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Gostaria muito que os teus fracassos não te deixassem assim tão triste.
Para te consolar eu te emprestaria alguns dos meus prantos.
Quem sabe poderíamos ser irmãos,
não de sangue, mas de lágrimas.
Gostaria muito de te ajudar a não se importar com as premonições dos profetas de mau agouro.
Gente que nunca acreditou em ti, avisou que teus projetos não dariam certo.
Eu te mostraria alguns dos meus projetos que se estragaram lentamente.
Juntos nos sentaríamos na margem do Amazonas e lamentaríamos;
juntos repetiríamos o Eclesiastes 3.
Gostaria muito de poder te ajudar a levantar a tua autoestima.
Sei como é se sentir um lixo e de sussurrar antes de dormir que não valemos muito.
Baixa autoestima nos faz mirar apenas no que falhamos.
Não encontramos nada de louvável em nós.
Eu te ofereceria o meu ouvido e sem dar conselho, eu esperaria que tu fosses curado através da tua própria fala.
Será que ao escrever eu me projete em ti?.
Não sei.
Talvez sim, pois todos somos parecidos e suscetíveis à depressão.
O próprio Jesus se sentiu “angustiado até a morte”.
Na fossa, na melancolia, notei que pessoas apareceram em meu caminho e agiram como anjos.
Te escrevo amigo na esperança de ser o anjo que necessitas.
Hoje, por algum motivo, eu preciso que tu sejas o anjo que vai me levantar.
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