sábado, 4 de junho de 2011

Eu não sei dançar.


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Ela estava ali, à minha frente.
Podia sentir seu sangue pulsar quente.
Na meia-luz do salão,
nos traços da solidão,
seu corpo se embalava no ritmo da canção.
Não daria bola para poemas de Drummond,
ao surgimento de uma nova constelação,
ou a crise diplomática entre Índia e Paquistão.
Embriagado no perfume,
esquecendo meus costumes,
minhas pernas tremiam,
meus olhos luziam,
toda a beleza exposta a minha frente.
Mas, cadê a coragem???
Não acredito, que viagem!!!
Estou com medo,
maior que o desejo,
que me faz suar a camisa,
Não posso levá-la à pista,
essa mulher de capa de revista,
por mais que insista,
os anjos e demônios.
Droga, eu não sei dançar!!!
Eu não quero pisar em seus pés,
dançando vanerão, maxixe prefiro jazz,
ou rolar pela pista com minha falta de destreza,
Que tristeza!!!
Outro a tirou pra bailar,
não sei no que isso vai dar,
só sei que dancei,
mesmo sem saber dançar.

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