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Os sintomas do nosso mal-estar espiritual não são demasiadas apenas na família, no trabalho, na saúde e nas religiões.
Incluem também a dimensão da corrupção, tanto no setor público como no setor privado,
onde cargos e posições de responsabilidade são tratados como oportunidades de enriquecimento ilícito e pessoal.
A corrupção ocorre no seio do nosso sistema de justiça diariamente.
A corrupção está no sangue desde que o Brasil era Ilha de Verá Cruz, passou pela Terra de Santa Cruz e continua matando milhares de pessoas de fome e de frio por causa da má destruição de renda concentrado nas mãos de um pequeno grupo burguês.
Todos sabem que a melhor forma de melhorar essa distribuição são as políticas públicas com fundamento sócioeconômico que são, saúde, educação, saneamento e habitação que elevam o nível de renda.
Mas a violência nas relações interpessoais e nas famílias, em particular, o vergonhoso recorde de abuso de mulheres e crianças; e a dimensão da evasão fiscal e a recusa em pagar pelos serviços utilizados, não os deixa repartir a riqueza e os bens socialmente produzidos, entre os habitantes e entre os diferentes estratos da população de um país ou região.
A corrupção é uma erva daninha que nasce espontaneamente na mente e no coração.
A corrupção é como uma traça ou uma larva, que vai corroendo todo o tecido de um país,
cobrindo a extensão de sua geografia, com a paciência de uma tartaruga, a voracidade de um esfomeado,
sem deixar partido sobre partido, ideologia sobre ideologia,
discurso sobre discurso, líder sobre líder, herói sobre herói, biografia sobre biografia, estadista sobre estadista.
É como se fosse um joio no meio do trigo chamada de Democracia.
É como se fosse um vírus mais lental que se possa existir.
É um espírito sobrenatural, que inspira e aconselha os humanos á pegar para si ou para outrem um valor específico.
A corrupção se multiplica em casas decimais, em frações por segundo; é um unijato um multijato, é um impostômetro que um País arrecada em qualquer instante de tempo.
Uma parábola não narra coisas que realmente aconteceram, e sim histórias inventadas mas que revelam verdades profundas.
Em compensação, a corrupção é uma narrativa real que transmite uma mensagem direta, por meio de comparação ou analógica.
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