domingo, 20 de março de 2022

Propósito de redenção

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Há textos que descrevem um Deus absoluto controlando  cada detalhe e acontecimentos da vida.
Mas há  também tantos outros  que  mostram a vontade de dEle não sendo realizada. 
A vontade de Deus foi frustrada por um grupo de  fariseus “os fariseus e os peritos da lei rejeitaram o propósito de Deus para eles,
não sendo batizados por João”.
Também por toda a  cidade  quando Jesus lamenta sobre Jerusalém “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados!.
Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!”.
Pensar que  o fato de Deus ser soberano significa que ele tem controle absoluto sobre todas as coisas é uma ingenuidade sem limites. 
Quem defende essa teologia não consegue perceber que em últimas consequências  está se afirmando  que horrores como, assalto, estupro, guerras, pedofilia, campos de concentração estão todas na conta das ações de Deus.
Esse Deus que pode controlar, prevenir, extirpar esse tipo de ação e não o faz só pode ser um monstro, um  canalha.
Não há outro adjetivo.
Esse Deus não é amor 
Se Deus está no controle como ele pode permitir genocídios? e tantas outras atrocidades?.
Jesus Cristo sendo meu óculos de leitura da vida me mostra que Deus é amor e não um déspota.
Mas a Religião prefere vender uma soberania sem sentido, que retira de nós nossa responsabilidade da história  e faz a todos seguir vivendo sem se responsabilizar pelos seus atos, portanto sem arrependimento e sem remendo.  
A miséria, os crimes,
as discriminações só existem porque Deus é aquele que permitiu sua vontade ser contrariada  nos fazendo seres livres que podemos nos comportar inclusive em desobediência a sua vontade  e projeto e é isso que fazemos.
Deus não controla a história,
nem a vida humana.
Dentro dessa bagunça em que vivemos  Deus age em seu propósito de redenção.

sexta-feira, 18 de março de 2022

Aprendizados

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PIS,
Cofins,
ICMS,
royalties,
commodities,
subsídios,
descontos,
redução de impostos e a criação de um fundo especial recheado com os lucros da Petrobrás,
os dividendos do governo,
além das participações especiais dos estados e municípios.
Tudo isso, que vem sendo discutido nos altos gabinetes de Brasília,
é também assunto nas mesas de bares, nas esquinas, ruas e praças o que é ótimo!.
Éramos um país de mais de 200 milhões de “técnicos de futebol” e nos tornamos um país de mais de 200 milhões de “virologistas, imunologistas, epidemiologistas”.
Agora, positivamente, somos um país de mais de 200 milhões de “economistas”.
Digo positivamente porque é mesmo muito bom quando a gente sabe o custo, o preço e o valor das coisas e da vida.
É muito bom quando a gente aprende ou descobre que precisa ficar atento, também, aos acontecimentos que parecem distantes,
mas estão dentro da nossa casa e do nosso bolso.
Só a lamentar que esse aprendizado seja forçado pela imposição brutal de uma guerra que ninguém pediu, ninguém queria.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Um novo normal na economia

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Na pandemia, o mundo descobriu que era dependente da China em equipamentos de proteção individual.
Agora na invasão à Ucrânia,
a Europa constatou que é dependente de petróleo e de gás da Rússia.
E o Brasil lembrou o quanto é dependente de fertilizante.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden já sinalizou que aprendeu a lição.
Segundo ele, precisamos reinventar hábitos, costumes e necessidades, especialmente as que nos tornam dependentes.
Biden fala em menos carros,
menos combustíveis,
menos explorações ambientais e menos agressões e desperdícios climáticos.
Enquanto isso não é possível,
cabe a gente experimentar mudanças de estilo, de cultura e de consumo coisas que não nos façam reféns de imprevistos, inimigos ou perigos.
Quem sabe, experimentar a simplicidade voluntária,
que nunca deveria ter saído de moda.
A ideia de viver feliz com menos não é nova, mas continua sendo estimulante e revigorante. Principalmente, quando se sabe que, mais cedo ou mais tarde,
o caos e o colapso sempre vão empurrar a economia para o capítulo da escassez.
Sem se dar conta, a humanidade e a economia não têm hoje soluções para um mundo, por exemplo,
sem água, sem chuva, sem árvores, sem florestas e sem fontes renováveis.
Para melhor gestão dos negócios e do futuro, a humanidade e a economia precisam se reconciliar.
A humanidade precisa de um ‘novo normal’ também na economia.

quarta-feira, 16 de março de 2022

A história das ilusões e loucuras das massas

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O mundo em que vivemos está se tornando um lugar insuportável,
em nosso tempo, quanto mais absurdo algo for, melhor será considerado, é a coroação do excesso, da extravagância e dos extremos.
A verdade é que ser normal se tornou algo patológico, pois, de fato,
é extremamente adoecedor andar de cabeça para cima num mundo que está de pernas para o ar.
É triste, mas estamos em rota de coalização com o nada,
vamos nos espatifar em coisa alguma, é sofrível contemplarmos o niilismo do ser anoréxico de razão,
a alma humana desidratou-se em si mesma, tornou-se um grande vácuo engarrafado dentro de corpos esculpidos pelo cutelo das academias, bundas marombadas tomaram o poder e passaram a controlar cérebros raquíticos,
é a consagração das toupeiras em um mundo amorfo e pálido.
Livra-me, oh Deus, de tudo isso, parem o trem da história que eu quero descer!.
Diga-me, você, para onde foi a poesia e a cor púrpura do pincel do pintor?.
Para onde foi o devaneio de sonhos impossíveis, onde estão os embebidos pelo vinho da alegria?.
Ah, que tragédia, e tu bem sabes os porquês de todos terem se tornado tão tétricos, pois sim, “essas pessoas da sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer”, nada mais lhes cabe na mesa onde o banquete da vida está posto.
Doutra sorte, e para ser honesto, nada poderiam mesmo acrescentar, eles apenas lhe dirão que o cinza de tanto concreto que plantamos debaixo dos pés embotou-nos a visão, “não querias realismo?”, afirmam eles, “então embebeda-te com a tua porção de realidade,
pois isso é tudo o que nos resta neste porão de silêncio e solidão que nos consome o ser dormente deitado sobre as cinzas das horas”.
Que pobreza, que miséria, estamos comendo lixo como se fosse faisão-de-Rei, nossa maldição é termos que aplaudir o obsceno e reverenciar o explicitamente patético, o que é grosseiro se tornou chique e até a imbecilidade é reconhecida como requinte intelectual.
Ou seja, os idiotas vão tomar conta do mundo, não pela capacidade,
mas pela quantidade, pois eles são muitos.

terça-feira, 15 de março de 2022

Poema sobre o vício da maledicência

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O que me pergunto com frequência é se é lícito, se é pelo menos razoável, uma pessoa ficar procurando um perfeito critério de conduta para cada novo problema mínimo que a mudança dos tempos nos coloca,
em vez de ater­‑se a buscar a perfeição nos pontos fundamentais já firmemente estabelecidos há séculos ou milênios. 
É lícito fumar?.
É lícito jogar joguinhos de computador?.
É lícito dizer palavrões?.
É lícito seguir a escola austríaca de economia?.
Não tenho e não desejo regras para decidir sobre esses assuntos enquanto não estiver seguro de que já estou cumprindo os dois mandamentos supremos: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a mim mesmo.
Quando chegar a esse ponto, começarei a pensar nos detalhes novos. 
Já sei que isso é discutível.
Mas é realmente sensato querer discutir tudo o que é discutível?.
Não é melhor buscar o essencial primeiro?.
Já vi, por exemplo, pessoas incapazes de renunciar ao vício da maledicência fazerem belos discursos morais contra o fumo ou contra os palavrões.
Para mim isso é inversão das proporções.
E, como o amor a Deus é impossível sem o senso das proporções essa inversão viola claramente o Primeiro Mandamento. 
Dar importância a picuinhas é desprezar a ordem hierárquica da existência, a qual ordem é o próprio Logos, o próprio Jesus. 
Muita gente pensa que “a carne” só tem a ver com sexo.
A carne é todo o mundo das sensações imediatas.
É mais fácil controlar o impulso sexual do que a atração hipnótica das picuinhas. 
Tenho uma oração que eu faço e que oro com freqüência: “Senhor Jesus Cristo, guia­‑me pelo Divino Espírito Santo sem que eu o perceba, porque se perceber posso interferir e estragar tudo.”

segunda-feira, 14 de março de 2022

Poema sobre o aumento da gasolina

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Com o preço da gasolina custando R$7, o brasileiro vai encontrar os reflexos da guerra na Ucrânia cada vez que for ao posto.
O governo vai subsidiar o preço da gasolina, e quem vai pagar o subsídio é você e eu.
Pagaremos nos impostos que vão aumentar e nos juros da dívida pública que vão crescer porque o governo vai se endividar mais.
Pagaremos de qualquer jeito, na bomba ou nas contas públicas.
A diferença é que no 1° caso, há como se defender; no 2°, não.
Com preços livres, basta comprar umas poucas ações da Petrobras e você está protegido.
Se o petróleo sobe no mercado internacional, fica mais caro encher o tanque, mas você ganha dinheiro com as ações.
Uma coisa compensa a outra.
Com preços subsidiados pela Petrobras e por nós, vamos pagar a conta agora e pagaremos de novo, em breve.
A capacidade de investir da Petrobras vai cair.
Teremos de importar mais petróleo.
Para pagar, precisaremos de mais dólares.
Comprando mais dólares, o dólar sobe de preço e todos os produtos importados ficam mais caros, incluindo o próprio petróleo.
Mas e se a guerra acabar?.
O preço da gasolina vai cair?. Não.
A defasagem do preço no Brasil era o dobro do aumento que tivemos.
Mesmo após o aumento, a Petrobras terá um custo mensal de R$6 bilhões subsidiando preços ainda inferiores aos internacionais.
Se os preços caírem no exterior, não vão cair aqui.
Mas e se a guerra continuar e os preços subirem mais?.
Só há 3 hipóteses:
Os preços sobem ainda mais aqui,
O governo aumenta o subsídio e nós vamos pagar ainda mais impostos,
A Petrobras vai perder ainda mais dinheiro.
Não vai ser a 1ª vez.
Aconteceu no governo Dilma, a empresa quase quebrou e a economia brasileira afundou.
Não foi só a gasolina que ficou mais cara com a alta do preço do petróleo.
O preço do álcool e do diesel sobem juntos e o preço de todo o transporte e tudo que tem de ser transportado sobem também.
Com os caminhoneiros pagando mais pelo combustível, o aumento será repassado ao frete, e na sequência, ao preço dos produtos transportados.
E assim, infelizmente, nós no Brasil e todos no mundo vamos pagar a conta pela guerra na Ucrânia e as sanções econômicas impostas à Rússia.

sábado, 12 de março de 2022

Poema sobre o impacto econômico

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Até o momento, com todas as sanções e movimentos das companhias face ao ataque russo para cima de Ucrânia, 124 companhias já saíram da Rússia ou paralisaram as operações por tempo indeterminado.
Até mesmo o McDonald’s, que foi um ícone da chegada do capitalismo na Rússia, após a dissolução da União Soviética, abandonou suas operações essa semana.
O impacto econômico será muito significativo, com grande crescimento do desemprego e da insatisfação popular.
Por outro lado, enquanto uma centena de companhias do ocidente está abandonando o país, a China está se expandindo com suas gigantes ganhando cada vez mais clientes, fortalecendo suas relações com a Rússia e enriquecendo cada vez mais, em um momento em que os países orientais vão se tornando menos dependentes do dólar.
Em resumo, as consequências econômicas negativas não só para a Rússia, mas também para os EUA e a Europa e, em menor grau,
para o resto do mundo continuam crescendo.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Poema sobre a guerra de recessão

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A decisão dos Estados Unidos e do Reino Unido de impedir o petróleo russo é uma Bomba na economia mundial.
A reação de Vladimir Putin será proibir exportações de matérias-primas.
Dá para ver daqui, vindo de lá, uma nuvem nuclear de recessão.
A invasão da Rússia na Ucrânia jogou o planeta num caldeirão escaldante com temperos sórdidos e letais. Temos pitadas picantes da Primeira Guerra,
da Segunda Guerra,
da Guerra Fria,
do Iraque,
do Vietnã,
Crise dos Mísseis,
Crise do Petróleo, e crise dos Tigres Asiáticos.
Moscou atacou com tanques e caças.
E o Ocidente respondeu com um bombardeio financeiro e econômico.
Por sua vez, as nações ocidentais tiraram a Rússia da tomada, sabendo que todos também enfrentaremos apagões monetários e comerciais.
De tal modo que, em qualquer país, ficará difícil fabricar automóveis ou celulares, produzir alimentos ou roupas.
Os colapsos serão globais,
com impactos até nos mercados de cigarros e uísque do Paraguai,
nos cassinos e praias do Uruguai e nos camelódromos da Uruguaiana.
O líder russo continua esticando a corda, ao custo do sofrimento do povo russo, além do ucraniano.
Putin deixa cada vez mais claro que sua guerra era de fato contra a globalização e a democracia;
contra o modo de vida baseado em liberdades civis e direitos humanos.
Enfim, mesmo que vença na Ucrânia, ele só contratou uma guerra perdida.

terça-feira, 8 de março de 2022

As verdadeiras protagonistas de nossa história

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A mulher convive com este estigma desde sempre.
Ora heroína, ora vilã.
Ora mãe e amante, ora responsável por todos os males.
Ora "mãe de todos os viventes",
ora aquela que nos induz ao erro.
Quando somos bem-sucedidos, atrevidamente a classificamos como nossa coadjuvante, aquela "grande mulher que vive à sombra, atrás de todo grande homem".
Mas quando fracassamos, damos sempre um jeito de acusá-la de ser a protagonista da conspiração que nos derrubou.
É assim desde Adão” “Foi a mulher que Tu me deste, Senhor!”.
Pelo jeito, a dor do parto não foi a única que aumentou desde então.
Aumentou também a dor da rejeição, da violência doméstica,
do preconceito,
da cobrança.
O fato inegável é que elas são as verdadeiras protagonistas de nossa história.
É por elas que vivemos e morremos.
Foi uma delas que convenceu o homem mais poderoso da galiléia a lavar as mãos, em vez de posicionar-se contra aquele santo homem que era julgado. 
Bastou um riso debochado de uma delas para que o descendente do patriarca que ela gerou em seu ventre recebesse o nome de Isaque (que significa “riso”).
Foi uma delas que tirou do sério o rei que era chamado de “segundo o coração de Deus.” 
Diante de outra delas o mais forte dentre os homens sucumbiu, acalentado por seus carinhos e apelos. 
Deus não precisou do sêmen de um homem para trazer Seu Filho ao Mundo, mas fez questão do óvulo de uma mulher.
Jesus foi chamado "Filho do Homem", mas muito antes foi chamado de "Descendente da Mulher". 
Ninguém a valorizou tanto quanto Ele.
A maioria absoluta de seus milagres foi para atender ao clamor delas.
Foi graças ao pedido de uma, que Ele transformou água em vinho,
Seu primeiro milagre.
Graças ao clamor de duas delas que Ele ressuscitou a Lázaro,
Seu último milagre antes de enfrentar a Cruz.
Foi a choro de algumas delas que chamou Sua atenção a ponto de fazê-lO parar enquanto carregava a pesada Cruz para aborda-las.
Foi a uma delas que Ele primeiro apareceu após ressuscitar.
Foi ela também a primeira a ser enviada para anunciar aos demais que Ele estava vivo. 
Foi o gênero feminino o escolhido para representar a comunidade de todos os remidos, a nova humanidade.
Por isso, a igreja é a esposa de Cristo, a mulher que aparece no Apocalipse, vestida de sol, com uma coroa de estrelas e a lua aos seus pés. Nenhuma outra visão teria expressado tão bem o valor que Deus atribui à mulher.
São muitos os relatos do respeito e dignificação de Jesus para com as mulheres.
Jesus era feminista? .
É claro que meu título é provocativo.
Não existia movimento feminista naquele tempo.
No entanto, havia um movimento explícito de Jesus em direção a todo grupo minoritário e injustiçado, demonstrando sua Justiça, e convocando seus discípulos para se engajarem na implantação do Reino de Igualdade.
O evangelho tem caráter revolucionário.
Aproximadamente 40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas.
A ideia extremamente mal interpretada de que a mulher deve ser submissa ao marido é um dos fatores que incita no insconsciente dos homens um senso de superioridade e de dono da mulher.
A maioria dessas mulheres aceitam a situação, pois foram ensinadas que está tudo certo, e para não escandalizar o marido e a obra. 
O movimento feminista não é “coisa de esquerdista”.
É até uma vergonha para o cristianismo ter que admitir que os mais excluídos da sociedade receberam mais amparo em outras fontes do que na religião que se diz cristã.
Você, cristão, faça de sua fé uma referência na defesa das mulheres.
Assim, talvez o cristianismo volte a atrair aqueles que Jesus atraía, ao invés de demoniza-los.

Poema para o Sr. Arthur do Val

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Naquela fila, Sr. Arthur do Val, existiam mulheres que foram estupradas por soldados Russos que iguais ao sr., viraram bichos, deixaram de ser gente.
Naquele fila, sr. Arthur, existiam mães que perderam os filhos despedaçados por bombas, esquartejados pela ganância e pela sede de poder.
Naquela fila, sr. Arthur, existiam esposas que jamais voltarão a ver seus maridos, ou porque eles já morreram, ou porque vão morrer defendendo o direito de existir em seu próprio país.
Naquela fila, deputado, onde o sr. apenas conseguiu ver silhuetas, bundas, peitos, caras e bocas, estavam perfiladas pessoas desterradas, almas acachapadas pela tragédia, corações feridos, sonhos destruídos, desejos sufocados, esperanças guilhotinadas pela brutalidade dos poderosos.
Naquela fila, sr. deputado, poderiam estar a sua mãe, a sua irmã, porque aquela fila revela a realidade humana dos desvalidos, dos indefesos,
dos esquecidos,
dos deixados para trás.

sábado, 5 de março de 2022

Poema sobre o bem quanta o mal ( E você de que lado está?)

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Não preciso de notícias,
analistas ou pontos de vista,
estou onde o Evangelho está!.
Olho para a história e vejo de que lado Deus sempre ficou,
olho os profetas no velho testamento, errantes e exilados, malvistos,
jamais sentados em mesa de rei, distantes das negociatas dos sacerdotes com a política, denunciando as guerras, as alianças espúrias, o trato com o estrangeiro o pobre e a viúva.
Olho para os apóstolos, não encontro nada diferente, é o mesmo Espírito, pois eles abraçaram a fé que foi dada de uma vez para sempre para os Santos, saíram em peregrinação pelos cantos da Terra, anunciando a mensagem que fez abalar até o trono de Roma, andarilhos descalços, vestidos apenas com as vestes do amor e do perdão sacudiram impérios, corromperam a lógica perversa do sistema, dissolveram-se como sal e luz em meio a um mundo apodrecido.
Olho para Jesus, o meu Senhor,
e vejo-o deixando a aristocracia da Judéia e a elite sacerdotal para mergulhar na miséria superlativa da região onde estavam os Galileus, Terra de Zebulon e de Naftali, povo que jazia em trevas, viu resplandecer o Sol da Justiça!.
Então, não há, sequer, o que cogitar, entre a Rússia e a Ucrânia, fico do lado de quem está sendo esmagado pelas botas da ganância, fico do lado das crianças ensanguentadas,
dos velhos correndo nas ruas,
das mães grávidas dentro de bunkers, dos homens comuns pegando fuzis sem saber o que fazer.
Entre a rosa e o canhão, fico com a rosa, deixo a ideológica para a ONU,
a OTAN e a União Europeia, essa gente que faz política com as mãos cheias de sangue, os que ficam filosofando sobre a tragédia e a dor humana, especulando até onde a sua bondade perversa deve ir.
Eles dizem: “não lutamos com vocês, mas mandamos balas e caças para que morram de pé!”.
Sim, eu estou do lado do povo da Ucrânia “.

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