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Dizem que, numa guerra,
a primeira vítima é a verdade.
Então, a segunda vítima só pode ser a economia.
Mesmo que não aconteça a invasão da Ucrânia pela Rússia,
a tensão entre os dois países já causou prejuízos em quase todo o mundo.
Como não poderia ser diferente,
o medo do primeiro tiro ou do primeiro míssel, vem causando perdas e danos nos mercados de ações, de câmbio e de commodities.
O preço do petróleo continua avançando em direção à fronteira dos 100 dólares; fechou ontem a 96 dólares.
As bolsas abriram a semana em queda na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos.
No Brasil, as ações abriram a semana andando de lado, subindo apenas 0,29 por cento, mas já acumulando alta superior a 8 por cento este ano.
O dólar acumula queda em torno de 6 por cento no ano.
São duas boas notícias, especialmente porque se trata de fluxo estrangeiro, entrada de dinheiro novo.
Investidores estão fugindo dos confrontos e bombardeios,
ao mesmo tempo em que estão buscando os nossos juros altos.
É um bom momento para a economia brasileira, mas ainda frágil diante da iminência de uma guerra seja uma guerra geopolítica lá fora,
seja uma guerra eleitoral aqui dentro.
No pior ou no melhor dos mundos, hoje as maiores incertezas e os maiores inimigos do Brasil são os gastos, os endividamentos,
os descontroles fiscais e as pressões inflacionárias.
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