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Na matiz das cores,
sou negro,
sou branco,
sou o espanto,
de tua natureza.
Sou a certeza,
de teu pranto,
e o encanto,
de tua alegria.
Talvez eu veja,
tua aura de magia,
numa noite de tempestade,
ou num dia,
de calmaria,
no brotar das folhas,
ou no morrer da angústia.
É tarde,
pra juntar,
o que parte,
abandonar,
o que invade,
ou abraçar,
o que arde.
Mas é cedo,
pra adormecer,
com medo,
se prender,
a um enredo,
ou esquecer,
a si mesmo.
Melhor brincar,
com as palavras,
do que odiar,
teu jeito sério.
Sou esse mistério,
de olhar perdido,
e coração calado,
que te encontra,
ao sonhar,
acordado.