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Independente de quem ganhou as votações para as presidências da Câmara e do Senado,
já se pode afirmar quem perdeu.
Quem perdeu foram os eleitores que acreditaram que estavam, em 2018, elegendo novos deputados e novos senadores,
para uma nova política,
para um novo Congresso.
Ficou escancarado que o que prevaleceu foi a velha política do toma-lá-dá-cá,
a velha política do é-dando-que-se-recebe.
Mas isso, diferente do que se pensa,
não deve desencorajar os eleitores; pelo contrário, deve sim encorajá-los a tomar de volta os seus votos nas próximas eleições.
A única dor que um deputado ou um senador sente é a dor de não se reeleger,
a dor de perder o mandato e as mordomias.
E essa dor só nós, os eleitores, podemos fazê-los sofrer.
Se todos entendessem e aprendessem que não se deve votar num político mais de uma vez,
a vida parlamentar deixaria de ser uma carreira de parasitas em busca de privilégios.
Mas, por favor, isso sem querer generalizar e condenar todo mundo lá, óbvio que não.
Não há dúvida de que existem deputados e senadores decentes e bem intencionados,
que não estão na política apenas para acumular cargos públicos e tirar vantagens dos cofres públicos. No entanto, mesmo esses não deveriam ganhar o direito de ir além dos 10 anos como parlamentares.
Enfim, nem todos os políticos são corruptos,
só os normais; assim como nem todos os eleitores são inocentes, só os cínicos.
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