sábado, 25 de junho de 2011

Precordial


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Uma mulher é capaz de sobrelevar um homem não pela força, mas pelas palavras que procedem leviamente no coração.

Guerreiros sempre se erguem.


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É mais uma decisão.
Antes de soar o apito,
minhas mãos tremem, aflito,
engolindo seco meu coração.


É mais uma noite inesquecível,
de luta, bravura, entrega,
onde a única coisa que se espera
é superar o impossível.


Enquanto a bola rola,
as rimas desaparecem,
as razões enlouquecem,
às mãos na cabeça com uma bola fora.


O grito se prende na arquibancada,
mas evoca todos os santos,
balbuciando os mais belos cânticos
de amor pela camisa amada.


E muitas chances se perdem,
o goleiro que faz milagre,
a bola que tira tinta da trave
mas guerreiros, das cinzas, sempre se erguem.


Num instante, tudo brilha mais que o sol,
a alma que voa e explode
ao ver o balançar da rede
e soltar o grito preso de gol.


E tudo se torna mais belo nesse amor.
O céu pintado de azul,
a estrela que brilha no sudeste,
com a alegria de meu coração se tricolor.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Espírito do tempo(C.D.M)


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Eu acredito,
que não existem,
protagonistas.
Podemos até ter,
pessoas realmente,
sensacionais.
Por exemplos,
figuras intelectuais,
ou monásticos,
que são grandes,
exibidores para,
a civilização,
mas verdadeiramente,
todos são iguais,
Eu não acredito, amiga,
que eu tenha uma qualidade,
pela qual as coisas,
aparecem tais como são,
principalmente por ser jovem,
se a mocidade acreditar,
no que eles disse.
Eles exactamente,
vão acabar conhecendo,
que os senhores deles ou delas,
são fraudulentos.
Eu acredito que somos capazes,
de realizamos o que queremos,
e que todos os sistemas em que vivemos,
nos ensinar a ser débil e impotentes,
para não ensiná-lo,
a caminhar em direcção a verdade.



Quem controla as mentes das pessoas, controlar o mundo.

Teu paladar .


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Te ouço na cozinha,
Fritando arroz,
Cozinhando galinha,
Temperando a lentilha,
Que não me seduz,
Me atrai teu jeito,
Como corta a cebola,
Como abre o forno,
Pica o alho,
E com canto de olho,
Me espia encantado,
Por estar ao teu lado,
Seja usando pantufa,
Como o cabelo desarrumado,
Com meia listradas,
Ou o cachorro engraçado,
Que dança alegre,
Esperando a chuva chegar,
É um instante breve,
Que me deixa,
De sorriso bobo,
Alma leve,
E me prende,
Á felicidade,
Que me invade,
Ao degustar,
Teu paladar.

A Mobilidade do eterno


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Na chuva densa,
ou no coração lilás,
encontro o futuro,
olhando para trás.
Na silhueta dos prédios,
nas sombras rastejantes,
na síndrome do tédio,
que repete o antes,
como grande novidade.
Paro nos sinais,
que nos mandam seguir,
corro com os cães,
que me ameaçam parar,
troco de lugar,
o que parecia perpétuo.
Brinco com a mobilidade,
do eterno,
no calor do inverno,
e colho a flor,
que caiu na primavera,
e morreu de véspera,
na espera,
do novo amanhã,
que renascia ontem,
mas que hoje,
não apareceu.
Mas, não está no céu,
em seu breu,
e suas serpentes.
Sou eu,
o ontem,
o amanhã,
e o sempre,
em transformação.

Mount St. Helens


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As vezes fico um pouco solitário,
quando você não está por perto,
então volto atrás,
do solo que nos rodeia,
para não senti-me cansado.
de derrama minhas lágrimas.
As vezes fico nervoso,
quando penso nos melhores,
anos que se passaram,
As vezes fico um,
pouco indisposto,
então vejo você,
meia adolescente,
de formas perfeitas,
percorrendo com á vista,
On the road.
sabendo que o poder,
é capaz de silenciar a história.
De vez em quando,
é melhor não falar,
sobre certos assuntos,
pois não perguntem,
o que vocês podem,
fazer para seu país,
perguntem o que seu país,
pode fazer para vocês.
De vez em quando,
preciso de ajuda,
para deita-me como,
criança em seus braços,
e desvendar que não,
é o que você é,
mais é o que as pessoas,
pensam de você,
até o limite.
Um dia tivermos luz,
nas nossas vidas,
e agora só há amor,
na escuridão,
sem nada que possamos dizer.

terça-feira, 21 de junho de 2011

O Idioma da Bondade


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Sigo os passos do destino,
com a mochila nas costas,
abrindo caminho,
esquecendo as derrotas,
quebrando os espinhos,
corrigindo a rota,
sem nunca estar sozinho,
Só me resta seguir em frente,
dobrando as esquinas,
conhecendo gente,
me apaixonar por meninas,
que me acham displicente,
por mais que a vida ensine,
que o amor não é coerente,
refletindo nas vitrines,
meu jeito inconseqüente.
Preciso mais do que rimas,
pra descrever minha sede.
Seja de amor,
seja de leite,
seja de todos os sentidos dormentes,
então, me jogo à tempestade,
sem dó nem piedade,
pois carrego comigo a certeza,
desenhada no meu espírito de nobreza,
que qualquer mal passará,
e de lá retiro minha sensatez.
Não importa que não compreenda,
russo, grego ou japonês...
a bondade não tem idioma,
e o que pareceu diminuir, soma,
pra que descubra quem és,
verdadeiramente,
e que todos os dias,
é dia da bondade.

Vinho lúcido


.



Na noite que se afasta,
mergulho no vinho,
e tento encontrar sozinho,
minha antiga lucidez.
Minhas respostas são falhas,
meus atos são tolos,
e meu coração,
no fulgor da emoção,
segue frágil.
Queria ser mais hábil com os sentimentos,
distribuir ao vento,
o amor que é de todos.
Erro meu,
por pensar ter a terra,
se nem encontrei meu porto.
Estou com sono,
refletindo o cansaço,
de não encontrar o ouro,
que os sonhos me lograram.
E se meus olhos não falam,
ficarei em silêncio,
desenhando acordado,
os traços que desconheço,
da minha felicidade.

Chuva de lágrima


.



Queria voltar pra casa,
mas não sei mais,
onde é meu lar.
Agora que estou sozinho,
qualquer estrada,
é caminho,
qualquer esmola,
é fortuna,
qualquer espumante,
é champagne,
e qualquer madrugada,
é solidão.
Queria te encontrar,
mas não sei onde estou,
pra onde vou,
e, nos retalhos do que restou,
faço tempestade de brisa,
faço chuva de lágrima,
e gargalhada de um sorriso tímido.
Queria que ouvisse,
o que eu digo,
mas que não sentisse,
o que sinto.
Pois o hoje,
me tornou um breve passado,
ainda presente,
na teimosia do amor,
na crença ilógica,
e no equívoco dos deuses.
Sou um mero animal,
que de tão arrogante,
sonha em ser imortal,
nas curvas do teu corpo,
no gosto da tua boca,
e nas batidas do teu coração.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Algum Rock


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Saio de cena,
sem pensar nos problemas,
que nos afastam.
Estou automático,
sem enfeites ou brilhantismo.
Não quero questionar os fatos,
minhas atitudes,
ou o trajecto dos passos.
Fico calado,
deixando que algum rock,
na solidão dos sentidos,
diga em meu ouvido,
que ainda estou vivo.
Que cante,
os amores que desejo,
as brigas que perdi,
as respostas que não tenho,
e que apesar de tudo,
sobrevivi.
Se meu sorriso foge,
é porque minhas vontades,
não foram realizadas.
Então, me dê a guitarra,
e deixe o amplificador ligado.
Pois num belo solo,
esquecerei do mundo,
e encontrarei na melodia,
a crua poesia,
que me falta,
nesses dias.

Sem tuas asas.


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Me perdoe,
se fui tão tolo,
por tanto tempo,
ao te dar o céu,
e esquecer,
de nossos pecados,
eu sabia,
que um dia,
você poderia,
partir,
e levar contigo,
meu coração,
ao cair,
te dei a mão,
antes da escuridão,
nos cegar,
mas seu olhar,
não brilhava,
mais,
fiquei preso ao chão,
na herança do que fomos,
e na tristeza do sonho,
que ficou sem cor,
ainda estou desbotado,
sem você ao lado,
e desejando voar,
sem tuas asas.

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