terça-feira, 12 de novembro de 2024

Caminho, verdade e vida

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Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida; porém, a experiência Dele como Caminho, é no caminho; a experiência Dele como Verdade, acontece nas verdades do coração; e a experiência Dele como Vida, se realiza na existência que é vida e na vida que é existência; ou seja: no cotidiano.
Assim, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, mas só se O conhece desse modo, e pela fé, se nossa existência for consciente da Graça, e acontecer no caminho (indo…), na verdade (sendo…) e na vida (existindo).
Ou seja: a gente só conhece o Caminho no caminho, só conhece a Verdade em verdade, e só conhece a Vida se tiver coragem se ser e existir pela fé.
Ora, isto não é um manual de doutrinas, mas um ato de entrega e confiança, e que se renova em fé todos os dias, e que se nutre da Palavra que é dinamizada pelo Espírito.
Isto, todavia, não acontece num banco de escola dominical, mas sim nos bancos de ônibus, em filas de espera, em encantamentos e desencantamentos, em aprendizados e tribulações; em amores e perdas; em conquistas e fracassos; em medos e superações; em virtudes que se seguem de desvirtudes.
Ou seja: tais realidades maiores do Caminho, Verdade e Vida que é e são Jesus, são construídas dentro das realidades menores de nossos pequenos caminhos, verdades e vidas, em Jesus, e conforme vivemos.
A “igreja” nunca entendeu isto! Jamais!.
Mesmo que eles vejam Jesus mandar o Gadareno para casa sem controle humano; ou que percebam como Jesus não mandou que alguém seguisse o Centurião da Fé, ou a mulher Siro-Fenícia para ver se eles não se “desviavam da fé”; ou que saibam que o Espírito Santo é promessa de Jesus para cada um de nós, e não apenas para os que “controlam os demais” que no nosso caso são os pastores, os bispos e os apóstolos feitos nas linhas de produção da indústria evangélica; ou que creiam e até ensinem que Jesus mandou que “fôsemos”, não que “ficássemos”…; e que “indo… fizéssemos discípulos”,ainda assim eles insistem em que alguém que não esteja sob seus “cobertores de discipulado conjugal”, em razão de sua própria maturidade de consciência, é um “desviado”.
A única “reunião” boa e sadia de qualquer coisa que se chame igreja, é aquela que acontece como resultado de cada um estar andando com Jesus no caminho, na verdade e na vida, com as próprias pernas e em crescimento da consciência; e que vêm tais pessoas ao “ajuntamento” para encontrar os irmãos e para adorarem juntos, Aquele a Quem eles adoram no secreto também.
Do contrário, é o ajuntamento dos culpados e paralizados, e que vão à “casa de Deus” como quem vai a uma “cachoeira encantada”; ou ao “fisco espiritual”; ou a um “lugar de poder” de uma tribo indigna.
A perplexidade da “igreja” é que ela já percebeu que seu “modelo” está morto e sepultado; e não sabe o que fazer em contrário.
Já apelaram para tudo.
Já se vestiram de “Carmem Miranda”, e já “rodaram todas as baianas”… Mas sabem que somente as almas pedradas conseguiram e conseguirão ficar nela; ou somente os incautos em fase de auto-engano-piedoso é que ainda podem ficar paralisados em seus bancos de penitêcia.
Ou seja: ou a “igreja” se rende, e depõe as armas; ou ela vai ficar “igreja” para sempre.
Mas o Caminho do Reino não se deterá nela.
Eu, pessoalmente, creio que uma aqui… outra ali… as consciências vão se acendendo.
Mas, como um todo, não creio que o “Templo de Jerusalém” se converta ao Evangelho do Reino.
Eles jamais renunciaram ao poder.
Por que renunciarão agora?.
Pelo contrário, eles se armam, e, com todas as forças, tentam segurar os seus lugares, ao invés de dizerem: “Convém que Ele cresça; e que eu (igreja, doutrinas, dogmas, pastores, etc…) diminua”.
E mais: enquanto o Templo de Jerusalém estava erguido (ano 70 d.c.) a maioria dos apóstolos continuavam a ter aquele lugar como “lugar santo”, e somente Paulo já dele estava liberto desde sempre.
Somente a destruição do Templo acabou por “espalhar” de vez a igreja, o que era ordem de Jesus desde o início.
Templos de religiosos são Lugares de Poder.
São Potestades.
São Entes maiores que o homem!.
Jesus, todavia, não só é o Caminho, mas é do caminho.
Foi assim que ele existiu entre nós. Este é também um essencial legado existencial do Evangelho!.
Assim, convém que o Evangelho faça seu próprio Caminho, e que a “igreja” tenha ciúmes; pois, pode ser que assim, pela via dos “ciúmes” (Rm 9 e 10), ela venha lembrar-se que é apenas “oliveira brava”, e que foi “enxertada” pelas misericórdias de Deus numa história de Graça da qual todos nós estávamos alienados.
E saiba: o Caminho da Graça não é uma coisa-lugar; antes é uma mensagem, é um espírito, é um entendimento, é um modo de ser, é uma busca permanente de viver o Caminho, no caminho; a Verdade, na verdade; e a Vida, na vida-existência de cada um de nós.
Nesse caso, o caminho vai conforme você anda com Jesus, no Caminho!. embora isto só aconteça no caminho humano de cada um de nós.
Todavia, em breve, como já tenho dito, estaremos podendo, pela Graça de Deus, ajudar a muitos e muitos, que, à sua semelhança, gostariam de ter um ponto de contato e de comunhão com muitos outros que já discerniram qual é o espírito do Evangelho de Jesus. 

sábado, 9 de novembro de 2024

Resumo do filme: Estranha obsessão

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O filme parece bastante confuso, mas é claro em sua mensagem.
Tom Richs é um escritor norte-americano, que se muda para Paris, para se aproximar de sua filha. 
Já em Paris, depois de ser roubado, se hospeda em um hotel barato.
Ao ir a uma livraria, é convidado para uma festa, onde conhece uma viúva, tradutora de livros ao qual mantém um romance no hotel, com uma linda polonesa.
Quando seu vizinho de quarto é assassinado, ele torna-se suspeito, e é levado à delegacia.
Como álibi, afirma que estava na casa da viúva.
Mas, quando o policial vai até o endereço, os policiais descobrem que ela cometeu suicídio em 1991.
O filme retrata claramente a obsessão de um pai pela filha. 
Por ser esquizofrênico, desenvolveu em sua mente uma história que preservasse sua integridade psíquica. 
A viúva, que existe somente em seu pensamento, representa um outro eu inconsciente que se revela através de múltiplas identidades, que  o protegerá de sua estranha obsessão. 
A polonesa, que ele mantém um romance, na verdade, é sua própria filha.
Mas esse fato só fica claro no final do filme, quando ela recebe uma carta escrita: " com amor, papai".
A carta estava endereçada a casa onde sua mulher morava.
O que está por trás da história, é  o fato de Tom Richs ser afastado da criança por ter cometido abuso sexual.
Mas isto não fica claro no filme.
É preciso manter a atenção nas palavras e nos simbolismos.
A passagem mais contundente desse fato é o desaparecimento da filha. 
Ela é encontrada pela polícia saindo de um bosque, cambaleante, andando com às pernas abertas. 
Foi quando ocorreu o abuso ou os abusos. 
É nessa passagem do filme que aparece o conteúdo da carta: " Não fique triste se nós nunca mais nos encontrarmos novamente Chloé.
Para protegê-la, de verdade, preciso protegê-la da escuridão dentro de mim.
Mas a parte boa de mim estará ao seu lado todos os dias.
E nós sempre veremos o mundo com os mesmos olhos ".
Mas que resumidamente é o nome do filme, uma estranha obsessão que Tom Richs tem pela filha. 
Tudo em volta dele resumia somente na filha. 
A viagem a Paris, os olhares que ele tinha sobre ela, as suas observações escondidas no colégio em que ela estudava e as palavras que ele usava nas longas cartas que escrevia somente para a menina. 
Nada é ninguém tinha em sua mente a não ser a sua filha. 
Ele nunca pensou além da menina, ele criou em sua mente doente uma filha-mulher, seu apego exagerado a um sentimento desarrazoada, sua história, seu romance irracional, sua obsessão estranha, sua vida na floresta vivida como os animais.

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