segunda-feira, 18 de maio de 2020

A impureza da minha mão Esquerda

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Na alta finança, nos bancos,
nos empresários, no comércio de especulação
nos grandes empreiteiros,
entre os grandes fornecedores,
mesmo no campo da produção propriamente dita,
em ramos cuja vida depende em grande parte de atos governativos,
existem já numerosos indivíduos a interessar-se ativamente pela política dos partidos.
A influência corrosiva da sua ação traz mais duma dificuldade grave à governação pública.
Entretanto, as fraquezas dos sistemas partidários
com os que se intitulam democracias
parlamentares ou partidárias,
quem quer, examinando o funcionamento
efetivo das instituições,
podo constituir três grupos.
O primeiro é daqueles muito raros Estados
em que os partidos pouco numerosos permitem a formação de maiorias homogéneas,
que se sucedem no poder,
sem impedir de agir.
Quando na oposição,
o governo quo governa.
O segundo é o daqueles em que a vida partidária
é tão intensa e intolerante que as mutações governamentais se fazem frequentemente
por meio de revoluções ou golpes de Estado,
no fundo a negação do mesmo princípio em que pretendem apoiar-se.
Há um terceiro grupo em que a parcelação
partidária e a exigência constitucional da maioria parlamentar se conjugam para ter em permanente risco os ministérios, precipitar as demissões,
alongar as crises, paralisar os governos,
condenados à inacção e às fórmulas de compromisso que nem sempre serão as mais convenientes ao interesse nacional.
Assim, uns esperam as eleições; esperançosos, positivados as novas idéias iludidos com candidatos do renovo com os mesmos objetivos.
outros, a revolução; idealizados nos sistemas do passado.
os últimos, as crises,
como possibilidades de governo, porque sempre nesses meios, haverá política.
Ou seja, sempre precisará pobres, sofridos, esperançosos, para que se faça política findada nas chagas, no carma, no julgo desses sofridos eleitores que insistem iludi-se com uma política ficcionada.

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