segunda-feira, 27 de julho de 2020

Poema sobre o pandemônio .

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O Brasil enfrenta ao mesmo tempo a pandemia e o pandemônio.
Enfrenta ao mesmo tempo uma associação de pessoas para praticar o mal ou promover desordens e balbúrdias no nosso país.
O Brasil enfrenta uma crise contagiosa e assassina que o país entrou na era da delação premiada ao vivo na TV.
Milhões de brasileiros que discutiam como lavar as mãos e usar as máscaras corretamente passaram a discutir a moralidade do presidente e a moralidade do ex-ministro.
Agora são duas crises avassaladoras quando a gente já não dava conta nem de uma.
Só se consegue uma proeza desse tamanho, colossal, quando as maiores vergonhas são a moralidade da população em geral e a moralidade dos eleitores em particular.
Agora, além do vírus do corona, o país está exposto aos vírus das incertezas políticas, das inseguranças jurídicas e das instabilidades econômicas.
Fala-se em falsidade ideológia, obstrução de Justiça e impeachment de um lado;
e fala-se em injúria, calúnia e difamação do outro lado.
Quem sobreviver verá um país devastado pela Covid-19, depauperado na economia e desesperançado na política.
Dizem que, depois de tudo, o Brasil nunca mais será o mesmo.
Pois eu digo que o Brasil será o mesmo, se os eleitores não aprenderem que precisam se curar antes de curar os políticos.
Sem isso, é o Brasil que não tem cura.




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