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A punição exemplar aplicada ao ex-governador do Rio é tudo o que se espera de um estado democrático de direito, livre de influências e interesses extraordinários.
Mas só funcionou contra o governador porque as instituições não tiveram medo de enfrentar negacionistas, fanáticos,
milícias ou facções da direita e da esquerda.
Sem o vírus e os vícios da polarização, que é hoje a invocação do mal no país, Witzel perdeu duas vezes de 69 a 0 na Alerj; perdeu por 10 a 0 num tribunal misto; e perdeu por 13 a 0 no STJ.
Por essas e outras, milhares de brasileiros querem que a CPI da Covid investigue também governadores e prefeitos que, como Witzel, teriam desviado recursos da saúde em plena pandemia.
Trata-se de uma reivindicação justa e legítima, que cabe à CPI acatar a fim de comprovar o sentido de sua existência, que é prestar à sociedade contas dos crimes cometidos também em gestões estaduais e municipais.
Ao investigar também governadores e prefeitos, cabe à CPI manter o prumo e o rumo inicial,
sem perder de vista as negligências,
as omissões e os possíveis crimes no nível federal, da União.
Estados e municípios devem ser alvos, desde que não sirvam de distração para esquecer Brasília.
Esse lugar sempre surpreende, impressiona, escandaliza.
Só não engana mais ninguém.
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