quarta-feira, 1 de junho de 2011

O rio, a rocha e a roseira.


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Nunca soube o que rege a minha cabeça.
Páginas de um folhetim,
alguma justiça sem sentença,
frases ilegíveis em latim,
ou a cura invisível da eterna doença.

Pareço viver à margem dos sentidos.
Apagando os velhos conceitos,
cochichando ao pé do ouvido
desejando estar em meu leito,
tendo nobres lábios como abrigo.

Me sinto um quadro com cores fortes.
O rio, a rocha e a roseira.
Matizes firmes que desafiam a morte,
pegadas na estrada levantando poeira,
pois, sigo a sina de minha sorte.

É estranho escrever no escuro.
Sou visto por olhos vendados.
Indecisos que não descem do muro.
Cristãos que não assumem seus pecados.
Eles nunca levarão, te juro,
meu amor, meu suor e meu passado.

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