segunda-feira, 12 de abril de 2021

Poema sobre a CPI da Covid

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É tarde demais para uma CPI da Covid, para ameaças de impeachment,
para ex-presidentes assinarem manifesto,
para ministros, banqueiros e empresários defenderem a vacinação.
Tudo isso é tarde demais para 350 mil mortos,
para as suas famílias, parentes e amigos.
No entanto, não é tarde demais para que a CPI,
o impeachment,
o manifesto e a vacinação cobrem responsabilidades e responsabilizações nos níveis municipais e estaduais,
além do federal.
Políticos, homens públicos e autoridades em geral demoraram muito para se posicionar à altura do combate ao vírus devastador.
Sendo que pessoas já estão morrendo há mais de um ano,
sem ações concretas ou mobilizações nacionais capazes de impedir que o número de cadáveres chegasse a quase 2 mil acidentes aéreos que estão caindo por dia, nas nossas cabeças,
nas nossas casas,
nas nossas almas.
São milhares de gritos,
milhares de lutos,
milhares de dores.
Milhares de choros.
Hoje infelizmente, não importa quem é hoje contra ou a favor da CPI.
O importante é saber aonde estavam Vossas Excelências do Executivo,
do Legislativo e do Judiciário que não enxergaram as urgências que deveriam ser cobradas e as providências que deveriam ser tomadas?.
Em cima de tudo isso, nunca é tarde demais para castigar a incompetência, mesmo que isso não vai ressuscitar as vítimas da incompetência.

sábado, 10 de abril de 2021

Poema sobre os equívocos

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Não estamos vivendo um mês de Abril fácil.
Aliás, não estamos vivendo um ano bom.
E além disso, faz quase um ano que tudo tem sido muito difícil.
Ontem, sozinho em algumas ruas da minha cidade, refleti muito sobre vida e morte, compaixão e afetos.
A pergunta que me fiz era: por que, mesmo em meio ao luto, alguém expressa seu ódio?.
Alguém demostra sua irá, sua raiva?.
Que desespero é este que não respeita o túmulo?.
Que descontrole é este que não considera o luto?.
Pensei bastante e entendi  que cada um só pode ver e sentir dentro do seu limite.
Cada um terá a sua dor no tempo necessário.
As transformações não podem ser impostas.
Cada um precisa querer mudar.
Se a minha dor vai me desafiar ao crescimento ou me tornar uma pessoa amarga e agressiva é, sempre, uma decisão pessoal.
Eu não posso impor o que eu quero para todos.
A raiva pode ser uma doença contagiosa.
Você tem direito a sua dor política,
a sua dor existencial, a sua dor social.
Ela é sua para ser superada ou transferida para mim, ou para quem morre, ou para qualquer foco que sirva de analgésico para você.
Somos todos crianças perdidas, chorando na nossa solidão.
No entanto, farei sempre o que acho melhor, buscarei melhorar meu caráter, refletirei sobre meus muitos equívocos e buscarei a liberdade dos sábios.
Estou longe da sabedoria; todavia ontem, madrugada de sexta, entendi que somos livres sempre, especialmente quando erramos.
E, se é importante para você, poste sua solidariedade ou o seu ódio como sinais enviados a partir dos receptores sensoriais.
Fora da caverna o sol é forte e as sombras dentro dela são familiares e aconchegantes.
Eu sou livre.
Você é livre.
A vida sempre segue. 
Estou só começando.
Comecem também!.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Resumo do filme: O Gladiador

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Há pouco tempo reassistir novamente o filme O GLADIADOR.
Durante algumas cenas, eu considerei marcantes para mim.
No final do filme, comecei a refletir sobre cada uma das frases e sobre como podemos incorporar a sua essência no nosso dia a dia pessoal e profissional.
Fiz esse resumo e faço questão de compartilhar com vocês.
Espero, sinceramente, que sejam tão úteis para vocês como foram para mim.
Muitos de nós lutamos por tantos motivos, mas não se constrói um bom nome da noite para o dia.
É preciso trabalhar muito, lutar todos os dias sem desistir mesmo que haja tropeços e quedas é preciso superar os obstáculos.
É preciso ter motivação, perseverar, insistir, persistir e reinsistir.
Temos que saber que a vida é uma sucessão de batalhas.
Emprego, família, amigos; todos nós temos um status atual, e temos também expectativas em relação ao futuro.
Temos que fazer o nosso papel na sociedade, temos que deixar um legado para ecoa na eternidade.
Nós sabemos que teremos grandes obstáculos, nós sabemos que às reviravoltas do destino nos surpreendem.
Pois nem sempre dá para se fazer só o que gostamos.
Mas aquele que gosta do que faz e sente orgulho em fazer melhor, a cada dia vai mais longe.
Há momentos de calmaria e há momentos agitados, decisivos em que somente a boa intenção não basta.
É quando a vida nos cobra coragem e um inabalável espírito de luta.
A verdade é que os problemas ocorrem com maior frequência do que gostaríamos.
Os tempos mudam.
Surgem novos desafios e novos objetivos.
Mas o modo como enfrentamos as dificuldades é que faz a diferença.
Esse filme me impactou e me deixou aprendizados riquíssimos.
Pois o seu contexto  foi em uma  época de crise fortemente presente durante o  governo de Marco Aurélio até a queda do Império em 476.
Foi de fato um dos maiores e mais duradouro império da época.
Trata-se  de um filme cheio de suspense e emoções.
São cenas fortes e brutais mostrando o lado sujo e escuro da raça humana em que a busca desenfreada pelo poder fala tão alto que é capaz de passar por cima de tudo e de todos sem dó e piedade, mesmo que custe o sangue do próximo, não importando se o próximo seja o próprio pai.
Inicialmente o personagem principal da trama é um comandante  de uma frente do exercito romano chamado: Maximus Decimus Meridius que foi surpreendido ao saber que Marco Aurélio  esta pretendendo lhe passar o comando do império devido a sua velhice e sua saúde completamente debilitada. 
Fiquei completamente sensibilizado ao ver o ódio nos olhos do filho do imperador Commodus quando soube deste desejo do pai, simplesmente deixou que o seu coração fosse tomado pela inveja ciúmes e ganância, imediatamente promove a morte do próprio pai para ficar no poder antes de Maximus.
Quantas pessoas hoje esta neste caminho, promovendo guerra, discórdia e ódio por causa do dinheiro, fama e poder, pai contra filho e filho contra pai.
Os valores estão invertidos.
Nem todos colocam o amor na posição que deve esta.
O ódio pode matar dependendo da sua força.
O plano sarcástico e diabólico foi o suficiente para tomar o poder.
Commodus não satisfeito manda matar Maximus que foge.
Fiquei indignado quando Commodus revoltado com a fuga de Maximus, manda seus soldados executar da forma mais cruel possível, sua esposa e seu filho, torturando-os e os crucificando  na intenção de vingança.
Quando Maximus soube do assassinato de sua família, ficou revoltado, indignado e com isto o desejo de vingança tornou mais forte e consistente.
A vingança passou a ser o seu objetivo principal, agora a sua vida esta direcionada em apenas um alvo vingar pela sua família que morreu de uma forma humilhante e dolorosa.
Tendo ele fugido e muito ferido ele é capturado por uma tribo, e sendo vendido tornando escravo, submetendo a lutar com diversos soldados travando batalhas sangrentas chegando a lutar no coliseu, pois era a mais nova forma que os romanos tinham para seus divertimentos. Maximus sabendo que Commodus estava no poder do império, estava ele até então disposto a vingar o assassinato de sua família, mas para isso era preciso primeiramente triunfar para ganhar a confiança das pessoas que estavam a sua volta lutando por uma causa pessoal, mas de uma forma solidária levando muitos benefícios ao povo.
Estraiu aqui duas lições: Coragem e determinação são dois fatores imprescindíveis para alcançar a vitória.
Maximus era um homem de poder, e nem por isso exalava a todo momento.
Sua humildade era transmitida aos seus homens e até aos seus inimigos.
Graças à sua humildade, Maximus tinha total confiança e respeito do César.
Maximus era um homem de coragem, mesmo face à face com a morte por diversas vezes, o guerreiro abraça o medo e convida a morte para lutar.
Maximus era um homem de princípios. Era íntegro tanto dentro quanto fora do campo de batalha.
Na vida real, na vida profissional, o legado de um líder resume-se à sua conduta profissional no que diz respeito às pessoas, e nas lições que estes indivíduos carregam de suas experiências profissionais.
O verdadeiro líder, quando sai de cena, assim como o inesquecível Maximus deste Gladiador, deixa um grande vazio a ser preeenchido.
Entretanto, é na sua sucessão que evidenciam-se os valores deixados pelo mesmo, que quando corretamente aplicados, realmente ecoam pela eternidade.
Temos que ser gladiadores, temos que matar todos os dias, os preconceitos, as discriminações, os racismos e todos os leões que surgem diariamente no nosso redor.
É preciso reintegrar a sociedade, mesmo que esse país não realize essa vontade...todos os nossos sonhos devem ser realizados... não basta sonha e não conseguir realizar... 

A justiça também é preconceituosa e racista

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Todos nós sabemos que a justiça é cega.
No entanto, não sabíamos que ela também é preconceituosa e racista.
O caso do menino Henry Borel, ficou evidente que a mãe e o padrasto tinha torturado e matado o menino.
Ficou tão nítido que ate um leigo conseguiria determinar esse assunto.
A justiça, por sua vez, fez o papel dela.
Investigou, apurou, fez os exames de corpo de delito, juntou as provas, fez a reconstituição do crime, etc.
Em um mês, a justiça descobriu esse caso bárbaro.
Em um mês, o telespectador clamou por justiça em pleno os programas nacionais.
Entretanto, por que a justiça não foi feita no caso dos meninos sumidos em Belford Roxo?.
Por que existe uma lentidão nesse caso, por que a justiça ainda não foi feita?.
Será que existe um preconceito e um racismo impregnado na nossa justiça?.
Será que existe uma diferença nesses meninos para a justiça?.
Será que para a justiça, ambos não são crianças?.
Será que existe um abismo na zona oeste e na baixada fluminense?.
Será que por causa da cor, classe, padrão social, aparência física e um pouco de melanina, a justiça não aplica as leis?.
São perguntas que precisa de respostas urgentes.
São respostas que queremos urgentemente.
Pois o mais terrível de tudo é ter que fazer comparações que não deveriam ser feitas,
pois a justiça, ou melhor, a celeridade da polícia deveria ser igual para todos os casos,
independente da cor da pele e da classe social.
Terrível para qualquer pai a perda de um filho, duplamente terrível é perder e não ter respostas.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Poema sobre a importância dos livros

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A gente já teve no passado recente um governo que,
em vez de corrigir os livros, preferia emburrecer os alunos.
Agora, a Receita Federal alega que pode e deve aumentar os preços dos livros porque só quem lê é a classe alta.
Enfim, sociólogos e antropólogos acertam quando enxergam que estamos vivendo uma era cínica, hipócrita e distópica.
Uma era de distopia onde as pessoas têm que acreditar em alguma coisa,
nem que sejam coisas erradas e desonradas,
coisas que não exijam nem pensamento, nem concentração, nem inteligência.
Os estudiosos falam de uma sociedade distópica onde se acredita que o certo é errado, a ciência é ignorância, ignorância é ciência; o condenado é inocente,
o inocente é condenado.
Mais interessante seria se, em vez encarecer os livros, o governo decidisse encarecer bebidas e cigarros.
Pois os livros são essenciais para o desenvolvimento intelectual e cultural.
É importante folhear, compulsar, consultar e estudar uma revista,
uma publicação para que possamos raciocinar.
Afinal, pelo mesmo raciocínio, hoje só rico é que usa o gás de botijão.
Porque acumulam aumentos cada vez mais absurdos, abusivos e desonestos com os pobres.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Poema sobre a extrema unção

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No Brasil, ter informação ou ter opinião virou uma coisa perigosa.
Defender a liberdade de imprensa virou uma coisa perigosa.
Defender a vacina virou uma coisa perigosa.
Defender a ciência virou uma coisa perigosa.
Defender a prisão de corruptos em segunda instância virou uma coisa perigosa.
Defender a Lava Jato virou uma coisa perigosa.
Informação, opinião, liberdade de imprensa, vacina, ciência, prisão em segunda instância, Lava Jato, são agora ideias perigosas tanto para quem não prega em seitas da esquerda quanto para quem não milita em facções da direita.
Sempre existiram tempos de intolerância, truculência, preconceito, discriminação, xenofobia, homofobia, feminicídio e cinismo.
Mas hoje enfrentar a política também virou uma coisa perigosa.
Enfim, o Brasil tem atualmente a extrema direita, a extrema esquerda e o extremo Centrão.
Um país predestinado à extrema ignorância,
à extrema incompetência,
à extrema corrupção e à extrema impunidade.
Diante dessa extrema miséria moral, resta ao Brasil a extrema unção.

terça-feira, 6 de abril de 2021

De quem é o STF

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Quanto maior a confiança ou a transparência, melhor para o funcionamento da economia.
Uma economia saudável exige estabilidade no ambiente de negócios e de investimentos.
Mas isso não é possível com tantas incertezas políticas e tamanhas inseguranças jurídicas.
Em uma semana, o Executivo, o governo trocou o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas sem nenhuma explicação razoável ou justificativa aceitável.
No Legislativo, o Congresso aprovou um orçamento chamado de “inexequível” e considerado um cheque sem fundo até por técnicos da equipe econômica.
No Judiciário, o Supremo emitiu duas liminares com duas decisões diferentes para um mesmo assunto: uma contra, outra a favor dos cultos presenciais.
Tudo isso é péssimo porque fica parecendo que, no Brasil, todo dia é dia de liquidação no bordel ao mesmo tempo.
Não podemos esquecer que somos um país de mais de 14 milhões de desempregados e mais de 40 milhões de dependentes do auxílio emergencial.
Não podemos deixar de lembra que somos um país com tanta desigualdade social.
E que jamais não poderemos se dar ao luxo de ter um STF para o Bolsonaro,
um STF para o Lula,
um STF para o Moro ou um STF para o Aécio.
Pois não dá para continuar com excesso de zelo no tribunal político e escassez de justiça na vida real.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Brasil paralelo

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Existe um Brasil onde a Covid não incomoda,
todos são imunes e fortes.
Existe um Brasil onde a Covid não passa de piada,
as pessoas riem dos outros mundos,
dos doentes e das mortes contadas.
Existe um Brasil onde falar de Covid é praticamente um convite a guerra,
os céticos afrontam e vociferam.
Existe um Brasil onde todos viraram cientistas,
sabem tudo sobre vírus e vacina,
mas não sabem nada da vida.
Existe um Brasil onde seus cidadãos são muito antenados,
repetem mentiras iguais aos papagaios.
Existe um Brasil onde eles acreditam que são o princípio de tudo,
nunca erram e a culpa é sempre dos outros mundos.
Existe um Brasil onde você só pode falar bem do estilo deles,
qualquer crítica, mesmo verdadeira,
traz transtorno e pesadelo.
Existe um Brasil onde não desejo ir morar,
melhor ficar em um outro Brasil  e me cuidar.

domingo, 4 de abril de 2021

Resenha do filme: invencível

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Esporte e guerra são completamente diferentes um do outro.
Pois no esporte, não importa quem perde.
Todos ganham quando se tem união esportiva.
Entretanto na guerra, não importa quem ganha.
Todos perdem pelo fato de esquecemos o valor que a vida tem.
No filme, Louis Zamperini é a prova de que isso é verdade.
Após viver uma vida repleta de acontecimentos extraordinários,
merecia uma boa película de celulóide, disposta em rolo para registrar sua história.
Na história, acompanhamos a vida de Zamperini  ao longo de quatro grandes momentos.
A infância rebelde,
quando roubava em troca de bebida alcoólica;
a vida de atleta olímpico, quando correu nas Olimpíadas de Berlim em 1936;
o período em que naufragou durante a 2ª Guerra Mundial e permaneceu 47 dias à deriva em um bote;
e o período em que foi prisioneiro de guerra dos japoneses, após ser encontrado por um navio de militares.
Por si só, a história de Zamperini já é grandiosa e riquíssima de aprendizados e superações infinitas.
“Invencível” não é um filme sobre guerra, mas sobre a resistência e coragem de um homem que aprendeu, através do esporte, a não desistir jamais.
Enfrentou os perigos da natureza, a fúria do mar, a desidratação, a perda do seu amigo de guerra, as torturas físicas e psicológicas.
Se tivesse menos detalhes da trajetória desse protagonista, e mais força nas questões que o fazem ser realmente forte diante das adversidades,
talvez o longa fosse ainda mais intenso.
Mesmo assim, a história de Louis Zamperini precisava chegar aos cinemas, e é muito bom que tenha sido pelas mãos de Angelina Jolie.
Esse herói me ensinou ou nos ensinou que a verdadeira vingança, na guerra, é passar pela guerra e sobreviver.
É um filme que deve ser visto outras vezes, pois sempre terá algum outro ensinamento como o perdão.
Essa parte é importa lembra nos momentos finais do filme.
Resiliência, coragem e fé são as virtudes que precisamos ter para sermos invencíveis.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Poema sobre o câncer do dinheiro

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O Banco Central dá um recado forte de que agirá com firmeza para evitar o pior, que seria a aceleração da inflação, já bem abespinhada.
O Copom acionou o alarme porque,
com ou sem pandemia,
o cenário é preocupante.
Temos ao mesmo tempo disseminação de preços altos,
dólar alto,
risco-país alto,
desemprego alto,
ambiente recessivo.
E não temos a devida percepção de ajuste ou disciplina fiscal.
Ou seja, não temos percepção de controle dos gastos,
dívidas ou contas públicas;
nem temos percepção de reformas;
nem temos percepção de melhora.
O país não aproveitou o bônus monetário, proporcionado pelo BC,
para consertar o telhado financeiro e escapar dessa tempestade perfeita que não passa nunca.
Houve, sim, esforços da equipe econômica em torno da PEC Emergencial,
mas ela foi desidratada e desossada por interesses políticos.
Interesses que desconhecem as verdadeiras prioridades ou necessidades das famílias.
Claro que a pandemia tornou tudo mais complicado e muito difícil.
No entanto, se não dá para ignorar os impactos perversos do corona,
também não dá para jogar tudo na conta do vírus.
Feita a justa ressalva, o fato é que outra praga ameaça debilitar a economia brasileira,
essa é a praga da epidemia inflacionária.
Enfim, até o câncer do dinheiro,
que a gente já tinha erradicado,
volta a assombrar nossos sonhos e embalar nossos pesadelos.

terça-feira, 16 de março de 2021

Ser o novo ministro da saúde

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Sai o general e volta um médico.
E o maior desafio do novo ministro da Saúde será ser, o novo ministro da Saúde.
Até hoje esse cargo vinha sendo acumulado que, mais tarde, terá que sair do personagem.
Antes disso, eles precisam se prepararem para responder, por exemplo, à grande ansiedade da população pelas doses ainda escassas de vacina.
Culpar governadores ou prefeitos não vai mais funcionar porque governadores ou prefeitos já sentiram na pele as espetadas das agulhas de pressões e cobranças.
Por isso passaram a correr atrás a fim de tomar as devidas providências que, em boa parte, dependem do governo federal.
Essa responsabilidade pelas vacinas ou pela falta delas, é intransferível,
e isso, por si só, explica a mudança de ministro e a mudança de postura do presidente.
Nos Estados Unidos, até Trump comprou 100 milhões de doses da Pfizer e da BioNTech lá atrás em 2020.
Na semana passada, Joe Biden anunciou um novo superlote de mais 100 milhões de doses.
Em Israel, o primeiro-ministro gravou um vídeo afirmando que as vacinas são seguras.
Na Hungria que é presidida por um verdugo foram adotadas novas medidas de restrição.
Enfim, resta torcer para que se restabeleça uma verdade hoje cada vez menos discutível e cada vez mais aceitável.
Pois a saúde vem antes da economia, pelo bem das duas; e a vida vem antes do dinheiro, pelo bem de todos.

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