quarta-feira, 10 de março de 2021

Monumentos à corrupção e à impunidade

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Você dorme sonhando com a prisão em segunda instância, e acorda com o Lula solto.
Você dorme sonhando com a Nova Política,
e acorda com o centrão ditando regras.
No Brasil ninguém é inocente nesse episódio da anulação das condenações do ex-presidente.
A começar pelo próprio Lula que, de tanto errar, disseminou um antipetismo capaz de vitaminar e eleger o Bolsonaro.
Bolsonaro, em contrapartida, de tanto errar acabou ressuscitando um adversário fortemente indesejável,
um adversário que era ruína e agora é aparenta reconstrução.
A incapacidade do atual presidente de agir dentro da estabilidade,
normalidade e governabilidade também estimulou agressões e ameaças contra o Supremo, o Judiciário e a democracia.
O STF, então, reagiu com atuações ora legítimas,
ora imaturas;
ora necessárias,
ora irresponsáveis.
Exatamente como acontece com o país, vira e mexe o Tribunal dividido nos oferece combinações duvidosas de politização e polarização.
Não por acaso, no voto de ontem pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro,
o ministro Gilmar Mendes fez um discurso cheio de contexto político,
mais parecendo um vereador em cima de caixote de feira.
Moro, por sua vez, contribuiu para a confusão no dia em que aceitou ser ministro do maior rival do maior réu da Lava Jato.
Não imaginou o tamanho do abismo que abriria com seu pequeno passo político mal calculado,
mal articulado,
mal executado.
Enfim, provas rejeitadas,
sentenças anuladas,
inquéritos arquivados e bandidos soltos são pragas que nunca nos faltarão.
O Brasil tem que deixar de ser esse lugar que ergue monumentos à corrupção e à impunidade.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Poema sobre o dia das mulheres

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Não por acaso, se saíram melhores os países comandados por mulheres,
como Taiwan,
Islândia,
Noruega e Nova Zelândia.
Na Alemanha, Merkel promoveu um amplo entendimento nacional contra a Covid-19.
Ela acumulou bons resultados no sistema de saúde,
bons pontos na sua própria popularidade e bons motivos para influenciar na sua própria sucessão,
depois de 15 anos no poder de forma pragmática e democrática.
Em comum, essas grandes lideranças femininas colocou a doença como coisa muito séria, respeitaram os conhecimentos, parâmetros ou limites científicos, bem como
acataram as recomendações básicas dos órgãos sanitários e das autoridades especializadas.
Na minha opinião, a superioridade das mulheres em relação aos homens não se restringe ou se resume somente ao enfrentamento dessa tragédia,
sem distração com debates sobre lockdown, quarentena ou cloroquina.
O fato é que elas representam 70 por cento da ocupação profissional na área de saúde no mundo, e isso, felizmente,
é uma boa notícia ou, pelo menos, um alento no combate ao coronavírus.
Claro que onde houve gestão e sensibilidade a pandemia foi debelada com muita competência.
Mas o toque feminino está fazendo a diferença,
porque essas mulheres também souberam unir as classes políticas de seus países.
Fizeram isso a favor de medidas de consenso e sentido de urgência em torno da ideia de que numa crise,
o mais importante de tudo é sobreviver a ela.
Por isso, deixo a minha saudação à vida das mulheres e, em especial,
à mulher da minha vida, Daniele Cristina.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Poema sobre a incivilidade

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Estamos completando um ano de pandemia,
e a conta cobrada em vidas continua chegando alta demais batendo recordes cada vez maiores.
O número de óbitos já passa dos 1.700 por dia,
avançando veloz para a casa dos 2 mil por dia.
O Brasil tem hoje a segunda maior mortandade e mortalidade pela Covid, mesmo sendo apenas e sexta maior população do mundo.
Isso porque cuidados, cautelas, prevenções elementares,
que dependiam só das pessoas, foram criminosamente ignoradas.
Ignoradas pelas pessoas e sabotadas pelas autoridades.
Pessoas covardes, egoístas, autoridades e irresponsáveis.
Há um ano tudo o que se pedia era lavar as mãos, usar máscaras e ficar em casa.
Isolamento social e quarentena passaram a ser palavrões que dividiam os brasileiros em remediados e covardes.
Hoje, prefeitos e governadores já adotam o lockdown, de forma ainda desordenada e descoordenada,
não como medida sanitária,
mas como medida de desespero.
Estados, municípios, Congresso, Supremo não se dão contam de que seguirão enxugando gelo,
enquanto não agirem em concordância federativa acima e além da omissão,
da letargia, da indiferença e da negligência.
A má gestão da apatia tem que sair de cena para dar lugar à boa ação da empatia.
Em vez disso, militâncias, militantes, e até militares ainda discutem a validade das vacinas que nem sequer estão disponíveis, nem sequer entraram no país, graças à tese de que o custo financeiro é mais importante do que o custo de vidas.
Agora enfrentamos um clima de salve-se quem puder bem ao gosto da nossa incivilidade.

terça-feira, 2 de março de 2021

Poema sobre a PEC da impunidade

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O Brasil é o país onde as urgências da população estão eternamente subordinadas aos interesses dos políticos.
Os brasileiros esperam mudanças no Ministério da Saúde,
mas o governo preferiu mudar a presidência da Petrobras.
Os brasileiros precisam de vacinas, empregos,
reformas, auxílio emergencial,
PEC Emergencial,
mas deputados e senadores correram para votar a PEC da Impunidade.
A PEC une mordomias e privilégios de todas as correntes políticas,
já que teve apoio de líderes do governo e de bancadas da oposição.
Ou seja, dá alegria e euforia a deputados e senadores da extrema-direita,
da extrema-esquerda e do extremo-Centrão.
A percepção de que Vossas Excelências não se importam com nada,
nem com ninguém, senão com eles mesmos.
Como se sabe, não é recomendável elogiar políticos.
Mas merece registro a definição da senadora Simone Tebet, uma parlamentar que desde berço costuma honrar o pai e o mandato.
Para a senadora, a PEC da Impunidade transforma réus em reis.
Reis intocáveis, uma prerrogativa que nem Jesus teve.
Talvez porque, alguns deputados e senadores também se achem maiores que Cristo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Esperando explicações

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Por alguns dias, a imprensa,
a Justiça e a opinião pública perderam tempo com gente e casos que,
nem de longe, estão à altura das preocupações mais sérias e mais importantes.
Gente e casos plantados no noticiário para distrair jornalistas e autoridades, tirando o foco de gestões amadoras ou temerárias contra o coronavírus.
Com mais de 250 mil mortes,
o que interessa saber continua sendo o seguinte:
Quando, afinal, o Ministério da Saúde vai divulgar o calendário de distribuição das novas doses da CoronaVac ou da AstraZeneca?.
Quando, afinal, o governo federal vai liberar a compra do imunizante da Pfizer, que já assinou contrato com mais de 50 países?.
Quando, afinal, teremos o imunizante da Pfizer,
que é o primeiro com registro definitivo da Anvisa,
mas ainda sem uma gota no Brasil?.
Quando, afinal, teremos vacina para todos?.
Com mais de 250 mil mortes, a questão é: Como explicar isso para os pais e as mães que perderam os filhos e as filhas?.
Como explicar isso para os filhos e as filhas que perderam os pais e as mães?.
Como explicar isso para os órfãos e as órfãs?.
Como explicar isso para os maridos que perderam as esposas e para as esposas que perderam os maridos?.
Como explicar isso para os viúvos e as viúvas?.
Como explicar tudo isso sem sentir a dor do outro?.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Poema sobre o Deus customizado

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Nossa sociedade é pautada em valores egocêntricos e materialistas,
basta observar o quanto a propriedade é valorizada e o EU é hipervalorizado.
A opinião individual é superestimada, em detrimento do estudo clássico e do conhecimento histórico ou científico.
A espiritualidade de hoje é o retrato do nosso tempo e a grande marca que temos é o Deus customizado.
Um deus pessoal, customizado de acordo com a necessidade,
nível de percepção,
gostos pessoais,
cor,
raça,
estilo e fantasias.
Ou seja, temos um Deus modificado, adaptado ou personalizado de modo a adequá-lo ao gosto ou às necessidades  de outrem.
Temos um Deus pessoal e particular capaz de customizar alguma teoria.
Temos um Deus obrigado a servir a humanidade, temos um Deus colocado na parede, temos um Deus sendo provado ou reprovado.
Essa situação não é ateísta e tão pouco teísta e desse panorama temos as brigas de deuses atendendo todos os desejos de cada customização e servindo meticulosamente a cada grande ego.
Ou seja, alguém que acha que nasceu para o mundo lhe servir não é só um retrocesso histórico,
mas um retrocesso no processo evolutivo como ser humano.
Onde a vontade individual sempre prevalece,
temos uma criança faminta apenas pedindo por algo que ela nem sabe o que é.
Temos um bebê desejando um pouco de prosperidade e um pouco de sucesso.
Temos um fenômeno dominante e uma tecnológia que paira sobre todos como o espaço intangível da sociabilidade e da existência.
Temos um risco fenomenológico classificando a internet como o novo espaço do sagrado e do sentido.
Temos o homem religioso do mundo líquido.
Temos o espaço específico do Cristianismo no admirável mundo novo.
Parte das pessoas abandonaram a existência de um Deus fora da sua própria biografia e estão crendo firmemente na biografia de um Deus- pop.
Ou seja, ao invés do esvaziamento humano para o preenchimento da plenitude divina.
Parte das pessoas tem um esforço subjetiva de preencher os desejos da sua consciência.
Se elas querem prosperidade, Deus também quer.
Se elas querem que o seu candidato vença, Deus está ao seu lado.
Se elas querem que os seus inimigos pereçam, Deus abençoa.
Parte das pessoas nunca se esvaziam do seu EU, elas querem que Deus nunca as contraria, ou que nunca realize o terceiro dos sete pedidos encontrados no Pai-Nosso: “Seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no céu”.
Ou seja, ao invés de as pessoas pensarem no radicalmente oposto a tudo que existe,
elas vão pensar no radicalmente EU.
Agindo assim, elas não estão assumindo o papel dos profetas do Antigo Testamento ou dos moralistas cristãos, especialmente da Idade moderna.
Elas estão sendo incoerentes entre o plano divino e humano,
entre o texto sagrado e a sua biografia,
ou entre a cidade de Deus e a cidade dos homens.
É um típico mundo líquido, de uma fé líquida, de uma religiosidade contemporânea.
Um mundo onde se usar o nome de Deus em vão, significando quebrar a reputação, o caráter e autoridade d'Ele.
Ou seja, estão indo ao contrário do esvaziamento de Cristo, estão no narcisismo realizando o seu EU.
Por isso em verdade em verdade descrevo: Quem destrói a obra de Deus?.
O fariseu batizado, o saduceu doutrinado?.
Aquele que em nome de Jesus fica rico, em nome de Jesus consegue um cargo político, em nome de Jesus incita o ódio, em nome de Jesus modifica a palavra, em nome de Jesus defende a tortura.
Esse é o verdadeiro filho do demônio.
Por isso as prostitutas avançarão no reino de Deus.
O religioso que customiza Deus para atender o seu projeto de enriquecimento  e o seu projeto político.
Esse é o grande, o maior filho do demônio.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

O que é o Brasil

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Que é,
ou quem é, o Brasil?.
Uma Cultura?.
Uma História?.
Um País de todos?.
Por que é que, quando se fala do Brasil, sempre invocamos a sua história e a sua cultura?.
Se estivermos a falar de outro país,
a história e a cultura dele só serão chamadas à conversa se forem esses os temas em debate.
Por que nós brasileiros se orgulha de alguma coisa com exagero.
Por que temos um orgulho exacerbado pelo país em que nascemos; um patriotismo excessivo.
Por que nos vangloriamos com todas as estatísticas desse País?.
Por que achamos que somos melhores em tudo, inclusive naquilo que distinguimos ser pior?.
A nossa jactância é de alguém que se manifesta com arrogância e tem alta opinião de si mesmo.
Da história do Brasil sempre nos dá vontade de perguntar.
Porquê?.
Da cultura brasileira: para quê?.
Do Brasil ele próprio: para quando?.
Ou: até quando?.
Se estas interrogações não são gratuitas, se, pelo contrário, exprimem, como creio, um sentimento de perplexidade nacional, então os nossos problemas são muito sérios.
Por que os brasileiros sabem todos os nomes dos onze jogadores da seleção, e não sabem os nomes dos onze ministros do STF?.
Como explicar esta dormência, que é também inquietude, sem cair em destrutivos negativismos?.
Como evitar que a antiga e gloriosa história continue a servir de derradeira e estéril compensação de todas as nossas frustrações?.
Como resistir à tentação falaz de sobrevalorizar o que há alguns anos se acreditou ser uma certa renovação cultural, fazendo dela um álibi ou uma cortina de fumaça?.
Ou chegámos já tão baixo que, depois de termos desistido de explicar-nos,
nem nos damos ao trabalho de justificar-nos?.
Queríamos ter essas respostas imediatas, mas elas simplesmente tergiversarão.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

A sociedade do cansaço

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Somos oprimidos a partir de dentro.
Nos sentimos incapazes ou capazes de mais.
Tristes ou felizes demais. Superaquecemos por um excesso de positividade.
Não há saída para quem tem o mundo à disposição, como nós.
Somos atingidos por bombas de imagens,
sons,
vídeos,
anúncios e produtos.
Temos o mundo ao alcance das mãos e nos nossos bolsos.
Parece que não há mais espaço para criar mundos.
Eles já estão todos aí com as devidas hashtags.
As forças afirmativas foram novamente submetidas às negativas.
Os novos Sacerdotes Ascéticos são os publicitários.
O poder agora é capaz de submeter até o desejo transbordante pois o excesso é de nada.
Nossa sociedade é a das academias fitness.
Andamos sem sair do lugar.
Produzimos em demasia, consumimos bobagens.
Estamos, nós mesmos, na esteira da vida, como ratos em gaiolas.
Vivendo em inércia.
Substituímos a lei pela iniciativa, pela motivação.
Tudo é questão de projeto.
Ser é um projeto.
Se a Sociedade Disciplinar era uma sociedade do 'não' do poder,
a do desempenho é a do 'Sim', mas igualmente submetida.
Se uma produz loucos e delinquentes,
a outra produz deprimidos e fracassados. Quem não encontra a maneira adequada de produzir capital,
produzir desejo,
produzir pensamento e vive à margem dessa sociedade.
O Cansaço aparece como uma maneira de existir.
Afinal, estamos todos um pouco exaustos.
Mas continuamos a trabalhar.
Somos presas fáceis.
Maximizar a produção, é o axioma que se instalou em nossas cabeças.
Um inconsciente social.
O mais triste é que o poder não cancela o dever.
Cansados somos também disciplinados. Nada ficou para trás, ao contrário,
somos formados por todo esse caldo entornado.
O corpo se tornou esta vasilha onde nunca se chega à última gota.
Transformamo-nos em máquinas de desempenho.
Precisamos recuperar um cansaço fundamental.
Um estado onde ‘as presilhas da identidade se afrouxem’.
Precisamos recuperar os diálogos, os olhares para com o outro.
Precisamos recuperar a sensibilidade e o sentido de ser gente.
Precisamos recuperar nossa capacidade de indeterminação.
Precisamos transformar o corpo novamente numa zona heterogênea e permeável, flexível e articulável. Precisamos voltar a produzir afetos longamente esquecidos ou até mesmo nunca antes experimentados. Precisamos descobrir os não-para dos nossos corpos.
Corpos-sem-órgãos.
Nossas vidas não são para o trabalho… estranho.
Nossos sorrisos não são para a propaganda.
Nossas peles não são para a cor.
Nossos gêneros não são binários.
Temos um mundo novamente a inventar! Temos uma sociedade a desmontar! Temos um corpo novo a pensar!.
Temos que voltar a qualidade da nossa geração.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Poema sobre as máscaras nas redes sociais

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As exigências e as pressões do exterior obrigam-nos a encarnar diferentes personagens, tais como os de profissional,
colega,
pai,
filho,
irmão ou amigo.
E isso traduz-se na tonalidade de voz,
no tipo de discurso,
na imagem e na expressão corporal que adotamos em diferentes contextos. 
As nossas personagens servem a situação na qual nos encontramos e saber escolhê-las e usá-las,
com consciência e responsabilidade, sabendo quem é o nosso verdadeiro Eu e que ele está sempre presente,
é um indicador de flexibilidade e saúde mental. 
Se temos de ir a uma festa num dia em que nos sentimos tristes,
vamos escolher e usar um personagem que, por um lado,
vai proteger a nossa intimidade do exterior e por outro,
irá promover a nossa inserção naquele meio.
Se tornamos alegres momentaneamente, somos felizes, nossos olhos brilham, nosso diálogo é o tema que todos querem ouvir.
Não nos deixamos de sentir tristes naquele contexto,
mas não é dessa forma que nos queremos apresentar,
sendo portanto útil o recurso a uma personagem cortês e bem educada que responda às exigências daquela situação e ao que é esperado pelo coletivo. 
Nas redes sociais, somos especiais, somos curtidos, comentados, compartilhados facilmente.
As maiores dificuldades no uso de personagens surgem quando não existe um verdadeiro auto-conhecimento e o Eu fica identificado à personagem, 
fazendo com que a pessoa passe a agir sempre em personagem sem ter consciência disso.
Somos os algoritmos das redes sociais,
Vivemos sobre um conjunto de dados e regrinhas estabelecidas por cada rede social, sendo eles os responsáveis por determinar quais conteúdos e quais páginas aparecem primeiro para nós na linha do tempo de nossas respectivas contas.
O uso adequado de máscaras sociais possibilita experimentarmos o mundo de uma forma artificial, ficarmos reféns da desajabilidade social e perdermos a nossa identidade entre todos os outros que vão aparecendo na nossa vida. 
Ou seja, passamos a ser um cadáver costurado ativado eletricamente.  

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Poema sobre as vacinas que faltam

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Para o presidente da Câmara, a melhor política social é a vacinação.
Para o ministro da Economia, a melhor política econômica é a vacinação.
Para o presidente do Banco Central, a melhor política monetária é a vacinação.
Por isso, para o presidente do Itaú, a vacinação é a prioridade nacional.
Sabe-se que Lira e Guedes não são esquerdistas, assim como Campos e Maluhy não são comunistas.
Nesse caso, ganha uma injeção de cloroquina no olho quem ainda faz esforços para tentar desacreditar as vacinas aprovadas pela Anvisa, inclusive aquela “chinesa do Doria”.
Depois da vacina contra a Covid,
vamos precisar da vacina contra a ignorância orgulhosa,
contra a incompetência condecorada, contra a corrupção de esquerda,
contra a corrupção de direita e contra o populismo e o autoritarismo que caracterizam a direita e a esquerda.
O que ficará faltando é a vacinação contra o vírus que associa xenofobia ao ministério das Relações Exteriores, que associa devastação ao Ministério do Meio Ambiente e que associa discriminação racial à Fundação Palmares.
Por fim, quem sabe, a economia desonera,
desindexa,
desvincula,
destrava e deslancha.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Poema sobre o auxílio emergencial

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O auxílio emergencial é necessário para socorrer sobreviventes na extrema pobreza ou na extrema miséria. 
Milhões de brasileiros precisam do auxílio e todo o Brasil precisa do teto os dois são importantes.
O teto de gastos obriga os políticos a fazer o que sempre fazem os chefes de família ou as donas de casa: gastar apenas o que tem pra gastar,
sem inventar despesas inconsequentes.
O teto impede que os governos distribuam aumentos salariais visando ganhar uma eleição ali na frente.
E impede que os governos torrem dinheiro público só porque alguém acordou com vontade de torrar dinheiro público.
O teto serve também para barrar os rombos e os colapsos resultantes de improbidade administrativa, e não de crise financeira.
Os estados, por exemplo, não estão falidos por falta de sorte.
Os estados estão falidos por falta de boa gestão, de vontade política ou de vergonha na cara.
Isso porque o “típico homem público brasileiro” é aquele que prefere ser delinquente,
mas eleito, em vez de ser competente, mas sem voto.
O auxílio emergencial merece todo apoio, desde que a responsabilidade fiscal seja preservada.
Ou o Brasil estará, sim, realmente quebrado e não mais da boca pra fora, como já disseram.

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