sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Os políticos e a imprensa marrom

.






Políticos de direita ou de esquerda discordam na forma, mas, mesmo negando, concordam no conteúdo.
E não é por acaso que os dois lados sempre concordam que a imprensa é uma coisa ruim.
Especialmente quando os governos deles são ruins.
Agora, se os dois lados dizem que a imprensa é ruim, qual dos dois está errado e qual dos dois está mentindo?
Se imprensa ruim é aquela que não dá trégua a políticos ruins, então a imprensa é boa para os eleitores, trabalhadores, consumidores e contribuintes,
mesmo quando eles nem sabem disso.
É a imprensa que vigia, avisa e alerta sobre políticos ruins, aqueles que não fazem coisas boas com o dinheiro dos impostos, o dinheiro que você paga para as administrações municipais, estaduais e federal.
O que se espera de políticos e governos não é que contratem pessoas para fazer ou desfazer o trabalho da imprensa,
escancarando de maneira criminosa desvio de função pública e sabotagem ao direito à informação.
O que se espera de políticos e governos é que, a serviço de interesses comuns, sociais e econômicos, suas gestões sejam transparentes e eficientes.
Não há imprensa no mundo capaz de desmentir ou denegrir administrações exemplares, como as que fez o ex-governador do Espírito Santo.
Esse mérito é cristalino e comprovado a menos que hoje em dia a verdade e os fatos não sejam mais suficientes.
Enfim, até uma criança de 6 anos é capaz de entender por que políticos ruins não gostam da imprensa,
a menos que a criança já tenha nascido, também, desonesta.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Poema sobre a nota de 200

.





A nova cédula de 200 reais, que está entrando em 
circulação,
é um luxo num país onde poucos brasileiros conhecem de perto a nota de 100.
Para se ter ideia, guardadas as proporções econômicas,
até nos EUA se discute se a cédula de 100 dólares não deveria ser extinta.
Uma das justificativas para a cédula de 200 no Brasil é que, durante a pandemia, aumentaram os saques e a tendência de as pessoas acumularem dinheiro em casa.
Isso, segundo o Banco Central, gerou aumento expressivo de demanda pelo papel-moeda.
Outro motivo seria a necessidade de pagar o auxílio emergencial, que os beneficiários de menor renda preferem retirar em espécie.
O problema é que os beneficiários de menor renda são evidentemente os que têm maior dificuldade de passar adiante notas de maior valor.
E o estranho é que a opção por distribuir mais dinheiro impresso ocorre quando, justamente,
o sistema financeiro investe pesado no dinheiro digital por meio de operações digitais.
As mesmas operações digitais que, de tão volumosas, motivaram o governo a tentar criar um novo imposto digital.
Até os camelôs e donos de botequim sabem que custa “mais caro” fabricar cédulas de 5, 10 ou 20 reais.
Mas é inegável que, para o brasileiro comum, a circulação desses valores menores é mais urgente e necessária do que lançar uma nota de 200.
Assim como é inegável que cédulas maiores costumam facilitar muito a vida de quem precisa movimentar:
dinheiro à vista, à margem do sistema financeiro, longe do setor tributário,
fora do alcance de investigações.
A nova cédula de 200 chega com grande valor, mas na hora errada para as pessoas erradas.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Analfabetismo opcional

.





Não tem como não culpar grande parte dos eleitores pela sucessão de governadores que tomam de assalto o Rio de Janeiro.
Esse é um país onde novela e futebol detêm mais atenção e promove mais discussão do que os atores ou os jogadores engravatados nos gabinetes de Brasília e do Rio.
Eu também gosto de novela quando é boa e gosto de futebol mesmo quando é ruim.
Mas é possível ver a novela e assistir ao futebol sem ser negligente por vocação ou cúmplice por omissão.
O que acontece na política  em Brasília em geral e no Rio em particular, é obra e graça e desgraça de quem acha que “é assim mesmo”, que “todo mundo faz”, que “eles não vão mudar”…
É claro que eles não vão mudar se os eleitores não mudarem, e não mudarem com eles.
A gente já teve a chance de votar em grandes mulheres e grandes homens.
Mulheres e homens que foram rejeitados porque, no Brasil, os eleitores acham que candidato tem que ser quase tão famoso como Jesus Cristo, mesmo que o sujeito não passe de um Judas pedindo voto.
Tem sim em quem votar!.
O que não tem é ninguém empenhado em vigiar as páginas de política com a mesma dedicação e disposição com que devoram as páginas de esportes e as colunas de fofoca.
Os políticos sabem disso, vivem disso,
se alimentam disso e se aproveitam disso.
Os políticos se aproveitam de eleitores que não se importam com política.
E quem paga são aqueles que se importam!.
Não se trata aqui de um analfabetismo político ou funcional.
Se trata de um analfabetismo opcional.
Aquele em que a pessoa “escolhe” se omitir.


domingo, 30 de agosto de 2020

Wakanda para sempre

.






Olhem pra eles como de fato são.
Olhem as suas potencialidades e os seus valores.
Olhem o tanto que podem contribuir com a humanidade.
Deixem de associar pretos a uma subclassificação, um patamar inferior de ser humano.
Deixem de agregar melanina a uma subdivisão de uma classificação de risco.
Eu queria que às crianças de pele preta não ser envergonhem dos seus cabelos, dos seus traços, da sua cor.
Que elas jamais sejam mascaradas, encobertas ou modificadas. 
Eu queria que às meninas de pele preta não precisassem alisar os seus cabelos para serem aceitam na sociedade.
Eu queria que os meninos de pele preta não precisassem se enquadrarem no limitador e preconceituoso conceito que classificam a partir do tamanho do órgão genital masculino externo.
Eu queria que todos nós tivéssemos espaços e possibilidades.
Eu queria que todos nós tivéssemos dignidade de ter nossa família respeitada .
Eu queria que todos nós pudesse ser um astronauta, um neurocirurgião, um artista plástico, um agrônomo ou um piloto de avião.
Eu queria acreditar que um dia vamos sair do estereótipo do ladrão, bandido, traficante, ou da mulata brasileira, como se fosse exportação.
Eles não querem ser alvos de tiros recreativos de brancos atrás ou não de uma farda.
Brancos de mentes negras e pretas, olhem o tudo ao seu redor, desde a Muralha da China aos 639 diamantes da coroa de Dom Pedro II.
Olhem às pirâmides do Egito, olhem o Coliseu Romano, olhem os Arcos da Lapa, olhem os Jardins da Babilônia.
Olhem para eles como gente porque é isso que a gente é.
E vou te afirmar, eles são gente demais.
Eles são Wakanda para sempre, eles são
Chadwick Boseman, o Pantera Negra que infelizmente morreu vítima de um câncer.
Mas que felizmente venceu o maior câncer chamado: preconceito racial.
Ele trouxe a história à vida ao interpretar muitos homens negros proeminentes, como você que vai ler esse texto em breve.
Uma alma gentil e talentosa.
Um verdadeiro super-herói que carregou  consigo os nossos ancestrais.
Um homem que venceu os vilões da verdadeira Marvel chamado: desigualdade social

sábado, 29 de agosto de 2020

Poema sobre o consumismo

.





A nossa vida é influenciada em grande medida pelos jornais.
Os jornais exerce um papel que vai além da simples tarefa de informar. 
Ele seleciona e produz um limitado número de notícias dentre uma infinitude de assuntos disponíveis no cotidiano.
O reduzido cardápio é construído e exposto pela mídia como essencial para o interesse e o debate público,
e assim se incorpora à agenda de discussões das pessoas, mesmo que não seja prioridade, muitas vezes,
para quem o consome.
Os recursos, os métodos e as estratégias utilizados para sensibilizar,
estabelecer diálogos, fixar mensagens, criar consensos e até modismos foram estudados no jornalismo conhecido como Teoria do Agendamento.
A publicidade é feita unicamente no interesse dos produtores e nunca dos consumidores.
Por exemplo, convenceu-se o público de que o pão branco é superior ao pão escuro.
A farinha, cada vez mais finamente peneirada, foi privada dos seus princípios mais úteis.
Mas conserva-se melhor e o pão faz-se mais facilmente.
Os moleiros e os padeiros ganham mais dinheiro.
Os consumidores comem, sem o saber, um produto inferior.
E em todos os países em que o pão é a parte principal da alimentação, as populações degeneram.
Por conseguinte, a mídia tende a reproduzir a ideologia do sistema dominante, sendo um contra-poder ou poder a serviço dos interesses e perspectivas das elites políticas,
a fim de sustentar determinada visão de mundo.
Gastam-se enormes quantias na publicidade comercial.
Assim, imensos produtos alimentares e farmacêuticos inúteis, e muitas vezes prejudiciais, tornaram-se uma necessidade para os homens civilizados.
Deste modo, a avidez dos indivíduos suficientemente hábeis para orientar o gosto das massas populares para os produtos à venda desempenha um papel capital na nossa civilização.
Diante de tal comportamento da mídia, lembramos o seguinte: o que realmente vivemos, o que se passa cada dia, o banal, o evidente, o ordinário, o ruído de fundo, o cachorro que morde o homem. 
Este só vira notícia se o cão for Pitbull, ou se o homem morder o cachorro.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Poema sobre os pastores corruptos

.




Por tudo o que temos visto acontecer,
por tudo o que é noticiado podemos afirmar sem medo de errar que a intenção desses pastores não é beneficiar a sociedade mas, sim,
seu próprio patrimônio material,
sua conta bancária,
juntar os dízimos aos nossos impostos e aos subornos que vierem a receber.
Estamos ladeados de ovelhas, lobos, cães pastores e gulosos.
Algumas pessoas preferem acreditar que o mal não existe no mundo e se algum dia o mal bate-lhes à porta,
eles não saberiam como se proteger. Essas são as ovelhas.
Então você tem predadores, que usam a violência para se alimentar dos mais fracos.
Eles são os lobos.
E depois há aqueles abençoados com o dom da agressão,
uma necessidade incontrolável de proteger o rebanho.
Estes homens são a raça rara que vivem para confrontar o lobo.
Eles são os cães pastores e gulosos.
Eles comem, sonhos, planos, ações, títulos e cheques.
No mundo antigo já existia indivíduo que levava os homens ao pastos e os vigiava.
No mundo atual esses indivíduos levam os homens ao matadouro, são os Hades da desordem e da confusão.
No contexto de nossa sociedade, uma parte dos políticos, empresários, pastores,
traficantes e bandidos em geral,
só se diferem pelo tipo de arma que usam.
Palavras, interpretações, prosperidade, curas são armas que pastores usam para atingir o seu alvo.
Hoje em dia alguns pastores são iguais os políticos, a única diferença é que eles colocam o nome de Deus no meio como se fosse (Deu$).
E assim trocam o sagrado pelo profano, sujam a túnica, mancham o coração de iniquidade e corrupção ativa e passiva.
O que esperar disso, o que acontecerá com tudo isso.
O que esperar de uma nação que ensina a respeitar pastores que cobram por pregar a palavra e a desrespeitar os professores que são quem ensinam a ler, inclusive a bíblia.
O que esperar com tudo isso, o que esperar depois disso.

Poemas sobre os fatores internos

.




Ao avaliar o nosso progresso como indivíduos, tendemos a concentrar-nos nos fatores externos como a nossa posição social,
a influência e a popularidade,
a riqueza e o nível de instrução, as mudanças políticas e econômicas ou até comportamento.
São importantes para medir o nosso sucesso nas questões materiais, e é bem compreensível que muitas pessoas se esforcem principalmente por alcançar todos eles.
Mas os fatores internos podem ser ainda mais cruciais para determinar o nosso desenvolvimento como seres humanos.
A honestidade, a sinceridade, a simplicidade, a humildade, a pura generosidade, a ausência de vaidade,
a prontidão para servir os outros, a hospitalidade,
o amor ao próximo,
são qualidades que estão facilmente ao alcance de qualquer criatura para forma a base da nossa vida espiritual.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Poema sobre os genes humano

.





Eu também aprecio os livros de História.
Eles me ensinam que, somos iguais hoje ao que fomos outrora.
Pode haver diferenças insignificantes em termos de vestuário e de estilo de vida, mas não há grande diferença no que pensamos e fazemos.
No fundo, os seres humanos não passam de veículos, ou locais de passagem, para os genes segmentos de uma molécula de DNA.
De geração em geração, correm dentro de nós até nos esgotarem, como cavalos de corrida.
Os genes não pensam no bem e no mal. Não querem saber se somos felizes ou infelizes.
Para eles, não passamos de um meio para atingir um fim, para produzir uma proteína que desempenha uma função específica no corpo.
Só pensam no que é mais eficaz do seu ponto de vista.
Apesar de tudo, não conseguimos deixar de pensar no bem e no mal.
Não é o que está a dizer?
A senhora anuiu.
-Precisamente.
As pessoas têm de pensar nessas coisas.
Mas os genes são o que controla a base da forma como vivemos.
Como é natural, as contradições surgem.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Cúmplices na política

.




Partidos de esquerda estão discutindo uma forma de se unirem para derrotar as forças de direita nas próximas eleições.
É uma ótima ideia que não vai dar certo.
Não vai dar porque os brasileiros normais, os brasileiros comuns,
não estão em busca de soluções de esquerda ou de direita – a favor da esquerda, contra a direita ou vice-versa.
Os brasileiros comuns e normais estão em busca de soluções para seus problemas comuns e normais.
Os problemas dos brasileiros, ou dos cariocas,
não são problemas de esquerda,
nem problemas de direita,
são problemas de verdade.
Essa expectativa por soluções para problemas de verdade não passa por frentes políticas, coalizões ideológicas ou organizações parlamentares.
Passa por soluções que realmente resolvam as aflições pessoais e angústias profissionais de todos eleitores, trabalhadores, contribuintes.
Os brasileiros comuns e normais não se importam se o governo é de esquerda ou se o presidente é de direita;
se o governo é formado por sindicalistas ou se o presidente está cercado por militares.
Somos um país onde pouco se faz distinção entre um deputado de esquerda e um senador de direita.
Onde não importa se há amigos políticos, mesmo sabendo que não existe amigos na política, apenas existe cúmplices.
Os próprios políticos já se encarregaram de desmoralizar esses conceitos.
Claro que ameaças como fascismo, absolutismo e outros obscurantismos vão sempre merecer nossa aversão, rejeição e abominação total.
A questão é que, a exemplo da corrupção, trata-se de mais um conjunto de temas que tanto a esquerda quanto a direita já provaram não serem capazes de dar conta.

Poema sobre o vocabulário político

.





Parecemos perplexo ao ver a multidão ser conduzida por meros sons, mas devemos lembrar-nos que,
se os sons operam milagres,
é sempre graças à desinformação.
A influência dos nomes está na proporção exata da falta de conhecimento.
De fato, até onde tenho observado, na política, mais que em qualquer outra área, quando os homens carecem de alguns princípios fundamentais e científicos aos quais recorrer,
eles tornam-se aptos a ter o seu entendimento manipulado por frases hipócritas e termos desprovidos de sentido,dos quais todos os partidos em qualquer nação têm um vocabulário ou locução registrada.
São palavras como cortesia, gentileza,
boas maneiras, educação, urbanidade, respeito, amabilidade, delicadeza, polidez ,afabilidade, melindre, reverência, civilidade, galanteria, favor, saudação, obséquio, recomendações, lembranças, recados, brinde, respeito, acolhimento, cumprimentos, saudações, serviço, recepção, reverência, voto, beijo, cavalheiro, gentleman, aperto de mão toque, gentil, educado, lady, beijoca, pracista, abraço, antefirma, cumprimenteiro, humanidade, bondade, benevolência, clemência, amor, amizade, dedicação, caridade, piedade, fraternidade, desinteresse, filantropia, desprendimento, cordialidade e ternura.
Todas essas palavras são hipoteticamente usadas em suposição; supositício e incertezas políticas esporádicas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Quem é que nos governa

.



Estamos a cair na posição mediana, entre a opulência e a pobreza, porque estamos muito subordinados aos padrões de eficácia e da racionalidade política.
Os tempos festivos da revolução passaram.
Teriam naturalmente que passar, mas aplica-se a terapêutica da racionalização
de governo em que se aplicam métodos científicos na resolução de problemas sociais.
Devia haver outras vias.
Vias apropriadas àquilo que somos.
Nós somos um País de grandes voos capitalistas.
Se o quisermos ser caímos, inexoravelmente, nas garras do sistema caracterizado pelo uso ou vigência de monopólio.
Portanto, devíamos cultivar as pequenas e médias empresas.
Esta devia ser a lógica da economia brasileira.
Devia dar-se grande valor às pequenas e médias empresas e realmente deixarmo-nos de ambições que nos exaltem aos grandes padrões europeus.
Os partidos políticos têm os mesmos defeitos e algumas qualidades em comum.
Evidentemente que os partidos são um defeito necessário, porque dividem, mas é uma divisão necessária para agrupar, para reunir a ideia da democracia parlamentar que temos.
Agora, o erro das pessoas é enfeita-los com méritos extraordinários, porque isso faz-nos cair numa partidolatria, imprópria de espíritos livres.
Não penso que a nossa classe política seja pior do que a classe política de outros países.
Ponhamos as coisas neste pé: as minhas exigências estéticas e éticas não tornam muito fáceis as minhas relações com a classe política são caminhos separados.
Não vamos pelo mesmo trilho.
Mas a classe política é necessária.
Ela existe e tem defeitos.
Terá também uma ou outra qualidade.
Agora, eu pergunto-me até que ponto é que hoje os Governos governam?! Porque hoje ser-se Governo é um absurdo, na medida em que todos os Governos são governados não me refiro aos Governos das grandes potências, mas de uma nação petulante como a nossa, são governados por um poder económico que imana de forças mundiais sem rosto.
Portanto, eu não sei a quem cabe a decisão, não sei quem é que nos governa.

Postagens mais lidas