segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Torre de papel


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Estou no estado doentio,
caracterizado pelo aumento,
da minha temperatura,
dominado pela paixão exaltada.

Querendo me esconder em alguma torre,
construída de pedaços de papel,
para defesa em caso de guerra,
ou ciclones breve e devastadores.

Queria uma construção estreita e alta,
para ver grossas nuvens acasteladas,
sentir a brisa que nos desmanchou,
ou a lua febe, ou talvez o sol febo.

Queria entender sua língua,
para que não entenda a língua do outro,
pois ninguém sabe o que você sofreu,
quanto meu coração atencioso.

Queria caminhar sobre a face,
de toda essa terra,
nessa ocasião dos dias,
médios da semana.

Queria que sua mão esquerda estivesse,
debaixo da minha cabeça,
e a direta me abrasasse,
sem acorda, sem desperta o meu amor até que queira.

A única coisa que não queria,
é encontrar você enferma de amor,
pois o amor é robusto como a morte,
e consistente com o sepulcro.

Se um dia encontra-lá assim,
fecharei meus planto,
dos lábios que dormem,
para querer me matar.

O assassino em mim,
é o assassino em você,
no cheiro da tua respiração,
como o das maçãs.

Eu era aos seus olhos,
aquele que achava a paz,
numa construção análoga,
e geralmente insulada.

Quando o vigor do amor se encontrar ao amor ao vigor, o mundo conhecerá paz...

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