quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O poema sobre a desigualdade entre os homens


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Seu eu tivesse de escolher o lugar do meu nascimento,
Teria escolhido uma sociedade
De grandeza limitada pela
Extensão das faculdades humanas.

Um Estado em que todos os cidadãos privados conhecendo-se entre si,
Nem os manobras obscuras do vicio,
Nem a modéstia da virtude pudesse subtrai-se
Aos olhares e ao julgamento do publico.

Quisera ter nascido num país em que o soberano
E o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse,
A fim de que todos os movimentos da máquina
Tendessem sempre unicamente para a felicidade comum.

Quisera ter vivido e morrido livre, de modo.
Submetido às leis que nem eu nem ninguém.
Pudessem sacudir o honroso jugo que as cabeças mais altivas carregam tanto mais docilmente quanto são feitas para não carregar nenhum outro.

Quisera ter almejado que ninguém no Estado pudesse
Dizer-se acima da lei e que ninguém fora dele,
Pudesse impor alguma que o Estado fosse obrigado a reconhecer porque,
Qualquer que possa ser a constituição de um governo todos ficaria á descrição desses.

Não quisera ter habitado numa república de nova instituição,
Por melhores que fossem as leis que pudessem ter,
De medo que o governo constituído de outra forma, talvez que não a exigida pelo.
Momento não convindo aos novos cidadãos a participarem,

Teria procurado como minha pátria uma feliz e tranquila república,
Cuja antiguidade se perdesse de certo modo na noite dos tempos,
Que não tivesse experimentado senão golpes próprios para
Manifestar e firmar em seus habitantes a coragem e o amor da pátria.

Quisera ter escolhido para mim uma pátria desviada,
Por uma feliz impossibilidade de feroz amor das conquistas e preservar
Por uma posição ainda mais feliz,
Do temor de tornar-se ela mesma a conquista de outro Estado.

Não teria que temer mal algum senão a si mesmo e que,
Se seus cidadãos fossem excitados nas armas,
Seria antes para entreter neles esse
Ardo guerreiro e a altivez de coragem.

Teria procurado um país no qual o direito de legislação fosse cum a todos,
Pois quem melhor do que eles poderiam
Saber que condições lhes convêm
Viver juntos numa mesma sociedade?

Teria desejado um lugar onde eu pudesse escrever uma critica feroz e contundente contra a sociedade moderna,
Onde eu pudesse dá o meu grito de alerta sobre a exploração do homem pelo homem,
Sobre a degradação dos valores éticos.

Teria sonhado um lugar onde eu pudesse escrever uma sátira contra
A sociedade hipócrita e vazia que privilegia somente
O ter, o dominar, o conquista e o meu.
Mas que nunca soube o que é o ser.

Teria pensado em um lugar onde os homens não desrespeitassem a liberdade individual
A bondade e a inocência inatas no ser humano que é ignorada.
Pois se manifesta de todas as formas na natureza, desde que se saiba ver com isenção de vícios e maldades que acabaram sendo privilegiados na sociedade moderna.




                                                ***

A pior escravidão é aquela em que você se torna sem perceber que já estar sendo escravizado.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Antes de começar

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Antes de eu começar a escrever
Mais uma de minhas poesias.
Eu preciso exemplificar que
Raramente eu dou conta de que estou
Cercado pelo Extraordinário.
Pois os milagres acontecem
Á minha volta,
Os sinais de Deus me mostram o caminho,
Os anjos me pedem que sejam ouvidos,
Mas, como aprendi que existem fórmulas.
E regras para chegar até Deus,
Não dou atenção a nada disso.
Não entendo que Ele está onde
O deixo entrar.
Eu sei que as práticas religiosas tradicionais
São importantes.
Pois elas me fazem partilhar com
Os outros a experiência comunitária
Da adoração e da oração.
Mas nunca poderei esquecer que
A experiência espiritual é, sobretudo.
Uma experiência pratica de Amor.
E no Amor não existem regras.
Eu sei que todos nós em algum
Momento da vida,
Já dissemos entre lagrimas:
“Que estar sofrendo por um amor que não vale a pena”.
Pois sofremos porque achamos que
Damos mais do que recebemos,
Sofremos porque nosso amor
Não é reconhecido,
Sofremos porque não conseguimos
Impor nossas regras.
Entretanto é o coração que decide,
E o decidir é o que vale.
Antes de eu começar a escrever
Mais uma de minhas poesias.
Eu preciso crescer espiritualmente.
Pois quanto mais eu amar,
Mais experiente eu estarei.
E quando eu estiver.
Eu nunca poderei julgar a vida dos outros,
Porque cada um sabe de sua
Própria dor e de sua renuncia.
Uma coisa sou eu achar que.
Estou no caminho certo:
Outra é achar
Que meu caminho é o único.
Pois Jesus disse que a casa
Do Meu Pai tem muitas moradas.
E ser eu conseguir entender isso.
Eu estarei sendo sábio.
Pois a Sabedoria é justificada

Por todos os seus filhos.

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