sábado, 28 de maio de 2022

Poema sobre a Vila Cruzeiro

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Tenho me esforçado bastante para não desperdiçar energia com bobagens, principalmente quando se trata de discussões sem sentido, carregadas de achismos e jargões, mas, por mais que me esforce,
às vezes, sim, às vezes é difícil não me posicionar.
Estava terminando de pagar uma conta e na fila tinha um cidadão que puxou papo com a atendente e começaram a falar do preço das coisas, ela reclamou do alto valor do café e ele disse que podíamos estar pior, que poderíamos ser uma Venezuela, eu calado estava e calado continuei, mas, para minha infelicidade, a máquina deu problema e o que eu pensei que acabaria rápido, demorou tempo suficiente para o cidadão me inserir na conversa, o assunto do café,
se transformou num discurso dele contra os direitos humanos,
mais uma vez veio a tona a questão dos direitos humanos que só servem para proteger vagabundo,
como ele me chamou para a prosa, fui obrigado a dizer que a vida,
a educação e a segurança são direitos humanos, logo, não existe um policial que seja contra os direitos humanos, podem ser contrários a politicagem existente, aos discursos descontextualizados de alguns,
que pregam reação com flores durante um ataque a tiros. 
O cidadão que me chamou para a conversa, ficou um pouco constrangido, ele pensou que encontraria apoio, mas não foi bem assim.
Saí de onde eu estava e amadureci um pensamento antigo: se você trabalha para o estado em áreas estratégicas e diretamente ligadas aos direitos humanos, você deveria pedir exoneração, do contrário,
o discurso não passa de hipocrisia. 
Sim, é um hipócrita aquele que afirma que os direitos humanos só servem para proteger vagabundos, enquanto continuam com suas carreiras públicas que existem exatamente por conta da necessidade de se garantir que os direitos humanos sejam minimamente respeitados.
Não estou dizendo que as carreiras foram criadas por conta dos direitos humanos, estou afirmando que tais carreiras são, hoje, o suporte do estado para garantir a vida,
a educação e a segurança do povo, logo, repetindo o que eu disse antes: se quer fazer discurso contra os direitos humanos e é funcionário público, está mais do que na hora de rever os conceitos ou de pedir demissão.
O que não dá, que não cabe, é esse discurso jargônico, descontextualizado, altamente irreal.
O cidadão que me puxou para a conversa, não pode ser enquadrado por mim como funcionário público, não sei e não me importa o que ele faz, mas assim como ele, existem muitos cidadãos que quando precisam, recorrem aos direitos humanos e depois ficam abrindo a boca pra falar mal.
Sim, eu sei, muitos vão dizer que nunca precisaram, mas se eles puxarem bem, vão perceber que até essa coisa de abrir a boca e falar livremente, é um direito humano.
Repito, não se combatem tiros com flores, assim como não se sustenta discurso sem o mínimo plausível de conhecimento.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Poema sobre a condição humana em sua perdição

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Nas parábolas de Lucas 15 e 16 Jesus descreveu em cada uma delas muitos ângulos diferentes da condição humana em sua perdição, tanto quanto também expressou o modo redentivo do Pai agir em relação á alienação humana em cada um desses casos.
Inicialmente temos a Ovelha Perdida.
É o ser humano que se atabalhoou no caminho e perdeu a direção,
o sentido da vida; ou seja:
o caminho do Pastor.
Nesse caso, não se trata de rebeldia, mas de distração e tolice;
o que frequentemente faz com que homens ovelhas venham a alienar-se da vereda, do passo, do sentido do Evangelho, da obediência a Jesus;
e, também, do vínculo fraterno humano tão útil a manter-nos andando tendo uns aos outros como admoestadores na caminhada.
Trata-se, portanto, da distração que gera o desgarrar fraterno e a comunhão; e isso por razões diversas, muitas delas vinculadas à perda do foco em razão de relacionamentos sem vínculo com a fraternidade da fé; ou, também,
pelo envolvimento excessivo com companhias que nos fazem abandonar o interesse pela Palavra e pela comunhão humana em torno da Palavra da fé.
Então, temos a Dracma Perdida.
Em tal caso, na maioria das vezes, tem-se a alma humana que se perde em estado de alienação de si mesma, inconscientemente; posto que a dracma, pela sua própria natureza, tenha se “perdido dentro da casa”;
e isto por não se conhecer, por não saber de si mesma.
É o caso dos que têm grande valor pessoal, mas que desconhecem o significado de sua própria existência; os quais acabam ficando jogados dentro do ambiente familiar da fé, mas sem que se saiba de seu estado de perdição pessoal; e, semelhantemente à inconsciência da “dracma”, tal pessoa não se sabe perdida, posto que não reflita sobre seu próprio estado em razão da inconsciência espiritual.
Em geral isto acontece muito com “crentes e seus filhos”; ou seja: com os que se habituaram à “religião como casa”; os quais, depois de um tempo, desaparecem em seu significado espiritual diante de Deus pela impressão de “pertencimento” ao ambiente da “casa”.
Tem-se, então, o Filho Pródigo.
Ora, esse tal é aquele que se rebelou contra o amor do Pai, e julgou na sua adolescência espiritual que viver com o Pai é equivalente a “limites e castrações”. 
Trata-se daquele que se vai por deliberação, que se aliena com a sensação de esperteza,
que se distancia a fim de “viver sua liberdade” como expressão de libertinagem contra o amor santo.
Depois aparece o Irmão Mais Velho. Sim, aquele perdido que pensa que está dentro da vontade de Deus pelos seus atos de obediência forçada e legalista, mas que nunca teve vida ou intimidade com o Pai; sendo ele próprio apenas um pecador que habita as proximidades embora sua alma invejosa viaje longe do coração de Deus; ainda que, ele mesmo, jamais tenha a coragem de estabelecer o que habita seu coração como decisão de comportamento.
Assim, torna-se magoado, judicioso e extremamente perdido do amor do Pai, especialmente pela sua raiva dos pecadores “sinceros na sua rebelião assumida”.
Por último, tem-se aquele que se dedica aos negócios do reino,
mas que é Um Administrador Infiel.
Estes equivalem aos pastores, sacerdotes e agentes supostamente explícitos do reino, mas que perderam a fidelidade, e, assim, tornaram-se ladrões e enganadores, fazendo do reino um “negócio” pessoal; e, portanto, explorando o povo e defraudando o Evangelho. Sim; são os pecadores malandros;
os quais esquecem que haverá o dia do acerto de contas; embora, eles mesmos, pelo vício administrativo e mistrativo pensem estarem para além do perigo, julgando que exista uma dependência de Deus em relação a eles.
Portanto, criando tal engano em suas mentes uma espécie de permissão para o ágio, para o adicional de gestão, para a exploração como “direito”; até que chega dia.
Para cada um desses “perdidos” o tratamento de Deus é diferente.
A Ovelha Perdida é “procurada”, pois, perdeu-se pela tolice e pela imaturidade.
A Dracma Perdida precisa ser buscada, posto que não tenha autodeterminação para achar-se.
O Filho Pródigo tem que arrebentar-se antes de tudo pois, sem que sofra a falência, jamais cairá em si e voltará; e mais: ele tem que voltar boa parte do caminho sozinho.
O Irmão Mais Velho poderá ser salvo pelo ciúme da Graça; sim, esta será a sua melhor chance; isso se ele aceitar seu estado de perdição embora enganado pela falsa ideia da salvação como profissão e gestão espiritual, moral e legal.
Do contrário, morrerá na casa do Pai sem conhecer a Sua Graça jamais.
O Administrador Infiel somente é salvo pela vergonha e pela possibilidade da revelação pública de seu estado de falsidade e infidelidade.
São aqueles que somente são salvos pelo escândalo de suas vidas.
Concluo perguntando:
Quem é você em relação aos arquétipos acima mencionados?.
A Ovelha Perdida se afastou alienadamente do caminho e o Filho Pródigo deliberou tal ato em estado de revolta.
Os demais, a Dracma, o Pródigo,
o Irmão Mais Velho e o Administrador Infiel não foram para “longe” de nada; perderam-se dentro da casa; sim, perderam-se sem expressão notória de seus estados de alienação.
É sutil assim o caminho da perdição de quem se julga “pertencendo”!.
A Ovelha tinha Pastor...
A Dracma tinha uma dona que a ela atribuía grande valor, mas a Dracma existia em estado de inconsciência no ambiente de sua proprietária.
O Pródigo sabia que tinha um Pai bom.
O Mais Velho tinha Pai, mas vivia como um órfão amargurado.
O Administrador Infiel nunca fora a lugar algum, mas jamais se entregará fielmente a nada...
Assim, vemos que tolice ingênua, alienação, rebeldia, raiva invejosa, malandragem e perspectiva de controle habitam os casos clássicos de perdição da alma no ambiente do convívio com a Palavra e com o Santo.
Olhe para você mesmo e pergunte-se:
Quem sou eu?.
Nele, que deseja dar festas de amor pelo nosso encontro, ou pelo nosso regresso, ou pela nossa esperteza de buscar graça na nossa vergonha flagrada.

domingo, 22 de maio de 2022

Felicidade é construção (Mateus 5:1-12)

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Vendo Jesus as multidões subiu ao monte, e como se assentar-se aproximaram os seus discípulos, e Ele passou a ensina os discípulos um caminho da construção de uma vida feliz espiritualmente.
Ele começou a ensinar o caminho da construção da felicidade espiritual.
Felicidade espiritual é uma construção.
Felicidade pro coração, pra vida; esse nível de felicidade conforme Cristo, conforme Deus que aqui é designada como a felicidade dos Makários que significa dos espiritualmente felizes, dos espiritualmente prósperos.
Ele ensina essa felicidade e ensina que isso é uma edificação feita com escolhas.
Escolha de material para botar na construção do ser.
Eu vou escolhendo, eu vou pegando as materiais espirituais pela fé, pela adesão, pela convicção, pela razão que eu dou ao fato que não há material melhor nisso capaz de substituir e sobretudo porque eu estou convencido de que esta é a construção da felicidade.
Eu não quero deixar na minha vida, lugar para o azar para a loteria, eu não estou aqui num cassino de felicidade pra ver se eu dou sorte.
Jesus disse: A felicidade é construção, é escolha, felicidade é constatação de que seja excelente e a aceitar o caminho proposto nessa excelência de ser no coração.
Portanto Ele disse para quem quer aprender a construção da felicidade.
Felizes só são os ensináveis, os humildes de espírito que significa aquele que tem dentro de si húmus, aquele que tem dentro de si umidade, tem dentro de si o acolhimento.
São terrenos carregados de húmus e da palavra e da ideia de húmus que vem humildade é desse acolhimento fértil.
Humilde de espírito é um individuo que é dotado do poder, do acolhimento fértil, é o individuo ensinável.
Ele tem húmus no espírito, toda semente boa nele cresce, e ele acolhe.
Esse é o primeiro passo para quem quer ser feliz, é ter essa decisão, eu serei uma pessoa com o coração cheio de húmus.
E eu não rejetarei, serei humilde para acolhe toda semente boa da vida para que ela cresça em mim, e eu me manterei aberto a vida inteira.
Não lutarei contra a verdade antes serei hospitaleiro e acolhedor humildemente em relação a tudo o que seja a sabedoria da verdade na vida.
O segundo passo Ele disse para sermos humanos e solidários, seja generoso, seja aquele que se importa com a dor dos outros, seja um individuo que tem um coração pra solidariza-se com quem sofrem.
Esses que têm esse tipo de espírito paradoxalmente nunca choram de infelicidade.
Eles sempre choram com a doçura da consolação de uma paz edificante enquanto consolam e se solidarizam com os outros, porque eles existem em um estado de eterna consolação a medida em que consola.
Todo o individuo que queira ser feliz torne não um falso consolador, mas um sincero, honesto, verdadeiro e realista consolador e você viverá consolado.
O terceiro passo Ele disse para não compramos brigas, seja manso se controle, não seja escravo da sua pseudo dignidade nem escravo do exercício de direitos adquiridos, nem escravo da valentia, nem escravo do poder de pegar, fazer, bater.
Não antes os felizes são os que se controlam, os mansos são aqueles que colocam a besta o cavalo interior sob rédeas pessoais.
Esse é o sentido de mansidão, é pegar esse cavalo e coloca sobre o meu domínio, sobre a minha capitania.
O feliz é aquele que não se entrega aos impulsos translocado desse bicho resfolegante que o habita.
Esses que assim agem, esses que se ausenta das brigas esses que se retiram da palhaçada, esses que não se solidarizam com nenhuma forma de idiotice são os que herdam a terra, são os que recebem as melhores oportunidades.
São os que prosseguem tendo a chance de escolhe o melhor caminho.
Porque os outros vão guerreira guerras loucas até devorarem uns aos outros e morrer na sua própria infelicidade.
Jesus disse que quem quer se feliz, precisa carregar dentro de si essa vontade de ver justiça e não justíssimo amargurado.
A justiça é doce, a justiça é irmã da paz, a justiça é totalmente gêmea do amor, por que o amor almeja justiça, e a verdadeira justiça só é justa se ela vier carregada de amor, senão ela vira justíssimo felino.
Quer ser feliz busque justiça, trate com justiça, promova justiça pro próximo.
Mas não advogue em causa própria as suas justiças, porque você vai ser tornar um amargurado defensor de si mesmo.
Tenha fome e sede de justiça como se isso fosse fazer um bem estar justo.
Faça para o seu próximo aquilo que será sua água e sua comida, só fique satisfeito quando você perceber que o outro recebeu a medida necessária para viver e ser feliz na parte que lhe diz respeito, faça assim e você será feliz.
Quer ser feliz, Jesus disse para sermos misericordiosos, tenha um coração que se condói  com a miséria do próximo e você será feliz.
Você não vai viver com um sofredor doído patológico sofrendo as dores de aflição de um solidarismo improdutivo, que quer apenas chorar de maneira auto- redentora.
Seja misericordioso com aquele que passa no seu caminho.
Não adianta ficar dizendo que é misericordioso com aqueles que estão em um campo de refugiados na Ucrânia, eu posso orar mas se eu não fizer minha misericórdia chegar lá, eu estou apenas sendo um discursador das bondades que eu não encarno e que os outros não provam como beneficio da minha vida.
Comece a ser misericordioso com o seu pai, com sua mãe, com os seus filhos, com a sua esposa, com os seus irmãos, com os seus vizinhos, com os pobres que você vê , com o coração para quem está vivendo algum tipo de miséria.
Miséria financeira, miséria econômica, miséria social, miséria de reputação, miséria moral, miséria psicológica, miséria de afeto pelo sentimento de abandono e rejeição, se condoa e você será feliz.
Quanto mais você for assim, mas as existenciais, mas as leis da vida conspiraram misericórdia em seu favor.
Você vai semear misericórdia e ela vai voltar sobre você, e você vai ser coberto pela própria misericórdia que você semeou.
Se você quer ser feliz, tenha um coração limpo.
Eu nunca vi um individuo feliz com o coração sujo, eu não sou um pouco moralista, mas eu nunca vi em um homem com a mente cheia de cobiça, cheia de lasciva de luxúria feliz.
Eu nunca vi em um individuo adulterando feliz, eu encontro ele cheio de tesão, maluco subindo as paredes.
Eu nunca encontrei um bêbado feliz, já encontrei um individuo de pileque feliz, mas ele só estava feliz porque ele não vive bêbado, porque se o pileque virar uma coisa crônica ele vai se tornar um ébrio.
Eu nunca vi um individuo que fica maquinando como ele pode fazer para tirar dinheiro do próximo.
Eu nunca vi um individuo que nutra sua alma com pornografia porque busca infelicidade na diversidade dos suingues ou das suruba.
Eu nunca vi ninguém que dedicou á mente a pensar de maneira maliciosa sobre o próximo ser feliz.
Eu só encontro gente limpa de mente e de coração aprendendo o caminho da felicidade.
Se o coração não for limpo, a gente não vê nada de Deus na vida e quem não enxerga nada de Deus na vida não se alimenta com nenhuma esperança eterna e não tem nenhuma alegria maior.
Ninguém que tenha a mente pura e um coração assim sujo jamais será feliz na vida.
Quer ser feliz, seja um pacificado ao invés de ser um provocado, feliz são os que fazem a paz, os que se reconcilia que diminuem o peso de tragédia os que não cobrem multidão de pecados, os que socorrem o pai desnudo ao invés de gargalharem da sua vergonha ao contrário cobrem.
São aqueles que protejem o momento arrasador de uma pessoa digna cobrindo ao invés de expor.
São esses que trabalham pela paz, são estes que ao invés de provocarem guerras, diminuem as chances de conflito tentam aproximar pessoas.
Esses são felizes em casa com a esposa com os filhos com os pais no trabalho nos relacionamentos fazendo pontes porque um pontífice é um fazedor de pontes.
E estes aonde quer que chegue vai carregar a felicidade de um filho de Deus.
Todo mundo olha e diz: ' aleluia, chegou esse o filho de Deus, chegou a paz'.
Você carrega isso de você e todo mundo olha com essa certeza de que você é essa pessoa.
Ninguém é feliz sem paz, só um homem de paz pacifica outros.
Tem gente que escolhe brigas, tem gente que escolhe não gostar de graça, tem gente que escolhe perseguir, tem gente que escolhe como a maioria do quais foi infeliz e ficou dizendo a Deus para ter misericórdia.
Quer ser feliz aprenda a lidar com a injustiça, pois quem não aprende a lidar com a injustiça nunca será feliz.
Todo mundo sofre injustiça o dia inteiro.
Não seja um individuo movido pela opinião de terceiros, antes tenha um coração pacificado mesmo que aquilo que os homens chamem de direito de justiça e de lei seja usado para oprimir você, não se magoe.
Felizes são aqueles que vivem para além do ressentimento.
Felizes são aqueles que não se importam com os que terceiros interpretam atribuições a eles.
Feliz são aqueles que fizeram acordo de paz com Deus no seu coração e andam exultantes não importa qual seja a interpretação enganosa de quem quer que seja.
O homem e a mulher feliz são aqueles que desistiram de serem campeões de média de ibope no planeta e resolveram viver para não darem passos que não seja passos pacificados na presença do autor da vida.
Os felizes são os que são perseguidos por causa da justiça, não se importam porque sabem que eles são habitados pelo reino de Deus.
Eles são herdeiros, o reino está dentro deles, eles não estão procurando uma aprovação de nenhuma realeza, de nenhuma reputação média humana, de nenhuma validação de terceiros.
Esses conseguem, esses constroem todo dia felicidade.
Jesus disse que bem-aventurado somos todos nós, realmente felizes quando vivendo o Evangelho não somos compreendidos, mas nem por causa disso a gente desiste, retroagir ou voltar atrás.
Ao contrário disso a gente até exulta não porque os outros não entenderam, é por que a gente está tendo o privilégio de viver da história dessa consciência sem medo com coragem com ousadia com sabedoria com moderação mas no poder do Espírito Santo, e carregado de eterno peso de Glória dessa alegria de Glória, dessa certeza de vida eterna.
A gente caminha sabendo que sobre nós  repousa o espírito da Glória o espírito de Deus como disse Pedro:" Se sois perseguidos e injuriados caluniados bem-aventurados sois".
Isso acontece por causa do Evangelho não porque vocês são intrometidos ou fofoqueiros, mas por que vocês sejam sábios bondosos e apesar de serem essas pessoas assim, ainda que apesar disso são perseguidos até por causa disso são perseguidos.
Ora sobre vós repousa o Espírito da Glória de Deus.
Portanto, felicidade é construção, felicidade não é uma loteria nem uma sorte.
Felicidade é escolha e a escolha que você pode começar a fazer hoje.


 

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Poema sobre os armamentistas

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Existem,  pelo menos, duas formas básicas de se fazer uma leitura bíblica: "contra nós" e "a nosso favor".
Quando lemos o texto a nosso favor, isolando, descontextualizando as partes que nos interessam, encontramos respaldo para qualquer absurdo que pensemos,
que queiramos justificar.
Os escravagistas cristãos do passado e do presente, usaram a abusam da carta de Paulo a Filemon para isso.
Os escravagistas atuais são também conhecidos como "patrões".
Quando lemos o texto contra nós, vamos nos dando conta de que precisamos ajustar o nosso comportamento aqui e ali para nos enquadramos nas orientações.
Resumindo: quando lemos a nosso favor,  mudamos o texto; quando lemos contra, mudamos a nós mesmos.
É uma questão de hermenêutica.
Nas mãos dos armamentistas, qualquer referência a arma, no texto bíblico, serve de apoio para legitimar sua própria truculência.
Assim, atualizam os textos sobre armas, descontextualizados,
e colocam na conta do "isso servia apenas naquele contexto, porque era só uma ilustração" para casos como o do "bom palestino", que socorreu um judeu, deixado para morrer por tantos outros judeus.
Os armamentistas evangélicos e católicos não tomam Jesus Cristo como referência, mas sim seus discípulos, que eram homens truculentos do seu tempo em processo de transformação pelo convívio com o Mestre.
Citam por exemplo, o fato de Pedro, um pescador estressado, andar armado, e dão como referência o momento da prisão arbitrária de Jesus, em que Pedro, num momento de indignação e justiçamento corta a orelha do servo do sumo sacerdote.
Pedro andava armado com uma espada, mas a referência não pode ser Pedro.
É Jesus Cristo.
Ou somos seguidores de Pedro?.
Na sequência desse episódio,
Jesus adverte Pedro, mesmo compreendendo que aquilo foi um ato de amor a Ele, porém de ódio ao romano.
Então Jesus manda ele recolher a arma.
E bota a orelha do soldado de volta no lugar, segundo a narrativa.
Ou seja, o armamentista da cena é Pedro, que foi repreendido, e não Jesus Cristo.
O pastor Batista armamentista, intérprete da Bíblia, que postou um vídeo recente com uma arma, legitimando o uso de armas pelos cristãos atuais porque os puritanos ingleses usavam, tem como referência os puritanos ingleses e não Jesus Cristo.
Outro texto que os líderes gosta de repetir é o de Marcos 6:8.
Ocorre que ali, Jesus enviando os seus discípulos em duplas,
por estradas perigosas, ele não manda levar uma arma, mas apenas um "cajado" ou "bastão", conforme traduções e versões.
Outro texto que os armamentistas adoram citar é o de Lucas 22:36,
que não pode ser analisado sem levar em conta os versículos anteriores e o que acontece depois.
Pouco antes da prisão, Jesus está tendo uma resenha com seus discípulos.
Pedro, sempre afoito, diz que está pronto para ser preso ou morto por ele.
Cristo retoma a cena em que enviou os discípulos sem armas e sem suprimentos, apenas com um cajado, e compara aquele momento com o que está para acontecer.
E diz que diferente daquele momento, agora iriam precisar de armas para montar uma cena de forma que a profecia sobre ele fosse cumprida:
" Ele foi contado com os malfeitores."
Pois bem, aí um dos discípulos diz: eis aqui duas espadas!. E ele respondeu: Basta!.
Eles só precisavam de armas para serem caracterizados como um grupo rebelde para que se cumprisse o que de Jesus escreveram.
Jesus não queria um confronto armado.
Duas espadas contra a quantidade de soldados que iriam prendê-lo não faz o menor sentido.
Além disso, na sequência dessa cena, Pedro corta a orelha direita do servo do sumo sacerdote, e Jesus repreende.
Jesus estava usando de uma ironia absoluta, não recomendou a ninguém que venda as capas e comprem espadas para andar armados, e que os discípulos andem com guardas e seguranças.
Só quem está com a mente obliterada pode pensar de outro jeito.
Jesus sempre esteve cercado de malfeitores, de pecadores de pessoas de diferentes estranhas e morreu entre dois malfeitores.
O ódio só é quebrado pela ação do amor que cura.
Jesus andava na direção da cura,
na restauração da vida,
da compaixão,
da inclusão,
da misericórdia,
da não segregação ao contrário do agregamento,
da busca de reconciliação.
Jesus nos ensina ama o inimigo,
a orar por aquele que nos persegue,
e damos a outra face e andar muitas milhas para desarmar o espírito do ódio e da raiva.
Um dia o mundo conhecerá como diz o Apocalipse a ira do cordeiro.
E a ira do cordeiro se manifestará não com grandes ações contra os humanos.
É o entregar dos humanos a si mesmo que provoca tudo aquilo que destrói a humanidade e que constrói a ira do cordeiro.
A ira do cordeiro é a nossa salvação.
Não tem Jesus Cristo armamentista nos evangelhos.
Essa imagem não é do Jesus dos evangelhos e sim do Jesus dos evangélicos.
Jesus é descrito nos evangelhos como "manso e humilde", como um pregador da paz, como príncipe da paz.
Jesus orienta que em caso de agressão, não revidem, que disponibilizem a outra face após um tapa na outra.
Jesus não reage a prisão e nem permite que o grupo use as duas armas disponíveis.
Jesus circula entre as piores pessoas de cara limpa,
Jesus se expõe, Ele não convoca ninguém para lutar por Ele.
Jesus acalma os ânimos o tempo todo e nunca sequer pega uma arma.
É muita imoralidade pastoral querer botar as armas na conta de Jesus.
Está, porém, é a vossa hora e o poder das trevas é a vossa hora.
Que os armamentistas covardes todo armamentista só é corajoso com uma arma na mão, especialmente pastores e padres que pregam a violência armada que defendem em seus próprios nomes.
Quem haja assim está associado com o poder das trevas.
Jesus disse para não associamos a este poder essa é a hora das trevas.
No livro de João diz: " ai vem o príncipe desse mundo e ele nada tem em mim, não tem uma porção de ódio nem de violência não tem onde se agarrar em mim, não tem onde se alojar demônio em mim, instalar demônio em mim, não tem como transferir diabo para mim".
No contexto em que vivemos nesse país, pastores e padres postarem fotos com arma, darem entrevista dizendo que usam e até querem pregar armados, falarem mais de arma que de paz.
Estão matando gente sim.
E não é em nome de Jesus, que fique bem claro.
Não há elogio de Jesus a armas.
Quando alguém próximo a Ele recorreu a elas, Ele disse: Basta!.
Duas espadas bastam para que se formasse uma cruz onde a salvação se consumou.

domingo, 15 de maio de 2022

Poema sobre a verdadeira marcha para Jesus

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Não creio que Jesus pretendesse iniciar um movimento que levasse multidões às avenidas para gritarem Seu nome em coros puxados por trio-elétricos.
A genuína “marcha para Jesus” se dá sem data e hora marcadas,
sem showmício para eleger candidatos evangélicos,
sem discurso moralista,
sem disputa para desbancar outras marchas e paradas.
A verdadeira "marcha para Jesus" não acontece com data marcada,
guiada por trios elétricos,
ao som de gritos de guerra,
mas acontece todos os dias,
pelas ruas, avenidas, corredores de supermercados, shoppings,
bancos, onde gente conquistada pelo amor de Jesus são conduzidas como evidência do poder do Evangelho.
Desta marcha eu participo sem o menor recato.
A verdadeira “marcha para Jesus” é aquela  em que “levamos sempre por toda a parte o morrer do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos”.
Portanto, trata-se de algo discreto, sem alarde, sem chamar a atenção para si mesmo.
Como “sal da terra” devemos ser polvilhados no caldeirão cultural, realçando o sabor da comida,
e não chamando a atenção para nossa presença.
Parece que temos errado na mão. Estamos tornando a comida intragável de tão salgada.
Como “luz do mundo” devemos estar direcionados para fora como refletores em vez de querer atrair os holofotes para si.
Em vez disso, tornamo-nos massa de manobra de quem almeja fazer de nós capital político para ser usado em suas negociações por trás dos bastidores.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Poema sobre os perigos da riqueza

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O bilionário Elon Musk, dono da Tesla, gastou US$ 44 bilhões para comprar o Twitter.
Esse valor é seis vezes mais do que seria necessário para acabar com a fome no mundo.
Existem 45 milhões de pessoas no mundo que não têm o que comer.
Se antes da pandemia o número chegava a 27 milhões,
a situação da fome se agravou ainda mais ao longo dos últimos anos,
de acordo com o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas.
O que deveria valer mais, uma rede social que muitos consideram ultrapassado ou a vida de milhões de pessoas que morrem de fome?.
O que você faria com sua fortuna se fosse um bilionário como Elon Musk?
Aliás, por que há bilionários?.
Por que há tantos recursos nas mãos de tão poucos enquanto tantos sequer têm o que comer?.
Seria correto desejar ser um bilionário em um mundo como o nosso?.
Como cristãos, não deveríamos almejar um mundo mais igualitário é justo?.
Viver numa cidade cercada de montanhas tem suas vantagens e desvantagens.
A exuberância de nossa topografia tem seu lado negativo. Se quisermos assistir a um belo nascer do sol, teremos que buscar uma praia,
de onde possamos vê-lo se insinuando no horizonte até rasgar o céu com seus raios.
Caso contrário, as mesmas montanhas que embelezam nossos cartões postais proverão uma muralha que retardará o aparecimento do astro rei.
Que haja algo errado, todos admitimos.
Resta saber o que se pode fazer para corrigi-lo.
Não basta remediar, tratar os sintomas, sem questionar as estruturas injustas que os produzem.
Como pisar num lugar como o lixão de Jardim Gramacho, deparar-se com seres humanos vivendo literalmente do lixo, e não questionar o que estaria por trás disso?.
Seria muito fácil emitir um juízo moral, atribuindo a miséria de nossos semelhantes ao pecado, à falha de caráter, à indisposição para o trabalho.
Isso, certamente, pouparia os verdadeiros responsáveis pela penúria que atinge boa faixa da população mundial.
Também é relativamente fácil esconder-se atrás de um sistema que incentiva a meritocracia, que justifica a concentração de renda,
enquanto desdenha da miséria alheia.
Como ceder à misericórdia em nossos corações enquanto nossas mentes teimam em justificar o sistema responsável por produzir esses indesejáveis efeitos colaterais?.
Eis a nossa esquizofrenia!.
O trabalho para o qual fomos arregimentados consiste em aplainar o terreno, para que, quando o Sol da Justiça despontar, toda a humanidade possa vê-lo ao mesmo tempo.
Para nivelar o terreno, montanhas terão que ser abatidas, e vales aterrados.
Não se trata de algo simples de se fazer, mas de um desafio que demandará um esforço por parte de todos os envolvidos.
O que provoca desnivelamento maior entre os homens do que a injustiça social responsável pela divisão de classes?.
O que hoje chamamos de desigualdade, os profetas chamavam de iniquidade.
Poucos com tanto, tantos com tão pouco.
Se isso não puder ser corrigido no âmbito da igreja, certamente não o será no mundo. 
Por que tratamos o rico de maneira gentil e o pobre de maneira rude?.
O homem com anel de ouro em seu dedo representa aquilo que gostaríamos de ser.
Nós o invejamos.
Quem sabe, se o adularmos, ele nos ajudará a ascender socialmente?.
Já a presença do pobre nos causa mal-estar.
Sua existência desafia nossos escrúpulos.
Sua presença nos intimida.
O que ele poderia nos oferecer?.
Provavelmente nos pedirá alguma ajuda.
Por isso, é melhor mantê-lo numa distância segura.
Só existem vales, porque existem montanhas.
Não haveria pobres, se não houvesse ricos.
Não haveria miséria, se não houvesse concentração de bens. 
Ninguém chega ao ponto de se tornar bilionário sem ter explorado o trabalho do pobre, do necessitado,
e sem ter se valido de um sistema calibrado para beneficiar a uns em detrimento de outros.
Salários foram fraudulentamente retidos.
Direitos foram solapados.
A justiça pervertida.
Tudo em nome do conforto,
da segurança, da estabilidade. 


terça-feira, 10 de maio de 2022

Para quem é o Evangelho

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O Evangelho não é para os arrogantes. 
Cristo veio para aqueles que sabem não serem bons. 
Para aquele que sabe que é um ser caído. 
Para aquele que vive a corrupção da carne e vê a vida como uma escola e que, por meio dos resultados das próprias escolhas, recoloca-se nas encruzilhadas da existência e ratificando a própria liberdade,
diz a si mesmo: escolha!.
Quem é sincero consigo mesmo sabe que já fez mal a muita gente.
Aquele que confessa que já mentiu,
já se deixou corromper,
já machucou o outro,
sabe que todas estas possibilidades continuam existindo.
Sabendo de toda a atração que a natureza humana caída acolhe, o discípulo agradece a Deus quando consegue, por meio Dele, dizer: NÃO!.
Que cada um consiga olhar para si mesmo e se reconhecer como um ser humano sujeito a falhas; um filho pródigo que pede todos os dias para voltar e vislumbrar o Pai amoroso que o recebe e se alegra. 
Ao reconhecermos que nada somos, podemos então agradecer à intervenção Deste Pai que sempre conduz o filho ao arrependimento necessário para aprender e continuar a jornada.
"Estou aqui para dar atenção aos de fora, não para mimar os da casa,
que SE ACHAM JUSTOS."

sexta-feira, 6 de maio de 2022

O problema do Brasil é o Estado brasileiro

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A solução dos problemas que enfrentamos é de longuíssimo prazo, passa pela educação e pela conscientização sobre o papel político do eleitor,
passa por uma reforma profunda no Congresso Nacional,
no Judiciário e nas práticas lesivas do Executivo,
passa por um projeto de Estado, e não de governo, e isso começa pela sociedade, pelo empresariado,
por representações do 3º. setor,
os políticos respondem aos anseios dessas massas, temos políticos perversos porque não sabemos votar, temos políticas perversas porque elas são feitas por indivíduos como Arthur do Val e Daniel Silveira,
para citar apenas os que estão na mídia.
Não, a solução para o Brasil não está nas mãos de uma pessoa,
nem mesmo de um partido ou de um dos lado ideológicos da esquizofrenia atual,  a solução,
como disse, passa por uma estrada longa, por novos valores éticos,
por uma nova consciência sobre as prioridades da Nação, por empresas comprometidas com o social,
com as boas práticas da governança e com o meio ambiente,
por uma classe média que se digne a olhar para a miséria crescente em nossas cidades com vistas a se comprometer com iniciativas de solidariedade, por uma igreja que entenda seu papel na transformação de tudo aquilo que fere a verdade,
a justiça e a dignidade do ser humano, que deixe o templo e vá para as favelas, que abandone a retórica oca de uma espiritualidade com cheiro de biblioteca e passe a por em prática uma teologia que tenha carne e sangue.
Eu sei que não verei nada disso,
e tenho dúvidas consistentes se isso acontecerá algum dia nessa república de bananas.
O pecado somos nós,
o problema do Brasil não é o povo,
é o Estado brasileiro e aqueles que o controlam.
E para vencê-los é necessário conquistar a liberdade para eleger e ser eleito.
É necessário conquistar a liberdade de fazer política, dentro das eleições e para além delas. 

terça-feira, 3 de maio de 2022

A ponte que somos

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Há pessoas que recebem de Deus o dom especial de serem pontes.
Disponibilizam-se para prover conexão entre os outros.
Seu habitat natural são os bastidores.
Os holofotes não as atraem.
Como enceradeiras, contentam-se em trabalhar para fazer o chão brilhar.
Dentre os discípulos de Jesus, provavelmente André era o que apresentava esta característica.
Uma ponte entre duas culturas diametralmente diferentes.
André também serviu de ponte entre duas eras representadas pelos ministérios de João Batista e Jesus. Ele foi um dos dois discípulos de João que testemunharam quando este, vendo Jesus passar, disse:
“Eis aqui o Cordeiro de Deus”.
Não foi preciso nem uma palavra a mais.
Imediatamente, André deixou a João para seguir a Jesus.
Tão logo encontrou a Jesus, André dirigiu-se a seu irmão, Simão Pedro,
e contou-lhe: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
E levou-o a Jesus”.
Portanto, ele também foi ponte entre Pedro e Jesus, sem jamais supor que seu irmão seria o príncipe dentre os apóstolos.
Em momento algum André requereu tal posição por ter sido o primeiro a seguir a Jesus.
Pelo contrário, contentou-se em ficar conhecido como  "o irmão de Simão Pedro".
Foi ele e seu irmão que ouviram de Jesus a promessa de que seriam feitos pescadores de homens.
Considerando o significado de seu nome, Jesus estava dizendo que eles pescariam muitos outros. 
Quer estejamos na frente ou atrás das cortinas, todos somos chamados a sermos pontes.
Lemos em Hebreus que Jesus é o Sumo Sacerdote daqueles que se aproximam de Deus.
No texto grego, Ele é o sumo pontífice, que quer dizer, a ponte principal que liga Deus aos homens. Somente Cristo poderia ser chamado assim, visto que “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem".
Todavia, quando ingressamos em Seu Corpo, tornamo-nos pontes de acesso para que outros afluam à Ponte Principal que nos conecta à Divindade.
Por isso, Apocalipse diz que somos um reino de sacerdotes.
André também desempenhou papel importante na ocasião em que Jesus alimentou a multidão com apenas cinco pães e dois peixinhos.
Ele foi a ponte entre Jesus e o menino que disponibilizou seu lanche.
Enquanto Filipe, outros dos discípulos, calculava o custo que teriam para alimentar tanta gente, André tratou de se meter na multidão para garantir ao menos a comida do Mestre.
Nem sempre temos a solução para um problema, porém, podemos ser ponte entre o problema e a solução. Sem a intervenção de André,
a multidão teria saído faminta,
e certamente, teria desfalecido pelo caminho. 
Filipes costumam ser racionais, ponderados.
Andrés são mais impulsivos, intuitivos, agindo mais com o coração do que com a mente.
Uns são pragmáticos e realistas.
Outros, românticos e idealistas.
Quando alguns gregos vieram em busca de Jesus, Filipe ficou sem saber como agir e recorreu a André. Então, ambos os introduziram a Jesus.
É bom que tenhamos Filipes,
mas estes precisam ter Andrés que os estimulem a dar os passos necessários.
Mais uma vez, André foi ponte
André foi um dos apóstolos que mais trabalharam para que o Evangelho alcançasse lugares longínquos, chegando até a Rússia.
Conta-se que André foi crucificado numa cruz em forma de “X”.
Durante os dois dias em que agonizou, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos seus algozes.
Mesmo em seus últimos momentos de vida, André não se negou a ser ponte.
O que não lhe serviria mais, poderia ser bênção na vida de outros,
mesmo que estes fossem seus piores inimigos.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Externa emoções

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Alguém, por favor, me ajude a entender a razão de sermos tão atrevidos em emitir opiniões,
porém tímidos em externar emoções.
Por que é mais fácil expor o que se pensa do que expressar o que se sente?.
Preferimos nos esconder atrás de raciocínios aparentemente embasados e tomar nossas decisões depois de calcular os custos,
os pros e os contras, relegando os sentimentos a um segundo plano.
O que nos importa são os resultados!.
Queremos sair sempre no lucro,
ou pelo menos, ilesos.
Nossas opiniões são armaduras com as quais blindamos o coração.
Cada peça desta armadura se articula com as demais, garantindo-nos certa mobilidade.
Mas se não forem frequentemente lubrificadas, tendem a se enferrujar, comprometendo nossa flexibilidade, e, consequentemente, nossa performance existencial.
Lubrificamos nossas opiniões com argumentos cada vez mais refinados.
Sonhamos ser imbatíveis.
Opiniões nos impõem.
Sentimentos nos expõem.
Opiniões nos destacam.
Sentimentos nos nivelam.
Opiniões provocam divergência. Sentimentos, convergência.
Reveste-se de armadura quem sai à vida como quem vai ao campo de batalha para brigar.
Despe-se dela quem é capaz de transformar este campo minado num playground onde se desce para brincar.
Para tal, teremos que nos abdicar do cinismo que nos contagiou a alma, roubando-nos a esperança.
Teremos que recobrar nossa ingenuidade essencial, voltando a apostar na vida.
Argumentos se calarão.
Pontos de vista serão relativizados. Substituiremos o olhar bélico da vida por um olhar lúdico.
Em vez de tanques de guerra, carrosséis.
Em vez de bazucas, gangorras.
Em vez de granadas e lança chamas, balanços e pipas.
O peso da armadura será substituído pela insustentável leveza do ser.
Deixaremos de nos sentir ameaçados, para nos permitir amar e ser amados.
Ninguém tomaria banho vestido numa pesada armadura,
não é verdade?.
Despir-se dela é expor a intimidade, revelando assim quão frágeis e vulneráveis somos.
Quem decidir acolher nosso amor, não o fará por outra razão que não seja aquilo que somos, e não o que pretendemos parecer.
Sob a armadura, a alma se sente sufocada.
Lágrimas são contidas.
Sorrisos inibidos.
Gestos calculados.
Palavras sofrem a censura da razão que as considera impronunciáveis.
O outro, a quem nossos sentimentos se devotam, é visto como um inferno em potencial.
Tememos ser devorados por suas inclementes labaredas.
Nossa alma precisa de ar fresco. Lágrimas desejam ser extravasadas. Sorrisos largos exibidos despudoradamente.
Gestos espontâneos.
Palavras livres e sinceras.
E assim, somente assim, o outro será visto como a possibilidade do céu.
Desejaremos ser consumidos pelas chamas do seu amor, das quais renasceremos todos os dias como uma exuberante fênix que abraça a vida com as asas da liberdade.

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