sábado, 21 de outubro de 2023

Israel-Hamas

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Face à terrível e devastadora guerra Israel-Hamas ficamos estarrecidos, mudos e indignados diante de tantas mortes de inocentes, especialmente de mães e de crianças.
Nefasto foi o terrorismo do Hamas no dia 7 de Outubro, penetrando em Israel e matando mais de 1.300 pessoas à esmo, crianças, mães, idosos, quem estivesse pela frente e fazendo centenas de Israelenses levados à faixa de Gaza como reféns.
Não menor é o revide do Estado de Israel, bombardeando a todo momento a área da faixa, atingindo mais de 100 mil casas e matando centenas e centenas de crianças, mães, 50% da população e civis.
A ONU advertiu de um eventual genocidio.
Como sair desse mundo de crimes de guerra?.
Há que se buscar o encontro confiante e cordial entre todos os habitantes da região, judeus, Israelenses, palestinos, cristãos e muçulmanos.
Isso reforça a minha convicção de que só pode haver uma solução para o conflito com base no humanismo, na justiça e na igualdade e sem força armada e ocupação.
A paz é resultado e consequência desse tipo de atitude, bem expressa na Carta da Terra quando reconhece que a paz é a plenitude que resulta de relações corretas consigo mesmo, com outras vidas, com a terra e com o Todo maior do qual somos parte.
É triste constatar que na terra do Principe da paz, Jesus de Nazaré, ocorram tais violências brutais e guerras devastadoras, cujas vitimas são na maioria civis e inocentes mães e crianças.
Termino desejando a todos os implicados e a todas as pessoas: Shalom, Salam, pax, et bonum, paz e bem.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Resumo do filme: “A pele que habito”

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É preciso ter estômago e muita sensibilidade para assistir ao filme
“A pele que habito” dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar e estrelado por Antonio Bandeiras.
Nossos mais enraizados preconceitos são confrontados sem dó nem piedade.
Por um instante, ficamos sem chão,
em busca de algo em que se segurar.
A filha de um bem-sucedido cirurgião plástico sofre uma tentativa de estupro no jardim de uma mansão onde acontecia uma festa da alta sociedade.
Quando seu pai a encontra,
ela está deitada, aparentemente inconsciente.
Ao tentar despertá-la, ela julga que seu próprio pai a está violentando e começa a gritar.
Devido a um colapso emocional,
ela é internada num hospital psiquiátrico e na primeira oportunidade, se suicida jogando-se da janela.
Arrasado, o pai sai à caça do rapaz que a havia molestado, e ao encontrá-lo, decide capturá-lo e mantê-lo em cárcere privado por anos a fio.
Durante este tempo, o médico lhe aplica procedimentos cirúrgicos sem o seu consentimento, começando pela troca de sexo.
Paulatinamente, ele vai esculpindo o corpo e o rosto do rapaz até torná-lo numa linda jovem, por quem, inusitadamente, acaba se apaixonando.
Obviamente, há muito mais no enredo do filme, e posso garantir que vale a pena assisti-lo.
Haveria melhor vingança contra um estuprador do que torná-lo semelhante à sua vítima?.
Já imaginou se Deus resolvesse agir da mesma forma e fizesse com que todo machista vivesse ao menos um dia como mulher?.
E se todo racista, ao acordar e olhar-se no espelho, se desse conta de que da noite para o dia se tornou negro?.
E se todo homofóbico experimentasse ser homossexual por algum tempo?.
E se alguém cheio de preconceito contra deficientes se tornasse num cadeirante de uma hora para outra (aliás, disso, ninguém está isento)?.
Sorte nossa Deus não ser vingativo, não?.
Ele poderia nos transformar justamente naquilo que menosprezamos.
É por isso que não vejo qualquer sentido em menosprezar um idoso.
Afinal, todos caminhamos para a velhice e a alternativa a isso ninguém quer.
Ou envelhecemos, ou morremos.
Apesar de não ser este o caminho escolhido por Deus para nos moldar, estou certo de que Seu desejo é que aprendamos a nos colocar no lugar do outro antes de julgá-lo ou desprezá-lo.
Empatia.
Eis a palavra.
É disso que precisamos com urgência.
Caso contrário, tornar-se-á insuportável viver numa sociedade em que as pessoas não deem o mínimo para o sofrimento alheio, preferindo ocupar o seu tempo em julgar e cultivar todo tipo de preconceito.
Empatia deveria ser uma estrada de mão-dupla.
Sem reciprocidade, o circuito não se completa.
Pais devem saber se colocar no lugar dos filhos, entendendo que um dia também foram adolescentes, tiveram seus momentos de rebeldia, de vontade de conhecer o mundo, de experimentar coisas novas, etc.
Semelhantemente, os filhos devem “vestir a pele” dos pais e imaginar como deve ser ter a idade em que agora estão, com tantas histórias para contar e com tão pouco futuro pela frente (pelo menos em comparação a eles).
Maridos devem saber se colocar no lugar de suas respectivas esposas, compreender seus anseios e os desafios que enfrentam em seu dia a dia.
Assim como as esposas devem se imaginar no lugar de seus maridos, suas carências, suas frustrações.
Quanta coisa não seria evitada?.
De quanto desgaste desnecessário as relações seriam poupadas?.





segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Israel e Ismael

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“Então o SENHOR veio a Abrão e lhe ordenou: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e dirige-te à terra que te indicarei!”
Deus sabia que, para que uma nação se estabelecesse, era necessário ter uma terra sua.
Contudo, não obstante ter a posse da terra, a história de Israel está marcada por guerras e exílios, desde o Egito (1.700 a.C), a Assíria (722 a.C),
Babilônia (586 a.C) e a destruição Romana de Jerusalém (70 d.C).
Essas diásporas espalharam os Judeus por todo o mundo.
Após a 2ª Guerra Mundial, lideranças políticas judias suscitaram a necessidade do retorno do povo judeu para a terra de Israel.
Em 1947,
a ONU aprovou a divisão da Palestina em dois Estados: um Judeu e o outro Árabe, e em 1948, os Judeus proclamaram o Estado de Israel.
A partir daí, a reação dos Árabes tem sido constante, com sucessivas tentativas de invasões e guerras.
Hoje, os Palestinos descendentes dos Árabes, estão em busca do mesmo direito que teve Israel de ter uma terra sua, e assim se constituírem como Estado.
Todavia, apesar de aprovado pela ONU, o Estado Palestino não sai do papel, não há um lugar para que ele exista,
a Faixa de Gaza, uma prisão a céu aberto, e a Cisjordânia, são extraoficialmente essa terra,
mas Israel não aceita nada além disso.
Um povo sem terra é como uma alma sem corpo!.
Se o estado Palestino tivesse sido aceito por Israel, os problemas entre eles não deixariam de existir, mas seriam demandas entre Estados,
com mediação internacional.
O Hamas e o Hezbollah não representam o povo Palestino, são subproduto da inabilidade do “Povo de Deus” de chegar a um acordo definitivo sobre um punhado de terra.
O sociólogo judeu Noam Chomsky, especialista em geopolítica e direitos humanos, fez duras declarações sobre a situação atual na Palestina.
Ele criticou, veementemente, as ações de Israel e denunciou que Tel Aviv comanda uma limpeza étnica contra as populações Palestinas.
Alinho-me a Chomsky!.
É tempo de fazer acordos pela vida!.
É tempo de dar aos Palestinos um chão para existir!.
Israel deve viver em paz e segurança e isso só se viabilizará se compreender que, com a paz, poderá conseguir, muito mais, do que com a guerra.
Em Gálatas 3, Paulo ensina que não existem etnias, pois, em Cristo,
não há judeu ou grego, todos que aceitam a Graça entram pela Porta,
que é Jesus, e se tornam cidadãos do Reino de Deus!.
Portanto, eu sou chamado a abençoar Israel,
tanto quanto sou chamado a abençoar os Palestinos, a paz que lanço sobre o outro, e o bem que a ele faço,
sempre volta para mim,
“.pois aquilo que o homem semear, certamente, também colherá”!.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Onde se deve adorar?

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Quem tem razão?.
Judeus?.
Palestinos?.
Na verdade, a luta entre eles remonta ao patriarca Abraão (2.000-1.500 a.C)
na desavença entre suas duas mulheres Sara e Agar.
Da primeira, descendem os Judeus,
da segunda, os Árabes.
Em seus dias, Jesus lidou com um conflito semelhante, entre Judeus e Samaritanos.
Após o reinado de Salomão, o povo Hebreu se dividiu em duas nações: Israel e Judá.
Em 722 a.C., Israel foi dominada pela Assíria e incorporou novos costumes, inclusive, religiosos, e assim o povo se tornou miscigenado.
Depois disto, os Judeus passaram a considerar os descentes da região de Samaria como impuros e inimigos de Deus.
700 anos depois, na conversa de Jesus com a mulher samaritana, fica claro o conflito e as diferenças que haviam se estabelecido.
O território de Samaria, ficava espremido entre a Judeia e a Galileia,
e a inimizade era tal que um judeu não podia, sequer, passar por aquelas terras.
Quando aquela mulher percebeu que não falava com um Judeu comum,
logo lhe inqueriu sobre um dos pontos centrais da desavença: “onde se deve adorar: no monte Gerizim (Samaria),
ou no monte Moriá (Jerusalém)?.
A resposta de Jesus traz luz para toda a questão, pois o conflito ali não era apenas religioso, perpassava para as questões sociais, culturais, econômicas e políticas, era um conflito de Estado, ainda que tal situação não existisse do ponto de vista prático.
“Nem neste monte (Gerizim), nem em Jeursalém, pois o Pai procura adoradores que o adorem em Espírito e em verdade”, disse Jesus.
A resposta está para além das questões religiosas, cada povo tinha o direito de ter seus costumes, seu território e suas crenças, mas para Deus, o que importava era a vida ser vivida em amor, verdade e justiça, esse era o verdadeiro culto e religião.
Sabes onde a antiga Samaria está hoje?.
Na Palestina, entre Israel e a Cisjordânia, onde vive o povo Árabe.
Você acha que Jesus daria uma resposta diferente ao conflito atual?.
Bem, no Evangelho, a temática é: viva e deixa viver, respeito o direito do outro, aja com justiça e fale sempre a verdade.
Portanto, quem tem razão entre Árabes e Judeus?.
Todos têm razão!.
Ninguém tem razão!.
Por isso o conflito não tem fim.

domingo, 8 de outubro de 2023

Poema sobre Hamas e Israel

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Eu só queria que a mídia "imparcial", que não escolhe um lado,
desse aos ataques intermináveis de Israel à Palestina, apenas 10% da atenção que está dando aos ataques do Hamas a Israel.
Não tem como declarar apoio a grupos fanáticos como Hamas ou Hezbollah e suas crueldades, da mesma forma que não tem como declarar apoio ou "desejar sabedoria" a um psicopata fanático fundamentalista assassino corrupto como Netanyahu.
A vida de um israelense não pode valer mais que a vida de um palestino.
O mundo não liga para o que Israel faz com a Palestina o tempo todo, nem mostra imagens.
Hoje, cada Israelense morto, sequestrado ou ferido tem uma história, uma família.
E os palestinos?.
Não têm?.
São descartáveis?.
São bonecos?.
E esses brasileiros que vivem em Israel  dando entrevistas chocados?.
Nunca ouviram falar no que acontece na Palestina?.
Só hoje estão chocados?.
Só hoje perceberam que tem uma guerra?.
Eu não sou Hamas.
Eu não sou Hezbollah.
Eu não sou Israel.
Eu não sou Palestina.
Eu lamento muito por cada morte de inocente israelense hoje, da mesma forma que lamento muito as mortes de inocentes palestinos todos os dias ao longo de décadas pelo terrorista exército de Israel, pelos colonos  terroristas israelenses da Faixa de Gaza.
Eu oro pela paz em Jerusalém, tanto quanto na faixa de Gaza.
Quem ainda cultua lugares e pedras nada entendeu de Jesus e do Evangelho.
A paz só é possível com respeito à vida, independente dessa vida ser palestina ou israelense.


sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Há o que não entendo

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Há o que não entendo,
portanto, não sei explicar.
Procuro entender o que não entendo, mas, nem sempre consigo entender.
Continuo tentando entender,
mas, enquanto não entendo,
acolho em amor.
Há quem está sofrendo por não entender e o sofrimento gera em mim compaixão e acolhimento.
Não sei se um dia vou entender o que não entendo, mas,
se eu puder trazer alívio aos que sofrem por não entender, não se entenderem, não serem entendidos,
já me dou por satisfeito.
O Evangelho é cura e alívio e não uma explicação ao que, pra mim,
é mistério ou profundo demais de modo que não consigo alcançar.
O que me cabe é ter compaixão e misericórdia e, vezes,
acolher sem perguntas.

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