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Nossas crianças sabem tudo sobre a monarquia Inglesa.
E não sabem nada sobre os reis e rainhas africanos.
Nossas crianças sabem tudo sobre a história da França.
E não sabem nada sobre a história de segregação da África.
Nossas crianças sabem tudo sobre o carnaval da elite carioca.
E não sabem nada sobre o Maracatu Rural de Nazaré da Mata.
Nossas crianças sabem tudo sobre a Disney.
E não sabem nada sobre a fome e a peste que assolam os etíopes.
Nossas crianças sabem tudo sobre o futebol europeu.
E nada, sobre os bravos vaqueiros nordestinos ameaçados de extinção.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre Michael Jackson.
E nada sobre a beleza dos versos de improviso de nossos repentistas.
Nossas crianças sabem tudo sobre a Xuxa.
E definitivamente nada sobre Maria Bonita, Margarida Maria Alves ou Tereza de Benguela.
Nossas crianças ainda sabem tudo sobre os quadrinhos da Marvel.
E nada conhecem sobre a nossa romântica Literatura de Cordel.
Nossas crianças são mestres em tecnologia, eles são conectados e aprendem com facilidade.
Muitos trocam qualquer brincadeira tradicional para jogar no tablet.
Sabem falar outro idioma, têm personalidade e curiosidade aguçada.
Mas não sabem que a revolução tecnológica, causou alterações significativas em nossas vidas e, desde então,
tudo parece correr mais rápido.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre os descendências de Israel.
E nada mas sabem das nossas descendências formada por indígenas, colonos portugueses, escravos africanos e diversos grupos de imigrantes que se estabeleceram no Brasil, sobretudo entre 1820 e 1970.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre Lula, Dilma e Bolsonaro.
E não sabem nada sobre Enéas Carneiro, Mahatma Gandhi, Eleanor Roosevelt, Nelson Mandela, Martin Luther King Jr, Zilda Arns, Kailash Satyarthi e Malala Yousafzai.
É certo que num país onde o oposto do que alguém pensa ser a verdade é admitida como válida.
Onde pensamentos, proposições ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano desafia a opinião consabida, e a crença ordinária é compartilhada pela maioria.
É certo que num país onde se prima por uma educação de paradoxos uma natureza em chamas, uma figura de linguagem, um oxímoro conhecido, mas frequentemente confundido com a antítese.
Ainda exista resquícios das senzalas
E os macacos se tornem urbanos.
Nossas crianças sabem tudo sobre a monarquia Inglesa.
E não sabem nada sobre os reis e rainhas africanos.
Nossas crianças sabem tudo sobre a história da França.
E não sabem nada sobre a história de segregação da África.
Nossas crianças sabem tudo sobre o carnaval da elite carioca.
E não sabem nada sobre o Maracatu Rural de Nazaré da Mata.
Nossas crianças sabem tudo sobre a Disney.
E não sabem nada sobre a fome e a peste que assolam os etíopes.
Nossas crianças sabem tudo sobre o futebol europeu.
E nada, sobre os bravos vaqueiros nordestinos ameaçados de extinção.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre Michael Jackson.
E nada sobre a beleza dos versos de improviso de nossos repentistas.
Nossas crianças sabem tudo sobre a Xuxa.
E definitivamente nada sobre Maria Bonita, Margarida Maria Alves ou Tereza de Benguela.
Nossas crianças ainda sabem tudo sobre os quadrinhos da Marvel.
E nada conhecem sobre a nossa romântica Literatura de Cordel.
Nossas crianças são mestres em tecnologia, eles são conectados e aprendem com facilidade.
Muitos trocam qualquer brincadeira tradicional para jogar no tablet.
Sabem falar outro idioma, têm personalidade e curiosidade aguçada.
Mas não sabem que a revolução tecnológica, causou alterações significativas em nossas vidas e, desde então,
tudo parece correr mais rápido.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre os descendências de Israel.
E nada mas sabem das nossas descendências formada por indígenas, colonos portugueses, escravos africanos e diversos grupos de imigrantes que se estabeleceram no Brasil, sobretudo entre 1820 e 1970.
Nossas crianças sabem tudo ou quase tudo sobre Lula, Dilma e Bolsonaro.
E não sabem nada sobre Enéas Carneiro, Mahatma Gandhi, Eleanor Roosevelt, Nelson Mandela, Martin Luther King Jr, Zilda Arns, Kailash Satyarthi e Malala Yousafzai.
É certo que num país onde o oposto do que alguém pensa ser a verdade é admitida como válida.
Onde pensamentos, proposições ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano desafia a opinião consabida, e a crença ordinária é compartilhada pela maioria.
É certo que num país onde se prima por uma educação de paradoxos uma natureza em chamas, uma figura de linguagem, um oxímoro conhecido, mas frequentemente confundido com a antítese.
Ainda exista resquícios das senzalas
E os macacos se tornem urbanos.
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