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Era para ser uma sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos.
Mas o Congresso virou arquibancada com torcedores gritando “mito”, “fascista” e “genocida”.
Todos os elogios eram para o presidente.
Nesse clima de rivalidade esportiva e vulgaridade política,
o que me chamou a atenção foi o discurso do presidente do Senado, a quem cabe também presidir o Congresso.
Pacheco pediu moderação, conciliação e racionalidade, que é o que importa, interessa, precisamos e merecemos.
O senador disse que aprendeu a fazer política em Minas Gerais,
onde, segundo ele, se busca sempre pacificação e equilíbrio.
Para Pacheco, a política não deve ser capturada por radicalismos.
Ele entende que devemos superar os extremismos, nas palavras dele, “de um lado ou de outro”.
Acima de tudo, o senador disse que está discutindo com os parlamentares e a equipe econômica a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial,
mas sem afetar o equilíbrio fiscal.
Foi um pronunciamento meramente protocolar e previsível,
mas bem-vindo, já que chegamos ao ponto em que a mesmice,
a normalidade,
é exatamente o que o país necessita.
Precisamos de um auxílio,
não só emergencial,
como também eleitoral.
Isso porque ninguém aguenta mais tamanha miséria,
tanto a da extrema direita e quanto a da extrema esquerda.
Afinal, é nos extremos que se encontra o abismo.
E quanto mais você olha pro abismo,
uma hora o abismo olha pra você.
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