quarta-feira, 2 de maio de 2012

De frente pro crime

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Samuel era professor de sexologia,
Ele tratava das questões relativas,
Á sexualidade, e do sexto dia,
Da semana começando no domingo.
Ele freqüentava a zona norte,
Onde têm casas noturnas onde se bebe,
E dança e onde, não raro, se assiste
Aos espetáculos de variedades.
Um desses espaços de tempo que vai,
Desde o crepúsculo da tarde até,
O crepúsculo da manhã,
Ele conheceu a meretriz Betina.
Uma mulher publica que trabalhava,
No comercio habitual das relações sexuais,
Que se localizava no Méier,
Sem pôr termo por receber uma gratificação.
Ela tinha uma doença infecciosa transmitida,
Principalmente por contato sexual,
E uma síndrome de deficiência
Psicológica adquirida.
Samuel tirou Betina daquela vida,
Instalou-a em uma casa situada em Pilares,
Pagou os melhores médicos e clínicos,
Mais prósperos do Brasil.
Quando Betina melhorou do sifilítico,
Mas não da síndrome de deficiência, Psicológico adquirido,
Ela arranjou logo um namorado.
Samuel não se conformou com isso,
Pois ele estava lhe amando decrescentemente,
Com seu ar maligno, e por vezes cego,
Porque o amor não vê defeitos no ser amado.
Samuel não queria brigas,
Poderia fazer isso.
Mas não fez nada disso,
Apenas mudou-se de casa.
Todas as vezes que Betina Mudava de namorado,
Samuel mudava de casa,
Fazendo isso três anos.
Os namorados moravam na Rua Direita,
Todos os Santos, Encantado, Boca do Mato,
Rua da Constituição, Bonsucesso,
Bairro De Irajá.
E por fim a Ladeira da Misericórdia
Onde Betina foi encontrada com
Seis tiros vestidos com uma musselina
Muito leve e transparente Que dava
Para visualizar uma tatuagem
Feita na parte posterior do tronco humano,
Escrito: que nem mesmo os seres mais fontes
Conseguem superar o poder do amor.
E até hoje Samuel tenta,
Descobrir que a matou,
E para quem foi escrita aquela filosofia,
Se for para ele ou para todos os seus enamorados.

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