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Tempo de igreja e vivência espiritual não são, necessariamente, coisas que andam juntas.
Na verdade, pelo contrário, na maioria dos casos, encontro gente com muita quilometragem de igreja que não possui uma fé compatível com o que o escritor de Hebreus chama: “tempo decorrido da conversão”.
De fato, estou acostumado a lidar com gigantes profissionais e pigmeus espirituais, pessoas que não possuem o mínimo da consciência do Evangelho, gente sem densidade de vida, sem musculatura espiritual.
Olhando cuidadosamente, torna-se possível perceber que essa gente foi gerada numa fábrica de bonecos, onde lhes foi implantado na mente um chip doutrinal, um conjunto de regras de penitências físicas e uma porção de conteúdos mínimos, e via de regra incorretos, sobre as doutrinas básicas das Escrituras.
Existindo sob estas perspectivas, a vivência me mostra que o destino do sujeito se projeta para, ao menos, essas duas realidades.
A pessoa fica cínica, tendo a mente cauterizada e o coração espantoso,
e passa a ser um fariseus moderno, falando sem agir, escondendo medos e pulsões, vivendo um personagem.
A pessoa se torna um ser em profunda agonia de alma porque não consegue fazer funcionar a equação oferecida pela igreja, um indivíduo existindo em meio a uma fratura existencial.
Por um lado, quer fazer coisas boas,
mas pelo outro vê o monstro dentro de si requerer tudo o que possa satisfazer a carne.
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