segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Poema para os professores

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Dessa vez, não daria para chamar
Os manifestantes de desinformados.
Pois os mobiliza-do são profissionais
Que vivem para informar e desinformar
Quando estão obedecendo a um sistema
Político federal, político estadual e político municipal.
Entretanto, não estou aqui para falar sobre o sistema,
Mas estou aqui para falar dos professores
Que estão no impasse com a prefeitura carioca.
Que estão sendo espancados pela polícia,
Por causa de um querer que já vem
Há bastante tempo,
E por causa de uma política incrementada,
Com as suas leis internas.


Nossos políticos podem até negar,
Mas tudo isso acontece por poder e dinheiro.
Estamos vivendo a era
Da tremenda incerteza.
O mundo está um caos á beira do abismo,
E a humanidade está em colapso dentro do labirinto.
A regra agora é a estupidez,
A ordem agora é bater em quem estar se manifestando
E o progresso é matar quem estar nos desafiando.
Foram-se as idéias, os diálogos e os entendimentos.
A política sindical, a ideologia partidária e a intolerância administrativa,
Seja federal, estadual ou municipal
Estão se impondo acima das leis, das normas e das instituições.
Os governantes se acham mais importantes que os governados,


E os delinqüentes se acham mais legítimos do que qualquer cidadão.
Em algum momento ninguém percebeu exatamente quando
Queríamos viver em paz,
Junto das pessoas que a gente amava,
Dos amigos que a gente prezava,
E do trabalho que a gente gostava.
Tudo acabou de sair de linha,
Tudo ficou fora de moda.
Pois o tempo da delicadeza já passou!
Agora se fala de violência simbólica, resistência simbólica e revolução simbólica,
Mas o que a gente precisa mesmo é de revolução de bom-senso,
Harmonia, equilíbrio e conciliação.
Pois em vez de paus, pedras, pistolas e gases lacrimogêneos,
O que a gente precisa é de um mínimo de civismo,
Um pouco de civilidade e,
Principalmente, à volta à civilização não fariam mal a ninguém.



Bem aventurados os professores da Rede Pública do Rio que mesmo em condições tão precárias educam enquanto choram!

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