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Deus, tu és a razão da minha não-razão racional; a lógica do meu ser desarmonioso; a graciosidade das minhas emoções em desatino.
Tu és o amor que brota em mim a resiliência.
Tu és a minha bússola em que me acho; me elevo e me exalto e me encolho;
me expando e me limito.
Por Tua causa, falo e emudeço;
absorvo a vida e converso com ela.
Tu já me presenteaste com tanto.
Tu me cativaste com uma estranha ternura.
Tu és o labirinto que ainda não percorri, o enigma que sequer desvendei,
a equação que nunca solucionaria e o mistério que jamais alcançarei.
Posso apenas dizer que te amo,
mas sem conseguir explicar se estou sendo sincero.
Deus é amor e não adestrador.
Deus é amigo antes de ser senhor.
Daí a fala do profeta repercutir milênios depois: “Seduziste-me, ó Senhor, e deixei-me seduzir…”.
A única missão que merece adesão é amar ponto final.
Por causa de Jesus mantenho uma fé, creio na integridade existencial de Jesus e nela encontro meu referencial.
Portanto, em Jesus podemos cultivar uma espiritualidade que transcende aos contornos, e às delimitações fundamentalistas.
Jesus de Nazaré me inspira, provoca e dá ânimo fé resiste e age.
Jesus propõe que vinho seja despejado em odres novos, Ele não se refere a melhorar o cenário ou a liturgia,
mas a uma nova forma de organizar a vida a partir de uma nova concepção de Deus.
Jogo fora o vinho que vinagrou pra mim enquanto vou me despindo dos andrajos de antigas certezas.
Se muita coisa não faz mais sentido para mim, teimo em seguir a Jesus.
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