segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Guerra civil

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A guerra, em momentos, desfaz cidades e devasta as floras, milhares de homens válidos consome, afronta os céus, arrasa os monumentos, e vai, de aldeia a aldeia, a todos os países.
Entretanto no Brasil não aparece a expressão ‘guerra civil’.
Mas períodos, movimentos ou festas cívicas destas cidades.
Contudo a farroupilha festejo aproximadamente 3.400 mortos.
Encheram- se a Terra, encheram-se o Céu com seu hálito impuro, para incentivo de ódio ao coração humano, para semente negra às guerras porvindouras que pulverizaram apriscos e lavouras, templos em esplendor, vales em floração.
Guerra como a cabanagem que morreram 30 mil durante os cinco anos de combate.
Último doloroso anátema da Terra, último crime a guerra, último eclipse da alma e da
razão.
Porém é  contra mim que luto não tenho outro inimigo.
O que penso,
o que sinto,
o que digo,
e o que faço,
e que pede castigo.
E desespera a lança no meu braço as lembranças que ocorreram na guerra da Sabinada.
Os mais de 2 mil mortes durante essa revolta.
As mais de 3 mil revoltosos que foram presos e os líderes perseguidos e capturados pelas forças militares.
Absurda aliança de criança e de adulto.
O que sou é um insulto ao que não sou
e combato esse vulto que à traição me invadiu e me ocupou infeliz com loucura e sem loucura, peço à vida outra vida, outra aventura, outro incerto destino para respeitar os 12 mil sertanejos e escravos que morreram nos combates na guerra da Baianada.

sábado, 10 de novembro de 2018

Poema sobre o anarquismo

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O mundo que eu devo buscar é um mundo em que o espírito criador esteja vivo, e a vida seja uma aventura plena de alegria e esperança, baseada mais no impulso de construir do que no desejo de reter o que possuo ou tomar o que pertence aos outros.
Um mundo que sustenta a ideia de que a sociedade existe de forma independente e antagônica ao poder exercido pelo Estado, sendo este considerado dispensável e até mesmo nocivo ao estabelecimento de uma autêntica comunidade humana.
Um mundo por extensão sem ataque ou afronta à ordem social estabelecida ou aos costumes reinantes.
Deverá ser um mundo em que o afeto tenha livre ação, em que o amor esteja isento do instinto de domínio, em que a crueldade e a inveja tenham sido dissipadas pela felicidade e pelo livre desenvolvimento de todos os instintos que edificam a vida e a enchem de deleites mentais.
Um mundo em que finda o Estado; rejeite o poder estatal; rejeite o autoritarismo; critique ao capitalismo; critique às diferenças entre as classes sociais e econômicas;
Um mundo em que não nego a ordem social ou o desenvolvimento, mas sem a influência de um governo.
Onde eu possa valorizar as instituições econômicas e sociais que sejam formadas por membros voluntários; contra a monopolização da propriedade privada e pública; exigindo um grande senso ético das pessoas para que possa funcionar.
Tal mundo é possível; aguarda apenas que eu deseje criá-lo.
Por enquanto, o mundo em que vivo tem outros objetivos.
Mas ele passará, destruído pelo fogo de suas próprias paixões incandescentes, e, de suas cinzas, surgirá um mundo novo e mais jovem, repleto de fresca esperança, com a luz da manhã em meus olhos.
Agora, eu não sei e nem vocês sabem, o que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem?.
O que está subjacente à anarquia da sequência dos acontecimentos,
às incertezas, às contrariedades,
à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos?.
Ninguém sabe, professor Max.
Toda a gente sabe, é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum.
O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma.
Não podemos saber nada.
Mesmo as coisas que sabemos,
não as sabemos.
Intenção?.
Motivo?.
Consequência?.
Significado?.
É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos.
E mais espantoso ainda é o que passa por saber.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Poema sobre o fascismo

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O Fascismo feroz, o Comunismo que
falar muito sem dizer nada,fraudam iguais, zamzam loucamente por todo o globo.
Eles são nascidos abortados do novo Éon de Hórus.
A Liberdade novamente se remexe no útero do Tempo,a evolução faz suas mudanças de maneiras anti-Sociais.
O fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia.
O homem 'Anormal' que prevê o curso dos tempos e adapta as circunstâncias inteligentemente, é gozado, perseguido, até mesmo destruído pelo rebanho; mas ele e seus herdeiros, quando a crise chega, são os sobreviventes.
O Fascismo é como o Comunismo, e desonesto nos negócios conseguidos por meios cavilosos.
Os ditadores reprimem toda arte, literatura, teatro, música, notícias, que não se encaixem em seus requerimentos; porém o mundo só se move pela luz do gênio, pelo célebres
dos séculos anteriores.
O rebanho será destruído em massa.
O estabelecimento da Lei de Thelema é a única forma de preservar a liberdade individual e assegurar o futuro da raça.
Políticos estão dizendo que as redes sociais estão atrasando o crescimento do Brasil.?.
Porquê tanta ignorância!.
Pois, não imaginam o tamanho da asneira que estão falando.
Se é isso mesmo que pensam estamos diante de um novo conceito de democracia no qual fica definitivamente eliminada a liberdade e a possibilidade de comunicação e troca de informação entre as pessoas.
Afirmação deduzida de uma verdade já demonstrada.
Só "podemos comunicar ou publicar aquilo que interessa a um determinado objetivo.
Isto é radicalismo político autoritário declarado!.
Não existe político no mundo que vai diminuir a maldade do ser humano, mas há aqueles que podem aumentá-la.
A internet se sai muito bem manipulando as pessoas e, em um País onde o analfabetismo funcional é alarmante, isso é muito perigoso para a democracia, abrindo caminho para o fascismo e oportunismo.
Entretanto os políticos precisam tratar o povo como trata uma mulher.
Porque a questão hoje em dia não é a: Xenofobia, Heterossexismo, Homofobia, Transfobia, Preconceito linguístico, Feminismo, Machismo, Sexismo, Etnocentrismo, Preconceito social, Racismo…
A questão hoje em dia é o VITIMISMO. Não importa quantas vezes você foi elogiado, aplaudido, homenageado, só importa divulgar quantas vezes você foi, de alguma forma, ofendido, oprimido, maltratado, abusado, discriminação, por quem tem sempre essa percepção sobre o que lhe acontece.


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Três anos de Mariana

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Aquelas pessoas não poderão entrar no mesmo rio duas vezes.
Eles nunca mais entraram no Rio Doce assim,doce.
Pois os impactos são irreversíveis.
Os efeitos deletérios se propagam em cadeia por longo tempo,
além de serem incalculáveis como a inominável cimentação do fundo do Rio Doce e de afluentes.
Indenizações têm que ser estimadas, mas não repõem múltiplas espécies de vida feridas de morte com ferro.
Ninguém poderá construir em seu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida,
ninguém exceto vós, somente vós mortos.
Naquele dia o rio morreu, ecologicamente.
Não existe mais nada,
não existe vida no rio;
primeiro morreu toda a fauna,
a flora está terminando de morrer nestes dias.
Essa tragédia me atingiu diretamente, atingiu- me porque eu sou um rio.
Agora eu sou um barro procurando inúmeras verdades, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-me do outro lado do rio;
mas isso me custaria a minha própria pessoa, eu me hipotecárias e me perderias num caminho por onde só eles poderão passar.
Por enquanto eu podereis lembrar das vítimas, do rio doce, que agora é amarga.
Amarga é a vida e os choros das pessoas.
Entre estatais, e multinacionais, o rio das pessoas e de pessoas morreu.
Agora o diálogo do poder e poderosos de Brasília é sobre a dívida interna, a dívida externa e a dívida eterna.
Eles não querem ratificar quantas toneladas exportaram de ferro?.
Quantos mortos retiram da lama? .
Quantas lágrimas disfarçaram sem berro?.
Não! . Nada disso importa para eles a não ser a importação.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

30 anos da Constituição Cidadã.

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Depois de ler a Constituição,
dá vontade de aplaudir esse país…
Pois, é objetivo fundamental promover
o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Se é objetivo, é missão!.
Não há previsão de não cumprir, de não seguir, de não conseguir.
Depois de ler a constituição,
dá vontade de homenagear esse país. . .
Pois, ela diz que somos todos iguais perante a lei.
Mas essa igualdade só vem quando o povo senta nos vasos  sanitários e fazem o mesmo que eles.
Depois de ler a Constituição,
dá vontade de entender esse país…
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, só que a Lei Maior exige que o Poder Público e a coletividade
defendem e preservam o meio ambiente,
mas, como impor essa obrigação
se eles não estão sendo educados para isso?.
Depois de ler a Constituição, dá vontade de rir desse país…
O salário mínimo, capaz de atender
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo.
Mas quanto é o salário mínimo?.
Depois de ler a Constituição, e saber
que a dignidade da pessoa humana
é fundamento da República Federativa do Brasil, dá vontade de morar nesse país…
Dá vontade de ir pra lá… mas onde será que fica essa República Federativa?.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Os costumes da vida

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A gente se acostuma a trabalhar em repartições que parecem caixas,
a sentar em cadeiras desconfortáveis,
a usar calça social, gravata que aperta, ligamos nosso ar condicionado, e assim, logo se acostuma com as janelas fechadas,
logo se acostuma com o vidro escuro, logo se acostuma com a impossibilidade de assistir ao pôr-do-sol, logo se esquece da hora.
A gente se acostuma a chegar tarde em casa e jantar rápido para dormir logo.
De tão rápido, nem vale a pena se reunir à mesa, logo se acostuma a comer no sofá vislumbrando as imagens da telenovela enquanto se alimenta depressa.
Assim se perde o sabor, a comida esfria, as conversas cessam.
A gente se acostuma com horários que não batem, a dizer “hoje eu não posso”. A não dar atenção à quem amamos. Dormimos exaustos, sem ver nosso filho, nossa esposa, nossa mãe.
A gente se acostuma a abrir os olhos com a escuridão do dia que mal amanheceu.
A se entupir de café para acordar e a pagar caro pela condução.
A gente se acostuma a dar bom dia pro motorista que já se acostumou com a nosso rosto, e a ficar em pé no ônibus cheio, ouvindo o noticiário da manhã para não perder o tempo da viagem durante o congestionamento de duas horas.
A gente se acostuma com o jornal que te informa sobre a violência do centro, a chacina na comunidade, o trânsito da Brasil, a falta de leitos nos hospitais e a corrupção da polícia e do Planalto Central.
A gente se acostuma a temer.
Com o medo vivemos em nossos condomínios fechados, acionamos sistemas de segurança, contratamos guaritas, alongamos os muros, fixamos cercas elétricas, brindamos nossos carros.
A gente se acostuma com a violência. Voltamos antes do toque de recolher, logo se acostuma a sair em bando, a rezar, a dar satisfação.
A gente se acostuma com o abismo social, com o racismo estrutural, com o tráfico, com a pobreza.
E à medida que se acostuma, acha normal, naturaliza-se.
A gente se acostuma com a miséria de amor e com a pobreza de espírito. Recolhemos migalhas, nos contentamos com pouco.
Logo se acostuma a viver em relacionamentos tóxicos e abusivos ou frios, mornos, sem sal, sem açúcar, sem tempero nenhum.
A gente se acostuma a sair com as pessoas e gastar mais tempo encarando o celular do que olhando nos olhos. Mesmo assim voltamos para casa contentes.
Dormimos com a sensação de dever social cumprido.
A gente se acostuma com a ansiedade, com a claustrofobia, com os pânicos.
Não se mexe em feridas, não se abre o coração: a ignorância é uma benção e o autoconhecimento desnecessário.
Logo se acostuma a sentir vergonha da tristeza e engolir o choro.
Ser forte é colocar tudo debaixo do tapete.
A gente se acostuma com as incertezas da juventude, com a desilusão da meia idade, com as limitações da velhice.
As fraquezas de cada fase: não dá porque tenho que estudar,
não dá porque preciso trabalhar,
não dá porque estou muito velho,
meu tempo já foi.
A gente se acostuma a viver de nostalgia, esquecer das datas, errar os nomes, repetir as frases e andar devagar.
A gente se acostuma com o fato da morte e nos preparamos para o fim inevitável.
Todo mundo sabe que vai morrer,
a gente só não sabe que é possível padecer em vida,
um dia de cada vez, se acostumando.
Sim, a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a desistir dos nossos sonhos.
A gente se acostuma a viver como uma máquina.
A gente se acostuma a se conter.
A gente se acostuma a passar sempre pelo mesmo caminho e nem mesmo olhar ao redor.
A gente se acostuma com rotinas sem sentido.
A gente se acostuma a achar que não pode mais.
A gente se acostuma a achar que podemos pouco.
A gente se acostuma a achar que já passou da hora.
A gente se acostuma a se acomodar.
A gente se acostuma a se acostumar com tudo,
até o que fazemos de pior ou o que deixamos de fazer de melhor.
A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta e que,
gasta de tanto se acostumar,
se perde de si mesma.

sábado, 3 de novembro de 2018

O mundo como eu vejo

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Utopias e distopias são poderosos exercícios de imaginação que nos ajudam a compreender os erros dos atuais modelos políticos e a projetar e construir melhores modelos. Atravessamos tempos convulsos. Tempos de incerteza.
Depois de Barack Obama, um modelo de elegância e inteligência, concorde-se ou não com as suas ideias, ninguém acreditava que os EUA pudessem regredir até alguém (alguma coisa) tão ruim quanto, por exemplo, George W. Bush, e foi então que surgiu Donald Trump.
No início parecia apenas um pequeno erro do sistema, um divertimento antes da ação a sério, como os palhaços, no circo, antecedendo a entrada dos trapezistas.
Agora começa a parecer-se com o que sempre foi: um pesadelo.
No Brasil, cujo processo de democratização acompanhei com entusiasmo, que vi crescer, prosperar, vencer a inflação e o desemprego antes da crise atual, há quem saia hoje para as ruas clamando pelo regresso da ditadura. Olhando a partir de fora custa a compreender.
Olhando a partir de dentro custa ainda mais.
Desistir da democracia porque alguns políticos são corruptos é como cortar a cabeça para acalmar uma enxaqueca.
As ditaduras tendem a ser muitíssimo mais corruptas do que as democracias.
A diferença entre uma ditadura e uma democracia, no que diz respeito à corrupção, é que numa democracia os corruptos nem sempre conseguem dormir, com receio de que a Polícia lhes entre em casa a meio da noite, enquanto numa ditadura são as essas honestas que não conseguem dormir, com receio de que Polícia lhes entre em casa a meio da noite.
Uma democracia é tanto mais avançada quando mais capaz for de combater a corrupção e, em particular, a corrupção no mundo da política.
Creio mesmo que uma democracia é tanto mais avançada quanto menos ricos forem os seus políticos.
Gosto da Holanda porque o primeiro-ministro vai para o emprego de bicicleta.
Amo Cabo Verde, entre tantos outros bons motivos, porque o Governo fica na Praia, e porque, entrando num boteco qualquer, nunca saberemos se o sujeito sentado ao nosso lado, tocando cavaquinho, é um humilde pedreiro ou o Presidente da República.
Não há ditaduras boas, da mesma forma que não há doenças boas.
Há democracias avançadas e vigorosas e há democracias em crise, democracias frágeis, democracias necessitadas de um novo começo.
O que não há com toda a certeza é democracias que possam ser substituídas com proveito por uma qualquer ditadura.
Nenhuma democracia é tão má que consiga ser pior do que a melhor ditadura.
Quando se analisam, à distância de séculos, tempos de incerteza e convulsão verifica-se, tantas vezes, que estes assinalam importantes avanços na História.
As pessoas que acordaram em Paris, naquela manhã de 14 de julho de 1789, não podiam imaginar que os confrontos desse dia, que culminaram na tomada da Bastilha, iriam dar origem não só a mudanças políticas fundamentais, mas, mais importante, a alterações positivas de mentalidade, em particular ao enraizamento da noção de que todos os homens nascem livres e são iguais em direitos e deveres.
Para muitos franceses, aqueles foram dias de puro terror.
Dias em que um mundo acabou.
Mas hoje, olhando para trás, o que vemos é um mundo novo a começar.
Tempos como aqueles que vivemos são suscetíveis de engendrar monstros. Contudo, também são capazes de gerar sonhos enormes e poderosos.
Mais do que nunca é urgente revisitar utopias antigas e projetar novas.
A obra de Thomas More inspirou, entre outros, Pierre-Joseph Proudhon, um dos pais do anarquismo.
Mesmo quem nunca ouviu falar em Proudhon conhece certamente a mais famosa das suas proclamações, «A propriedade é um roubo», e muitos a repetem, ainda que a não compreendam. Algumas das ideias antiautoritárias de Proudhon são hoje mais atuais e menos «utópicas» do que quando este as produziu.
O comunismo morreu e o capitalismo ameaça matar-nos a todos.
A corrupção da classe política, as crises de refugiados, o aquecimento global, tudo isto são problemas decorrentes da própria natureza do sistema capitalista.
É urgente procurar outros caminhos. Sonhar não é loucura.
Loucura, hoje, é não sonhar.
Na certeza, porém, de que esses caminhos, esses sonhos, só podem ser encontrados por meios pacíficos e democráticos.
A democracia, essa utopia primordial, não pode ser posta em causa.
Todos somos poucos para a defender.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Comunismo ocultado

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É a maneiras artificiais de olhar a vida com tristeza porque a dor do mundo me dói, e que o dinheiro não é para latifúndio,
corrupção ou inimizades.
Mas para plantar pés no chão, flores na terra, e no coração uma miragem.
É que, amigo, não existe satisfação no samsara,
estamos sedentos de nós mesmos,
e tudo está disponível na ponta dos dedos.
Em telas azuis, ecrãs, poesias programadas.
Para que a gente entenda o peso de não sentir.
Para que a gente sinta o peso de não entender.
E seja leve como uma revolução vermelha, mas também dourada.
Eu queria respirar dentro da água,
cambalear poente,
acendendo velas pro meu guia.
Eu queria emancipar-me de tudo que não sou, para te contar que os amigos são como sementes que germinam nas nossas mãos, antes mesmo de tocarem a terra.
E que bom que não somos loucos, nem estamos sozinhos.
Queremos enaltecendo com as notas elevadas de uma sinfonia o protagonista.
Contudo, abre as baterias contra a morte de Ana Maria Nacinovic Correa.
Temo que as marchas ao mausoléu com o estatuto de reverências inundem com o doce fel a simplicidade de Correa.
Estamos enterrando a pessoa mais terrestre de todas que passaram pela Terra.
E dá o testemunho: Ela nutria pelo companheiro um carinho humano.
Ela se erguia contra o inimigo mais firme que ferro.
Conhecia ela fraquezas que conhecemos, como nós supera doenças.
Diante de milhões de olhos e dos meus dois, apenas caramelos congelados de lágrimas, grudados às bochechas.
No verão da comuna os anos se aquecerão, e a felicidade com o doce de frutas enormes amadurecerá nas flores vermelhas do final do mês de Outubro para lembramos de uma guerrilheira e militante comunista brasileira, que participou da luta armada durante os Anos de Chumbo contra a ditadura militar brasileira.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Remuneração

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fala-se muito em empoderar as mulheres, empoderar os homens.  
Mas não podemos esquecer que precisamos também empoderar os professores e as professoras .
Eu me refiro aos professores e professoras que só querem dar aulas sem contaminação política e sem doutrinação ideológica.
São os professores e as professoras, que vão ensinar os alunos e alunas a aprender desde cedo os valores do estado democrático de direito e compreender desde cedo os princípios essenciais das instituições brasileiras.
O próprio respeito às minorias, às diferenças e às diversidades é um ensino fundamental que precisa voltar a nascer do chão de escola.
Para tudo isso, porém, aos mestres, com carinho, estamos todos devendo salários com dignidade.
Não há empoderamento maior do que remunerar bem os bons profissionais da educação, principalmente aqueles que levamos para sempre na memória, como eu levo Marco e Marcelo de HIstória.

PRF

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A política, a Religião e o Futebol só serve para dividir, estabelecer a discórdia, a desinteligência entre o povo e imbecilizar o homem.
Pois, toda contestação é inútil.
Discutir racionalmente com o outro uma opinião de origem afetiva ou mística só terá como resultado exaltá-lo.
Visto que os tolos acreditam que política, religião e futebol não se discute,
por esse motivo os ladrões continuam no poder e os falsos profetas continuam a pregar,
conscientes de que o melhor catalisador para o emburrecimento é o apego incondicional a uma ideologia.
Todos sabemos que a Política,
a Religião e o Futebol há muito tempo tornou-se a arte da conquista e da conservação do poder e a luta contra essas instituições são difíceis, porque elas são organizados,
e nós não.
Entretanto, o típico imbecil do nosso tempo não é assim chamado por ser simplesmente um imbecil que por coincidência nasceu em determinada época e não em outra;
não o é nem mesmo por haver uma ligação íntima entre a nossa época e a sua imbecilidade, embora essa ligação sem dúvida exista, mas porque o sentimento de pertencer a essa época, ao famoso 'nosso tempo',
constitui de certo modo o núcleo e o ponto forte do seu modo de ser imbecil,
ou de não saber quase tudo.
Contudo, eu,  era um imbecil coletivo que sobre o nada eu tinha profundidades, não tinha conexões com a realidade.
Pensava que poderoso não era aquele que descobre ouro.
Mas, era aquele que descobre as
insignificâncias do mundo e as nossa.
Por essa pequena resolução me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado porque sou fraco para elogios.

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