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Não consigo respirar é o clamor de toda gente.
Toda gente que sofre com o joelho da opressão no pescoço dia e noite, incessantemente.
Há um joelho gigante que,
em nome da justiça,
da moral e bons costumes,
asfixia o fraco,
o pobre,
o marginalizado,
o homossexual,
o negro,
a mulher.
Há gente em infinitos 8 minutos e 46 segundos, com a voz presa,
sussurrando que não consegue respirar.
Ninguém o ouve.
Não há oportunidades,
só há vereditos de condenações.
Não consigo respirar é o clamor do oprimido,
do excluído,
do injustiçado.
O tempo está passando, o oxigênio está acabando, tudo vai escurecendo,
e não há mais clamor.
Está consumado!.
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