nela empregado, e os lucros conseguidos pelos vencedores nas guerras primitivas foram ainda mais evidentes e hegemônicas entre os Estados do antigo Sacro-Império Germânico.
No entanto, não sucede nos conflitos modernos, por duas razões principais, que foi primeiro, a questão dos armamentos que se tornaram extremamente caros, e, segundo, porque os grupos sociais envolvidos numa guerra moderna são muito importantes.
É um erro pensar que a guerra moderna é mais destruidora de vidas do que o foram os conflitos menos importantes de outrora.
Antigamente, a proporção das perdas em relação aos efetivos envolvidos na luta era por vezes tão elevada como hoje; e além das perdas em combate, as mortes causadas pelas epidemias eram em geral numerosas.
Repetidamente se encontra, na história antiga e medieval, notícia de exércitos inteiros praticamente exterminados pela peste.
A bomba atómica lançada sobre Hiroshima e Nagasaki, evidentemente, é mais espantoso, mas mesmo onde ela foi lançada, a taxa de mortalidade não foi tão forte como em muitas outras guerras anteriores.
A população do Japão aumentou cerca de cinco milhões durante a Segunda Guerra Mundial, ao passo que se calcula que a população da Alemanha, durante a Guerra dos Trinta Anos causada por motivos variados como rivaridade religiosos, dinastia, territoriais e comerciais, ficou reduzida a metade com o aumento de eficiência das armas empregadas para deixar crianças mudas telepaticas, meninos cegos inexatos, mulheres rotas alteradas pela radioatividade.


sábado, 8 de agosto de 2020

Poema sobre 100 mil mortes

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Um vírus novo e mortal para os humanos
sobrecarregou hospitais inteiros e uma geração de idosos povoou todos os cemitérios.
O isolamento é a única esperança e ficamos em casa na obscura espera.
O espectro da pobreza avança, a desigualdade o egoísmo ficou-se mais notório que outras inúmeras vezes.
Lojas fechadas, retomada incerta...
Um dia terminará, tenho certeza.
Talvez eu não esteja mais aqui para tranquilizá-lo,
mas ainda assim esteja certo
que nunca eu deixarei de amá-lo aqueles que eu soube que morreram de COVID-19.
Às pessoas muitas das vezes não damos conta que a carregamos conosco,
mas, desde que somos vida, ela segue-nos de perto.
A morte de um amigo é como uma amputação.
Perdemos uma parte de nós;
uma fonte de amor;
alguém que dava sentido à nossa existência, porque despertava o amor em nós.
Perdemos alguém como muitos perderam na Segunda Guerra Mundial, no holocausto que os nazistas fizeram, na maior tragédia da humanidade ocorrida em Hiroshima e Nagasaki.
Perdemos alguém como se perde em um fogo de fuzilaria, em troca ininterrupta de ditos ou palavras entre pessoas que discutem ou ralham.
Perdemos alguém por negligência, alguém pelos negaciolistas, autoritaristas que infelizmente estão usurpando por violência e meios injustos daquilo que não lhe pertence ou a que não tem direito.
Mas não há sabedoria alguma, cultura ou religião, que não parta do princípio de que a realidade é composta por dois mundos: um, a que temos acesso direto e, outro, que não passa pelos sentidos,
a ele se chega através do coração.
Contudo, o visível e o invisível misturam-se de forma misteriosa,
ao ponto de se confundirem e,
como alguns chegam a compreender, não serem já dois mundos, mas um só.
Só as pessoas que amamos morrem.
Só a sua morte é absoluta separação.
Os estranhos, com vidas com as quais não nos cruzamos, não morrem, porque, para nós, de fato, não chegam sequer a ser.
O sofrimento que se sente é a prova de uma união que subsiste, agora com uma outra forma, composta apenas de... Amor. Dói, muito.
Mas com a ajuda dos que partem acabamos por sentir que, afinal,
não fomos separados para sempre...
O Amor faz com que a nossa vida continue a ter sentido.
A partida dos que foram antes de nós ensina-nos a viver melhor, de forma mais séria, mais profunda, de uma forma, inequivocamente, mais autêntica.
Devemos cuidar de todos os que amamos.
Aos que partiram, porém, aquilo que lhes podemos dar é o amor àqueles que ficaram cá.
Porque estes continuam a precisar de nós, do melhor de nós, e é sempre uma iniquidade quando um amor por quem partiu mata, em alguém,
o amor por aqueles que ainda cá estão.
A morte ensina-nos que o Amor é perdoar mais do que vingar,
consolar mais do que ser consolado, partilhar mais do que acumular, compreender mais do que julgar, 
dar, darmo-nos, oferecer o melhor de nós, mais do que termos o que sonhámos.
Não é difícil compreender que os nossos sentimentos e gestos são determinantes, não só para a nossa felicidade neste mundo, como também para a da outra vida, de que esta faz parte.
Repousa em nós, calma e firme, a certeza de que a vida não se mede pela quantidade dos dias, mas pelo amor de que se foi autor e herói.
Chorar a morte de um amigo é a prova de que a sua vida, aqui, teve valor e sentido. É o mesmo amor que nos deu alegria à vida que nos faz, agora, chorar... não desapareceu, está vivo.
Habita-nos o coração.
Ficam as lágrimas choradas no silêncio do fundo de nós.
Fica o silêncio onde se ama.
Fica a esperança, que é certeza, de que todo o carinho e ternura que ficaram por dar não se perderam, adiaram-se apenas.
Afinal, a mesma morte que leva os que amamos, também nos levará a nós.
Será pois uma simples questão de tempo até que possamos abraçar e beijar aqueles a quem, agora, disso a morte nos impede.
No fundo do nosso coração, bem mais fundo do que a morte em nós, está Deus.
A Deus peço a confiança na eternidade do Amor;
a Deus peço que ajude os que neste momento sofrem a dor do espinho que a morte crava;
a Deus peço que me continue a ensinar e a ajudar a Amar com todas as forças de que sou capaz. A-Deus.


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

A fantástica fábrica de dissimulados

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São muito poucos casos em que  pessoas morreram tendo dominado verdadeiramente a sua alma.
Com oscilação, nem sequer a conheceram.
Desde a primeira idade, tiveram na sua frente os exemplos que lhes pareciam ótimos e, a pouco e pouco, lhes escupiram, diminuíram e ocultaram a sua natureza.
Se essa natureza era baixa e pobre e os exemplos foram bem escolhidos, a imitação evitou mais um idiota ou um infrator.
Todavia, em muitos casos, trata-se de naturezas ricas e generosas que teriam podido dar mais do que obtiveram com o método quadrúmano, e vale muito mais um talento pequeno, mas novo, do que a imitação medíocre de um génio.
Mas quase ninguém se atreve a ser o que é e todos querem ser outros.
E como nem a todos se adapta o modelo que escolheram, a imitação resulta quase sempre inferior ao modelo: um desenho tosco efetuado numa parede vale sempre mais do que uma cópia da dama com arminho de Leonardo da Vinci.
Mas o homem não pode deixar de copiar e não faz senão uma fantástica fábrica de dissimulados.
Porque quer ter uma réplica do mundo, reduzida às proporções humanas e aos seus gostos.


Vícios políticos

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Ninguém pode ser contra a Lava Jato porque ninguém pode ser contra corruptos na cadeia.
Assim como ninguém pode achar que a corrupção é um mal menor que os crimes de pedofilia, sequestro, homofobia ou racismo.
Mas o debate não acaba nessas certezas, já que a Lava Jato também não é um bem maior do que os princípios da igualdade, imparcialidade e impessoalidade na lei ou na Justiça.
A pretexto de vigiar e punir abusos políticos, não se pode aceitar da Lava Jato desvios políticos capazes de reproduzir os mesmos vícios políticos que se quer evitar.
Também não se pode aceitar que a Lava Jato se multiplique em uma estratégia que comercializa o direito de uso de uma marca, patente, infraestrutura ou capitanias com métodos e objetivos distintos.
Não se pode aceitar que exista a Lava Jato de Brasília,
a Lava Jato de São Paulo,
a Lava Jato do Rio e a Lava Jato de Curitiba, com vontades e vidas próprias, acima das próprias instituições que se pretende defender.
Importante agora é discutir qual o modelo nacional de Lava Jato,
de combate à corrupção, que nós queremos evitar nova onda de difamações e desconstruções corporativas nos setores público e privado.
Precisamos repensar se queremos prender dirigentes e executivos corruptos ou se só queremos fechar empresas e empregos vitimados pelos dirigentes e executivos; e descartar a nomeação da Lava Jato, de modo a impedir que motivações pessoais e projetos eleitorais acabem distorcendo os começos, os meios e os fins das investigações.
Contundo, há espaço para defender a Lava Jato e, ao mesmo tempo, aperfeiçoar a Lava Jato.
Mas não há espaço para colocar a Lava Jato no banco dos réus.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Relatório sobre os homens

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Os homens não são descendentes dos macacos,
mas apresenta todos os impulsos para o fazer acreditar,
apresenta todos os gráficos de um indivíduo de pouca personalidade,
que copia os outros.
Os homens são como mimetismo,
imitadores para evitar-se ser devorado por predadores.
São como camaleões, quando o assunto é camuflagem.
E, isso se deu porque o pecado original aproximou-nos dos animais e toda a alma é,
de uma maneira ou de outra,
uma antologia zoológica.
O que dizer das ovelhas,
e o que uma faz primeiro as outras imitam,
poder-se-ia aplicar a quase todos nós.
Desde que Adão resolveu imitar Eva e mordeu o fruto, somos, a despeito da nossa ilusão em contrário,
uma sucessão infinita de transcrição e imitações.
Uma única peça em regra, chamado aptidão,
basta para imprimir milhares e milhares daquelas moedas vulgares que circulam pela Terra.
E a aptidão nem sempre se liberta da servidão universal da imitação.



quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Poema sobre a lava jato .

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Políticos, empresários, banqueiros, advogados e jornalistas corruptos. Ninguém pode ser a favor dessa gente fora da cadeia.
Todos eles falam tanto em “novo normal” que chegamos ao ponto de se especular um Brasil sem a Lava Jato.
Esse seria um “novo normal” tão indesejável quanto o velho normal sem a vacina contra o coronavírus.
De fato, já desidrataram o pacote de leis anticrimes,
já acabaram com a prisão em segunda instância,
já enfraqueceram a delação premiada,
já desfiguraram o Coafi.
Enfim, já colocaram no banco dos réus a maior operação da história do Brasil contra a corrupção e a impunidade.
Criminosos em festa estão trocando de lugar com promotores em luto.
A Lava Jato está agonizando em praça pública, e a única maneira de salvá-la seria uma grande mobilização em sua defesa, a exemplo do que se viu recentemente em defesa da democracia.
Sem a Lava Jato, voltaremos a um passado recente quando só pretos e pobres eram levados para cadeia por afanar um litro de leite e um pote de manteiga;
voltaremos a um tempo em que os corruptos eram detidos com algemas de algodão e tornozeleiras de lã para cumprir pena em celas com caviar e um saboroso vinho italiano.
Importante lembrar que a Lava Jato tem muitos acertos, que merecem ser aperfeiçoados,
e alguns erros, que precisam ser corrigidos.
Mas, acima de tudo, a Lava Jato tem o seu lado.
E a impunidade tem o seu lado também.
Cabe a você escolhe o lado em que vai ficar.
Ou você está do lado certo,
ou você está do lado dos corruptos!. Escolha o seu lado!.

Poema sobre Beirute

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De berço fenícios, muitos te desejam.
Desde o Rio Monte Carmelo, ao Sul; e o Rio Orontes, ao norte.
Gregos, romanos, bizantinos e otomanos desejam a astronomia e a matemática nas quais os fenícios produziram importantes conhecimentos, principalmente em decorrência das necessidades da navegação.
Todos desejam, o maior legado fenício que foi, sem dúvida, a criação de um sistema de escrita, que ficou conhecido como alfabeto.
Predizer o futuro, todavia, sido havia sérias, e sempre serás, " Insha'Allah", com toda a tua beleza, a capital libanesa.
Desvendar a sua religião politeísta e antropomórfica, é como conservar os antigos deuses tradicionais dos povos semitas, as divindades terrestres e celestes, comuns a todos os povos da Ásia antiga.
Ontem Julia Augusta, Berytus.
Hoje Beirute.
Sempre pomposa, demonstrando luxo, magnificência, atribuindo excesso de dignidade; grandíloquo, belo e exuberante, um  monumento romano, destacada na Baía de São Jorge, iluminada, em tom alaranjado, a porta de entrada do Oriente Médio.
Quem vem pelo mediterrâneo ao avista-te  sente tua imponência, sente tua nobreza e solenidade no aspecto, nas maneiras e majestade de imediato por ti nutre reverência.
Quem te vê pelo céu imagina que és parte imenso do véu, o recanto dele chamado paraíso.
Tua grandeza é magistral, tantas vezes assolada pelo mal, renasces e transcendes, sempre imponente, orgulho da tua gente.
Beirute, Beirute.
És amada até porque quem nunca te viu, e quem te viu, certamente evoluiu.
Beirute, coberta de sangue por causa do nitrado de amônio, coberta pela sua ganância.
Beirute com mais de 100 mortes, 300 mil sem-teto e risco de desabastecimento.
Beirute uma barreira uma agressão, uma fricção, uma disputa de fronteiras em águas que abrigam campos de exploração de petróleo.
Um confronto entre Israel, um muro na fronteira, e religiões como muçulmanos sunitas, muçulmanos xiitas, cristãos maronitas, católicos, gregos, drusos, cristãos ortodoxos que fazem aumentar todos os dias tensões pelo poder.
Uma gigantesca fábrica de mísseis de precisão voltados contra Israel.
Beirute construída sobre guerras cívicas, destruída pelas milícias xiitas no Iraque, pelos rebeldes houthis no Iêmen, o Hizbullah no Líbano e o Hamas em Gaza.
Todos eles são multifacetada que teve seus antecedentes delineados nos conflitos políticos e compromissos firmados após o fim da administração otomana na região.


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Poema sobre o eneagrama da personalidade .

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O homem não conhece a si mesmo,
porque a sua vida consiste em esforços alternados que se sucede cada qual por sua vez para ser o que não é,
e essa permutação e substituição contínuas de almas que se encontra fora da realidade, e estranhas fazem com que aquilo que na verdade e, ao contrário de Deus, pareça o que nunca é.
Mesmo no mais pobre de nós existem pelo menos sete homens, sete personalidades que adotam o eneatipo como: perfeccionista, o prestativo, o bem-sucedido, o observador, o questionador, o sonhador e o confrontador.
Nessas diferentes personalidades, há aquela que parece aos outros e o julgado, justamente, sabe quase sempre que não é.
Há aquela que diz ser e ele próprio sabe não ser, porque a sua aparência ilusória ou o medo tornam sempre mentiroso.
Há aquela que julga ser e é o mais distante da verdade, que cada um se inclina para se julgar aquilo que não é, por uma impugnação da admiração pelo próprio mérito que afasta tudo o pior, que é a maioria.
Há aquela que quereria ser, o mito pessoal de todo o homem,
o sonho reservado ao futuro, aquele que depois desfigura todas as autobiografias.
Aquela que finge ser para a sua adequação e necessidade da vida comum,
onde o imperceptível deve mostrar-se entusiasmo, o obcecador liberal e o ignóbil corajoso.
Há aquela que se poderia chamar o nosso duplo desconhecido, a personalidade que existe na mente, mas não ao alcance imediato da consciência,
que só conhecemos vagamente e por suposição, embora oriente com frequência a nossa vida e sugira, valendo-se falso ou fingido de razões, muito dos nossos atos.
E, finalmente, há aquela que é verdadeiramente e ninguém conhece,
à parte Deus, do qual apenas um inimigo paciente pode entrever algumas fracções inferiores.


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