segunda-feira, 30 de março de 2020

As grandes epidemias ao longo da história

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Considerando como a doença é comum,
como é tremenda a mudança espiritual que traz.
Como é espantoso quando as luzes da saúde se apagam.
Como é terrível as bactérias, virus e outros microorganismos.
Elas  já causaram estragos tão grandes à humanidade quanto as mais terriveis guerras, terremotos e erupções de vulcões.
Em todas às crises, tivemos as grandes epidemias ao longo da história.
Tivemos a Preste Negra, que matou 50 milhões de pessoas no século XIV.
Ao longo da história, tivemos a CÓLERA que matou centenas de milhares de pessoas em 1917.
Ao longo da história, tivemos a TURBERCULOSE, que matou 1 bilhão de mortos nos países pobres, incluindo o Brasil, e como doença oportunista nos pacientes de AIDS.
Ao longo da história, tivemos a VARÍOLA, que matou 300 milhões de pessoas geralmente por meio das vias respiratórias.
Ao longo da história, tivemos a GRIPE ESPANHOLA, que matou 20 milhões de pessoas, inclusive o presidente do Brasil Rodrigues Alves.
Ao longo da história, tivemos o TIFO, que matou 3 milhões de pessoas nos países do Terceiro Mundo,  campos de refugiados e concentração.
Ao longo da história, tivemos a FEBRE AMARELA, que matou 30 000 pessoas na África e nas Américas.
Ao longo da história, tivemos o SARAMPO, que matou 6 milhões de pessoas.
Ao longo da história, tivemos a MALÁRIA, que matou 3 milhões de pessoas por ano.
Ao longo da história, tivemos a AIDS, que já matou 22 milhões de pessoas.
São as grandes epidemias ao longo da história, são a riqueza de Espírito no Estado doente, e tudo isso impactou as grandes economias mundiais durante quarentenas ao longo da história.


sábado, 28 de março de 2020

A mídia não é sua amiga.

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Porque é que a TV foi essa: caixinha que revolucionou o mundo:?.
Faço a pergunta e as respostas vêm em respostas rápidas.
Ela fez de tudo um espetáculo, fez do longe o mais perto,
promoveu o analfabetismo e o atraso mental.
Criou padrões sociais, convenceu a massa a andarem na moda, e fez dessa massa a perderem a sua essência.
De um modo geral, desnaturou o homem.
E sobretudo miniturizou-o, fazendo de tudo um pormenor, isturado ao quotidiano doméstico.
Ela fez pessoas depressivas a terem o seu mundo mágico, criou uma realidade e fez todos ou poucos se tornarem vítimas dela.
Hoje, você não pensa, você não existe, mas só assistir.
Mesmo um filme ou peça de teatro ou até um espectáculo desportivo perdem a grandeza e metafísica de um largo espaço de uma comunidade humana.
Já um ato religioso é muito diferente ao ar livre ou no interior de uma catedral.
Mas a TV é algo de minúsculo e trivial como o sofá donde a presenciamos.
É no controle remoto que muitos controlam as suas razões e emoções.
Então, diremos assim e em resumo que a TV é um instrumento redutor.
Porque todo o seu EU, já não tem mais existência, toda a sua vida, sua família e amigos não existe, a não ser nessa caixinha receptora.
Porque tudo o que passa por lá chega até nós diminuído e desvalorizado no que lhe é essencial.
Ela influência toda a nossa vida social e sexual.
E a maior razão disso não está nas reduzidas dimensões do ecrã,
mas no fato de: caixa revolucionadora ser um objeto entre os objetos de uma sala.
Mas por sobre todos os males que nos infligiu, ergue-se o da promoção do analfabetismo.
Ser é um ato difícil e olhar o boneco não dá trabalho nenhum.
Ler exige a colaboração da memória, do entendimento e da imaginação.
A TV dispensa tudo. Uma simples frase como: o homem subiu a escada, exige a decifração de cada palavra,
a relação das anteriores até se ler a última e a figuração do seu sentido e imagem correspondente. Mas na TV dá-se tudo de uma vez sem nós termos de trabalhar.
Mas cada nossa faculdade, posta em desuso, chega ao desuso maior que é deixar de existir.
Mas ser homem simplesmente é muito trabalhoso.
E o mais cómodo é ser suíno...

sexta-feira, 27 de março de 2020

Caixão da FEMA

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Vi o fim do fascismo.
Foi bom.
Vejo o fim do comunismo.
É bom.
E vi durante toda a vida como um e outro foram úteis para o ódio se cumprir.
Mas finda a utilidade desses pretextos,
que outro pretexto vai ser?.
Curamos os efeitos da doença, guardamos a doença para outra vez.
É a reserva maior do homem,
essa, a do mal, há o que lhe é inevitável,
mas não lhe basta.
Cataclismos, traições do irmão corpo.
Não chega.
E a própria morte, que é a sua fatalidade,
ele não a desperdiça e aproveita-a para ir matando mais cedo.
Como a um animal do seu sustento.
O homem.
Que enormidade.
Que fatalidade.
Que agressividade.
E, quantos de nós se encontra nessas perguntas sem resposta!.
Quantas vezes terá que ser fazer um holocausto?.
Quantas vezes terá que aniquilar novas vidas e que vidas?.
Quantas vezes terá que ser fazer um genocídio?.
Quantas vezes terá que vitimimizar pessoas entre judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais, opositores políticos etc?.
Quantas vezes terá que ser fazer um vírus para enterrarem milhões de pessoas, organizarem mortes, fazerem guerras, lançarem armas químicas ou nucleares, mísseis  hipersônicos  e todos os tipos de arma de destruição em massa?.
Enquanto se pensa na resposta, os caixões da FEMA, estão nos esperando.

terça-feira, 24 de março de 2020

Ainda é Brasil

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Brasil não tem beijos nem abraços, não tem risos nem esplanadas, não tem passos, nem raparigas e rapazes de mãos dadas.
Tem praças cheias de ninguém, ainda tem sol mas não tem nem gaivota de Amália nem canoa.
Sem restaurantes, sem bares, nem cinemas ainda é fado ainda é poemas fechada dentro de si mesma ainda é Brasil.
Cidade aberta, ainda é Brasil de Pessoa alegre e triste e em cada rua deserta, ainda resiste.
Mas ainda é Brasil, mesmo na doença, mesmo doente pelo coronavírus ou pela ignorância, pela corrupção de cada dia.
Há doenças que são mais que doenças,
que não apenas são à vida intensas
como oferecem algumas recompensas que tornam mais urgente e mais difícil já por vezes inviável ofício de habitar o íngreme edifício, do não-se-estar-conforme-se-devia
e administrar a frágil fantasia
de que se é o que ninguém seria.
Se não tivesse (insistentemente)
de convencer-se a si (e a toda gente)
que não se está (mesmo estando) doente.
Esta ausência não foi por nós pedida, este silêncio não é da nossa lavra, já nem Pessoa conversa com Pessoa, com o feitiço sempre imenso da palavra.
Este tempo só é o nosso tempo, porque é nossa a dor que nos sufoca e faz de cada dia a ferida entreaberta
do assombro que esquivando-se nos toca.
Esta ausência é dos netos, dos filhos, dos avós, é a casa alquebrada pelo medo, é a febre a arder na nossa voz por saber que o mal a magoa em segredo.
Este silêncio é um sussurro tão antigo que mata como a peste já matava;
vem de longe sem nada ter de amigo com a mesma angústia que nos castigava.
Esta ausência é uma pátria revoltada que se fecha em casa sempre à espera que a febre não a vença nem lhe roube a luz mansa que lhe traz a Primavera.
Esta casa somos nós de sentinela, à espera que a rua de novo nos console e que festeje debruçada à janela
a alegria que só nasce com o sol.
Esta ausência mais tarde há-de ter fim, por nada lhe faltar nem inocência;
que se escute o desejo de saúde anunciando que vai pôr fim à inclemência.
Que se abram as portas e as janelas, que o medo, derrotado, parta sem destino por ser esse o sonho colorido que ilumina o riso de um menino."

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