segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Poema sobre a causa de Deus

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Pergunto isto porque vejo que há pessoas que parecem ter certeza sobre a “causa” de Deus, assim como um homem politicamente fanático parece saber qual é a causa pela qual sua ideologia existe.
Se Deus tivesse uma causa Deus deixaria de ser Deus,
pois qualquer coisa que fosse a Causa de Deus, tornaria Deus seu próprio efeito.
Assim, Deus não tem causa-causal e nem causa-final.
Há muitos, todavia, que nos falam sobre a “causa de Deus” e nos dizem que vivem para servir a tal causa.
Ora, Deus é espírito; daí Sua causa se focar na construção de um mundo invisível, por mais inseguros que fiquemos.
Quando Ele diz que o reino não vem com visível aparência,
e que se instala em nós,
Ele chama sua causa para dentro de mim; não como se eu fosse a causa para Deus, mas apenas como quem é o Caso de Deus.
Deus não tem causa senão aquela que faz de mim a razão de ser de minha própria missão,
que é tornar-me eu mesmo,
conforme a Sua imagem.
Pobre daquele que pensa que sua missão é em algum lugar que não seja o seu próprio coração.
Desse modo, os que entenderam a causa de Deus são aqueles que se ofereceram como chão para que a vontade de Deus seja plantada.
Todo aquele que pensa na causa de Deus como algo a ser construído fora, perde o significado de si mesmo, ainda que diga que vive para a “causa de Deus”; visto que minha missão no mundo é a missão de quem se sabe como sendo o grande ser-lugar onde a missão acontece.
A causa de Deus é fazer em mim e de mim alguém que seja conforme a imagem de Seu filho.

domingo, 8 de janeiro de 2023

Poema sobre o messianismo

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O messianismo consiste em se acreditar no surgimento ou no retorno de alguém, com superpoderes,
para libertar,
redimir,
vingar,
iniciar novos tempos, dar moral para um povo ou para um grupo.
Os judeus esperam o seu Messias até hoje, alguém que devolva para eles todo o território, todo o poder que tiveram nos dias do Velho Testamento, quando genocidavam povos inteiros, tomavam seus territórios e se apropriavam de suas culturas.
Jesus Cristo não se enquadrou no perfil e mataram ele como falsário.
Enquanto o Messias não aparece, vão genocidando os palestinos, aos  poucos, para não perderem o hábito assassino de sempre.
Afinal de contas, são os ESCOLHIDOS por eles mesmos.
O Cristianismo, Judaísmo, especialmente os cristianismos pós Constantino, institucionalizados, ficaram com Jesus Cristo como o seu Messias.
Logo, os cristãos esperam a volta dele, para premiá-los e para destruir os não cristãos.
É uma volta esperada para medalhas e vinganças.
Essa crença messiânica excedeu os muros altos das religiões.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Resumo da série DARK

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Sem dúvida uma das melhores séries sobre viagens no tempo que já assisti, não apenas pela engenhosidade da trama,
como também pela maneira como trata temas existenciais e filosófico, colocando-nos cara a cara com nossos temores mais profundos e nossas dúvidas mais cruéis.
Diferentemente de outros filmes e séries que abordam o assunto, Dark explora as implicações existenciais do tempo e seus efeitos sobre a natureza humana.
A trama se passa na cidade fictícia de Winden, na Alemanha, deflagrada pelo impacto do desaparecimento de uma criança, expondo os segredos e as conexões ocultas entre quatro famílias locais, que incluem uma conspiração envolvendo viagens no tempo que se estende por gerações. 
Sem pretender me alongar,
nem dar spoiler, dentre as coisas que me chamaram a atenção estão alguns indícios de que seu autor tenha recorrido às Escrituras em busca de inspiração.
Não é coincidência que os dois principais personagens recebem nomes bíblicos: Jonas (que no futuro passa a identificar-se como Adam ou Adão em português) e Martha (que se apresenta depois como Eva). 
De acordo com a teologia cristã clássica, Adão e Eva são aqueles sobre os quais pesa a culpa pela desgraça da humanidade.
O que teria acontecido se o primeiro casal não houvesse desobedecido ao Criador?.
Ainda assim precisaríamos de um Redentor?.
Seria o plano de redenção uma espécie de plano B ou plano “tapa buraco”?.
Deus teria sido pego de surpresa?.
O evento conhecido como “Queda” poderia ter sido evitado?.
E se um de nós pudesse viajar no tempo e impedir que a serpente os enganasse?.
E se conseguisse tomar o tal fruto proibido das mãos de Eva antes que o levasse à boca?.
Jonas é aquele profeta rebelde que toma a direção oposta à que Deus lhe ordenara.
Mas no meio do caminho, uma tempestade enviada por Deus altera seus planos.
Jonas é atirado ao mar, engolido por um grande peixe e vomitado na praia do lugar para onde Deus o havia enviado.
Não seria isso uma evidência de que independentemente de nossas decisões, os propósitos divinos sempre prevalecem?.
Qualquer coisa que façamos acaba por contribuir na execução de Seus planos.
No fim, uma cidade inteira foi convertida, evitando assim sua destruição.
Isso, porém, não impediu que Jonas se deprimisse a ponto de pedir a morte em oração.
Marta e Maria eram  irmãs de Lázaro.
Enquanto Maria escolheu parar e sentar-se para ouvir Jesus, Marta preferiu se manter ocupada com suas atividades domésticas.
Ter escolhido “a melhor parte” não impediu Maria de amargar ver seu irmão morrer, enquanto esperava a chegada do mestre para cura-lo.
O destino é inexorável.
Ainda que pudéssemos voltar no tempo, tomar outros caminhos, eles sempre desaguariam numa espécie de delta temporal, um ponto de convergência onde a nossa liberdade de escolha e nosso destino se reencontram, tal qual ocorre entre um rio e o oceano.
Mesmo que um rio sofra uma transposição de sua calha, como ocorreu com o São Francisco, isso não impedirá que suas águas cheguem ao oceano.
O ciclo é ininterrupto.
O fato de Maria ter escolhido a melhor parte não impediu que seu irmão morresse.
Nem a fato de Marta, sua irmã, ter escolhido a pior não o impediu que ele fosse ressuscitado por Jesus. Portanto, a morte de Lázaro independia da postura adotada por suas irmãs com relação a Jesus.
Elas, porém, acusam a Jesus de não haver chegado a tempo para evitar que seu irmão morresse.
Porém, Jesus sabia que aquilo era inevitável.
Não haveria ressurreição sem que houvesse morte.
Assim como não haveria redenção se não houvéssemos caído de nosso estado original.
Providência divina e responsabilidade humana são os dois leitos de um mesmo rio e devem correr lado a lado, de maneira sinérgica, interativa, até chegar ao delta da eternidade, quando as águas da cronosfera desaguarem na kairosfera.
Somente então, tudo fará sentido.
Nossa ignorância pode ser uma bênção.
De fato, o que conhecemos é uma gota, mas o que ignoramos é um oceano.
Jesus disse que tinha tanto para dizer aos Seus discípulos, porém eles não estavam preparados.
Na ocasião em que lavou os seus pés, Ele disse: “O que eu faço agora não podeis compreender, mas compreendereis depois.”
Outra coisa que me chamou a atenção em Dark foram os inusitados encontros entre os eus do passado, do presente e do futuro, que acontecem envolvendo os protagonistas, além de outros personagens como o filho do casal, produto da união entre dois universos, o de Jonas e o de Martha, criados a partir de uma bifurcação temporal.
Quem fomos, quem somos e quem seremos coexistem na malha temporal.
Nossas escolhas são influenciadas tanto pelo nosso passado quanto pelo nosso futuro.
O que somos destinados a nos tornar está sempre em contato com o nosso “eu” presente.
Quem somos é o ponto de convergência entre quem fomos e quem seremos.
O desaparecimento repentino de crianças na pequena cidade alemã remete a acontecimentos idênticos ocorridos 33 anos e 66 anos antes, envolvendo uma misteriosa caverna, uma usina nuclear suspeita e um estranho homem recém-chegado na cidade.
A história começa em 2019, mas se conecta com histórias que se passam em 1986 e em 1953 através de viagens no templo.
33 era a idade de Cristo ao ser executado numa cruz pelas mãos dos romanos.
De acordo com Paulo, o período que abarca o nascimento e a morte de Jesus era chamado de “plenitude dos tempos.”
Mas tanto para Paulo, quanto para seus colegas Pedro e João, a cruz histórica foi a manifestação de um evento meta-histórico, ocorrido antes do início dos tempos. 
A cruz é o centro gravitacional capaz de prover o nó que une todos os universos.
Por isso, Paulo diz que na cruz Deus fez convergir em Cristo todas as coisas que há nos céus e todas as coisas que há na terra.
Em outras palavras, todos os mundos visíveis e invisíveis, acessíveis e inimagináveis, todos os universos possíveis, foram atraídos a Ele.
A cruz é a encruzilhada onde tempo e eternidade se encontram.
Assim como a criança gerada no ventre de Martha era o fruto inusitado do encontro de dois mundos (tempos distintos e paralelos), Cristo é o elo entre o nosso mundo e o mundo porvir. 
Sinto-me instigado cada vez que leio em Hebreus que fomos visitados pelos poderes do mundo vindouro. 
Este “mundo vindouro” é o tal paraíso tão almejado pela alma humana. 
O paraíso é a ambiência existencial de onde fomos expulsos quando iniciamos nossa peregrinação.
É tanto o ponto de partida, quanto o lugar de chegada.
O início é o fim, e o fim é o início.
Por isso, o tal paraíso figura nas primeiras e nas últimas páginas das Escrituras, no Gênesis e no Apocalipse.
Ele é de onde viemos e para onde estamos indo.
É nele que adentramos no momento em que deixamos o tempo e o espaço, isto é, sem escalas.
“Hoje mesmo”, foi o que Jesus garantiu ao homem crucificado ao Seu lado, “estarás comigo no Paraíso.”
Ficou a cargo do Espírito Santo conduzir a humanidade até o entroncamento final entre tempo e espaço.
Cada vida que parte do tempo é uma vida que adentra o Paraíso, que não se encontra em um lugar qualquer do universo, mas no entroncamento entre o tempo e a eternidade, onde o ponto de partida é também o ponto de chegada, o Alfa e o Ômega,
o princípio e o fim.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Viva

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Viva a Vida do Verbo Vivo.
Vivo está o Menino.
Vida é o seu grande poder.
Viver é o exercício do seu maior dom. 
Para o divino viver como gente,
houve missão. 
A vida humana seguiria um novo tom.
Nasceu a esperança da reconciliação.
Viva a Vida do Verbo Vivo.
Vivo está o Menino.
Vida é o que passou a oferecer.
Viver é o acorde do novo som.
Quando o divino quis viver como gente, houve adoração. 
A vida humana surgiria com a forma dAquele que é todo bom.
Nasceu a promessa de redenção.
Viva a Vida do Verbo Vivo.
Vivo está o Menino.
Vida deixaria de perecer.
Viver é o ritmo da nova dança. 
Pois o divino, ao decidir viver como gente, restabeleceu a celebração. 
A vida humana atingiu sua plenitude dentro de uma criança. 
Nasceu a aguardada Salvação. 
Viva a Vida do Verbo Vivo.
Vivo está o Menino.
Nasceu lá em Belém.
Mas, o divino, vivendo como humano, espera pra nascer em mais gente.
A vida que dele brota, por ser eterna, não cabe em si.
Transborda. 
Encharca todos com renovação. 
Nasceu a confiança da restauração. 

sábado, 31 de dezembro de 2022

Seja normal

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A melhor maneira de você fazer diferença é sendo igual.
Sim, a religião cria o sofisma de que você tem que ser diferente do "Mundo", e assim surgem seres desconectados da vida,
da realidade e do drama humano de existir.
Não tem que ser assim!.
Seja normal!.
Seja igual a todo mundo, rindo, chorando, sofrendo, caindo e levantando.
Seja igual e demonstre sua fé com expressões de solidariedade e justiça, com bom ânimo e amor,
não com cabelo cumprido e feições sem maquiagem, não com assepsias sociais e não-me-toques,
seja diferente sendo parecido com gente do bem, seja mais real,
seja você mesmo!.
Jesus era igual a todo mundo,
não se vestia com as vestes da religião dos fariseus,
nem era como os rabinos de Israel, ele era comum, um homem como qualquer outro, para ser identificado na hora de ser preso Judas teve que lhe dar um beijo, assim os soldados souberam que era ele.
Jesus andava sem melindres,
sem disfarces, sentava em roda de pecadores, comia com gente sem pedigree, ria e se alegrava com os amigos, chorava e sentia misericórdia da dor humana.
Seja, então, como ele!.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Poema para o nosso tempo

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Os movimentos mais puros e os mais impuros foram antes um pensamento.
Embora seja comum dizer, "falei sem pensar, fiz sem pensar",
é certo que, todo e qualquer movimento é precedido de um pensamento. 
É no pensamento que se constrói ou se destrói tudo.
E não há desafio maior que mudar um pensamento enraizado.
É lá no ambiente dos pensamentos que tudo começa ou termina.
Uma das expressões que mais me desafia está em Filipenses 4.8
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai"
Este é um exercício espiritual,
uma disciplina espiritual,
avaliar os pensamentos,
discerni-los,
encontrar o melhor no que diz respeito ao pensar.
Se concluir que preciso mudar um pensamento, um jeito de pensar,
um ponto de vista,
um paradigma,
uma referência,
um conceito,
um preconceito,
preciso me esforçar e me abrir pra esta possibilidade.
O que não posso é permitir que os pensamentos que produzem o pior em mim me dominem.
Ha momentos que preciso dar ordens aos meus pensamentos.
Meus pensamentos precisam ser conduzidos pra o que é bom e o que faz bem.
Me ajude Senhor."

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Poema sobre a semeadura

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Não creio que a colheita seja infalível aos que plantam.
Não a interpreto como fazem os adeptos da teologia ou da teologia da prosperidade.
A lei da semeadura não é, ao meu ver, possível de ser aplicada literalmente.
Sempre houveram incontáveis impecilhos a colheita.
As chuvas, geadas, pragas, entre outras incontroláveis ações, reações da natureza são, por vezes, impossíveis de prever e comprometem, em alguns casos, totalmente a colheita.
Basta você conversar por poucos minutos com algum pequeno ou grande produtor rural que saberá que semear não traz em si garantia nenhuma de colheita.
É preciso dizer que se você plantar laranja, havendo a colheita,
é verdade que você não colherá outra coisa senão laranja.
A obviedade também reflete a glória de Deus.
No entanto, essa óbvia lei da semeadura nem sempre será replicada aos demais plantadores. Digo isso, pois, o próprio Cristo ao semear paz, amor, perdão, justiça e vida, colheu sobre si ira, ódio, violência, injustiça e morte.
Contudo, não deixou de semear para que outros pudessem participar dos frutos que Ele havia plantado.
Suas sementes me permitiram colher algo que eu jamais poderia semear, tampouco colher por mérito próprio. 
Muitos entendem e pregam que a orientação bíblica para a semeadura deve ser realizada como um investimento que é feito para colher no futuro bênçãos para si.
Pode observar, toda vez que há uma pregação especialmente dos pregadores da teologia da prosperidade; é feita com ênfase na tal lei da semeadura, o foco é plantar para colher pra si.
Incalculável engano.
Quando vejo as menções bíblicas a respeito da lei da semeadura,
como por exemplo a de 2 Corintios 9.6, percebo que o grande milagre da semeadura é proporcionar a colheita de outra pessoa.
Não é semear como investimento para si; ao contrário, é semear como esperança profética de provisão aos que não possuem nem mesmo as sementes.
A lei da semeadura que creio de forma absoluta é essa: semear generosamente para benefício de qualquer outra pessoa além de mim mesmo.
Semear como oferta de amor para que a colheita seja feita por todos as que tiverem fome do que quer que seja.
Semear como expressão de gratidão pelas sementes que não plantei,
mas tive a benção de colher os frutos.
Semear como profecia na vida do outro.
Semear como partilha.
Semear como compromisso de proclamar o novo mundo.
Semear com o desejo de seguir os passos do Mestre.

domingo, 25 de dezembro de 2022

Poema sobre o Natal (2022)

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Deus é eterno.
Está fora das categorias de medida.
Não sofre o tempo,
não envelhece.
Não tem densidade,
forma,
peso ou textura.
Não ocupa espaço.
Não tem altura,
largura nem comprimento.
Deus é espírito.
As coisas do espírito são da ordem da eternidade,
e escapam à possibilidade de medida, amor, compaixão e misericórdia; verdade,
justiça e liberdade, por exemplo. Diferente das coisas da ordem da criação.
Você pode medir o valor financeiro de uma oferta, mas não pode medir a generosidade.
Pode medir os metros quadrados de um apartamento, mas não pode medir o afeto dos que dividem o teto.
Pode inclusive medir a velocidade com que se chega ao saguão do aeroporto, mas não pode medir a saudade.
Deus é eterno.
Deus é desmedido.
Deus não cabe.
A menos que se faça caber.
Como no natal.
Como naquela noite do primeiro natal.
Deus decidiu caber numa pequena vila em Belém.
Deus escolheu caber no ventre de uma menina-mulher recém-saída da puberdade.
Deus se esvaziou tanto, até caber no corpo de um bebê de tamanho pouco maior do que a palma de uma mão.
Naquela noite Deus fez ecoar por toda a eternidade que estava para sempre disposto a abraçar o tempo, o espaço e a matéria.
Naquela noite em que se fez história Deus pegou todas as coisas da ordem da criação, tipo você e eu,
e levou para dentro de si.
Desde então, tudo o que tem medida cabe em Deus.
Desde aquela noite quando o Deus que não cabe decidiu caber em Jesus.
Natal é Deus nos lembrando que não há nada mais divino do que sermos humanos.
Entre comes e bebes, troca de presentes, família reunida ao redor da mesa, lembremos do verdadeiro sentido do Natal: Ele se tornou um de nós!.
O amor estabeleceu entre nós sua morada.
FELIZ NATAL!.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Poema sobre a catequização

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"Padre" Kelmon sintetiza bem o "não toqueis no ungido" ao exigir respeito por sua batina. 
Ele pode até não ter voto, mas sua postura representa a de muitos líderes religiosos que se acham donos da verdade absoluta.
A "catequização" ao longo da história é um eufemismo para o estupro da cultura e identidade alheia.
São estes pensamentos que destroem as relações familiares, comunitárias, eclesiásticas,
sociais e etc.
Talvez eu não estarei vivo para ver um mundo sem esse tipo de gente.
Mas eu creio na utopia  de um mundo livre desse tipo de pensamento.
Jesus não tem nada a ver com esse caminho onde só se fala sem ouvir e que faz da visão religiosa apenas uma ponte para o projeto de poder e domínio.
Ele nos chamou para amar e servir respeitando a alteridade.
É um Caminho muito mais leve e simples.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Poema sobre a porta estreita

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Porta larga é a porta dos desesperados por saciar suas necessidades.
Nela há espaço para tudo;
é condescendente e imprudente, entra por ela qualquer coisa e não se importa com o propósito.
Seu caminho espaçoso,
distrai a retina e retira o foco.
Paradoxalmente, proporcionar uma visão míope nos levando a cair em um abismo.
O velho homem é bem-vindo e tem espaço de sobra para passar por ela.
Porta estreita é a porta da esperança e dos propósitos.
Nela não há espaço para concessões; é rigorosa e criteriosa, não aceita qualquer coisa e,
só entra por ela, o que está atrelado ao propósito.
Seu caminho apertado mantém a retina reta e focada. 
Paradoxalmente, proporciona uma visão ampla nos levando a vislumbrar um horizonte ilimitado.
O velho homem não é bem-vindo,
só existe espaço para o novo homem passar.
O velho homem se por ela quiser entrar, na Cruz pregado deve estar.
A porta estreita tem anatomia proposital para evitar distrações.
Assim fica mais fácil de olhar "firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual,
em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz.
Mente estreita, anda pelo caminho espaçoso da porta larga.
Se perde e, não tem nada,
por querer tudo.
Mente espaçosa metanoia, anda pelo caminho apertado da porta estreita.
Se salva e, tem tudo, por aprender a se contentar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Poema sobre a mesa

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Quando Deus prepara uma mesa diante dos nossos inimigos como esta descrito no Salmo 23.
não é para deixa-los com água na boca.
Mesa é lugar de servir, portanto,
tal mesa é preparada para saciar e não para ostentar.
Mesa é para que se cumpra o que está descrito em Romanos 12:20.
 "se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber,".
E se Ele não houvesse preparado uma mesa diante de nós,
Seus inimigos, onde estaríamos?.
A Cruz foi a mesa onde O Cordeiro Imolado foi ofertado,
temperado pelos nossos pecados.
É graças a esta oferta que somos aceitos no banquete do Rei.
Todos éramos inimigos de Deus e é justamente neste tempo de inimizade que "Deus demonstra seu amor por nós.
Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Nossos pés coxos e vacilantes,
nos faziam andar "nos desejos da nossa carne.
E éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.
Mesa é lugar de nivelamento.
Nossos pés coxos e vacilantes ficam ocultos na parte debaixo dela.
O que fica à vista de todos é a parte de cima do corpo para que possamos olhar no olho de cada um.
Nesta mesa não há méritos e nem ordem de chegada.
Tão pouco status social; nobres e plebeus tem o mesmo trato.
No cardápio dela, é servido o prato da Graça ao molho de Misericórdia, acompanhada de um frescor da alegria do Vinho Novo, última safra especialidade da Casa.
Nela, "Mefibosete" não sofre mais bullying, agora ele tem lugar cativo!.
Apesar de coxo de ambos os pés,
ele se sente incluso e come com Príncipes e o Rei.
Quer saber, só age com misericórdia quem reconhece que um dia precisou dela.
Eu precisei e você?.
Então, vai lá e seja uma mesa para àqueles que Deus tem colocado diante de você.

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