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O Dilema das Redes mostra como as plataformas digitais manipulam bilhões de pessoas por meio de desinformação e notícias falsas; como funciona a indústria da teoria da conspiração,
da polarização, do negacionismo e do ódio.
Não se trata mais de manipular só os desejos dos consumidores,
como fazem os publicitários; se trata agora de manipular as emoções e as consciências dos eleitores,
um crime cibernético já a serviço dos políticos.
O risco maior é que os interesses dos políticos, populistas ou ditadores são muito mais perigosos do que as intenções dos publicitários.
Eles sempre existiram, mas essa nova forma de controle “psicodigital” ocorre hoje em escala híper acelerada e ultra monumental.
Criadores das próprias redes aparecem no documentário fazendo espécies de delações premiadas, em que confessam ataques globais contra a democracia,
o estado de direito e as liberdades de imprensa, expressão ou opinião.
Tudo isso com o consentimento dos próprios usuários, chamados assim por serem comparados a viciados em drogas.
A certa altura, um deles diz que espalhar fake news é muito fácil porque, para a maioria das pessoas, a verdade é muito chata, e isso é verdade, mas isso só é verdade para quem a própria vida é muita chata.
Falam de ferramentas configuradas para desestabilizar e destruir o equilíbrio normal das sociedades.
Falam de um “mercado” que negocia o futuro das pessoas.
O problema é que as pessoas que aceitam esse abuso só fazem piorar o futuro daquelas que não querem esse abuso, daquelas que não querem ser “mercadorias”.
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