sábado, 24 de outubro de 2015

A democracia e a plutocracia

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As democracias dos países têm muito pouco poder no (des)concerto das nações, ou por outra, perante as plutocracias sem fronteiras.
A democracia é o dia- bolico,
longe do sim- bólico.
Uma utopia fragmentada,
Um el dourado imaginado pelas pessoas que aguardam somente viverem com os seus direitos, sem andarem pela direita e nem pela esquerda.
mas andarem pelos lados que elas(es) acharem melhor.
As democracias já têm muito pouco de democracia.
Apresentam-se como "pacotes" de propostas
estereotipadas de partidos que são, por sua vez, estruturados em função de um sistema eleitoral também gizado para que o sistema po
lítico-social dito democrático cumpra, não a vontade do povo, mas a função de "converter" formalmente a vontade do povo numa legitimação do sistema.
E assim se conciliam princípios aparentemente inconciliáveis, como o princípio da primazia do lucro (proveito pecuniário) sobre o princípio da racionalidade da exploração dos recursos, ou sobre o princípio da soberania da nação.
Cada vez é mais difícil aos poderes políticos estabelecerem e imporem limites aos poderes financeiros e económicos transnacionais, até porque estes se apresentam, cada vez mais, supranacionais e não conhecem fronteiras e, além disso, tendem a ser dominantes nos processos de decisão política dos Estados.
A voracidade desta espécie de liberalismo incontrolável é assustadora, porque domina sem se deixar "governar", nem por regras que sejam suas.
A plutocracia, mafiosa ou não, obtém tudo sem dar garantias de nada, contrariamente ao cidadão que, mesmo para obter "nada", tem de dar garantias de tudo.
Basta pensar num empréstimo bancário a um cidadão ou pequena empresa
Todas as garantias, pessoais e reais, lhe são exigidas, desde fianças a hipotecas. Mas um banco consegue obter financiamentos colossais, com dinheiros públicos (e aqui é que está o escândalo), sem dar e sem lhe serem exigidas, quaisquer garantias, como temos assistido ultimamente em Portugal.
Por isso que eu acho que o melhor governo é aquele que governa menos.
É aquele que deixa os individuos impor as suas opinios.
É aquele que cala e houve os que querem, os que precisam e os que exirgem apenas as coisas que todos vão usar.

                         ***
´Estamos cansados de vermos estas festas de medalhas,
esta gloria e posses nos planaltos.
Estas religiões com Cristo na mesma posição´.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Nunca pare de sonhar

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Sempre precisamos saber quando uma
Etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela
Mais do que o tempo necessário,
Perdemos a alegria e o sentido
Das outras etapas que precisamos viver.
Precisamos encerrar esse ciclo,
Fechando portas,
Terminando capítulos.
Pois não importa o nome que damos
O que importa é deixar no passado
Os momentos da vida que já se acabaram.
Pois as tardes saborosas
Precisa ser também na sua vida.
Foi despedida do trabalho?
Terminou uma relação? 
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país? 
A amizade tão longamente cultivada
Desapareceu sem explicações? 
Você pode passar muito tempo
Se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não
Dará mais um passo enquanto não entender
As razões que levaram certas coisas,
Que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
Serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos:
Seus pais, seu ex-marido, seus amigos, sua filha,
Seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos,
Virando a folha, seguindo adiante,
E todos sofrerão ao ver que você está parada. 
Ninguém pode estar ao mesmo tempo
No presente e no passado,
Nem mesmo quando tentamos entender
As coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará:
Não podemos ser eternamente meninos,
Adolescentes tardios, filhos que se sentem
Culpados ou rancorosos com os pais,
Amantes que revivem noite e dia uma ligação
Com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos
É deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!)
Destruir recordações, mudar de casa,
Dar muitas coisas para orfanatos,
Vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível,
Do que está acontecendo em nosso coração
E o desfazer-se de certas lembranças significa
Também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. 
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas
 Portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo,
Não espere que reconheçam seu esforço,
Que descubram seu gênio,
Que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional
E assistir sempre ao mesmo programa,
Que mostra como você sofreu com determinada perda:
Isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que
Rompimentos amorosos que não são aceitos,
Promessas de emprego que não têm data marcada para começar,
Decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.
Antes de começar um capítulo novo,
É preciso terminar o antigo:
Diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo,
Sem aquela pessoa
Pois nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio,
Pode mesmo ser difícil,
Mas é muito importante.
Encerramos ciclos.
Não por causa do orgulho,
Por incapacidade, ou por soberba,
Mas porque simplesmente aquilo já
Não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco,
Limpe a casa, sacuda a poeira,
Abre a loja, faça bolos,
Deixe de ser quem era,

E se transforme em quem é.

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