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O filme parece bastante confuso, mas é claro em sua mensagem.
Tom Richs é um escritor norte-americano, que se muda para Paris, para se aproximar de sua filha.
Já em Paris, depois de ser roubado, se hospeda em um hotel barato.
Ao ir a uma livraria, é convidado para uma festa, onde conhece uma viúva, tradutora de livros ao qual mantém um romance no hotel, com uma linda polonesa.
Quando seu vizinho de quarto é assassinado, ele torna-se suspeito, e é levado à delegacia.
Como álibi, afirma que estava na casa da viúva.
Mas, quando o policial vai até o endereço, os policiais descobrem que ela cometeu suicídio em 1991.
O filme retrata claramente a obsessão de um pai pela filha.
Por ser esquizofrênico, desenvolveu em sua mente uma história que preservasse sua integridade psíquica.
A viúva, que existe somente em seu pensamento, representa um outro eu inconsciente que se revela através de múltiplas identidades, que o protegerá de sua estranha obsessão.
A polonesa, que ele mantém um romance, na verdade, é sua própria filha.
Mas esse fato só fica claro no final do filme, quando ela recebe uma carta escrita: " com amor, papai".
A carta estava endereçada a casa onde sua mulher morava.
O que está por trás da história, é o fato de Tom Richs ser afastado da criança por ter cometido abuso sexual.
Mas isto não fica claro no filme.
É preciso manter a atenção nas palavras e nos simbolismos.
A passagem mais contundente desse fato é o desaparecimento da filha.
Ela é encontrada pela polícia saindo de um bosque, cambaleante, andando com às pernas abertas.
Foi quando ocorreu o abuso ou os abusos.
É nessa passagem do filme que aparece o conteúdo da carta: " Não fique triste se nós nunca mais nos encontrarmos novamente Chloé.
Para protegê-la, de verdade, preciso protegê-la da escuridão dentro de mim.
Mas a parte boa de mim estará ao seu lado todos os dias.
E nós sempre veremos o mundo com os mesmos olhos ".
Mas que resumidamente é o nome do filme, uma estranha obsessão que Tom Richs tem pela filha.
Tudo em volta dele resumia somente na filha.
A viagem a Paris, os olhares que ele tinha sobre ela, as suas observações escondidas no colégio em que ela estudava e as palavras que ele usava nas longas cartas que escrevia somente para a menina.
Nada é ninguém tinha em sua mente a não ser a sua filha.
Ele nunca pensou além da menina, ele criou em sua mente doente uma filha-mulher, seu apego exagerado a um sentimento desarrazoada, sua história, seu romance irracional, sua obsessão estranha, sua vida na floresta vivida como os animais.
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