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A crise do novo coronavírus veio mascarar milhões de brasileiros e desmascarar nossas fragilidades pessoais, além de escancarar nossas debilidades sociais e nossas instabilidades econômicas.
De modo que já é possível fazer um breve balanço de algumas transformações que a epidemia nos impôs e algumas lições que ela nos trouxe.
Diminuir o abismo entre os desassistidos e os privilegiados é uma delas.
A desigualdade e a concentração de renda não são agendas políticas ou ideológicas.
São problemas reais sobre dramas e pessoas que precisam ser enfrentados e solucionados com espírito público e responsabilidade civil.
Temos problemas difíceis que já existiam e que finalmente passaram a nos preocupar.
Temos problemas antigos que nunca nos mobilizamos para resolver.
Um dos efeitos colaterais da COVID-19 foi despertar esse sentimento de urgência a favor dos despossuídos, um sentimento que passou a pautar as autoridades e o noticiário.
A epidemia nos reensinou a experiência de enxergar o outro,
respeitar o outro, repensar a solidariedade ao outro e reagir diante da emergência do outro.
Vai ser interessante ver mais gente voluntária socorrendo mais gente vulnerável.
Outra lição é a certeza de que precisamos, sim, de mais hospitais do que mais estádios de futebol.
E, dentro dos hospitais, precisamos, sim, de mais médicos e enfermeiros bem remunerados e bem equipados.
E precisamos, sobretudo, de mais respeito e valorização aos profissionais da saúde de todos os níveis.
Esses que, na hora das situações muito difíceis, deram demonstração de entrega, coragem, dedicação e abnegação virtudes que não se vê entre
jogadores nem entre políticos.
Também gosto da ideia de que a noção de solidariedade melhorou,
da ideia de que estamos mais ligados;
de que tivemos a oportunidade de repensar nossas relações e separações. Quem ficou mais tempo junto teve prazer, ou teve que reaprender a conviver. Passamos a repensar o que "deixar passar”, o que “deixar para trás”,
o que “deixar para depois”… e perceber que chega uma hora que “não tem mais depois”.
Passamos a nos dar conta de que nesse mundo confuso, muitas vezes a nossa maior e melhor companhia é a nossa própria família, ou somos nós mesmos. Importante ainda o aprendizado de que muitas vezes a gente reclama do trabalho, do emprego ou do patrão,
e que pior do que o trabalho, o emprego ou o patrão é de uma hora para a outra ficar sem nada...sem nada do que reclamar.
Há suspeitas de que o combate ao novo coronavírus vai servir para redefinir o nosso caráter, a nossa geração ou pelo menos as futuras gerações.
Há quem acredite que, no mundo que sobrar, ou no que sobrar do mundo e da economia, a humanidade vai mudar.
Fato mesmo é que o planeta precisa de paz, o Brasil precisa se reconciliar, o Brasil precisa se curar.
Que a gente não se esqueça disso,
de tudo isso, quando tudo passar.
Qualquer que seja a crise, é sempre vital ter alguém dando ordens claras, respostas objetivas, diretrizes firmes e determinações consistentes.
Um gesto simbólico de pulso, força e comando pode resultar no resgate ou na salvação de milhões de pessoas.
Um gesto equivocado de egoísmo, ignorância e irresponsabilidade pode resultar no massacre ou no extermínio de milhões de vidas.
No momento em que escrevia esse texto, eu não fazia ideia sobre qual gesto iria prevalecer.
A crise do novo coronavírus veio mascarar milhões de brasileiros e desmascarar nossas fragilidades pessoais, além de escancarar nossas debilidades sociais e nossas instabilidades econômicas.
De modo que já é possível fazer um breve balanço de algumas transformações que a epidemia nos impôs e algumas lições que ela nos trouxe.
Diminuir o abismo entre os desassistidos e os privilegiados é uma delas.
A desigualdade e a concentração de renda não são agendas políticas ou ideológicas.
São problemas reais sobre dramas e pessoas que precisam ser enfrentados e solucionados com espírito público e responsabilidade civil.
Temos problemas difíceis que já existiam e que finalmente passaram a nos preocupar.
Temos problemas antigos que nunca nos mobilizamos para resolver.
Um dos efeitos colaterais da COVID-19 foi despertar esse sentimento de urgência a favor dos despossuídos, um sentimento que passou a pautar as autoridades e o noticiário.
A epidemia nos reensinou a experiência de enxergar o outro,
respeitar o outro, repensar a solidariedade ao outro e reagir diante da emergência do outro.
Vai ser interessante ver mais gente voluntária socorrendo mais gente vulnerável.
Outra lição é a certeza de que precisamos, sim, de mais hospitais do que mais estádios de futebol.
E, dentro dos hospitais, precisamos, sim, de mais médicos e enfermeiros bem remunerados e bem equipados.
E precisamos, sobretudo, de mais respeito e valorização aos profissionais da saúde de todos os níveis.
Esses que, na hora das situações muito difíceis, deram demonstração de entrega, coragem, dedicação e abnegação virtudes que não se vê entre
jogadores nem entre políticos.
Também gosto da ideia de que a noção de solidariedade melhorou,
da ideia de que estamos mais ligados;
de que tivemos a oportunidade de repensar nossas relações e separações. Quem ficou mais tempo junto teve prazer, ou teve que reaprender a conviver. Passamos a repensar o que "deixar passar”, o que “deixar para trás”,
o que “deixar para depois”… e perceber que chega uma hora que “não tem mais depois”.
Passamos a nos dar conta de que nesse mundo confuso, muitas vezes a nossa maior e melhor companhia é a nossa própria família, ou somos nós mesmos. Importante ainda o aprendizado de que muitas vezes a gente reclama do trabalho, do emprego ou do patrão,
e que pior do que o trabalho, o emprego ou o patrão é de uma hora para a outra ficar sem nada...sem nada do que reclamar.
Há suspeitas de que o combate ao novo coronavírus vai servir para redefinir o nosso caráter, a nossa geração ou pelo menos as futuras gerações.
Há quem acredite que, no mundo que sobrar, ou no que sobrar do mundo e da economia, a humanidade vai mudar.
Fato mesmo é que o planeta precisa de paz, o Brasil precisa se reconciliar, o Brasil precisa se curar.
Que a gente não se esqueça disso,
de tudo isso, quando tudo passar.
Qualquer que seja a crise, é sempre vital ter alguém dando ordens claras, respostas objetivas, diretrizes firmes e determinações consistentes.
Um gesto simbólico de pulso, força e comando pode resultar no resgate ou na salvação de milhões de pessoas.
Um gesto equivocado de egoísmo, ignorância e irresponsabilidade pode resultar no massacre ou no extermínio de milhões de vidas.
No momento em que escrevia esse texto, eu não fazia ideia sobre qual gesto iria prevalecer.
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