quinta-feira, 25 de abril de 2019

Poema sobre depressão

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Há quem experimente uma mescla de tristeza e raiva combinada com abatimento.
Outros, ao contrário, só percebem um vazio e uma ausência total de emoções,
caracterizada por não sentir absolutamente nada.
É como ter o corpo cheio de chumbo e a mente dominada por um nevoeiro,
como se o próprio ser se desfizesse e o corpo ficasse completamente estático,
como se nem existissem.
Nada querem, tudo abandonar, tudo apostataram, inclusive o maior bem.
A alegria lhes entristecem, e o viver, porque é sujeito a quem dele assim se esquece.
Se morreis acaba o mal físico, mas o fim da alma não queira ver.
Se vivereis, o padecer desta dor é tão mortal
que não lhes possam valer.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A praga da corrupção

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O País do Peru acabou de dar ao grande Brasil uma enorme lição de civilidade e virilidade democrática.
Eu afirmo que o suicídio do ex-presidente do Peru, Alan Garcia,
apanhado pela nossa Lava Jato,
me causou uma ponta de inveja.
Não de inveja por ele ter se matado,
mas sim de inveja por ele,
ao ter se matado,
ter reconhecido que não tinha chance alguma diante das leis,
das instituições e dos cidadãos do Peru.
Como é sabido por todo mundo,
não existe um país na face da Terra que não tenha corrupção.
A diferença é como cada país lida com a corrupção e tolera a impunidade.
No Brasil, por exemplo, os corruptos zombam da impunidade, zombando das leis,
das instituições e dos cidadãos.
Mas é importante frisar que eles só fazem isso porque aqui as leis,
as instituições e os cidadãos aceitam se colocar no papel de inúteis,
irrelevantes e otários.
Muitas vezes as leis,
as instituições e os cidadãos são até cúmplices dos corruptos porque,
em nome de uma resignação inexplicável e de uma preguiça detestável,
não mudam suas atitudes pacatas,
passivas ou permissivas.
É graças a essa resignação e a essa preguiça que os corruptos brasileiros elevaram a impunidade ao status de obra de arte,
obra prima, sem similar em lugar algum do planeta.
No Brasil, nós temos o Da Vinci da corrupção, o Michelangelo da corrupção, o Van Gogh da corrupção e, claro, o Picasso da corrupção.
Nós não temos nenhum Prêmio Nobel, por exemplo, mas certamente nós temos vários prêmios desse porte na corrupção e na impunidade.
Daí que não cabe o país se orgulhar da praga da corrupção,
como uma arte que nos distingue.
Cabe o país se revoltar contra a praga da impunidade, como uma arte que nos insulta.
Ou fazemos isso, ou vamos continuar todos cúmplices das nossas desgraças.

sábado, 20 de abril de 2019

Poema sobre a Páscoa

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Há muito tempo atrás, veio ao mundo um Homem.
Que trouxe em sua filosofia de vida, o maior exemplo de fé, amor e verdade.
Na sua simplicidade, e em seus ensinamentos, mas muitos não o entenderam e simplesmente o condenaram!.
Houve choro, tristeza, e morte!.
Sim a morte daquele que veio trazer
Um exemplo de vida, a benevolência, a tolerância, a paciência, a fraternidade, o perdão,  entre outras coisas o AMOR!.
E por três dias, a tristeza dos poucos que o amavam, que o entendiam durou, porque no terceiro dia o milagre aconteceu
e veio então:
O verdadeiro sentido da páscoa!.
A ressurreição.
Portanto Páscoa é sinônimo de  Ressurreição!.
Ressurreição da esperança!.
Ressurreição dos sonhos!.
Ressurreição da amizade!.
Ressurreição do amor universal!.
Ressurreição do respeito pela natureza!.
Ressurreição do respeito de uns para com os outros!.
Ressurreição do AMOR UNIVERSAL!!!.
Não serão os ovos de chocolate!.
Nem a carne de peixe!.
Mas será o pão e o vinho que nós consumiríamos que trará o verdadeiro sentido da páscoa!.
Cristo morreu e ressuscitou, para nos ensinar a morrer em nossas fraquezas, em nossos erros, em  nossos defeitos, e ressuscitarmos a benevolência que existe dentro de cada um de nós!.
Portanto como você vê a páscoa nos dias de hoje?.
Respondam para você!.
Pois eu desejo uma feliz páscoa da ressurreição do amor a todos!.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

fórmulas de compromisso

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Com os que se intitulam democracias parlamentares ou partidárias, quem quer, examinando o funcionamento efetivo das instituições, podo constituir três grupos.
O primeiro é daqueles muito raros Estados em que os partidos pouco numerosos permitem a formação de maiorias homogéneos, que se sucedem no poder, sem impedir de agir, quando na oposição, o governo quo governa.
O segundo é o daqueles em que a vida partidária é tão intensa e intolerante que as mutações governamentais se fazem frequentemente por meio de revoluções ou golpes de Estado, no fundo a negação do mesmo princípio em que pretendem apoiar-se.
Há um terceiro grupo em que a parcelação partidária e a exigência constitucional da maioria parlamentar se conjugam para ter em permanente risco os ministérios, precipitar as demissões, alongar as crises, paralisar os governos, condenados à inação e às fórmulas de compromisso que nem sempre serão as mais convenientes ao interesse nacional.
Assim, uns esperam as eleições; outros, a revolução; os últimos, as crises, como possibilidades de governo.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

1 de Abril

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Nada como uma segunda-feira cheia de notícias legais,
positivas e animadoras.
Pois o Congresso acaba de aprovar a reforma da Previdência,
com quase 400 votos a favor.
A Bolsa subiu, acima agora dos 120 mil pontos, e o dólar caiu,
abaixo agora dos 3 reais.
Analistas de mercados esperam,
já para as próximas semanas,
entradas de 100 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros.
A Secretaria do Trabalho calcula a reposição de mais de 2 milhões de empregos até o final do ano,
e a recuperação de outros 5 milhões em 2020.
O Banco Central prevê queda de juros e, consequentemente,
inflação ainda mais baixa.
Na Receita Federal, a estimativa é de um novo ciclo de arrecadações recordes,
isso sem necessidade de aumento de impostos.
Animada, a equipe econômica planeja acelerar os esforços para a reforma tributária,
de modo a simplificar o manicômio fiscal brasileiro.
Essas são apenas algumas das melhores manchetes neste Primeiro de Abril de 2019.
Está concretizada uma data perfeita pra gente não deixar nenhuma verdade atrapalhar uma boa mentira.
Desde que, nos outros dias,
a gente não esqueça que o pessimismo dos boatos nunca pode ser maior do que o otimismo dos fatos.

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