terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Poema sobre o coração e os apelos da razão

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Sabe quando você quer muito que algo seja real?.
A gente acaba se deixando levar pelo desejo, buscando respaldá-lo em argumentos que jamais nos convenceriam se já não estivéssemos predispostos a isso.
O coração é hábil em nos pregar peças.
Por isso a necessidade de vez ou outra, promovermos uma conferência a portas fechadas entre a mente e o coração.
Não que a razão tenha sempre razão.
Às vezes, ela também se equivoca.
Mas não resta dúvida de que o coração seja bem mais suscetível e vulnerável a certos apelos.
Há que se redobrar os cuidados para que a mente e o coração não se tornem aliados incondicionais.
É mais produtivo mantê-los num clima de certa desavença.
Caso contrário, a mente sempre vai tentar justificar o que o coração já houver decidido.
O coração tem um jeitinho faceiro de dobrar a mente e fazê-la submeter-se a seus caprichos, nem que para isso tenha que se valer de chantagens e tentativas descaradas de suborno.
A mente não resiste a uma oferta de prazer, principalmente quando convencida de que os custos serão baixos.
Também não se pode ignorar por completo a voz do coração, principalmente quando nos fala pela via da intuição.
Não é raro que ele tenha razão.
Mente e coração só devem chegar a um acordo depois de boa dose de argumentação de ambas as partes.
Deixe que o coração se pronuncie.
Avalie seus argumentos.
E caso eles o convençam, atreva-se a ceder.
Que seja a consciência o árbitro que decidirá entre os argumentos da razão e os apelos do coração.
Quem deveria ter a última palavra?.
Os dois, quando a voz de ambos soarem em uníssono na câmara da consciência.
Depois disso, mantenha-os novamente em cômodos separados, possibilitando avaliar cada nova decisão de um ângulo distinto, porém, complementar.

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