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Sinto dores de Bahia,
dores de Minas Gerais,
dores de povo,
dores de Brumadinho,
de novo.
São dores estatais,
dores privatizadas,
dores que poderiam ser evitadas,
dores de desmatamento,
dores de falta de prevenção,
dores de falta de pão,
dores de religião
que desvida,
que mata,
que afasta
amores.
Dores.
Tantas dores.
Cores
que são apagadas.
Dores alagadas,
dores desalojadas,
desabrigadas,
abrigadas em tantos peitos.
Dores de falta de direito,
dores de falta de respeito.
As mesmas dores,
sempre,
de novo.
Dores de povo,
brasileiro.
Acima de todos, o poder.
Acima de tudo, o dinheiro.
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