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É claro que Jesus estava dizendo, ao escolher o Sacerdote e o Levita para “contracenarem” na “história”, apenas para mostar ao seu inquisidor quem é o meu próximo quem, aos olhos de Deus, fazia o culto verdadeiro.
Até mesmo os elementos usados pelo o bom Samaritana eram de natureza cultua óleo e vinha.
O interessante é que na ordem médica da época, primeiro se fazia a lavagem com vinagre e só depois vem o óleo.
Na parabola o homem começa com o óleo, só depois é que vem o que arde.
Porém, ambos os elementos eram de natureza simbólica.
A mensagem da história é simples,
o culto a Deus é feito de amor;
e seu lugar de manifestação é o todo da vida; em qualquer estrada onde se ande nesta existência.
Mesmo reconhecendo que é muitas vezes útil comparar a vida com uma estrada, todavia, também deve-se considerar que há não apenas semelhanças, mas também muitas dessemelhanças nesta ilustração.
No mundo físico a estrada é a mesma para todos.
Mas na dimensão do espírito a estrada é de acordo com aquele que nela caminha.
Não se pode chamar alguém e dizer: Veja, esta é a estrada da verdade e da vida e esperar que isto seja suficiente.
Só será verdade se a pessoa experimentar e andar conforme a verdade e a vida no caminho.
O Caminho de Jesus não é como uma estrada física, na qual quem quer que ponha o pé, anda e segue.
Não, com Jesus não é assim.
Você pode mostrar o Caminho, o indivíduo pode aceitar as informações dadas sobre a estrada, porém, se não andar como se anda no Caminho, de fato ele não está indo a lugar algum.
A história parabólica descrita por Lucas no capítulo 10, acerca do “Bom Samaritano”, bem ilustra como a estrada física pode significar caminhos diferentes para diferentes pessoas, dependendo de como se anda.
Primeiro aparece um viajante sem nome, e que anda na estrada de modo tranqüilo, e em busca de uma vida honesta.
Ele anda no caminho da simplicidade do trabalhador.
Em seguida aparece andando na mesma estrada um outro homem,
um salteador.
É a mesma estrada, mas é um outro modo de andar nela.
O homem andava no caminho da violência e da covardia.
Então, na mesma estrada, aparece um Sacerdote.
Ele viu o homem caído e roubado.
Mas seguiu o caminho da indiferença.
Seguiu seu próprio caminho na mesma estrada.
Na mesma estrada apareceu um Levita.
Ele também viu o homem caído,
mas preferiu andar no caminho da frieza e do egoísmo que apenas visa a auto-preservação.
Assim, seguiu no caminho da omissão homicida.
Por último aparece um herege do ponto de vista dos judeus.
Era um Samaritano.
Ele também anda na mesma estrada de todos os anteriores.
Mas o seu caminho é diferente.
Ele encontra o homem numa estrada que para ele tinha o sentido de misericórdia e graça solidária.
Assim, este “samaritano” nos ensina que a estrada não é a mesma para todos, posto que ela tem em si o significado dado pelos pés que a pisa. Para o Samaritano aquela era a estrada da misericórdia.
Jesus, usando esta história, diz a quem perguntou a Ele quem era o seu “próximo” exatamente o que acabei de expor acima, só que de modo metafórico, mas a mensagem é a mesma.
Ora, Ele faz isto com uma pergunta: “Quem te pareceu ser o próximo do homem caído?”
A resposta foi: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
Então Jesus concluiu: “Vai tu e faze o mesmo”.
Assim, cinco homens andavam na mesma estrada, porém cada um fez o seu próprio caminho na mesma estrada.
De fato, o que faz toda a diferença é como cada um anda no caminho!.
Você pode até dizer que sabe quem é o Caminho.
A questão de Jesus, todavia, é “como” você anda no caminho.
Jesus é esse bom samaritano,
O samaritano era considerado uma pessoa impura, era desprezado e talvez alguém que não se esperaria nada de bom.
No entanto, o próximo daquele homem quase morto foi o samaritano.
Ao falar do samaritano Jesus está a contar a sua própria história.
Jesus é esse samaritano que socorre quem está ferido, esfolado, doente.
Jesus é o Senhor que se fez servo, que se fez gente, que se fez humilde porque Ele é.
Jesus exemplifica o samaritano que ele próprio é.
Enquanto o sacerdote estava preocupado com leis mosaicas a serem aplicadas, enquanto o levita estava preocupado com o culto, com os arranjos em regências, com as músicas, cânticos, salmos e flautas, o samaritano oferece o verdadeiro culto a Deus.
Jesus desceu, em obediência ao Pai,
da Jerusalém celeste para a Jericó dos homens, a terra.
Ele veio do céu para socorrer os necessitados, aqueles que estão quase mortos, Jesus veio do céu para a terra para curar as feridas, para salvar do grande mal deste mundo, o pecado.
Jesus é como o samaritano ou o samaritano é Jesus que dá atenção,
que perde tempo, que se preocupa. Jesus é aquele que realmente observa a Lei, ou seja, sabe e pratica.
Na verdade pode-se dizer que Jesus não apenas sabe, mas ele é a Palavra,
o Verbo e n’Ele não há separação entre lei e vida.
Em Jesus as palavras são práticas e suas práticas são palavras.
Nele, em Quem o culto é a vida e vida é o culto,
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