quarta-feira, 26 de maio de 2021

Poema sobre a construção social da subcidadania

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O homem é um estranho no mundo que criou.
O homem não sabe organizar este mundo para ele, porque não dispõem de um conhecimento positivo da sua própria natureza.
O avanço das ciências das coisas em relação às dos seres vivos é um dos acontecimentos mais trágicos da história da humanidade.
O meio construído pela nossa inteligência e pelas nossas intenções não se ajusta às nossas dimensões nem à nossa forma.
Não nos serve.
Sentimo-nos infelizes.
Degeneramos moralmente e mentalmente.
São precisamente os grupos e as nações em que a civilização industrial atingiu o apogeu que mais enfraquecem.
Neles, o retorno à barbárie é mais rápido. Permanecem sem defesa perante o meio adverso que a ciência lhes forneceu.
Na verdade, a nossa civilização, criou condições em que, por razões que não conhecemos exatamente, tornou a própria vida impossível.
A inquietação e a infelicidade dos habitantes da nova cidade têm origem nas instituições políticas, económicas e sociais, mas sobretudo na sua própria degradação.
São vítimas do atraso das ciências da vida em relação às da matéria.

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