segunda-feira, 6 de março de 2023

Ele É

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O problema não são os evangélicos, assim como não são os católicos, muçulmanos, judeus, umbandistas, espiritas, xamanista, budistas, ateus, etc.
Se a pessoa gosta de música gospel, qual é o problema?
Se a pessoa gosta de ler o livro dos mórmons, ótimo. 
Não tenho religião, sou homem de pouca fé, mas os ritos do "religare" são lindos.
É preciso dizer o óbvio; há muito evangélico pentecostal progressista, solidário com as minorias, defensor da democracia.
Estes são a maioria.
Mas há também muitos religiosos fanáticos, inclusive católicos.
Em 1964, por exemplo, a marcha da TFP era composta por católicos;
e se hoje temos um Francisco,
é bom lembrar que já houve um João Paulo II.
Há também muitos ateus autoritários e que não respeitam as diferenças.
O problema não é a fé, mas a sua manipulação política, o fanatismo.
É óbvio?.
Mas é tão óbvio que muitos tememos o tal avanço dos evangélicos,
assim como há os que combatem as religiões afro-brasileiras.
No fundo mesmo, é preciso reestabelecer o Deus do amor,
aquele que para os cristãos está na carta aos Coríntios.
É preciso entender que Cristo foi, acima de tudo, um político, porque fez da palavra o instrumento para a transformação.
Podemos revirar o Novo Testamento por inteiro e não veremos Cristo segurando uma arma.
Cristo nunca amaldiçoou a prostituta, tampouco propôs que se eliminasse quem quer que fosse.
Cristo abraçou o leproso.
Deus não existe.
Ele é.
Nós existimos.
Uma ótima semana a todos e todas, que possamos reestabelecer o diálogo e dar à política o significado profundo que ela tem.
E que sejamos vacinados,
do vírus e daqueles que se vendem como mitos.

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