terça-feira, 30 de junho de 2020

Oásis do nosso deserto

.



Eu lamento ter que repetir a mesma coisa toda hora, mas é inegável que estamos cada vez mais necessitados de um alerta,
aquele que nos traga a boa e velha hombridade, retidão de caráter; dignidade; honradez.
No jogo político é extremamente natural a existência da situação e da oposição,
até onde nunca deveria ter surgido,
ou seja, onde não era natural,
uma única vez aconteceu,
imagina aqui, onde estamos nós,
os meros mortais.
O que não é natural, por mais que seja extremamente comum,
é o mau caratismo intelectual.
A lei da conveniência universal, a lei da conivência nossa de cada dia,
ambas estão regendo a orquestra dos debates políticos no Brasil.
E não podemos esquecer do complexo de Adão, sim, não faltam argumentos requentados,
mas apresentados como uma grande novidade,
como o início do Big Bang da moralidade e da ética.
Hoje,  o que está em pauta é a transposição do rio São Francisco,
ao invés de comemorarmos a melhoria de vida que tal projeto vai proporcionar aos nossos irmãos do nordeste,
estamos discutindo quem colocou o ovo em pé.
Se o atual governo está inaugurando a obra agora, um trecho, isso só está sendo possível porque antes dele alguém a iniciou,
não seria possível tal feito com menos de dois anos de governo,
é mau caratismo intelectual defender que é o atual governo o responsável exclusivo,
repito, responsável exclusivo pelo que está acontecendo.
Entretanto, também é mau caratismo intelectual negar que as obras sofreram muitos atrasos por conta das falcatruas e maracutaias  dos anos anteriores.
Antes que comece o famoso: você está defendendo a atual gestão e condenando a anterior ou vice versa,  deixo claro que sei que não existe pureza no jogo político institucional.
Optei por seguir uma rota de colisão em relação ao uso distorcido ou ao não uso das informações para manipulação e conquista de interesses.
Acredito que os homens têm o direito de saber a verdade e sobre ela construir suas opiniões, não, não vou falar mal só por falar, ou defender só porque gosto, tenho que ser ético.
Se tudo tem limite, acredito que o limite de tudo seja a ética.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Os hipócritas do novo século

.



Muitas vezes obramos bem por vaidade,
e também por vaidade obramos mal.
Muitas vezes damos esmola, tocamos a trombeta diante de nós, como faziam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens.
Muitas vezes fazemos algo para o nosso semelhante pro pura vaidade.
O objecto da vaidade é que uma ação se faça atender, e admirar, seja pelo motivo, ou razão que for.
Tudo que se fizeram e ainda fazem, é pelo reconhecimento dos demais.
Todos querem um aplauso, uma veneração, todos querem serem dignos de louvor, porque também há cousas grandes pela sua execração; é o que basta para a vaidade as seguir, e aprovar.
Ninguém, absolutamente ninguém, lembra que o Maior sábio nos ensinou que: Quando der-se esmola, que a nossa mão esquerda não saiba o que faz a nossa mão direita, de modo que a nossa esmola fique oculta.
Todos querem aparecerem, todos querem uma fama com as desgraças alheias.
Todos querem praticar boas obras sem segredos, sem o íntimo do coração.
Todos querem cooperarem para aqueles que amam o seu Eu.
Visto que vivemos na época da publicidade,
da propaganda, onde tudo aquilo que as pessoas fazem têm de ser mostrado num cartaz e ser proclamado em alto e bom tom.
Antigamente, os vaidosos faziam-se de tudo para chamar atenção.
Hoje os vaidosos se atualizaram com forme a tecnologia.
Todos hoje, postam nas suas redes sociais, uma geladeira com apenas água e gelo, uma dispensa vazia.
Todos filmam, tiram fotos, selfies, compartilham, curtem, comentam deixam seus links não pela pobreza daquele indivíduo, mas pela vaidade daquele hipócrita do novo século.
Às vezes, uma pessoa, um banco ou uma instituição, propõe-se a ajudar pessoas, mas quer que se faça uma placa dizendo que é aquele banco ou instituição que está ajudando.
Há aqueles que dão cestas básicas, que dão roupas, calçados, e querem curtidas no seu Facebook, querem seguidores no seu twitter, etc.
Mas também há aqueles praticam todas as obras com esmero e esforço, com amor e dedicação; dar pão a quem tem fome, abrigo a quem não tem onde ficar, visita aos doentes que estão nos hospitais, dar atenção a quem está preso, dar enterro a quem precisa ser enterrado, ajuda a quem está sofrendo. Fazem tudo isso, mas sem precisar de propaganda e publicidade.
É muito triste conversar com pessoas que gostam de contar vantagens, porque tudo o que faz quer propagar para todos saberem.
Uma coisa é darmos testemunho, dizer o quanto foi bom nosso esforço; outra coisa é quando alguém quer chamar atenção sobre si.
Não precisamos fazer publicidade de nada que fazemos para o próximo, nem da esmola nem da oração, muito menos do jejum ou das obras de penitências que praticamos.
Quanto mais afastamos o interior do nosso coração para Deus, mais frutuosa é a obra; quanto mais generosidade aplicamos naquilo que fazemos, menos precisamos propagar, porque fazemos com amor, dedicação, e o bem nos faz bem!.
Mesmo que o outro não reconheça, mesmo que ao fazer o bem o outro retribua com o mal, o importante é saber que precisamos ser bondosos e melhores.
A maior parte das empresas memoráveis, não tiveram a virtude por origem, o vício sim; e nem por isso deixaram de atrair o espanto, e admiração dos homens.
A fama não se compõe apenas do que é justo, e o raio não só se faz atendível pela luz, mas pelo estrago.
A vaidade apetece o estrondoso, sem entrar na discussão da qualidade do estrondo: faz-nos obrar mal, se desse mal pode resultar um nome, um reparo, uma memória.
Esta vida é um teatro, todos queremos representar nele o melhor papel, ou ao menos um papel importante, ou em bem, ou em mal.
A vaidade tem certas regras, uma delas é, que a singularidade não só se adquire pelo bem, mas também pelo mal, não só pelo caminho da virtude, mas também pelo da culpa; não só pela verdade, mas também pelo engano: quantos homens tem havido a quem parece que de algum modo enobreceu a sua iniquidade!.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Poema sobre fake News

.



É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens atuais.
É mentindo constantemente que se baseia a civilização moderna.
A mentira firma-se, como tão claramente, que facilmente acreditamos.
Há mentiras religiosas, há mentiras políticas, há mentiras económicas, há mentiras matrimoniais, etc...
De tanto mentirmos nos transformamos nesse ser único em todo o Universo.
Nos transformamos em antipáticos.
Atualmente, a mentira chama-se utilitarismo, método, maneira ou comportamento do que é utilitário.
A mentira provoca prazer a um indivíduo, traz ordem social, senso prático.
Ela se encontra disfarçada nestes nomes, para que ninguém a julgue.
Hoje temos mentiras modernas que são usadas principalmente, em redes sociais.
São as fake News da imprensa marrom que consiste na distribuição deliberada de desinformação ou notícia muito propalada via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais.
São mentiras do novo século, são mentirosos dessa nova era, são máscaras que foi dada prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada.
Uma ou quase toda a verdade é desmentida nos canais oficiais.
É uma luta diária, encontramos ou achamos a verdade escondida, encoberta, fragmentada pelos negaciolistas, pelo autoritaristas, pelos facistas, pelos impocritas desse tempo.
Parece uma eternidade conhece a verdade para que possamos nos libertar.
Parece que estamos escravizados de forma que a mentira, como ordem social, possa praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.
Parece que estamos predestinado a mentir, pois quase todos os homens são súditos desta onipotente Majestade.
Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, cortar o mal pela raíz é a obra bendita que o povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc.
E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje.
Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia?.
Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia?.
Entre S. Paulo e os escravos de Roma?.
Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António?.
Entre os párias e Buda?.
Entre Tolstoi e os selvagens moujiks?.
A enxada será irmã da pena?.
A fome de pão paracer-se-à com a fome de luz?.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Homem-animal

.



O principal sinal de humanidade é a maneira
como os seres humanos tratam os animal.
Tratam como monstros, como fera indomáveis, tratam como seres perigosos, como espécies lucrativas.
Contundo, o ser realmente humano seria incapaz de tratar mal. um animal.
O ser realmente sensível e pensante,
carinhoso por sentimento e prestável por sistema, teria a delicadeza da superioridade.
O ser realmente racional pensaria duas vezes nas dores que um animal pode sentir.
Há de reparar-se que as pessoas e as civilizações mais brutas são as que mais maltratam os animais.
Esses são matadores, assassinos de animais indefesos, inocentes e inrracionais.
Entretanto, é preciso ter um mínimo de humanidade para se ter pena dos bichos.
Pois os bichos não são gente, mas não têm culpa de não ser.
Nós temos.
Nós somos homens-animais,
somos a pior espécie,
somos a pior raça que possa existir no planeta terra no planeta água e no planeta ar.
Somos maus em viver na harmonia.
Temos uma racionalidade inrracional.
Temos o egoísmo como uma comida que degustamos.
Saciamos a nossa sede de vingança.
Bebemos inveja dos adjacentes e tratamos os animais como os animais que somos.
Tratamo-los como eles,
caso mandassem nos seres humanos,
nos tratariam a nós.
Só que pior.
Matamo-los, queimamo-los, comemo-los, batemos-lhe, abandonamo-los.
Tratamo-los como iguais porque ainda somos iguais a eles.
Os animais tratam mal os animais diferentes deles.
No dia em que formos superiores cuidaremos deles como deve ser.
Eu sendo um homem-animal, eu tenho que entender que o meu cachorro é tão humano quanto eu.
Quando ele faz algumas travessuras,
é porque ele quer um pouco de atenção da qual todo ser humano gostaria de ter.
E, eu entendo isso da forma mais simples que um ser humano possa perceber.

terça-feira, 16 de junho de 2020

O gabinete do ódio

.



Abram os olhos e veja quem somos,
veja quem sou, veja quem fomos.
Somos umas bestas no mau sentido.
Somos primitivos, somos primários.
Somos egoístas, somos avarentos.
Somos invejosos, somos malfeitores.
Por nossa causa corre um oceano de sangue todos os dias.
Por nossa causa irriga sangue de inocentes todos os dias.
Não é ouvindo, não é sondando todos os nossos instintos ou encorajando a nossa natureza biológica a manifestar-se que conseguiremos afastar-nos da crueza da nossa condição.
Não é auscultando, investigando, averiguando toda a nossa falta de humanismo, que conseguiremos chegar a perfeição.
Não é pesquisando o ódio que nós temos, que nós sentimos um do outro, que conseguiremos nos amar incondicionalmente.
Os seres humano são deficientes em ser um humano.
Todos nós temos limitações inerentes á nossa condição humana.
Somos inevitávelmente limitados, e se não o fosse, se igualaria a Deus e nada mais precisaria aprender.
Entretanto, somos todos deficientes sentimentais e racionais.
É lendo Platão.
E construindo pontes suspensas.
É tendo insónias.
É desenvolvendo paranóias, conceitos filosóficos, desequilíbrios neuroquímicos insanáveis, sistemas políticos e religiosos.
É conclamando apoiadores para irem aos hospitais para filmar vítimas do COVID, enquanto um pai devastado pela perda do filho reergue cruzes que manifestantes derrubaram em Copacabana.
Todas essas teses nos fazem ser desumanos como um verdadeiro animal diabólico.
É engraçado como cada época se foi considerando ao longo da história.
A pretensão de se ser definitivo, a arrogância de ser o último, a vaidade de se ser futuro é, há milénios, a mesmíssima cantiga.
Temos de ser mais humanos.
Reconhecer que somos as bestas que somos e arrependermo-nos disso.
Temos que nos permitir a fazer coisas certas mesmo se não tiver ninguém olhando, câmeras ou aplicação de multas.
Senão cairemos nas justificativas mais diversas, o que é injustificável no ponto de vista da convivência social.
Ou seja, aprender a perder para ganhar socialmente.
Temos de nos reduzir à nossa miserável insensibilidade, à pobreza dos nossos meios de entendimento e explicação,
à brutalidade imperdoável dos nossos atos.
O nosso pé foge-nos para o chinelo porque ainda não se acostumou a prender-se aos troncos das árvores, quanto mais habituar-se a usar sapato.
Temos que aprender a ser mais humanos.
Tirar todo o ódio que nós temos e recolocar de vez o amor que perdemos como um alfinete de lapela.
Temos que destruir esse gabinete do ódio que construíram sobre um Brasil dominado pelas milícias, dominado pelos radicalistas e grupos de extermínios.
Temos que nos enxergar e entender que a única atitude verdadeiramente civilizada que nós temos é, a fraqueza, a curiosidade, o desespero, a experiência,
o amor desinteressado, a ansiedade artística, a sensação de vazio, a fé em Deus,
o sentimento de impotência, o sentir-mo-nos pequeninos, a confissão da ignorância,
o susto da solidão, a esperança nos outros,
o respeito pelo tempo e a bênção que é uma pessoa sentir-se perdida e poder andar às aranhas,
à procura daquela ideia, daquela casa,
daquela pessoa que já sabe de antemão que nunca há-de encontrar.
Essas poucas coisas, são às que nos resta porque ainda não progredimos de imediato.
Pois o progresso é uma imbecilidade, pelo menos enquanto continuarmos a ser os animais que somos.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Educação de paradoxos

.




Nossas crianças sabem tudo sobre a monarquia Inglesa.
E não sabem nada sobre os reis e rainhas africanos.
Nossas crianças sabem tudo sobre a história da França.
E não sabem nada sobre a história de segregação da África.
Nossas crianças sabem tudo sobre o carnaval da elite carioca.
E não sabem nada sobre o Maracatu Rural de Nazaré da Mata.
Nossas crianças sabem tudo sobre a Disney.
E não sabem nada sobre a fome e a peste que assolam os etíopes.
Nossas crianças sabem tudo sobre o futebol europeu.
E nada, sobre os bravos vaqueiros nordestinos ameaçados de extinção.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre Michael Jackson.
E nada sobre a beleza dos versos de improviso de nossos repentistas.
Nossas crianças sabem tudo sobre a Xuxa.
E definitivamente nada sobre Maria Bonita, Margarida Maria Alves ou Tereza de Benguela.
Nossas crianças ainda sabem tudo sobre os quadrinhos da Marvel.
E nada conhecem sobre a nossa romântica Literatura de Cordel.
Nossas crianças são mestres em tecnologia, eles são conectados e aprendem com facilidade.
Muitos trocam qualquer brincadeira tradicional para jogar no tablet.
Sabem falar outro idioma, têm personalidade e curiosidade aguçada.
Mas não sabem que a revolução tecnológica, causou alterações significativas em nossas vidas e, desde então,
tudo parece correr mais rápido.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre os descendências de Israel.
E nada mas sabem das nossas descendências formada por indígenas, colonos portugueses, escravos africanos e diversos grupos de imigrantes que se estabeleceram no Brasil, sobretudo entre 1820 e 1970.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre Lula, Dilma e Bolsonaro.
E não sabem nada sobre Enéas Carneiro, Mahatma Gandhi, Eleanor Roosevelt, Nelson Mandela, Martin Luther King Jr, Zilda Arns, Kailash Satyarthi  e Malala Yousafzai.
É certo que num país onde o oposto do que alguém pensa ser a verdade é admitida como válida.
Onde pensamentos, proposições ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano desafia a opinião consabida, e a crença ordinária é compartilhada pela maioria.
É certo que num país onde se prima por uma educação de paradoxos uma natureza em chamas, uma figura de linguagem, um oxímoro conhecido, mas frequentemente confundido com a antítese.
Ainda exista resquícios das senzalas
E os macacos se tornem urbanos.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Um dia fomos uma Monarquia

.




O Brasil acostumou-se a ser um País de salvadores da pátria.
Ou seja, acredita-se naqueles que vem como salvadores, aqueles que vem com soluções imediatas.
Aqueles cujo, sabem trabalhar com as emoções do povo, aqueles que sabem trabalhar com as ilusões daqueles que esperam sempre um país em perfeito estado.
Esses vem com soluções milagrosas, um típico Republicano, um Democrata disfarçado de um Monarca.
Porém todos ou quase todos sabem que não vivemos mas uma Monarquia.
Pois ela acabou-se quando foi proclamada uma República no Brasil.
Hoje o Brasil vive uma crise de instituições,
no qual faz falta o papel do poder moderador,
exercido por um imperador.
Pois a maior parte das nações mais desenvolvidas do mundo tem regimes monárquicos como Inglaterra e Japão.
Desde a proclamação da República no brasil,
tem surgido criminosos altamente organizados e um estado altamente criminoso.
E, esses que descrevo, estão em Brasília de terno e gravata.
Esses que descrevo, estão altamente armados, estão usando canetas esferográfica para roubarem uma nação inteira.
Estão aproveitando que derrubaram o imperador do Brasil, a fim de que todos os golpistas se tornassem reis individuais da República.
Hoje eles insistem em dizer que vivemos num estado democrático de direito,
onde os poderes executivo e legislativo são representativos, eleitos pelo povo.
Dessa forma os parlamentares e os representantes do poder executivo,
os prefeitos, governadores e presidente estão no poder para representar as nossas vontades, para
governar pelos nossos anseios.
Estão no poder para de fato servirem as nossas vontades, que são simples:
Trabalho, condição de vida digna, acesso à cultura, educação, lazer, etc.
Mas se pararmos pra pensar, não é isso que acontece. Somos tratados como servos dos governos,
e os parlamentares acham que estão fazendo um favor pra gente.
Recebem salários absurdos e sempre acham alguma forma de desviar mais dinheiro pras suas contas bancárias,
ou melhor, desviar para a conta de parentes e amigos.
Colocam até as empregadas domésticas e babás nas jogatinas de corrupção mesmo sem saberem.
Durante quatro anos somos abandonados, chamados de vagabundos, depois voltamos a ser adorados, a ser admirados como deuses eleitores.
E, tudo isso, acontece por que o novo regime que lhes deram foi tão nojento para os homens de todos os matizes, que hoje o Brasil perdeu a vergonha e os seus filhos ficaram capachos, para sugar os cofres públicos, desta ou daquela forma.
Hoje a sociedade moderna critica a monarquia absolutistas,
porque a República mutilou com seus livros didáticos, com seus ensinos manipulados,
com seus sistemas e com seu ministério da educação.
No entanto, todos querem uma vida de rei em um Estado repúblicano que quando se aproxima a eleição, democrática no processo eleitoral é Monarquia ao longo de quatro anos.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Poema sobre a imprensa

.



Nas grandes corporações da imprensa, existem divisões de tarefas.
As redações e os departamentos comerciais devem ser bastante diferenciados, distantes até.
Algumas das maiores têm até uma pessoa encarregada pelo Estado de defender os direitos dos cidadãos,
recebendo e investigando queixas e denúncias de abuso de poder ou de mau serviço por parte de funcionários ou instituições públicas que teoricamente tem o dever de criticar,
duramente se necessário, deslizes que possam contaminar as notícias por conta do suporte que o patrocínio dá com os anúncios à receita subsidiária dos veículos de imprensa.
Porém as notícias são histriónica e histérica,
separada da normalidade,
que nunca é unívoca ou definidora.
No nosso meio existem dois impulsos de imprensa.
O mais antigo é realçar a surpresa e a indignação.
O mais moderno é notar as ausências e as diferenças, mas investigar e descrever as presenças circundantes, onde e entre as quais ocorrem tanto a novidade como a antiguidade.
No nosso meio existe uma imprensa que se vende ou que se vendeu  como se fosse uma prostituta mais barata.
Uma imprensa que faz a população se revoltar e ao mesmo tempo se calar com o excesso de notícias que uma ou outra rede dá às mazelas das suas concorrentes.
A guerra santa que as emissoras dos bispos e milagreiros travam com outras parecem Guerras Santas e as outras revidam como se fora a Inquisição.
No caso dos jornais e revistas, as vendas despencaram de tal maneira depois do advento da internet, que em alguns casos o desprezível resultado mal paga a distribuição e o retorno do encalhe.
Por enquanto os anúncios estão pagando a conta e esse é um assunto tão longo e difícil que nem os envolvidos sabem como resolver.
O que tem se visto ultimamente é uma vergonhosa chantagem onde cada um bate nas autoridades com a força que acha que tem e quem apanha paga quanto e como acha que vale o silencio desses veículos de imprensa que nada mais são do que estelionatos.
Em alguns desses veículos o editor é o caixa e o caixa é quem faz a pauta.
Não são todos, mas a gente sabe quem e quais são.
No nosso meio existe uma imprensa que foi asfixiada pelo regime militar.
Por isso, não existe, no Brasil, nenhuma imprensa que possa ir a todos os rincões e possa saber exatamente o que está se passando na intimidade do poder.
Não há imprensa nenhum, não há transparência alguma.
No entanto a imprensa tinha que ter liberdade para fiscalizar aquilo que está sendo feito, pois, se aquilo que nós queremos fazer tem que ser para o bem da nação, imprensa tem que ter.
Entretanto libertar uma imprensa atual é escravizar uma nação pela manipulação.
Pois a imprensa já foi um comunicador para o povo, hoje é uma arma para a alienação.
Uma arma de políticos e religiosos, uma arma de empresários e burgueses, uma arma de direitistas, esquerdistas e de um centrão querendo cargos.
E essas teses são claras, eu estou repetindo como sempre fiz, como sempre pensei e observei.
É um absurdo a falta de responsabilidade com que a impressa se comporta atualmente.
É inadmissível essa imprensa que nós temos hoje.
É inaceitável termos uma imprensa fascista, nazista e golpista.
Uma imprensa que têm o poder de persuasão.
Uma imprensa que eu queria entender o por quê de tudo isso.
Uma imprensa que eu queria me fazer entender tudo isso, uma imprensa que me fizesse crer que não haja nenhum pai de família que goste de, às sete horas da noite,
ligar um instrumento, um aparelho de televisão e ver na tela, expostas cenas de lascívia; de luxúria; de lubricidade; de sexo quase explícito; que deformam a personalidade e a formação de seus filhos!.
Eu não acredito que haja nenhum chefe de família lúcido que goste disso.
Eu acredito sim, que exista uma imprensa capaz de fazer tudo isso, com o seu poder de manipulação.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Poema sobre o racismo

.



Nós em teoria compreendemos as pessoas,
mas na prática não as suportamos.
Nós em suposições, convivemos uns com os outros,
Mas na realidade de fato, nos odiamos.
discriminamos.
O racismo é uma chaga mundial, ele está implícito, oculto mas pode ser deduzido facilmente.
Há em nosso meio, racistas que negam que não são preconceituosos.
Que negam que a cor é o de menos, porém, na maior parte das vezes só a contragosto lidam com elas,
e tratam sempre de acordo com
o seu próprio ponto de vista.
O negro vivem No racismo, os donos do poder vivem Do racismo. Assim funciona a estrutura.
Assim funciona a descriminação pela pele preta, parda ou mulata.
O racismo está presente em quase tudo e em quase todos.
Nas machinhas de carnaval como aquela cantada todos os anos: " O teu cabelo não nega mulata", ou " Olha a cabeleireira do Zezé, será que ele é?".
E é assim que o racismo é fragmentado no nosso meio.
Sem percebemos, sem entender nada, estamos descriminando alguém com músicas, roupas, cabeleireira etc.
Entretanto, não deveríamos no entanto considerar e tratar as pessoas apenas segundo o nosso ponto de vista,
mas sim considerá-las e tratá-las segundo todos os pontos de vista.
Pois, toda vida importa.
Algumas estão mais em risco do que outras.
Ter mais melanina virou fator de risco.
Racismo é a expressão máxima da ignorância.
É a escuridão mas robusta, é a negação mas doentia do nosso século que vem perpetuando-se, que vem exterminando identidades negras e violando os direitos humanos.
É preciso uma cura para esse vírus, para essa pandemia que está no nosso DNA e na nossa mente.
É preciso de um antibito, uma vacina lental que se opõe a qualquer prática racista, de discriminação e de segregação racial.
Talvez a reeducação social séria o melhor remédio, talvez eu não sei, pensei por pensar, pensei,lidar com elas de uma maneira que pudéssemos dizer que lidámos com elas sem o mínimo preconceito,
por assim dizer, mas isso não é possível porque,
na realidade, alimentamos sempre
preconceitos para com toda a gente.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Poema sobre os autoritaristas

.



A grande maioria das pessoas já estão tão acostumadas a robotização social de um sistema capitalista a qual se encontram,
que se tornou comum o uso de agressividade gratuita como arma para alimentar sua sensação de superioridade.
Essas pessoas estão a mercê de um poder devastador, capaz de destruir a sua liberdade e as suas próprias opiniões.
Essas pessoas estão sempre buscando o sentido da vida do lado de fora,
seja no autoritarismo ou no materialismo,
como se essas coisas fossem sinônimos de força e poder que viessem a oferecer-lhes certa liberdade,
e acabam por cair na própria armadilha.
Para destruir essa maldição, essa legião, precisamos de uma educação abolicionista, que nos livre dos autoritarismos que nos mantém na dependência de políticos reacionários e de uma elite mesquinha, pensada além da esquerda ou da direita.
Não podemos aceitar interferências em nossas vidas, não podemos aceitar controladores em nossas vidas.
Se alguém alega saber o que é bom para você melhor do que você mesmo, de duas uma: ou é sua mãe.
Que provavelmente sabe mesmo o que é bom para você.
Ou é um tirano politicamente correto,
essa nova raça de déspotas esclarecidos.
Esses que não aceitam serem contrariados, mas contrariam os seus eleitores.
O que as pessoas precisam saber, é que todo governo autoritário tende a diminuir a expressão opositora da comunicação, das artes, da educação e da cultura.
O que as pessoas precisam saber, é que o autoritário quer que as pessoas sejam, ajam e pensem como ele.
Ludicamente respondem ao seu autoritarismo:
"Tudo o que o mestre mandar, faremos todos",
como um brinquedo divertido do tipo marionete ou ainda como bichinhos de estimação que não têm vontade própria.
São indivíduos de personalidade fraca que concordam com tudo o que lhes impõem,
recomendam ou constrangem a aceitar como verdade última.
São indivíduos que se deixam manipular por pessoas que não as respeitam como são,
pelo que pensam, do modo como agem.
Até parece educado fazer a vontade de uma pessoa querida,
mas, no final, toda subordinação terá um resultado amargo,
pois ninguém pode deixar de lado a própria essência.
Uma pessoa não pode deixar de ser o que é por capricho de outra que quer que ela se adeque ao seu estilo de vida e modo de ser.
Num ambiente onde há várias pessoas,
cada pessoa deve manifestar seu jeito de ser de modo que os outros tenham a opção de aceitá-la ou não pelo que ela é,
mas não ser podada por alguém que acredita que os outros não vão gostar do comportamento dela.
O fato de não ter intimidade com pessoas de determinado ambiente não impede ninguém de ser o que é.
Em todo ambiente, as pessoas devem ser o que são em seu modo natural,
e, se outros não gostarem, ela o saberá,
e, com certeza, por si mesma,
como pessoa racional e adulta,
saberá se adaptar ao meio ou até mesmo retirar-se dele se for o caso.
Não cabe, portanto, qualquer repreensão a uma pessoa que sabe que o que está fazendo
"não é nada demais",
apenas uma leve descontração num ambiente que acredita ser familiar,
independentemente da extensão da intimidade que possua com todos visto que ali estão todos em família,
e em família é muito natural que todos estejam muito à vontade, a não ser que isso não seja verdade;
aí, então.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Poema sobre os oportunistas

.



O oportunista tira vantagem de sua chantagem mental para alcançar o que quer.
O oportunista aproveita as oportunidades normalmente sem preocupações éticas.
É a oportunidade em pessoa e faz uso da boa vontade ou ingenuidade dos outros para atingir os seus fins lucrativos.
O oportunista está sempre atento no que está acontecendo atualmente para impor seus verdadeiros interesses.
A oportunistas políticos disposto a roubar qualquer coisa: uma vez estocado, até mesmo o vento!
A oportunistas religiosos, diabólico, escravizador e mau caráter, esse mecanismo é instrumento de manipulação especialmente das pessoas que sofrem e estão abatidas pelo peso da sua culpa.
A oportunistas que chegam com promessas de renovo, revelações, curas com feijão da semeadura e água do rio Jordão.
A oportunistas que vivem comparando o Brasil com uma futura Venezuela ou uma Cuba de Comunistas.
Entretanto, o Brasil não precisa ser tornar uma Venezuela ou uma Cuba.
Já estamos em primeiro lugar em Países mais corruptos do mundo.
Contudo, eles estão sempre à altura da ocasião mais favorável, aproveitado-se do momento e fazendo da artimanha a sua arma preferida.
Recorre à mentira como quem respira e faz do ensejo momentâneo a sua oportunidade,
servindo-se da fraqueza dos outros e de sua ingenuidade.
É caprichoso e tem uma necessidade física que o impele à oportunidade.
A oportunidade é uma faculdade comum aos homens pelo qual o espírito se inclina a uma acção.
O oportunista é falso e não tem sentimentos de culpa, quanto a isso e à sua maneira de agir desleal.
É fingido e simulado para além de traidor e não verídico.
Espera a sua presa com tranquilidade assustadora e quando o momento chega,
está sempre em cima dos acontecimentos.
Eles são como leões, lobos em pele de cordeiros, serpentes que rastejam deste o genesis ao apocalipses, escorpiões pontos para envenenar as suas vítimas sem nenhum antibito.
O oportunista é bem-falante e é sabedor de sua “profissão”, como mais ninguém.
É dissimulado e tem boa aparência física,
veste-se bem e sabe esperar pelo seu momento,
que é sempre o mais oportuno.
Aparente e enganoso, tem sempre um sorriso nos lábios e sabe usar de cortesia.
Leva os outros ao engodo prometendo-lhes o que não tem mas fazendo crer que é possuidor daquilo que apregoa.
É suposto e nunca diz a verdade não se afligindo por isso, aliás, tal facto,
deixa-o convencido de sua faceta menos clara e imprópria.
Tira proveito do seu disfarce à semelhança de quem necessita de uma ajuda,
que vem sempre de uma pessoa imprudente e desprevenida,
que vai no conto do vigário, inocentemente e sem malícia.
O oportunista é esperto e sagaz compreendendo a sua oportunidade assim que esta se lhe depara.
Estuda os movimentos dos outros com perspicácia e nunca deixa fugir a sua vitima, estando de sobrolho.
O único esforço de que dispõe é o estar atento ao que se passa à sua volta,
qual abutre a rondar o cadáver.
É um ladrão de sonhos por excelência,
e goza do seu estatuto oculto para trazer as pessoas ao prejuízo.
O oportunista causa danos irreparáveis dos quais é difícil de sair.
Há os que perdem tudo, indo na conversa do oportunista,
que se congratula pela sua esperteza e agudeza de espírito.
Oferece as pessoas ao sacrifício como num ritual religioso.
É prudente e age em conformidade.
Nunca se põe em causa nem à sua vida,
usando da difamação para se livrar de algum imprevisto… vitimizando-se.
Sujeita as outras pessoas à tirania de seu carácter improvável.
É um criminoso altamente qualificado e faz jus disso mesmo para atingir os seus fins lucrativos.
O oportunista anda sempre sozinho, sentado nalguma explanada,
a observar atentamente as suas vítimas, que nunca desconfiam de nada, entregando-se à benesse do oportunista,
que cuida bem do incauto.
O oportunista leva vantagem de sua esperteza e inteligência,
perante os demais.
Não concebe a derrota como uma coisa possível de acontecer.

Postagens mais lidas